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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

ONTEM NA GOLEGÃ INICIARAM-SE AS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DE MANUEL DOS SANTOS

16.02.25 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Figura maior da tauromaquia, ídolo popular, empresário de sucesso, Manuel dos Santos foi homenageado no centésimo aniversário do seu nascimento, uma cerimónia de grande nível, com a família do homenageado, as presenças, entre muitos outros do Presidente da Câmara Municipal da Golegã, Presidente da Junta de Freguesia da Galegã, Secretário de Estado da Agricultura,  os quais usaram da palavra para enaltecer a figura do homenageado e a sua ligação à Golegã, seguida da estreia do documentário "Depois da saudade" da autoria do mexicano Toto Martinez, do  lançamento da 2a edição do livro "Manuel dos Santos, o homem e o toureiro" da autoria de seu filho Dr. Manuel Jorge Díez dos Santos e, depois a inauguração do Museu Manuel dos Santos na sua Quinta de Guadalupe, um inestimável investimento da família e que agora fica acessível a todos os aficionados.

Um exemplo a seguir por todos.

Texto e fotos: António Lúcio

PORQUE HOJE É DIA MUNDIAL DA RÁDIO

13.02.25 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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É dia mundial da rádio.
 
Assim.
 
A rádio é uma paixão única, algo que sempre acompanhou as nossas vidas e, ainda antes da televisão, a grande companhia de muita, mas mesmo muita gente.
 
Há quase 38 anos atrás tornou-se um dia meus hobbies preferidos e aquela sensação de programar/preparar os textos, acertar agulhas nas faixas dos discos de vinil e transmitir tudo o que havia preparado ou concretizar as entrevistas a tantos e tantos convidados que passaram pelos estúdios era cá uma adrenalina que nem imaginam.
 
Mudaram os tempos, mudámos nós também. E hoje é quase tudo no digital, na web, e deixamos de escutar aquele ruído típico da batata a fritar, da agulha nas pistas do vinil.
 
Muito mudou, mas a essência da rádio mantém-se. E por isso continua a ser a minha companhia preferida.
 
Viva a rádio e todos quantos a fazem diariamente.

ABIÚL EM REBOLIÇO DEVIDO Á DECISÃO DA ANGF

COMUNICADO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ABIÚL

10.02.25 | António Lúcio / Barreira de Sombra
Abiul merece o respeito que tem dado à festa

 

A Junta de Freguesia de Abiul, enquanto entidade promotora da Feira Taurina de Abiul e apoiante das organizações e associações locais que fomentam e promovem a festa brava, gostaria de, por esta via, expressar uma palavra de apreço e compreensão para com a Associação do Grupo de Forcados Amadores de Abiul, que viu a Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF) impedir a realização do seu sonho de se poderem apresentar publicamente na sua terra.

 

Sabemos que os últimos dias têm sido difíceis e de grande revolta em aceitar uma posição que, para nós, também é incompreensível, e por isso não podemos deixar de expressar a nossa solidariedade institucional, agradecendo publicamente o trabalho desenvolvido na freguesia de Abiul, e não só, na promoção e divulgação dos valores da festa brava, que são bandeira da nossa vila e dos eventos taurinos que organizamos, com expoente máximo para a Feira Taurina, que este ano terá lugar nos dias 2, 3 e 14 de agosto.

 

Se é verdade que existiram tempos de adaptação e entendimento mútuo, atualmente o Grupo de Forcados Amadores de Abiul e a sua Associação são parte integrante de Abiul e da sua Cultura, e desse modo só poderiam contar com o apoio formal e institucional da Junta de Freguesia de Abiul.

 

São um grupo de jovens que encontraram na festa brava e nos seus valores uma forma de vida, e de viver a vida, nunca negando apoio a qualquer atividade da freguesia, seja ela taurina, desportiva ou social, demonstrando por isso todos aqueles valores que a tauromaquia nos ensinou, ainda que alguns queiram agora esquecê-los.

