VILA FRANCA - TARDE DURA E DIFÍCIL PARA OS FORCADOS ANTE OS “CASTROS”. TRIUNFOU MIGUEL MOURA
Praça de Toiros “Palha Blanco” – Vila Franca de Xira – 30/04/22
Director: Tiago Tavares – Veterinário: Jorge Moreira da Silva
Cavaleiros: Ana Batista, Duarte Pinto, Miguel Moura
Forcados Amadores de Vila Franca e Ramo Grande
Ganadaria: Fernandes de Castro
Escassa presença de público nas bancadas nesta 1ª corrida da Feira do Toiro na “Palha Blanco” em Vila Franca. E escassa também a bravura dos “Castros, rematados, alguns com trapio, e que revelaram a sua condição no momento das pegas, sendo que alguns deles também nos cavalos denotaram sentido e mansidão. Não gostei dos toiros, não porque fossem duros mas por muito do que fizeram nas lides e depois nos forcados, e não foi bom. Enfim, mais uma opinião que vale o que vale.
Triunfou Miguel Moura, de forma clara e inequívoca, fiel ao seu conceito de lide e às duas origens. E foi com decisão que das duas vezes recebeu os toiros em sotes de gaiola, a segunda de muito boa execução e procurou uma brega sem muitos alardes ou concessões mas efectiva, o que lhe permitiu bons ferros compridos e curtos em duas actuações de muito mérito e aplaudidas pelo público. No úlitmo ferro lesionou-se no polegar direito e, ainda assim, insistiu e cravou um de palmo muito bom. É desta fibra que se fazem os toureiros com letra grande.
Ana Batista teve duas actuações muito semelhantes com alguns ferros de boa nota, com destaque para o 1º curto no que abriu praça e o 2º curto ao quarto da ordem. Não foi bafejada pelo sorteio e as duas actuações ressentiram-se disso, cumprindo a papeleta sem música.
Em segundo e quinto lugares actuou Duarte Pinto. Uma equitação de nível acima da média, um bom conceito de toureio que não resultou tanto no seu primeiro, manso a defender-se e com alguns arreões mas que, frente ao quinto nos permitiu vê-lo a outro nível, com um segundo comprido de muito boa execução e com o toiro a arrancar de largo e ainda dois curtos de belíssimo efeito.
Muito complicados se revelaram os “Castros” para a rapaziada da jaqueta das ramagens. E mais do que justo sublinhar e aplaudir a sua entrega, a sua raça, a resposta ás adversidades que sentiram com derrotes feios, investidas a ensarilhar, enfim… Honra e glória aos forcados que se colocaram frente aos toiros e os conseguiram pegar, bem como aos ajudas. Vinte e uma foram as tentativas para levar de vencida estes toiros.
Pelos Amadores de Vila Franca abriu praça Pedro Silva que consumou à 2ª e que esteve enorme na 1ª tentativa mas sem que o Grupo conseguisse suster a violência dos derrotes, o que seria uma constante em todas as seis pegas; seguiu-se Rafael Plácido também à 2ª e Luís Valença com muita raça à 4ª tentativa frente ao quinto da ordem.
Pelos Amadores do Ramo Grande, mais difíceis foram as consumações pois José Sousa lesionou-se na 3ª tentativa e César Pires só o conseguiu dobrar à 2ª e a sesgo. No quarto da tarde foi para a cara André Lourenço que também se lesionaria após 3 tentativas falhas, sendo dobrado à 1ª por Luís Valadão e no que encerrou praça, o cabo Manuel Pires apenas à 4ª e a sesgo conseguiu consumar.
O espectáculo foi dirigido com competência por Tiago Tavares assessorado pelo veterinário Jorge Moreira da Silva.
Texto e fotos: António Lúcio
Amanhã não perca todas as fotos das 2 corridas da Feira do Toiro em Vila Franca