Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

Barreira de Sombra - Temporada de 2016 - 10ª. Crónica – 29/Junho/2016

jandrade1.jpg

Não será vitupério da minha parte, neste espaço, vir tecer uma opinião sobre o retorno financeiro, que advêm, ou pode advir, de realização de corridas de toiros. Quando se fala tanto em retorno, elevando a economia a deusa soberana de tudo, a que não escapa, naturalmente, o mundo dos toiros, quer na vertente empresarial da realização de corridas de toiros, quer no âmbito geral da actividade, no seu todo, mais que um mero interesse ocasional, é compreensível, quem acompanha a Festa, que tenha interesse no seu todo. Daí ser grato poder tomar conhecimento, ou poder registar o público conhecimento, de quanto se investiu, e quanto desse investimento teve retorno, coisa que aqui pelo nosso muito português mundillo, é atitude rara e, diria, sacrilégio. O segredo, atitude cultivada pelos organizadores, os empresários tauromáquicos, mas também, pelos responsáveis autárquicos e agentes económicos locais, parece assim ser coisa fora do tempo, coisa que já não se usa numa economia moderna. Esta atitude dos empresários nacionais - já sabemos que o ar de Lisboa é perigoso para a boa saúde mental – é portanto incompreensível, e indefensável, pelo que as excepções, se é que as há, só confirmam a regra. Dúvidas? Só mesmo para quem não conhece o meio politico e empresarial, e do país, ou nos contactos, não vai além dos chico-espertos. E a esperteza, ou melhor, a inteligência, manda olhar o que se vai passando no mundo. É que a aldeia global, apesar de tudo, continua cada vez mais aldeia e saloia, mas é uma parolice mais polida. Daí não estranhar que cá, ou por cá, pelo mundillo português, o segredo do negócio, é cultivado com carinho, coisa muito diferente daquela que os nossos vizinhos espanhóis, talvez mais abertos, inovadores e dinâmicos, praticam. Assim, sobre o retorno que provém dos eventos onde a Festa dos Toiros é o aspecto central, em Espanha, que me recorde, só até esta altura da temporada, em estudos, ensaios, e outras formas de sério rigor comprovável, são vários os trabalhos que por terras de D. Quixote já foram publicados e apresentados, o último dos quais, importante e interessante, sobre a Feira de Hogueras, que decorreu este fim de semana em Alicante. A divulgação pela A.N.O.E.T. (Associação Nacional de Organizadores de Espectáculos Taurinos) que a Feira de Hogueras deve ter tido um impacto económico de mais de (oito milhões de euros) - 8.325.000 euros  só na  cidade de Alicante, é um acto e exercicio que merece registo e atenção. - Só nos sectores turísticos, hoteleiros e de transporte, os milhares de aficionados que se deslocaram a Alicante, devem ter gerado um impacto económico de 4.450.000 euros.

 

Mas isto é lá, em Espanha. Cá, por cá, os únicos números, falaciosos, deturpados, que são apresentados como sendo os dados da verdade, são aqueles que os anti-taurinos, não se cansam de propagandear, e que o silêncio de quem tem interesse e responsabilidade no meio, faz parecer verdade. Uma mentira dita muitas vezes, até acaba por se tornar verdade, dizem, e eles, os anti-taurinos, que são poucos, insignificantes, mas sabem usar a mentira e a repetição, para fazerem valer como verdade os seus fins.

 

Das duas tardes que o Canal Toiros transmitiu, o meu destaque volta a ser para  a entrega de todos os intervenientes, com muitas orelhas. Depois a colhida muito feia e grave de Manuel Escribano, e também o bom jogo que deram a quase totalidade dos toiros lidados, isto apesar de ser uma praça de terceira categoria. Isto é, sem a obrigação de apresentar toiros ‘especiais’, que têm por imposição legal de receberem duas varas. Uma praça e uma aficion que parece que vai aos toiros para se divertir, para ser emocionada, e deixar que a empolguem com arte, e entrega. E a Feira de Hogueras em Alicante, foi uma fogueira que aqueceu a Festa.

 

Do Norte, com um abraço

José Andrade

Mais sobre mim

imagem de perfil

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub