A ANORMAL NORMALIDADE DOS NOSSOS TEMPOS REFLETIU-SE NA 1ª CORRIDA DO CAMPO PEQUENO EM 2020
Luís Miguel Pombeiro está de parabéns pela seriedade com que montou esta primeira corrida da temporada 2020 do Campo Pequeno e pela ousadia que teve em assumir os destinos da praça de toiros da capital, ela própia um ex-libris do mundo taurino. Contudo, a nova normalidade de um ano anormal pelas contingências que todos vivemos, com uso de máscara, distanciamento social e todos os outros etecéteras, refletiu-se na afluência do público e nos intervenientes no espectáculo.
Primeira batalha ganha mas convém não baixar a guarda. O público dos toiros ainda tem medo por via de tudo quanto ouve nas televisões e continua alarmado, logo, não vai a ajuntamentos e o espectáculo ressentiu-se disso. Outros esperaram para ouvir contar o que se passou para decidirem se vão à próxima. E há que reforçar a ideia de que é seguro ir aos toiros.
Iniciou-se a corrida cerca das 21h45 com umas atípicas cortesias em que todos os artistas usarma máscaras de protecção com os cavaleiros a apenas poderem saudar o director de corrida e de seguida a recuarem até à porta de quadrilhas. Cantou-se o hino no início e guardou-se em minuto de silêncio em memória das vítimas do Covid-19, dos bombeiros falecidos em combate aos incêndios e do matador de toiros Mário Coelho. Nas bancadas todos usavam máscaras e havia algumas clareiras.
É a anormal normalidade dos nossos tempos!...