Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

ARRUDA VIVEU MAIS UMA JORNADA DE PROMOÇÃO DA FESTA BRAVA NA HOMENAGEM AO BANDARILHEIRO JOÃO JOSÉ

30.10.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Praça de Toiros “José Marques Simões” - Arruda dos Vinhos -  29.10.11

 

Director: Manuel Jacinto- Veterinário: Salter Cid – Lotação: ¼

Festival dos Bandarilheiros

Cavaleiros: Mário Ferreira, Duarte Alegrete

Forcados: Arruda dos Vinhos e Selecção de Bandarilheiros

Espadas: João José, Pedro Gonçalves, Manuel dos Santos “Becas”, Rui Plácido, João Pedro “Juca”, Fábio Machado

Ganadarias: Manzarra, Prudêncio, Canas Vigoroux, Falé Filipe, Paulo Caetano, Jorge Carvalho, Sommer d’Andrade, Ortigão Costa

 

ARRUDA VIVEU MAIS UMA JORNADA DE PROMOÇÃO DA FESTA BRAVA NA HOMENAGEM AO BANDARILHEIRO JOÃO JOSÉ

 

A Festa Brava viveu mais uma jornada de convívio e de salutar competição entre aqueles que servem as figuras como bandarilheiros e peões de brega, classe profissional de onde sairam grandes figuras e que, na tarde do passado sábado 29 ousaram, provaram e venceram no papel de figuras cabeças de cartaz, tendo como objectivo também a justa homenagem a João José pela sua carreira brilhante nas arenas durante quase 40 anos. Faltaram à jornada algumas pessoas que tinham, por obrigação e dever moral, de estar presentes. Mas desses não falará a história.

 

Mais do que descrever em pormenor o que cada actuante realizou diante da rês que trouxe e foi oferecida pelo ganadeiro, importa realçar a postura, a aficion de cada um dos toureiros que estiveram frente ao toiro ou novilho e o apoio do público que, apesar de não ser em quantidade superou esse facto com a qualidade da sua presença. No entanto, não deixaremos de analisar cada actuação.

 

No toureio a cavalo exibiram-se Mário Ferreira e Duarte Alegrete, frente a novilhos de Manzarra e Prudêncio. Ambos os cavaleiros tiveram bons momentos e Alegrete sobressaíu em dois ferros de muito boa execução, a fazer inveja a muito toureiro de alternativa. Pegaram estes dois novilhos, pelos Amadores de Arruda Luis Lourenço à primeira na que foi a sua primeira pega de caras e pela Selecção de Bandarilheirso e também àá primeira Cláudio Miguel.

 

No toureio a pé foi João José a fazer as honras de abertura, mostrando a sua classe no toureio de capote e, a espaços, com bons muletazos ao de Canas Vigoroux que exigia muletazos por baixo e a correr bem a mão. O veterano bandarilheiro mostrou ganas e foi fortemente aplaudido.

 

A Pedro Gonçalves tocou um de Falé Filipe, de boa condição mas fraco de remos. Pedor proveitou para se luzir com o capote e numa faena de muleta com momentos deveras interessantes e a fazer soar os olés e os gritos de júbilo dos seus colegas que assistiam na trincheira. Uns quantos naturais de muito boa nota foram o seu melhor.

 

Manuel dos Santos “Becas” foi à porta dos currais receber o seu novilho, por sinal excelente, de Paulo Caetano, e com uma larga cambiada de joelhos iniciou uma lide de muito nível quer com o capote quer com a muleta, onde toureou com classe a muito gosto, recreando-se nas sortes e escutando fortes aplausos e olés.

 

Rui Plácido entendeu-se com um novilho de Jorge Carvalho que não lhe deu muitas opções. Uma larga cambiada de joelhos marcou o início da sua actuação. Com a muleta sacou-lhe os passes com valor, procurando a ligação que nem sempre o oponente lhe permitiu. Esteve também em bom plano.

 

João Pedro “Juca” lidou um novilho de Sommer d’Andrade manso e de investidas rebrincadas, com o qual sacou alguns bons lances de capote e se entregou à luta para lhe sacar os passes, expondo-se como se fosse um novilheiro em busca de uma oportunidade.

 

Em último lugar, e frente a um Ortigão Costa que se deixou, actuou Fábio Machado. Esteve em bom plano com a muleta, com bonitos passes por baixo no início e depois com passes por ambos os pitons que agradarm, alguns deles «mirando al tendido».

 

Terminava assim uma jornada de promoção da festa brava, de sã e franca camaradagem entre colegas do mesmo ofício, proporcionando ao público um espectáculo diferente e bem agradável, dirigido por Manuel Jacinto que foi assessorado pelo veterinário Salter Cid.