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BARREIRA DE SOMBRA

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MOITA - NOITE HISTÓRICA PARA TOMÁS BASTOS: 2 VOLTAS E SAÍDA EM OMBROS PELA PORTA GRANDE

13.09.23 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Praça de Toiros “Daniel do Nascimento” – Moita – 12/09/23 – Corrida Mista

Director: João Cantinho – Veterinário: Jorge Moreira da Silva – Lotação: 2/3 fortes

Cavaleiros: Rui Fernandes (volta – volta), Duarte Fernandes (volta – volta)

Forcados Amadores da Moita (volta – volta- volta)

Matador: Juanito (volta – ovação)

Novilheiro aspirante: Tomás Bastos (2 voltas e saída em ombros)

Ganadarias: Canas Vigoroux (volta pós lide do 5º); Calejo Pires (2 voltas após lide do 4º)

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NOITE HISTÓRICA PARA TOMÁS BASTOS: 2 VOLTAS E SAÍDA EM OMBROS PELA PORTA GRANDE

Noite histórica a protagonizada pelo benjamim dos novilheiros sem picadores, Tomás Bastos, autor de uma extraordinária e aclamada faena e premiada com a saída em ombros pela Porta Grande da “Daniel do Nascimento”. Foi arte pura, foi perfume de raras essências, foi profundidade dos muletazos, foi tourear como só os eleitos, os predestinados, o podem e conseguem fazer. E colocar todo o público de pé, a aplaudir o seu labor, foi algo de mágico e de histórico que fez abrir de par em par a Porta Grande. Foi o sonho transformado realidade na intuição e habilidade toureira de um jovem que é de Vila Franca e se chama Tomás Bastos, fazendo ressurgir o solgan de sue tio-avô José Júlio e que percorreu o mundo taurino. Enhorabuena Tomás e que Deus te acompanhe nesta caminhada, longa e cheia de espinhos, mas também de muitos momentos mágicos como aqueles que proprocionastes na noite de terça-feira na Moita. Lidou um excelente novilho de Calejo Pires premiado com volta á arena.

A tradicional corrida do Município abriu a Feira Taurina da Moita, e como sempre, uma corrida mista com aliciantes que não defraudaram, bem pelo contrário.

Abriu praça Rui Fernandes com uma lide bem medida, com classe na brega e nos remates e bons ferros que começaram a aquecer o público mas onde faltou um pouco mais de toiro para emprestar mais emoção às sortes.

Pouco visto entre nós, seu sobrinho Duarte Fernandes foi a primeira lufada de ar fresco da noite, também ele autor de uma boa lide, na justa medida ao que o toiro pedia e permitia e rematada de forma espectacular com um curto de grande nível e no remate duas ajustadas e arrimadas piruetas que fizeram o público levantar-se para o aplaudir.

A lide a duo foi de bom entrosamento entre os dois cavaleiros, bem na brega e nos remates, com um comprido cada e dois curtos de boa nota, sem momentos mortos e a deixarem ainda um de palmo cada um numa lide que agradou ao grande público frente a um bom toiro de Canas Vigorou premiado com volta à arena para a representante da ganadaria. Também os outros dois da lide a cavalo foram de Canas Vigoroux.

Juanito exibiu-se a contento de capote frente ao 3º da noite, de Calejo Pires e que cumpriu. Esteve Juanito bem de muleta pelo lado direito, com algumas boas séries e depois pelo lado esquerdo não houve tanta potabilidade nas investidas do toiro. Teve um final de faena arrimadíssimo e deu volta sob fortes aplausos. O seu segundo, também de Calejo Pires, precisava ter levado uma varita já que por vezes as suas investidas eram algo descompostas, mostrando mais génio que bravura. Faena a cumprir mas sem grandes cometimentos.

Para as pegas dos 3 toiros lidados a cavalo saltaram à arena os Amadores da Moita: João Raposo, o cabo, consumou à segunda, seguido de João César muito bem e à 1º, tal como David Solo no quinto da noite. O Grupo ajudou bem e teve uma boa prestação.

Dirigiu com acerto João Cantinho, apesar de permitir demasiados tempos mortos antes do toureio a pé. Foi assessorado pelo veterinário Jorge Moreira da Silva.

Texto: António Lúcio