MENDES E PADILLA TRIUNFAM; PROCUNA SEM SORTE NO LOTE
A corrida de matadores-bandarilheiros não levou muita gente às bancadas da “Daniel do Nascimento”, com pouco mais de metade da lotação preenchida, em noite onde Mendes e Padilla triunfaram e o jovem Procuna não teve sorte no lote que lhe tocou, numa noite onde houve bom toureio de capote a cargo dos três matadores, os quais também preencheram com agrado o tércio de bandarilhas. Os toiros de Falé Filipe foram díspares de tipo e de comportamento, entregando-se o primeiro e o segundo e sendo de boa nota o saído em quinto lugar; pela negativa o terceiro da ordem.
Vítor Mendes desenvolveu duas faenas de técnica e ofício para meter os toiros na muleta e os obrigar a passar onde, quando e como quis, com boas séries por ambos os pitóns, maioritariamente ao natural no seu primeiro. Foi aí, na exacta escolha de terrenos e no aproveitamento das qualidades do toiro pelo lado esquerdo que residiu o segredo do êxito de Mendes. Não faltaram os bons remates, como um portentoso trincherazo e os adornos no final de ambas as lides.
Juan Jose Padilla calou fundo nos presentes pela sua entrega e pela variedade que imprimiu às suas faenas, com bons momentos em especial frente ao bom quinto da ordem, o qual soube aproveitar desde que abriu o capote, mostrando-lhe quem mandava ali. Bons muletazos por ambos os pitóns, acabando com alguns passes de adorno, tendo direito a especial chamada aos médios após a volta triunfal referente à lide desse quinto toiro.
Luis Procuna foi prejudicado pela falta de vontade de investir do seu primeiro, que cedo se rachou e fugiu da luta, impossibilitando o triunfo e tendo o matador que lhe «roubar» os passes junto a tábuas. No que encerrou praça, desenhou duas tandas de derechazos e o toiro descaiu para tábuas e por aí se ficou, com o matador a ter novamente de sacar passes em tábuas, com mérito.
Direcção de Manuel Jacinto com dualidade de critério na concessão de música, assessorado pelo veterinário João Nobre.