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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

«VERDES ANOS»…

28.11.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

Este é um tema imortal do genial compositor e intérprete Carlos Paredes. Não o trazemos á colação pelo facto de o FADO ter sido declarado Património Imaterial da Humanidade, ontem, pela UNESCO, após uma brilhante candidatura suportada por homens e mulheres de todos os quadrantes sociais, políticos, intelectuais. Foi uma vitória brilhante e enche de orgulho Portugal.

 

Este mote, dos verdes anos, aplica-se à nossa experiência, ou à falta dela, quando há 24 anos atrás nos iniciámos nestas lides. Repassando este trajecto, iniciado anos antes com uma ligação efectiva e afectiva à primeira empresa de Manuel Jacinto (na altura bandarilheiro), e mais tarde com a minha passagem pelos Amadores de Agualva-Cacém, até aos momentos da minha passagem pelo Correio da Manhã a convite do Maurício Vale ou na RTP a convite do sempre saudoso e recordado Manuel Gonçalves e da Drª Ana Freixo, posso afirmar que se o percurso terminasse aqui, hoje, nesta segunda-feira 28 de Novembro de 2011, estaria cumprido com mérito e honrando a memória de todos quantos nos deixaram e me eram queridos.

 

Vivemos numa época em que muitos dos valores que me ensinaram em casa e na escola são constantemente atropelados. E a verdade, meus caros amigos, é que não me revejo no estilo e tipo de crítica e notícia taurina que se faz neste momento neste País.

 

Os princípios básicos – e as minhas felicitações ao Grupo Tauromáquico Sector Um pela iniciativa do curso – do toureio são desconhecidos da maioria dos que escrevem sobre toiros. E esse é apenas um, dos graves, atropelos que se cometem no dia-a-dia.

 

As regras básicas de bem escrever em português são adulteradas e existem frases sem concordâncias e em muito mau português. Acresce a tudo isto uma falta de isenção e de rigor que é confrangedor. Não existe critério uniforme de apreciação e quando se trata de analisar o comportamento do toiro, então meus caros…

 

Em 24 anos que já levo de rádio é sempre bom recordar bons momentos que foram vividos intensamente e na companhia de muitos companheiros, de muitas colaborações e, acima de tudo e mais gratificante ainda, sentir o reconhecimento dos profissionais e do público anónimo quando nos aborda na rua.

 

Que noites magníficas, depois da Europa FM e já aqui na Oásis FM, as que vivemos na Ribatejo em Azambuja com o Paulo Beja, a Catarina Bexiga, o Pedro Pinto, o António Salema e o iniciado Rui Levesinho; ou na Comercial de Almeirim com o Eduardo Leonardo e o Marcelo Mendes (jornalista); ou com o Joaquim Mesquita na Voz do Sorraia em Coruche; ainda com a Catarina Bexiga na Voz de Alenquer; ou a experiência na Popular FM do Pinhal Novo com o Paulo Beja.

 

Na escrita, saudades dos tempos com o Fernando Dias na Tauromaquia Portuguesa On-Line ou da fundação do Toiros&Cavalos com o Eduardo Leonardo. Da passagem já referida no Correio da Manhã; da presença no Olé; na Revista de Toiros do Henrique Carvalho Dias, na Ruedo Ibérico do Pedro Pinto ou, agora, na Contra-Barreira do Pedro Cardoso e da Sandra Batalha.

 

Momentos que não se esquecem e que seguramente nos darão forças para continuar até porque, em 2012, a 13 de Junho, cumpriremos 25 anos na função. Como escrevi no título desta nota, o tema «Verdes Anos», com toda a sua qualidade e pujança será sempre uma referência da boa música portuguesa e tal como os verdes anos da nossa infância e adolescência, permitir-nos-ão continuar com alguma ousadia na defesa da festa brava e das diversas formas da nossa tauromaquia.