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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

FORCADOS DE SANTARÉM COMEMORARAM 95 ANOS COM ALGUMAS GRANDES PEGAS DE CARAS

13.06.10 | António Lúcio / Barreira de Sombra

A tarde era de comemoração aniversária para os Amadores de Santarém que juntaram na arena algumas das suas antigas glórias, antigos cabos e actuais forcados para uma tarde onde algumas intervenções forma de grande categoria mas onde faltou a moldura humana que poderia e deveria ter acudido a Santarém para presenciar este cartel e assistir a momentos de grande vibração nas pegas de caras. A tarde foi dos forcados!

 

Abriu praça o actual cabo, Diogo Sepúlveda, que apenas à 5ª tentativa conseguiu consumar pois o toiro tirava a cara na reunião e derrotava no sentido inverso logo de seguida impedindo as ajudas de chegarem ao forcado da cara; Francisco Freire Gameiro esteve num dos momentos altos da corrida ao consumar com galardia no cite e na reunião, dura, uma rija pega de caras ao primeiro intento, com o toiro a derrotar forte e o grupo a ajudar bem; Gonçalo da Cunha Ferreira concretizou com raça a terceira pega ao terceiro intento e Nuno Varandas, com muita determinação e garra fechou-se à terceira tentativa também. Gonçalo Veloso consumou à primeira uma belíssima pega de caras e, frente ao sexto, que não queria encabrestar e impediu a cernelha tentada primeiro por Luis Assis e António Cachado e depois com a substituição deste por David Romão, foi Manuel Roque Lopes a fechar com chave de oiro com um “pegão” de caras com o toiro a arrancar com violência e a passar pelo grupo com o forcado bem fechado na cara e a pôr, uma vez mais o público depé para aplaudir.

 

Relativamente às lides de António Telles, poderemos afirmar que cumpriu sem destaques frente ao primeiro e que esteve em bom plano frente ao quarto da ordem, com uma brega criteriosa, bons ferros em sortes variadas, com destaque para primeiro e quarto curtos, entrando bem nos terrenos do toiro e quarteando o suficiente para deixar a ferragem.

 

João Salgueiro esteve diligente frente ao segundo da tarde, destacando-se no terceiro curto em que pisou os terrenos do toiro, fechado em tábuas, para lhe provocar a investida e cravar um bom ferro. Frente ao quinto da tarde, o melhor dos seis de Fernandes de Castro, esteve enorme a receber o toiro para o segundo comprido, de praça a praça, e com os curtos, ora entrando ao pitón contrário ora em quarteios ajustados, assinou uma boa prestação.

 

João Moura Caetano esteve irregular em ambos os toiros e se bem que procurou o êxito este não lhe sorriu. Cumpriu dignamente a função com alguns ferros de nota razoável nos dois toiros.

 

Os toiros de Ernesto de Castro, de tipo e comportamento diverso, não trouxeram problemas de maior aos cavaleiros e o quinto da ordem destacou-se pela positiva face aos restantes que cumpriram em termos gerais.

 

Direcção acertada de Agostinho Borges cadjuvado pelo veterinário José Luis Cruz.