A semana do 15 de agosto é, por norma, considerada como a mais taurina do ano, aquela em que maior número de espectáculos se anunciam e realizam. E Portugal não é excepção, de norte a sul, de leste a oeste. É a semana louca, com grandes distâncias percorridas por toureiros e aficionados, pelos transportadores de toiros, bandas de música, porteiros, delegados técnicos tauromáquicos e, fotógrafos e críticos.

Em algumas localidades, com a presença de muitos emigrantes, multiplicam-se os festejos populares a par das corridas em praça. E os toureiros aproveitam a embalagem e toureiam bastante mais, aproveitando para rodar montadas novas nas praças de província e algumas desmontáveis.

Há alguns anos que deixei de acompanhar muitas corridas de toiros em dias consecutivos, não porque me falte afición mas porque a saúde não o permite e os custos associados ás deslocações têm um peso importante na bolsa de quem, como eu, é independente. Por isso vamos aos locais onde tradicionalmente costumamos ir, onde as deslocações são mais curtas e os cartéis continuam a ter interesse pela sua diversidade.

A Beira Interior, a Raia, vive, nesta época, as suas famosas capeias, encierros e forcão, mobilizando muitos milhares de espectadores. E as corridas de praça, da Idanha, Aldeia da Ponte, Nave de Haver e até URrós (Mogadouro) levam aos aficionados corridas de toiros. E sempre com um ambiente extraordinário. Assim como, mais próximo ao Porto, teremos corrida em Baião no dia 23 e mais tarde nas Feiras Novas em Ponte de Lima.

Viana do Castelo, Póvoa de Varzim e Espinho deixaram de ter praças de toiros fruto de decisões incompreensíveis.

Do Mondego para baixo a festa está bem viva também, assim como no Alentejo e Barrancos mantém a sua tradição e a morte dos toiros no final deste mês de Agosto.

O mês onde os emigrantes regressam às suas vilas e aldeias. E onde esta é a semana mais taurina e quiçá, mais louca, do ano.

Vá aos toiros e seja feliz.