Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

VENTURA: PODE OU NÃO PODE? TRIUNFOU FRENTE A “CANAS” MUITO DISTINTOS

29.06.17 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Praça de Toiros do Montijo – 28/06/17 – Corrida de Toiros

Director: Tiago Tavares – Veterinário: Carlos Santos – Lotação: ¾

Cavaleiros: António Telles, Diego Ventura, João Moura Jr

Forcados: Amadores do Montijo, Amadores de Alcochete

Ganadaria: Canas Vigoroux

 

As figuras podem com toiros de todas as ganadarias e de distintos comportamentos. Estava provado à exaustão e Diego Ventura provou-o, de novo, no Montijo, ao lidar de forma superior os dois toiros de Canas Vigoroux que lhe tocaram em sorteio e que tiveram comportamentos distintos. Alardes de poderio, bom toureio, as habituais formas de remate dos ferros e os ladeios a duas pistas frente a toiros que exigiram muito do toureiro e das suas montadas. Triunfo claro no Montijo.

 

António Telles abriu praça com um bom toiro de Canas Vigoroux que teve arrancadas prontas, que carregou atrás das montadas após os ferros e na boa brega desenvolvida pelo cavaleiro da Torrinha. Em clássico, fiel ao seu estilo, António apontou bons ferros e foi justamente aplaudido pelo público. O seu segundo, quarto da ordem, foi manso. E com ele vimos uma actuação de muito bom nível com ferros em entradas bem ajustadas, cravagem como mandam as regras e bons remates. Uma actuação de nota mais de António Telles.

 

Diego Ventura provou, uma vez mais, que pode com qualquer tipo de toiros, bravo, manso, com mais ou menos codícia, qualquer que seja o encaste. O seu primeiro “Canas”, um bonito jabonero, teve qualidade que foi superiormente aproveitada pelo ginete, o qual para além de mostrar a qualidade da sua brega e poderio nos remates, encheu a praça com o seu toureio de grande qualidade, com cites vistos e ferros de muito boa qualidade. O público exigiu mais e o toureiro rematou a sua actuação com 3 violinos de palmo. O quinto da ordem era manso, a querer ir para tábuas e aí voltámos a ter a confirmação do calibre toureiro de Diego Ventura. “Encheu” o toiro de cavalo e de tal forma que obrigou o manso a investir. Ora de largo, ora mais em curto, com um sesgo excelente e um outro ferro em sorte cambiada das que marcam a noite, voltou a triunfar e a rematar a sua actuação com mais 3 violinos de palmo que fizeram as delícias do grande público.

 

João Moura Jr lidou um primeiro exemplar de Canas Vigoroux que foi manso e que fez alguns estranhos. Esteve diligente na brega e na consumação das sortes, bastante por cima do toiro. No que encerrou praça e que também não deu facilidades, Moura jr esteve em bom plano da brega e teve alguns ferros de muito boa nota, mostrando o seu valor, pisando terrenos de compromisso. Uma boa actuação de João Moura jr.

 

Os dois Grupos de Forcados, Montijo e Alcochete, cotaram-se com uma boa prestação ao pegarem os seis toiros ao primeiro intento. Pelos Amadores do Montijo abriu praça Élio Lopes com uma boa cara, recuando bem e sendo bem ajudado, seguido por João Paulo Damásio e Ruben Pratas. Ambos com boas prestações e com o grupo a ajudar bem. Pelos Amadores de Alcochete, foram caras Manuel Pinto numa grande intervenção com o toiro a dar dois derrotes bem pelo alto, Pedro Belmonte e João Machacaz ambos com belas pegas de caras. Uma noite de muita eficácia de ambo os Grupos de Forcados.

 

Na direcção esteve Tiago Tavares assessorado pelo veterinário Carlos Santos, sem margem para reparos.

Durante as cortesias guardou-se um minuto de silêncio em memória das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande, do matador Ivan Fandiño e do fotógrafo taurino Pedro Cardoso. De referir que Moura Jr e os forcados de Alcochete brindaram aos bombeiros, escutando forte ovação.