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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

REVISTA DO ANO TAURINO 2023 DO BARREIRA DE SOMBRA (6)

O QUE ESCREVEMOS SOBRE OS PRIMEIROS DE CADA CATEGORIA

18.11.23 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Neste capítulo recuperamos a nossa análise a cada uma das actuações de cada um dos artistas que mais vimos actuar em   cada categoria. Optámos por recuperar esses textso dos 3 primeiros de alternativa e do 1º praticante.

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João Moura Caetano

25/04 Sobral de Monte Agraço Abriu praça João Moura Caetano frente a um bom novilho com ferro de seu pai. A lide foi para entendidos, de suavidade, de temple, de viagens bem delineadas e cravagens correctas, pisando os terrenos do oponente e rematando com garbo e toureiria. Uma actuação de elevado quilate do toureiro de Monforte aproveitando a classe das investidas do novilho.

28/05 Azambuja Inteligência e classe foram a marca de um João Moura Caetano moralizado e que, cada vez mais, faz chegar esse tipo de muito bom toureio ao grande público. Lide medida, com dois curtos de excelente execução, o último deles primoroso, em curto e num palmo de terrenos, num conjunto de harmonia que muito se deve valorizar.

11/06 Arruda dos Vinhos Quem vive um momento de grande maturidade artística e sentido de lide apurado é João Moura Caetano. A classe, a souplesse, o envolvimento nas sortes, na sua preparação, cravagem e remate, são de um nível muito elevado e isso foi, de novo, patente na sua grande actuação frente ao segundo da tarde. Deu-lhe tempo entre sorte, mostrou-se nos cites, cravou e rematou com classe e muito mérito em mais uma grande actuação.

16/06 Barquinha João Moura Caetano abriu praça frente a um toiro que saiu com mobilidade mas que se “apagou”, sem forças, ao terceiro curto. Uma lide que até aí teve classe, bons momentos na brega e bons ferros. Infelizmente terminou antes de tempo dadas as condições do toiro.

25/06 Alcácer do Sal Em segundo lugar actuou João Moura Caetano que teve por diante um toiro distraído e que se empregava pouco. A série de curtos é de bom nível técnico-artístico, com ligeiras batidas ao pitón contrário com destaque para 1º e 3º ferros consentindo bastante nas reuniões. Uma actuação onde esteve por cima do toiro.

22/07 Torres Vedras João Moura Caetano entendeu na perfeição terrenos, distâncias e querenças do Passanha Sobral que abriu praça, e que serviu. Depois de dois compridos a aquilatar das condições do oponente, veio uma série estupenda curtos, lidando com muito critério, com grandes pormenores de brega que chegaram  ao público bem como a abordagem das sortes, entrando com ligeiras batidas para vencer o pitón de saída com classe e souplesse. O quatro curto foi de excelente execução e o público reagiu com força. No seu segundo, de Irmãos Moura Caetano, deixou-lhe dois compridos. O toiro reagiu ao castigo e de novo a serie de curtos é de inegável categoria e valor, lidando e rematando como mandam as regras, dominando o centro das sortes, cravando de alto a baixo. E o povo gostou desta classe e toureio sério de João Moura Caeatno premiando-o com fortes aplausos.

17/08 Arruda dos Vinhos João Moura Caetano abriu praça com uma lide muito bem medida, com qualidade na brega e no desenho das sortes, recreando-se e chegando ao grande público quer nos dois bons compridos com quer recebeu o que abriu praça, reservado e com mais de 600kg, quer na ferragem curta onde o primeiro foi de elevado nível e muito bem rematado assim como o bom quinto com que fechou esta sua primeira lide. No seu segundo, complicado e tardo, procurou dar-lhe a lide adequada, movendo-o para diversos terrenos deixando um terceiro curto de muito nível numa lide interessante.

02/09 Montijo O terceiro da noite foi a mais pois de início mostrou-se algo andarilho. Andou bem João Moura Caetano a procurar fixá-lo e em crescendo na ferragem curta, com boas preparações ferros de categoria com destaque para o seu quarto curto.

07/09 Lisboa Campo Pequeno A actuação a solo de João Moura Caetano foi de alto quilate pela classe, equilíbrio e souplesse com que fez as coisas. A brega templada, com hermosinas ajustadas e o toiro bem embebido na garupa das montadas, a forma como citou, a mostrar-se e a cravar de alto a baixo, ferros de elevada categoria. Um triunfo importante em Lisboa, com as câmaras de Onetoro a levá-lo a todo o Mundo.

30/09 Chamusca Com um toiro que não teve andamento, que quase não investia, coube a João Moura Caetano abrir praça e ter de por tudo do seu lado para consumar as sortes, com destaque para dois curtos. Não teve toiro para mais.

8/10 Azambuja João Moura Caetano voltou a presentear os aficionados com uma lide de beleza, de arte, de bom toureio, em especial na série de curtos e quando montou o “Campo Pequeno”. Aqueles pormenores de brega, de toureio caro, os recortes e paragens na cara do toiro e uma série de curtos de elevado nível na mais artística actuação da tarde azambujense.

28/10 Évora João Moura Caetano recebeu ambos os toiros á porta-gaiola. O seu primeiro foi manso e deixou-lhe dois curtos dobrando-se bem nas preparações para o deixar mais bem colocado. A série de curtos foi em crescendo com bons ferros e bons remates. No que encerrou praça, e que serviu, foi possível vê-lo de novo ao seu melhor nível artístico, montando esse craque que é o “Campo Pequeno” na série de curtos. Pensando bem na cara do toiro, executando com classe e com arte, os ferros curtos tiveram maior expressão e os remates foram primorosos. E aquela fase final em que o cavalo pára a curta distância da cara do toiro e permite a cravagem num “palmo” de terrenos, é arte pura.

