FORCADOS DE SANTARÉM COMEMORARAM 95 ANOS COM ALGUMAS GRANDES PEGAS DE CARAS
A tarde era de comemoração aniversária para os Amadores de Santarém que juntaram na arena algumas das suas antigas glórias, antigos cabos e actuais forcados para uma tarde onde algumas intervenções forma de grande categoria mas onde faltou a moldura humana que poderia e deveria ter acudido a Santarém para presenciar este cartel e assistir a momentos de grande vibração nas pegas de caras. A tarde foi dos forcados!
Abriu praça o actual cabo, Diogo Sepúlveda, que apenas à 5ª tentativa conseguiu consumar pois o toiro tirava a cara na reunião e derrotava no sentido inverso logo de seguida impedindo as ajudas de chegarem ao forcado da cara; Francisco Freire Gameiro esteve num dos momentos altos da corrida ao consumar com galardia no cite e na reunião, dura, uma rija pega de caras ao primeiro intento, com o toiro a derrotar forte e o grupo a ajudar bem; Gonçalo da Cunha Ferreira concretizou com raça a terceira pega ao terceiro intento e Nuno Varandas, com muita determinação e garra fechou-se à terceira tentativa também. Gonçalo Veloso consumou à primeira uma belíssima pega de caras e, frente ao sexto, que não queria encabrestar e impediu a cernelha tentada primeiro por Luis Assis e António Cachado e depois com a substituição deste por David Romão, foi Manuel Roque Lopes a fechar com chave de oiro com um “pegão” de caras com o toiro a arrancar com violência e a passar pelo grupo com o forcado bem fechado na cara e a pôr, uma vez mais o público depé para aplaudir.
Relativamente às lides de António Telles, poderemos afirmar que cumpriu sem destaques frente ao primeiro e que esteve em bom plano frente ao quarto da ordem, com uma brega criteriosa, bons ferros em sortes variadas, com destaque para primeiro e quarto curtos, entrando bem nos terrenos do toiro e quarteando o suficiente para deixar a ferragem.
João Salgueiro esteve diligente frente ao segundo da tarde, destacando-se no terceiro curto em que pisou os terrenos do toiro, fechado em tábuas, para lhe provocar a investida e cravar um bom ferro. Frente ao quinto da tarde, o melhor dos seis de Fernandes de Castro, esteve enorme a receber o toiro para o segundo comprido, de praça a praça, e com os curtos, ora entrando ao pitón contrário ora em quarteios ajustados, assinou uma boa prestação.
João Moura Caetano esteve irregular em ambos os toiros e se bem que procurou o êxito este não lhe sorriu. Cumpriu dignamente a função com alguns ferros de nota razoável nos dois toiros.
Os toiros de Ernesto de Castro, de tipo e comportamento diverso, não trouxeram problemas de maior aos cavaleiros e o quinto da ordem destacou-se pela positiva face aos restantes que cumpriram em termos gerais.
Direcção acertada de Agostinho Borges cadjuvado pelo veterinário José Luis Cruz.