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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

E EM 2017 TEREMOS MAIS QUALIDADE E DIVERSIDADE?

29.12.16 | António Lúcio / Barreira de Sombra

IMG_4909.JPGEm finais de 2015 efectuei alguns votos para este ano de 2016, uns quantos a cumprirem-se e a deixar-me com vontade para aqui formalizar mais uns quantos, estes para o ano de 2017 que está já aí à porta.

 

Houve, neste 2016 em fim de vida, mais corridas com toureio a pé e, nestas, com mais qualidade e envolvimento popular como há muito se não via. Mas este arrebato de entrega popular ao toureio a pé e a alguns toureiros, precisa de continuidade em 2017. Pelo que vamos escutando nos mentideros da festa brava, provavelmente teremos mais espectáculos com toureio a pé e de qualidade pelos nomes que se falam e que podem proporcionar a tal revolução que urge fazer.

 

A corrida mista é a que pode trazer maior diversidade pois permite conjugar cavaleiros, forcados e matadores de toiros. E, se olharmos um pouco para a história dos anos de oiro do toureio a pé em Portugal, veremos que a generalidade das corridas eram mistas e algumas até de 8 toiros. Este ano de 2016 veio potenciar o toureio a pé e mostrar que as mistas têm toda a razão de ser e podem levar gente às praças.

 

Como parece óbvio, espectáculos como aquele em que Morante toureou em Lisboa, têm toda a razão de ser e são excepcionais porque não se repetem em mais praças, levando a que, por esse carácter único, o público seja em bom número. Presenças como as de Padilla, Finito, Juli, Fandi, podem ser uma forma de levar mais público às praças, seja com cavaleiros e forcados seja em corridas só de matadores.

 

Mas, atenção. Há que ter muito cuidado nas combinações para que resultem em espectáculos únicos, com ganadarias que tenham alguma garantia de investir, e que haja qualidade. A relação preço/qualidade tem de ser vantajosa para aqueles que se sentarem na bancada, sabendo todos nós que a condicionante toiro será sempre isso, uma condicionante.

 

Os senhores empresários devem ter o máximo cuidado nessas combinações e, mais, terem o máximo respeito pelas datas tradicionais e não se atropelarem na ânsia de serem os primeiros a apresentar o toureiro A ou B numa determinada praça. As datas que levam público ás praças são as tradicionais e o actual panorama financeiro da maioria das famílias portuguesas não permite um «abrir de cordões da bolsa» que viabilize demasiadas corridas.

 

Por isso se pede qualidade e não quantidade. Para que haja diversidade. Para que o público tenha vontade de repetir a sua presença num desses espectáculos que marque a diferença.

 

Que 2017 possa ser uma grande temporada para todos são os nossos votos.