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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

ELES MOVIMENTAM-SE E APROVEITAM A NOSSA INACÇÃO

16.03.18 | António Lúcio / Barreira de Sombra

O episódio da Garraiada da Queima das Fitas de Coimbra é apenas e só mais um dos muitos que têm acontecido e cuja repercussão mais mediática não tem sido de maior relevo nas redes sociais porque ignorados em muitas dessas situações. Alverca não quer sequer as tradicionais largadas; Peniche aderiu á rede anti-taurina, Setúbal tudo faz para que não haja toiros e as obras da praça Carlos Relvas não atam nem desatam… e nós passamos o tempo a mandar farpas uns a outros nas redes socais por tudo e por coisa nenhuma.

 

Lisboa, Campo Pequeno, qualquer noite de 5ª feira. Uma chinfrineira impossível de se aturar com os anti-taurinos em cima de um dos principais acessos à praça de toiros a insultar tudo e todos, violando os mais básicos direitos dos cidadãos, com a complacência das autoridades que os “encaixotam” num quadrado 10x10 e os deixam lançar todo o tipo de insultos e vitupérios que imaginar se possa.

 

E o que fazem, a empresa do Campo Pequeno, a Prótoiro e outras associações de classe? Assobiam para o lado quando o que deveriam fazer era requisitar á Câmara Municipal de Lisboa o espaço envolvente à Praça de Toiros/Centro de Lazer para manifestações culturais nos dias de corrida, criando sinergias com as autarquias locais, as bandas de música, ranchos folclóricos, grupos de sevilhanas, fadistas etc, montando um palco, etc etc… Acabavam as manifestações em cima da praça e os antis teriam de se colocar no lado oposto da Avenida.

 

Mas não menos importante, quiçá, bem mais importante, é o trabalho de lobbying que é urgente fazer em todas as autarquias onde haja vereadores do PAN e/ou do BE que procuram a todo o custo travar as tradições taurinas esquecendo o enorme património histórico-cultural e identitário das suas localidades e do legado deixado pelos seus antepassados.

 

Em Viana do Castelo aconteceu o que aconteceu e as corridas de toiros acabaram… Em Espinho, a praça foi vendida pela Câmara local. Em muitos sítios corremos o risco de, por vontade de meia dúzia, sermos privados do nosso espectáculo favorito, de vermos diminuídos os nossos direitos enquanto cidadãos, apenas porque somos reactivos (e pouco) e continuarmos a pensar que «os cães ladram e a caravana passa.»

 

É urgente uma demonstração de força e em força para verem que não andamos a dormir e que temos um peso que eles desconhecem. Toiros e cavalos, campinos e forcados, cavaleiros, bandarilheiros, agricultores, em manifestação invadindo Lisboa quiçá ainda seja pouco para que percebam quantos somos e o que valemos. Escolas de toureio em exibições de salão e forcados em demonstração de pegas na Gare do Oriente, no Terreiro do Paço, em Belém, no Campo Pequeno, no Marquês de Pombal, no Rossio…

 

Manifestemos o nosso apoio à nossa tradição secular.