AFINAL, FOI POSSÍVEL: ÊXITO TOTAL NA “ENTRADA DE TOIROS À ANTIGA” NA VILA DO SOBRAL
O epílogo das comemorações do 1º Centenário das Festas e Feira de Verão de Sobral de Monte Agraço foi uma «entrada de toiros à moda antiga», num largo percurso (cerca de mil metros) que, iniciado junto ao antigo Campo da Feira (entrada Sul de Sobral) e que conduziria os toiros e cabrestos até à praça de toiros sita ao cimo da Rua João Luis de Moura.
Foram vários milhares de pessoas que preencheram todos os espaços disponíveis (janelas, varandas, reboques de tractores e camiões, tronqueiras do espaço da Praça Dr. Eugénio Dias, coreto, muros...) para assistir ao reviver de uma tradição que se havia perdido e deixado de realizar havia 70 anos (segundo contam os mais idosos). Do antigo Campo da Feira até à Praça de Toiros não havia um espaço onde coubesse um alfinete, como se diz na gíria, tal o número de aficionados e curiosos. Um êxito total a provar que, afinal, sempre era possível fazer uma entrada com campinos, cabrestos e toiros pelas ruas de Sobral.
Faltavam quinze minutos para a hora marcada (16h) para o arranque da «entrada de toiros» quando o grupo de cavaleiros e campinos, encabeçado pelo ganadeiro Nuno Casquinha (um olé pela sua afición e por ter oferecido gratuitamente este espectáculos aos sobralenses) e pelo veterano campino Orlando Vicente, uma das grandes varas deste nosso Ribatejo, e ainda o Paulo Lúcio (que com o Júlio Costa da 13 de Setembro tanto se empenharam nesta entrada), o Ricardo, o grande aficionado Chia e outros cavaleiros inspeccionaram todo o percurso para garantir a segurança necessária para que o espectáculo decorresse sem incidentes. Os membros da Associação 13 de Setembro, responsáveis pela organização das Festas, encerravam todas as passagens e tudo estava a postos.
Ao ribombar do foguete a emoção subiu ao rubro com a abertura dos portões do curral onde estava toiros e cabrestos. Milhares de aficionados acotovelavam-se nos espaços, procuravam subir às árvores ou correr rua abaixo, como em Pamplona, na frente de toiros e de cabrestos entre essa saída e a esquina do Ginja e a Praça Dr. Eugénio Dias. E com os toiros bem arroupados pelos cabrestos, a louca correria foi espectacular, não faltando a queda de um campino na curva da igreja, e até aí foi genuíno ao recordar as passagens do livro de Carlos Morais “Em Louvor do Sobral”.
Vinte e cinco minutos depois das 16h, os milhares de presentes nesta recriação histórica parabenizavam os organizadores por lhes terem oferecido estes momentos únicos que devem de encher de orgulho todos os sobralenses e todos quantos apostaram neste feliz epílogo do 1º Centenário das Festas e Feira de Verão.
O CORTEJO HISTÓRICO-ETNOGRÁFICO DO CENTENÁRIO
No primeiro domingo das Festas e Feira de Verão houve lugar ao Cortejo Histórico-Etnográfico que, em diversos quadros, abordou os 100 anos das Festas e que foi, também ele, um êxito com milhares de forasteiros a assistir. Deixamos algumas fotos que retratam bem o ambiente que se viveu nesta recriação da história de Sobral de Monte Agraço desde os seus primórdios a até aos dias de hoje.