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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

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ANÁLISE DA TEMPORADA 2018 DO "BARREIRA DE SOMBRA" - CAVALEIROS DE ALTERNATIVA

23.10.18 | António Lúcio / Barreira de Sombra

CAVALEIROS.JPG

A listagem completa dos cavaleiros de alternativa e rejoneadores que vimos actuar em 2018, num total de 31 artistas é encabeçada por Francisco Palha, seguido por Luís Rouxinol, António Ribeiro Telles e Filipe Gonçalves, conforme quadro seguinte:

CAVALEIROS DE ALTERNATIVA

CORRIDAS

TOIROS

Francisco Palha

13

21

Luís Rouxinol

13

19

António Ribeiro Telles

11

18

Filipe Gonçalves

11

17

Luís Rouxinol Jr

9

12

João Telles Jr

6

12

Ana Batista

6

11

João Moura Jr

4

8

Manuel Telles Bastos

6

7

Moura Caetano

4

7

Gilberto Filipe

5

6

David Gomes

4

5

Diego Ventura

2

5

Marcos Bastinhas

3

5

Vitor Ribeiro

3

5

Parreirita Cigano

4

4

Marco José

2

4

Sónia Matias

3

3

Rui Fernandes

2

3

Andrés Romero

2

3

Duarte Pinto

2

3

Marcelo Mendes

3

3

Miguel Moura

3

3

Gonçalo Fernandes

2

2

Salgueiro da Costa

2

2

João Moura  

2

2

Titio Semedo

1

2

Verónica Cabaço

1

1

Paulo Caetano

1

1

Joaquim Bastinhas

1

1

Rui Salvador

1

1

Vimos actuar 29 cavaleiros de alternativa e 2 rejoneadores no decurso da temporada de 2018, sendo que os casos da reaparição por uma noite de Paulo Caetano e Joaquim Bastinhas na sua segunda aparição em 2018 se revelaram momentos únicos e inesquecíveis pelas lições de cátedra que deram em Elvas a 22 de Setembro e que o “Barreira de Sombra” não quis deixar de acompanhar ao momento no Coliseu de Elvas.

 

Mas esta longa lista está encabeçada pelo triunfador da temporada, Francisco Palha, que vimos actuar 13 vezes e lidar 21 toiros e que teve vários momentos de grande nível, motivo pelos quais não foi difícil elegè-lo como o triunfador da temporada. A forma como aborda as sortes, aqueles ferros de fazer “parar o tempo e os corações” como aconteceu em Caldas da Rainha e em Vila Franca de Xira marcaram a temporada. Aqui ficam excertos do que escrevemos nas crónicas desses espectáculos.

 

FRANCISCO PALHA

24/03/18 – Santarém 

Para encerrar praça esteve Francisco Palha e com ele os momentos mais emotivos da fria tarde. Um excelente primeiro comprido em sorte de gaiola e o último curto a atacar bem o toiro e a aguentar quando este saiu de tábuas para cravar em todo o alto. Um grande final.

 

13/05/18 – Salvaterra de Magos 

Francisco Palha atravessa um excelente momento e a sua forma irreverente mas dentro dos melhores conceitos de toureio pode alcandorá-lo a um plano cimeiro na lusitana tauromaquia equestre. Arrisca, pisa terrenos que não são fáceis, compromete-se e às montadas e leva emoção ás bancadas. Foi assim em Salvaterra de Magos frente ao seu primeiro, de Canas Vigoroux, que teve alguma qualidade, mas sobre o mansote, bregando com critério e deixando alguns ferros que foram fortemente aplaudidos.

 

08/07/18 – Vila Franca de Xira

O triunfo da tarde teve a assinatura de Francisco Palha. Decidido, pisando terrenos de compromisso com um toiro que sempre procurou tábuas, decidiu atacá-lo nos seus terrenos e onde tinha arreões de manso. A ferragem curta foi de emoção em cada farpa que colocou, a atacar e com pouco espaço sempre para sair das sortes, o que conseguiu, com destaque para o quarto curto. Quis repetir e o toiro alcançou-o com um derrote forte na anca direita, sacando-o da sela e projectando-o para o lado oposto, felizmente sem consequências. Voltou a montar e rematou com outro bom ferro e o público de pé. Deu duas justíssimas voltas à arena.