 

O Executivo da Junta de Freguesia de Abiul não consegue entender a posição tomada pela Associação Nacional de Grupos de Forcados, através da votação dos cabos associados, de negar o sonho a um grupo de jovens de se apresentarem na sua terra, sobretudo numa altura em que tanto falamos da defesa e promoção da festa brava.

 

É verdade que o atual modelo de votação vigente nas Assembleias Gerais da ANGF, em que os grupos mais antigos têm um peso maior na votação, deixa qualquer decisão refém da decisão de poucos grupos, num universo de trinta e oito associados, facto que não pode deixar de ser estranho e revelador de quem pretende ser o "dono do barrete".

 

Numa sociedade que se afasta cada vez mais do ambiente taurino, esta atitude dos associados da ANGF foi o que podemos apelidar de "machadada na afición" de um grupo de jovens e das suas famílias, que sonham com a apresentação na arena da sua terra.

 

Se é verdade que o argumento da existência de muitos grupos em Portugal poderá ser válido, o mesmo já não poderá ser aplicado num Estado de Direito como o nosso, onde a liberdade deveria imperar e não atitudes radicais, em que é necessário ser-se associado para se poder integrar a festa brava, que é de todos.

 

É verdade que atualmente os Cabos de muitos dos Grupos de Forcados que negaram a entrada do Grupo de Forcados da nossa localidade não são conhecedores da realidade que se vive em Abiul, mas era caso para se aconselharem com os seus pais, tios ou anteriores forcados que nos ligam com frequência para que os seus grupos possam integrar a nossa Feira Taurina, e certamente a posição do seu voto seria outra.

 

Neste momento, e após a decisão da Associação Nacional de Grupos de Forcados, a Junta de Freguesia de Abiul equaciona os grupos de forcados e o modelo de Feira Taurina que irá apresentar, sempre na defesa dos nossos valores, enquanto entidade que sempre respeitou a Festa Brava, as suas instituições e, sobretudo, os seus valores e os aficionados locais e do país, que anualmente nos visitam e que nos últimos dias muito têm acarinhado no nosso Grupo de Forcados.

 

Deste modo, a Junta de Freguesia de Abiul irá formalizar a solicitação de uma reunião com a Associação Nacional de Grupos de Forcados, de modo a que possamos encontrar uma base de entendimento para que o Grupo de Forcados Amadores de Abiul possa ser avaliado formalmente e não através de uma votação.

 

O atual executivo da Junta de Freguesia de Abiul não pretende mais do que o respeito e carinho que tem dado à festa nos últimos anos, e que tornaram a nossa Feira Taurina numa das mais apetecíveis por ganadeiros, toureiros e forcados, facto ratificado pelas inúmeras solicitações que recebemos anualmente de agentes que pretendem integrar o nosso certame.

IV Jantar do CTEP … foi bonita a festa pá! - por José Andrade

10.02.25 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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O (CTEP) - Clube Taurino e Equestre Povoense está vivo, e recomenda-se.

Nascido do Clube Taurino Povoense ( CTP ), da Póvoa de Varzim, que foi fundado em 1994, em 2020,
por vontade dos seus Associados, renovou-se e transformou-se no (CTEP) – Clube Taurino e Equestre da Póvoa, que tem e continua com a mesma missão que desde 1994 o clube fundador perseguiu: - congregar Todos os que gostam da Festa dos Toiros, preservar a Tradição, a Memória e Cultura da Festa dos Toiros na Póvoa de Varzim. E com a renovação veio a criação de uma Liga de Amigos, amigos que voltaram a comparecer em mais um momento de confraternização. Um convívio que é de alegria e boa disposição entre aficionados/associados, amigos e simpatizantes.

