“Ó MEUS AMIGOS… NÃO HAVIA NECESSIDADE…” – 4 LONGAS HORA DUROU A CORRIDA DE HOMENAGEM AOS 50 ANOS DOS FORCADOS DE AZAMBUJA
Praça de Toiros “Dr. Ortigão Costa” – Azambuja – 28/10/17 – Corrida Mista
Director: Lourenço Luzio – Veterinário: José Luís Cruz – Lotação: ¾
Cavaleiros: Rui Salvador, Luís Rouxinol, Ana Batista, Manuel Telles Bastos, Soraia Costa
Forcados: Amadores de Azambuja (antigos e actuais)
Matador: Manuel Dias Gomes
Novilheiro: Rui Jardim (prova de praticante)
Ganadarias: Herdade de Camarate (1º, 2º, 3º, 4º, 7º), Calejo Pires (5º), João Ramalho (6º)
“Ó MEUS AMIGOS… NÃO HAVIA NECESSIDADE…” – 4 LONGAS HORA DUROU A CORRIDA DE HOMENAGEM AOS 50 ANOS DOS FORCADOS DE AZAMBUJA
Todos nós sabemos que os espectáculos ou têm ritmo ou perdem interesse. Ponto. Não há espectáculo que prenda a atenção de quem quer que seja se se prolongar por 4 longas horas, com cortes motivados por algumas homenagens que, sendo devidas, têm de ser executadas com a necessária rapidez e não cortar o espectáculo. O intervalo foi enorme e o último exemplar da corrida foi lidado de noite cerrada terminando pelas 20h o que se iniciara pelas 16… Quem quiser que tire as devidas ilações. Foi fastidioso de mais e tudo o que os actuantes fizessem de positivo passou quase que a secundário com o decurso do tempo.
Rui Salvador lidou com acerto o primeiro da tarde, andarilho e algo distraído. Três bons curtos numa lide que teve interesse de principio a fim.
Luís Rouxinol assinou o triunfo da tarde no toureio a cavalo frente a um novilho que cumpriu. Esteve bem a lidar e a cravar, com dois bons compridos e três curtos a que se seguiu o de palmo, um bom par de bandarilhas e um de violino.
Ana Batista esteve com raça e entrega na lide do terceiro que foi manso e tardo. Esteve bem a cavaleira de Salvaterra, com dois curtos de boa nota e um de palmo a rematar uma boa actuação.
Manuel Telles Bastos enfrentou um manso que cedo procurou tábuas. Bem na brega a procurar tirá-lo de tábuas, acabou por ter de deixar 3 ferros a sesgo, depois de dois bons compridos. O quarto curto foi importante pela forma como mostrou o seu sentido de lide e o cravou com raça.
A jovem Soraia Costa sentiu imensas dificuldades para deixar os ferros no manso impossível que foi o último da tarde/noite. Esforçada e com garra.
Manuel Dias Gomes esteve muito bem de capote frente ao novilho de Calejo Pires que acabou por durar pouco na faena de muleta. Dias Gomes teve uns bons derechazos e naturais sem conseguiur redondear a sua actuação porque o novilho teve pouco recorrido e o diestro teve de abreviar.
Decidido e em novilheiro esteve Rui Jardim. Uma larga cambiada de joelhos á porta-gaiola e outro nos tércios, prosseguindo com verónicas, mostrando bom estilo. Lidou um novilho de João Ramalho que cumpriu na boa faena de muleta que construiu com bons muletazos por ambos os pitons e a agradar.
Antigos e actuais forcados dos Amadores de Azambuja fardaram-se para esta festa e alguns dos mais antigos foram forcados de cara, com raça e valor e a merecerem todo o nosso respeito. Pedro Miguel Sousa, com raça e á 1ª emendou o seu colega Fábio Nunes que saiu lesionado na sua segunda tentativa. Bruno Fróis efectuou rija pega à 2ª tentativa, seguido por João Pedro Sousa que à segunda e a sesgo consumou a pega ao terceiro da ordem e a dobrar José Quitério que saiu lesionado à segunda tentativa. Humberto Maltez concretizou à segunda uma rija pega de caras com grande intervenção do 1º ajuda. 1º ajuda que seria determinante na consumação da última pega, muito dura, e que esteve a cargo de Renato Pereira na melhor das cinco pegas, consumando à segunda.
Na direcção da corrida esteve Lourenço Luzio, também ele antigo forcado dos Amadores de Azambuja, condescentente em demasia com os tempos mortos das homenagens, do intervalo e na concessão de música a Soraia Costa, assessorado pelo veterinário José Luís Cruz.
Parabéns aos Amadores de Azambuja pelos seus 50 anos de existência.
Crónica e fotos de António Lúcio