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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

E SE SE ENTENDESSEM TODOS E PROMOVESSEM A UNIÃO DE TODOS EM TORNO DA FESTA BRAVA?

31.08.10 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Tenho sido espectador/leitor atento de tudo quanto se tem escrito na última semana nos mais diversos sítios da Net, sejam eles blogues ou sites. E fico profundamente triste e desgostoso com aquilo que tenho visto e lido. Já aqui escrevi que não entendo a quem interessa esta guerra. À Festa Brava que todos dizem «amar e defender», parece-me que não. Aliás, estou seguro de que à Festa Brava nada traz de positivo.

 

Mais importante que a guerra aberta entre Alvarenga e ANGF; muito mais importante que as opiniões versadas e despejadas a esmo pelos diversos sítios; muito mais importante ainda que qualquer agente da Festa Brava e as suas diatribes; muitíssimo mais importante que saber se as entidades funcionam;  é a própria sobrevivência da Festa de Toiros que começa a ser colocada em causa. E os anti-taurinos militantes e assumidos (porque os outros estão dentro e não se assumem) gozam com toda esta troca de galhardetes e começam a pensar que, afinal, com esta desunião e tomadas de posição, afinal a luta deles para acabar com as touradas começa a poder penetrar nas brechas, nas feridas, que se vão abrindo no seio da Festa Brava.

 

Há pouco tempo, na Catalunha, os separatistas conseguiram a proibição das corridas de toiros a partir de 2011 mas logo houve uma onda de forte energia e surgiram movimentos por toda a Espanha com acções concretas de intransigente defesa da Festa Brava e da sua promoção e elevação a Património Cultural. O mesmo fenómeno tem vindo a ter eco na América Latina e agora foi a vez da Colômbia se pronunciar, através do equivalente ao nosso Tribunal Constitucional, pela legalidade das corridas de toiros e espectáculos conexos.

 

Pois, bem, em Portugal houve um Presidente de Câmara, hoje deputado do PS e candidato a Presidente da república, de nome Defensor de Moura, que conseguiu o facto inédito de acabar com as corridas de toiros em Viana do Castelo e declarar esta cidade como anti-taurina! E mais, já afirmou que, um dia destes, leva uma proposta ao Parlamento português com o intuito de acabar com as touradas em Portugal. Estamos a ver qual vai ser o resultado!

 

E com toda esta desunião que campeia entre os agentes da nossa Festa Brava, se tal acontecer, estamos irremediavelmente perdidos. Será que o Sindicato dos Toureiros, a Associação de Criadores de Toiros de Lide, a Associação de Empresários taurinos, a Associação de Forcados, a Prótoiro, concentrando esforços e unindo todos, mas mesmo todos, os toureiros, forcados, ganadeiros, coudeleiros, empresários, emboladores, empresas de publiciadde, etc, não terão força suficiente para exigir junto das entidades responsáveis (IGAC e Ministério da Cultura) o reconhecimento da Tauromaquia como Bem Cultural e Património português?

 

Lembrem-se do ditado antigo em que um homem partia os vimes um a um com inusitada facilidade mas que, confrontado com um feixe de 20 ou 30 vimes, não os conseguiu sequer vergar!!!