15/08/18 – Caldas da Rainha  

Não deixou margem para dúvidas. Pela atitude, pelos terrenos pisados, por alguns grandes ferros e um outro do “outro Mundo” e que fez levantar o público das bancadas tal a verdade colocada na abordagem da sorte, no marcar dos tempos, na entrada portentosa ao pitón contrário, por como a montada se arredondou na sorte e permitiu a cravagem ao estribo e o remate como mandam os cânones. Foi o “grito do Ipiranga” de Francisco Palha e quem não souber o significado da expressão, pois que procure nos compêndios de História ou no google que está tão na moda!!!

Francisco Palha atravessa um momento muito importante para a sua carreira. Como referi na introdução a esta crónica, o 15 de Agosto em Caldas da Rainha foi o seu “grito do Ipiranga” e marca uma afirmação clara na candidatura ao pódio e ao primeiro lugar entre os seus pares. Bregou com classe, cravou bem a ferragem, pisou terrenos de compromisso frente a um manso que pediu o bilhete de identidade. Uma lide em crescendo e que teve no 4º curto um ferro do “outro Mundo” pela abordagem de largo, encurtando as distâncias provocando o toiro que apenas em curto e nos tércios se decidiu por uma investida forte e com a montada a aguentar essa entrada ao pitón contrário e a sair da sorte bem arredondada permitindo um ferro único.

 

16/08/18 – Arruda dos Vinhos 

Mas seria frente ao 5º, outro manso, de arreões, da ganadaria de Santa Maria que teria os seus melhores momentos, com alguns ferros de muito boa execução e terminando com outro de bastante mérito em sorte a sesgo. Venceu  o troféu “Junta de Freguesia de Arruda dos Vinhos para Melhor lide”.

 

13/09/18 – Moita 

Francisco Palha está imparável. O segundo comprido, o melhor da noite, em viagem de largo, a provocar a investida do toiro foi o prólogo para uma série de quatro curtos, todos de muito valor, a provocar o toiro e a ir ao seu encontro provocando-lhe a saída de tábuas e cravando ferros que fizeram o público levantar-se das bancadas.

 

07/10/18 – Vila Franca de Xira 

Francisco Palha recebeu bem o bravo São Torcato. Depois dos compridos que foram bons, a série de curtos foi em crescendo, com uma boa brega, sortes frontais bem desenhadas e os dois últimos curtos a fazer parar o relógio e os corações. Momentos importantes de uma das melhores lides de Palha em 2018 frente a um toiro que mereceu volta á arena e chamada do ganadeiro dando o cavaleiro 2 aplaudidas voltas á arena.

 

LUÍS ROUXINOL

Em segundo lugar no nosso ranking da temporada 2018 no que a cavaleiros de alternativa diz respeito, ficou Luís Rouxinol, um valor seguro, um cavaleiro que dá sempre tudo em cada lide para triunfar. Um caso sério. Das crónicas que fizemos, aqui deixamos alguns excertos onde se referem as lides de Luís Rouxinol.

 

06/05/18 – Vila Franca de Xira

Luís Rouxinol lidou bem o seu primeiro, com boas preparações, bons ladeios, deixando o toiro colocado para a cravagem da ferragem, destacando-se nos terceiro e quarto entrando bem de frente. No que foi quinto e que se arrancava de qualquer lado mas sem aquela convicção, sem aquela acometividade que dá emoção, deixou bons ferros e rematou com palmitos que o público aplaudiu.

 

30/06/18 – Montijo

Luís Rouxinol não deixa créditos por mãos alheias e esteve muito bem nas preparações e nos remates onde houve bons momentos como, aliás, haveria na cravagem da ferragem rematada com um bom par de bandarilhas, entre fortes aplausos. Uma boa actuação de Rouxinol.

 

19/07/18 – Lisboa, Campo Pequeno

No capítulo das lides a cavalo, podemos afirmar que Luís Rouxinol se apresentou com ganas de triunfo e que esteve melhor no segundo do sue lote. Um bom par de bandarilhas e bons remates foram o culminar de uma prestação com a chancela do cavaleiro de Faias, Pegões.

