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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

HOJE TOUREIO EU... CAMINHAMOS A PASSOS LARGOS PARA O FINAL DA TEMPORADA

19.09.24 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Tenho andado absorto por novos projectos, por novas realidades e algumas delas não passam pela vertente taurina. Mas também algo desmotivado, ao fim de quase 40 anos detsa actividade, pela falta de elementos aglutinadores que façam algo de diferente para melhor, que criem novas e fundadas expectativas e que possam dar um novo alento à nossa tauromaquia. Competição dentro da arena é necessária e é também imperioso que essa competição crie novos aficionados, que desperte paixões e emoções dentro e fora das arenas. Existem, na nossa festa brava, muitas particularidades e singularidades que importa estudar.

Ao longo de todos estes anos que levo de aficionado consciente, vi muitas figuras, muitas modas, vi tentar serem implementadas as corridas picadas (que não tiveram continuidade), vi aparecerem e desaparecerem dezenas de artistas e de empresários. E com o advento das novas tecnologias, há blogues, sites, individuos que tiram fotos a tudo o que mexe, outros que escrevem como lhes dá "na gana", sem se importarem (por desconhecimento de conceitos básicos  talvez) com a repercussão que podem ter as palavras que escreveram, e por aí fora, colocando em causa o trabalho limpo, independente e honesto de outros tantos.

O protagonismo deve ser, sempre e só, dos artistas, daquilo que fazem face aos toiros que têm por diante e mais nada. Se foi bom ou se foi mau, se teve impacto positivo ou negativo nas bancadas, no povo que paga e sustenta o espectáculo. Sim, eu vou aos toiros e faç as minhas apreciações ao que foi feito pelos artistas face aos toiros que tiveram por diante. Não ao que outrso escrevem ou fotografam ou pensam. E cuidando sempre de realçar os aspectos positivos. E nunca me dei mal. Nem precisei de fazer favores a quem quer que fosse. Sempre mantive a minha independência, com todos os custos associados que implica ser independente, elegendo os espectáculos em que estive/estou presente.

Quando esta temporada se aproxima do fim, estarei muito longe dos números de há 20 ou 25 anos atrás, quando acompanhava 90 a 100 espectáculos por temporada. Mas estarei sempre fiel aos meus princípios, livre como um pássaro na natureza e com capacidade para dizer adeus no dia em que me apetecer.

Por isso aproveitem bem os próximos espectáculos taurinos, apoiem os mais jovens, vão às praças e sejam felizes.

António Lúcio, Sobral de Monte Agraço, 19.09.24

Foto: Ana Serra