A TEMPORADA 2020 QUE O BARREIRA DE SOMBRA ACOMPANHOU
MATADORES DE TOIROS
Com tão poucos espectáculos realizados nesta temporada de 2020 (foram pouco mais de 45 no total), é de realçar que se tenham dado corridas mistas ou só com matadores de toiros em praças como Lisboa, Caldas da Rainha, Moita e Vila Franca, praças onde marcámos presença.
Assim, a nossa lista de matadores de toiros que vimos actuar em 2020 (temos uma deslocação a Olivenza) ficou assim:
MATADORES | CORRIDAS | TOIROS |
Juanito | 4 | 7 |
Joaquim Ribeiro Cuqui | 2 | 3 |
Nuno Casquinha | 2 | 3 |
Antonio Ferrera | 1 | 2 |
António João Ferreira | 1 | 2 |
El Fandi | 1 | 2 |
El Juli | 1 | 2 |
Enrique Ponce | 1 | 2 |
No primeiro lugar da nossa classificação ficou João Silva “Juanito” que soube aproveitar, e bem, as oportunidades que lhe foram dadas em especial na Moita onde substituiu Miguel Ángel Perera e em Vila Franca alternando com El Fandi.
Joaquim Ribeiro “Cuqui” é, para mim, o grande triunfador neste capítulo devido ás suas grandes faenas em Caldas da Rainha na sua apresentação como matador de toiros em Portugal e com um bom toiro de David Ribeiro Telles, mas acima de tudo pela forma como o fez frente ao bravo e exigente toiro de Palha que lidou na Moita, sua terra natal e onde se apresentou também como matador de toiros.
Sobre a sua actuação em 15/08/2020 em Caldas da Rainha, escrevemos: “Dentro da praça o ambiente era de festa. E o ambiente contagiou os toureiros e forcados que se cotaram com boas exibições e com o matador de toiros Joaquim Ribeiro “Cuqui” a ter direito a duas simbólicas voltas à arena depois de ter estado em grande nível frente a um belíssimo toiro de Ribeiro Telles que era merecedor de volta á arena e chamada do ganadeiro. Com uma larga afarolada de joelhos recebeu o toiro e foi de joelhos em terra que continuou à verónica. Depois um belo quite por arrimadas e cingidas chicuelinas e um bom tércio de bandarilhas que lhe valeu forte ovação. A faena de muleta, templadíssima – as boas condições de lide do toiro em muito ajudaram – teve muletazos de muita qualidade, largo traço, profundidade. E o público, ávido de toureio a pé, e do bom, soube premiar o toureiro da Moita ovacionando-o de pé no final de duas das tandas de muletazos e obrigando à 2ª simbólica volta à arena. Foi o grande triunfador da tarde a par da organização da corrida, cumprindo-se o ditado que diz que “a sorte protege os audazes”.
Nuno Casquinha voltou a mostrar a sua raça e vontade de triunfo nas 2 corridas em que o vimos actuar.
António João Ferreira reapareceu no Campo Pequeno na corrida dos 70 anos da ganadaria Vinhas, e El Fandi não teve sorte na corrida de Vila Franca com os de Calejo Pires.