 

28/07/18 – Caldas da Rainha

Luís Rouxinol não perde nem a feijões e esse seu espírito combativo levou-o a, uma vez mais, pisar terrenos de compromisso, a cravar bons ferros, a bons remates e a finalizar a sua actuação com um bom par de bandarilhas e um de palmo. Grande actuação também para Rouxinol.

 

24/08/18 – Lisboa, Campo Pequeno

Luís Rouxinol atravessa um grande momento e isso foi patente e notório na forma como se empregou na brega e no tremate das sortes. O seu primeiro, um precioso burraco, saiu algo trotão, mansote e com pouca chama. Rouxinol teve no terceiro curto o seu melhor ferro nesta lide, entrando em terrenos de compromisso e rematou com um ferro de violino. No bravote quinto da noite, que teve qualidade nas investidas encastadas, o cavaleiro das Faias esteve inspirado na brega, lidando muito bem e deixando bons curtos que o público aplaudiu com força. Terminou com um de palmo e um bom par de bandarilhas.

 

ANTÓNIO RIBEIRO TELLES

Um caso sério é, ao fim de 35 anos de alternativa, António Ribeiro Telles, outro dos nossos triunfadores da temporada. É um prazer enorme poder assistir e desfrutar de muitos dos grandes momentos de toureio que António Telles nos apresenta. E 2018 foi um ano em grande, culminando com o absoluto triunfo em Vila Franca no mano-a-mano com Diego Ventura.

Vejamos o que conseguimos encontrar nas crónicas da temporada.

06/05/18 – Vila Franca 

António Telles teve uma primeira lide de enorme nível quer na forma como bregou quer na ferragem de grande mérito que deixou a este toiro, pisando terrenos de compromisso para deixar grandes ferros que o público soube aplaudir fortemente, Mas foi no quarto da quente tarde, a fava do curro, que António mostrou toda a sua mestria para abordar as sortes e as concretizar levantando o público nas bancadas. O seu terceiro curto é de antologia pela forma como atacou o toiro de frente e com um ligeiro quarteio deixou o ferro bem no alto. Nota dez.

 

13/05/18 – Salvaterra de Magos 

Verdade, entrega, ferros ao piton contrário, num conceito de lide total mostrando que está como as grandes reservas dos melhores vinhos, António Telles foi o grande triunfador da corrida. Lidando como poucos, encontrou os melhores terrenos para deixar a ferragem ao toiro do Conde de La Maza que teve alguma qualidade e mobilidade para dar emoção aos ferros curtos. Mas foi no bravo e que teve classe nas investidas de Veiga Teixeira, imponente, que António Telles nos trouxe as maiores emoções ao aguentar as cargas do toiro em voltas á arena com o cavaleiro a dominar e a deixá-lo colocado para ferros que levantaram o público das bancadas tal o ímpeto da investida, dominada na abordagem ao pitón contrário com reuniões justíssimas e onde o inevitável toque aconteceu num desses ferros colocados em terrenos proibitivos. António, com essa lide de mestria, ainda deu mais importância às qualidades do toiro.

 

09/10/18 – Vila Franca 

Uma corrida de toiros onde a seriedade e a competição imperaram, com claro triunfo do toureio clássico e puro à portuguesa a cargo de um Mestre consagrado, de seu nome António Ribeiro Telles.

E esta foi a noite da consagração da maestria de um dos maiores clássicos do toureio equestre á portuguesa, em noite de apoteose total. António Telles ofereceu-nos momentos inolvidáveis quer na forma como lidou – preparações, desenho das sortes e remates – sem concessões ao facilitismo, quer no entendimento dos toiros que teve por diante e das suas condições de lide, e ainda na forma como se recreou em alguns momentos ora com a máxima segurança a parar-se na cara do toiro após algumas cravagens, ora com arte na forma como usou a garupa da montada como se de um capote ou muleta se tratasse. A abordagem frontal, os ferros ao estribo, dois curtos de inegável valor, valentia  e poder, faltando palavras para adjectivas as 3 grandes actuações de António Ribeiro Telles. Indiscutivelmente o expoente máximo do toureio a cavalo á portuguesa. Quatro voltas à arena, duas delas no quinto da noite e chamada especial aos médios dizem bem do que o público se entregou ao magistério do cavaleiro da Torrinha.