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Luís Rouxinol Jr

 16/06  Barquinha E uma grande actuação de Luís Rouxinol Jr frente ao bom sexto toiro da noite. Uma lide bem conseguida, com bons momentos na brega e na execução das sortes, desde os compridos até aos curtos que tiveram impacto e chegaram às bancadas. Uma actuação em grande plano, prpoveitando ao máximo as boas condições do toiro.

29/07 Caldas da Rainha Luís Rouxinol Jr aguentou bem a carga inicial do Vinhas em várias voltas à arena de deixou-lhe depois 2 compridos e na série de 4 curtos esteve em bom plano, rematando com um de palmo à 2ª passagem.

6/08 Abiúl Luís Rouxinol teve uma boa primeira lide, entendendo bem o toiro e aproveitando-o ao máximo em especial na série de curtos, ao som de música e de aplausos do público a quem brindou a lide tal como aos organizadores. O seu segundo foi exigente, com mobilidade mas a obrigar Rouxinol a puxar dos galões. A série de curtos com o “Douro” foi de nível, bem na brega e nos remates das sortes, terminando esta sua passagem por Abiúl com um de palmo e um bom par de bandarilhas com o toiro nos médios.

08/09 Lisboa Campo Pequeno Luís Rouxinol Jr sacou o melhor partido das boas investidas do quinto da noite desde que o recebeu à porta gaiola e lhe cravou dois compridos. A série de curtos, escolhendo bem os terrenos, foi de muito boa nota e o segundo curto foi o seu melhor. Rematou com dois de palmo sob os aplausos do público.

24/09 Sobral M. Agraço Luís Rouxinol Jr teve uma boa lide com um segundo bom comprido e uma série de 4 curtos de boa nota, rematando com um de palmo e um bom par de bandarilhas a pedido do público.

30/09 Chamusca Também Luís Rouxinol Jr esteve em bom plano na brega e na cravagem frente a um cumpridor toiro de Prudêncio.

01/10 Vila Franca Luís Rouxinol Jr precisa de toiros que carreguem para desbobinar o seu toureio. O primeiro comprido foi de boa nota depois de ter recebido o toiro à porta de curros e teve bons momentos com a ferragem curta pelo que arriscou. No que foi sexto da ordem, boa actuação em especial com a ferragem curta.

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Luís Rouxinol

26/03 Vila Franca - Luís Rouxinol que teve de terminar com o par de bandarilhas exigido pelo público

25/06 Alcácer do Sal A corrida abriu com uma grande actuação de Luís Rouxinol que brindou ao seu apoderado Rui Bento que cumpria 35 anos de alternativa de matador de toiros. Uma lide em crescendo, com bons pormenores de brega, dois bons compridos e curtos em sortes frontais com bom desenho e boa cravagem, rematando a sua passagem pela arena alcacerense com um bom par de bandarilhas e um ferro de palmo.

06/08 Abiúl Luís Rouxinol teve uma boa primeira lide, entendendo bem o toiro e aproveitando-o ao máximo em especial na série de curtos, ao som de música e de aplausos do público a quem brindou a lide tal como aos organizadores. O seu segundo foi exigente, com mobilidade mas a obrigar Rouxinol a puxar dos galões. A série de curtos com o “Douro” foi de nível, bem na brega e nos remates das sortes, terminando esta sua passagem por Abiúl com um de palmo e um bom par de bandarilhas com o toiro nos médios.

08/09 Lisboa Campo Pequeno Depois das sempre bonitas cortesias à antiga portuguesa, abriu praça o cavaleiro Luís Rouxinol com uma actuação de mestre, desde logo no 1º comprido e na forma como recebeu o imponente Charrua e que foi um bom colaborador para o êxito do cavaleiro de Pegões. Bons ferros curtos, preparações e remates bem medidos, numa actuação rematada com um bom par de bandarilhas com o toiro nos médios e um ferro de palmo.

10/09 Sobral M. Agraço A chuva que se fez sentir a partir sensivelmente das 17h15, logo após o findar das cortesias,primeiro mais miudinha e depois mais forte, levou ao cancelamento da corrida após a lide Luís Rouxinol ao primeiro e único toiro desta tarde em Sobral de Monte Agraço

28/10 Évora Luís Rouxinol cumpriu frente ao distraído primeiro da tarde, um toiro que não se definiu. Rouxinol recebeu-o bem, em curto, dobrando-se para o fixar e deixou dois bons compridos. Com os curtos o toiro começou por dificultar o momento da reunião e só a partir do 3º curto, a mais curta distância do oponente, vieram os melhores momentos, para rematar com um de palmo. No quarto da ordem, após um longo intervalo, cumpriu na ferragem comprida e teve bons curtos, a aguentar na reunião nos dois últimos e a finalizar com um bom par de bandarilhas.

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Tristão Telles Queiróz

14/07 Lisboa Campo Pequeno Um interregno de alguns minutos para embolação do sobrero já que o quinto saiu inferiorizado e foi devolvido e Tristão a assinar uma actuação vibrante.

29/07 Caldas da Rainha Finalmente Tristão Telles de Queiróz lidou o Veiga Teixeira que não lhe facilitou a vida. O 4º curto foi o melhor da sua actuação.

24/09 Sobral M. Agraço Para fechar o capítulo das lides a cavalo actuou Tristão Telles de Queiróz também ele numa lide de intermitências. Dois curtos de boa nota e depois dois toques nos ferros de violino. Rematou com um de palmo.

30/09 Chamusca Tristão Telles de Queiróz está num bom momento teve uma meritória actuação com um bom primeiro comprido e um 3º curto também de nível