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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

VILA FRANCA FOI DIFERENTE NA NOITE DOS 120 ANOS DA PALHA BLANCO

GRANDE EXIBIÇÃO DE SALGUEIRO DA COSTA FRENTE AO 5º DA NOITE

03.10.21 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Praça de Toiros Palha Blanco – Vila Franca de Xira -30/0921 – Corrida de Toiros

Director: Ricardo Dias – Veterinário: Jorge Moreira da Silva

Cavaleiros: Rui Salvador, Luís Rouxinol, Filipe Gonçalves, Francisco Palha, Salgueiro da Costa, Tristão R. T. Queiróz (prov de praticante)

Forcados Amadores de Vila Franca e Aposento da Moita

Ganadaria: Palha

VILA FRANCA FOI DIFERENTE NA NOITE DOS 120 ANOS DA PALHA BLANCO

GRANDE EXIBIÇÃO DE SALGUEIRO DA COSTA FRENTE AO 5º DA NOITE

A corrida comemorativa dos 120 anos da Palha Blanco voltou a mostrar a toda a sociedade alguns dos valores que fazem da Festa Brava algo de diferente. E começou da melhor forma com todo o simbolismo e carga de emoções quando as luzes se apagaram e apenas as velas acesas conferiram um simbolismo religioso forte e os campinos se perfilaram ao largo de toda a circunferência do redondel em adoração a Nossa Senhora de Alcamé, transportada aos ombros de 4 campinos e coma  fadista Teresa Tapadas a cantar e encantar um fado de adoração á Santa. Momentos que nos transportaram para outra dimensão.

O público foi exigente mas também premiou o que de bom aconteceu na arena frente a um sério e bem apresentado curro de Palha que na generalidade saíram mansos – excepção feita ao colaborador primeiro – complicados, ora a adiantarem-se às montadas ora a taparem-se nos ferros, vindo a suceder uma colhida de Francisco Palha que o vai afastar para já dos próximos compromissos. Como se diz na gíria, os toiros «deram água pela barba».

Grande triunfador da noite, dando a volta e com classe e raça ao seu toiro foi Salgueiro da Costa. Mexeu bem no toiro, tirou-o das crenças e a sua lide foi em crescendo, com boa de mérito e a cravagem de ferros curtos de  muito boa nota nomeadamente os três últimos em eu pisou terrenos de muito compromisso que o público soube premiar e exigira volta, real, á arena como prémio dessa grande exibição.

Rui Salvador abriu praça frente a um toiro colaborador e desenvolveu uma boa lide quer em compridos quer em curtos e aqui com uma montada que dá uma expressividade extraordinária no momento do ferro.

Luís Rouxinol teve de lidar um manso e complicado toiro que se adiantava umas vezes e esperava muito. Lide de mérito com um bom 4º curto.

Filipe Gonçalves também não teve sorte e desenvolveu boa brega para deixar a ferragem da ordem sem se poder luzir porque o toiro não o permitiu.

De igual forma Francisco Palha frente a um toiro perigoso e que estava sempre na defensiva á procura de colher, o que veio a suceder. Palha voltou para encerrar a sua actuação com a raça habitual.

Encerrou a corrida o jovem Tristão Teles de Queiróz frente a um novilho que cedo buscou a defesa de tábuas. Foi uma prova bem resolvida, de forma meritória e com alguns ferros de boa nota.

Noite de grandes pegas de caras, duras, difíceis, com os toiros por vezes a baterem forte. Pelos Amadores de Vila Franca estiveram na linha da frente o cabo Vasco Pereira com uma enorme pega de caras à 2ª tentativa suportando fortes derrotes e com uma grande 1ª ajuda; Guilherme Dotti à 1ª noutra dura cara e João Matos numa muito dura cara, com derrotes fortes e ao 1º intento. Pelo Aposento da Moita também o cabo Leonardo Mathias foi á cara do 2º da noite com uma rija consumação ao 1º intento, seguindo-se Martim Cosme Lopes, dura e ao 2º intento encerrando praça Tiago Valério à 3ª tentativa.

Dirigiu bem Ricardo Costa assessorado pelo veterinário Jorge Moreira da Silva perante excelente entrada de público a rondar casa cheia (nos limites permitidos).

Texto: António Lúcio

Fotos em breve