 

OS OUTROS CAVALEIROS DE ALTERNATIVA DO NOSSO TOP 10

FILIPE GONÇALVES – 11 actuações, 17 toiros lidados

19/05/18 – Montijo - Filipe Gonçalves também andou em bom plano em ambas as lides. Boa brega, bem rematados os ferros e com o público a aplaudir a intervenção do ginete algarvio. Bons ferros curtos onde não faltou um belo par de bandarilhas e um violino, foram marca mais impressiva deste cavaleiro que chega facilmente ás bancadas.

 

05/08/18 – Abiul - . Seria na lide do bravo 4º da ordem que a alegria e irreverência do cavaleiro algarvio atingiria níveis elevados como o foi toda a sua lide iniciada com um ferro em sote de gaiola, prendendo desde logo o público. Bem a lidar, esteve em bom plano na cravagem da ferragem ora com entradas ao pitón contrário ora com sortes cambiadas que resultaram bem e rematou a sua passagem por esta arena com um violino, um palmo e um par de bandarilhas.

LUÍS ROUXINOL JR – 9 actuações, 12 toiros lidados

25/04/18 – Sobral de Monte Agraço - Luís Rouxinol Jr vinha com ganas de triunfo e isso foi patente logo na forma como recebeu o segundo da ordem. Dois bons compridos e uma boa série de ferros curtos, bem rematados e aplaudidos pelo público marcam uma actuação de triunfo nesta sua passagem pela arena sobralense. Há que contar com ele.

 

30/06/18 – Montijo - Luís Rouxinol Jr saiu disposto a arriscar e, como diz o ditado «quem não arrisca não petisca», o que é certo é que Rouxinol Jr petiscou o prémio de melhor lide. Envolveu-se na brega e nos remates das sortes, bem executadas e também, com alguma euforia popular nas bancadas, rematou com um bom par de bandarilhas.

 

23/09/18 – Montijo - Luís Rouxinol cantou mais alto no que encerrou praça e que para o júri composto por elementos de 7 Tertúlias montijenses foi a melhor da tarde/noite. A sua primeira lide foi curta, marcada por boa brega e com dois curtos de boa cravagem, rematando com um de palmo. No que encerrou praça, codicioso e que saiu com pata e foi bem recebido pelo cavaleiro de Faias, Pegões, deixou dois bons compridos e uma série de bons curtos rematando com um bom par de bandarilhas e um palmito entre as fortes ovações do público.

 

JOÃO RIBEIRO TELLES – 6 actuações, 12 toiros lidados

27/07/18 – Salvaterra de Magos - João Ribeiro Telles bailou com a mais feia, o terceiro da ordem, e o sexto também não ajudou nada. O seu primeiro saiu á arena e parecia completamente adormecido, não ligando á montada e tendo algumas investidas descompostas para o capote. A muito custo João Telles lhe cravou os compridos e, na série de curtos teve de comprometer a montada para deixar ferragem que teve mérito. No que encerrou praça voltou a estar bem por cima das qualidades do toiro quer na brega, cravando com mérito e terminando com um bom violino.

 

15/08/18 – Caldas da Rainha - João Ribeiro Telles também teve duas actuações que chegaram ao público. O seu primeiro, manso que buscava tábuas, teve muito que lidar e João Ribeiro Telles soube dar-lhe a volta. Bem na brega, teve alguns bons ferros pisando terrenos de compromisso. Os dois últimos foram de muito boa nota. No quinto da ordem, que saiu com pata e a apertar, teve uma lide de grande nível na cravagem dos curtos, o segundo com uma “paradinha” na reunião e os quarto e quinto em sortes frontais bem marcadas. Rematou com um de violino e outro de palmo.

 

ANA BATISTA  - 6 actuações, 11 toiros lidados

27/07/18 – Salvaterra de Magos - Ana Batista esteve em grande plano nas duas lides aos Canas Vigoroux que lhe tocaram por sorteio e com sorte pois foram os melhores do curro que veio de Castanheira do Ribatejo. Toiros que revelaram mobilidade e codícia, casta da boa e investiram com franqueza. Ana soube dar-lhes as justas lides, bregando bem, rematando como mandam as regras e deixando bons ferros compridos e curtos. E se na sua primeira lide houve dois ferros que caíram, não lhe faltou mérito pelos terrenos que pisou. Acarinhada e apoiada pelo seu público viu-se com muito agrado no seu conceito clássico.

 

23/08/18 – Baião - Emoção e uma enorme satisfação por testemunhar a grande actuação, firme, serena e ‘mandona’ de Ana Batista. Três toiros, três grandes momentos de lidar toiros, como Ana já à uns tempos não nos premiava. Foi uma ‘Senhora’ alegre e que transmitiu alegria. (José Andrade)

 

JOÃO MOURA JR -  4 actuações, 8 toiros lidados

05/04/18 – Lisboa - Moura Jr foi o triunfador da noite aproveitando muito bem as boas condições de lide do segundo da noite. Uma lide no estilo mourista, com boa brega e bons ferros curtos a fazer o público levantar-se na bancada em duas ocasiões. Uma grande actuação que viria a ser referendada frente ao quinto da ordem que, apesar de não ser tão colaborador, permitiu a Moura Jr voltar a exibir-se num nível acima da média.

 

24/08/18 – Campo Pequeno - Em terceiro lugar actuou João Moura Jr. O sue primeiro, uma verdadeira estampa, com muita presença, teve um comportamento estranho apesar de não comprometer no momento da sorte e até ter investido de largo por 2 vezes. Com ele desenvolveu uma lie com interesse, indo a mais na série de curtos que foram do agrado do público. Contudo seria no bom toiro sexto da noite, bravote e a investir em todos os terrenos que Moura Jr assinou alguns dos melhores momentos da noite. Bons ferros curtos, a atacar de largo e com reuniões ajustadas, dois deles rematados com duas ajustadas piruetas, levantaram o público dos seus lugares. Uma grande actuação a encerrar uma corrida cheia de motivos de interesse.

 

MANUEL TELLES BASTOS – 6 actuações, 7 toiros lidados

09/09/18 – Sobral de Monte Agraço - Manuel Telles Bastos teve também uma boa actuação, bem dentro do seu estilo clássico, com bons compridos e uma boa série de ferros curtos entrando recto e rematando bem as sortes, com o forte aplauso do público. Uma lide para registar e recordar.

 

14/10/18 – Caldas da Rainha - Manuel Telles Bastos lidou bem o terceiro Prudêncio. Andou bem na brega, desenvolto e acertado nas sortes deixando bons ferros que o púbico aplaudiu. O nosso destaque vai para o terceiro curto a aguentar a investida de largo do toiro, consumando bem.

 

JOÃO MOURA CAETANO – 4 actuações, 7 toiros lidados

19/05/18 – Montijo -  A 6ª corrida Raporal/Stec que teve lugar na quente tarde de sábado 19 de Maio na Monumental do Montijo teve no cavaleiro João Moura Caetano um claro triunfador nomeadamente com a brilhante lide que deu ao último da corrida.  Se no seu primeiro já havia apontado pormenores da sua clara vontade de triunfo, em especial na série de curtos, foi no toiro que encerrou praça que Moura Caetano mostrou a sua classe dando importância a um conceito de lide total, onde  a brega e os remates são importantes mas não menos importante o momento do ferro. E começou com dois excelentes compridos a deixar o toiro vir de largo e a cravar abrindo o quarteio apenas o suficiente para poder levantar o braço e cravar e com uma série de feros curtos com batidas ao pitón contrário onde o último foi de enorme mérito. Em grande momento e a merecer, claramente, a atenção dos aficionados e das empresas.

 

20/09/48 – Campo Pequeno - O lote que tocou a João Moura Caetano não teve qualidade e o toureiro de Monforte teve de mostrar as suas credenciais para lhes dar a volta. E se os toiros não tiveram sal nem pimenta, sem chispa nas suas investidas, foi exactamente o “Xispa” que permitiu a Moura Caetano exprimir parte da sua tauromaquia bem por cima dos dois toiros. Alguns bons momentos de brega, dois curtos de muito boa execução numa demonstração clara de que quem quer pode mesmo que faltem alguns condimentos.

 

Amanhã analisaremos a temporada dos restantes cavaleiros de alternativa e rejoenadores que vimos actuar em 2018.