O IV Jantar que o Clube Taurino e Equestre Povoense organizou na passada sexta-feira e reuniu um
leque de pessoas que viveu e conviveu com alegria e boa disposição no Restaurante Zé das Letras, naPóvoa de Varzim, foi uma festa. Um evento que é também um atestado de vitalidade, numa terra que já foi referência no calendário tauromáquico do Norte peninsular, e ponto obrigatório de prestígio no curriculum de ‘gente dos toiros’ que se prezasse. Outros tempos, outras gentes no modo de elevar a cidade e captar visitantes. A afición era então uma ‘doença endémica’ com tratamento garantido na época dos ‘banhistas’. Votada hoje ao ‘igual a tantas outras’, a Póvoa vive o novo riquismo do parolo a quem foi dado o saco das moedas, e tem de parecer fino, comprando um casaco de astracã para sair numa noiteAgosto e ir comer sardinhas sem brôa.A memória não mata… mas faz doer, e muito.

Mas foi bonito o jantar. Bonito, agradável, de convívio e confraternização e, como sempre bem
servido, começando no modo simpático do Artur Oliveira, também ele um aficionado, e família no
receber. Ao convite do (CTEP)-Clube Taurino e Equestre Povoense, responderam e compareceram
amigos como o Joaquim Mesquita, Pedro Pina e Frederico do GATN-Grupo de Aficionados do Norte,
confrades e companheiros do Porto. Do Porto vieram também o Romeu Figueiredo e a Luísa, o
Gonçalo Lage e Inês, que tiveram como companhia o Pedro Ferreira e o amigo Paulo Carvalho, que
vieram de Viana do Castelo.O Hugo Baldaia veio de Marco de Canavezes e trouxe o amigoTiago, agoratambém associado. Da Guarda veio o Vitor Santos (as melhoras) e a Dulce.De Vila Nova de Gaia o VitorPereira e o Manuel Freitas, e claro, não podia faltar a sempre alegre e bem-disposta Paula Encarnação, que Braga é aqui perto. O Johnny Chaves e a Silvia, trouxeram o filhote, o Rubi, o mais jovem, atento e fervoroso aficionado. E da Póvoa, a Ana Rosa e, claro, não podia faltar o aficionado Joaquim Vianês, agora afastado da política local.

Com a presidente Odete Costa como anfitriã, foi sua a incumbência de conduzir a função, uma partilhaem que com todos conviveram e confraternizaram, animando uma confraternização e reencontropessoal, que o defeso da temporada obriga. Falou-se de touros, de toiros, toureiros, cavaleiros, forcados, e de tudo e todos os intervenientes na Festa dos Toiros. Sem drama, preconceito ou mágoas.

Traçaram planos para a temporada de 2025, com deslocações e excursões possíveis. Falou-se poucodo passado, que já passou, e como o presente serve de espaço no tempo de intervalo para o futuro, é nesse tempo novo, com novos intervenientes que estão a surgir, que reside a esperança que sempreanima quem gosta da Festa dos Toiros. Lides e gostos e a gosto.

O Clube Taurino e Equestre da Póvoa (CTEP), está vivo, recomenda-se, tem Amigos, cultiva a Cultura
Portuguesa, mantém viva a Tradição, e organiza jantares onde a confraternização e o convívio tem
animação e alegria q.b. para causar inveja a quem não pôde comparecer. Olé!
José Andrade

 

Apresentação dos carteis da Feira Taurina Abiul 2025

Seriedade, arte e emoção

03.02.25 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Abiul 2025 será sinónimo de “Seriedade, Arte e Emoção”

A Junta de Freguesia de Abiul tem a honra e o prazer de apresentar a edição 2025 da Feira Taurina de Abiul, realizada por ocasião das centenárias Festas do Bodo, que terá este ano como slogan a “Seriedade, Arte e Emoção”.

“Seriedade” – Pela forma como foram preparados os cartéis, mas sobretudo pelas três ganadarias que selecionamos e que entendemos serem do agrado dos aficionados abiulenses e de todo o país que esperamos nos dias 2, 3 e 14 de agosto.

A feira abrirá com um imponente curro da ganadaria Jorge de Carvalho, no dia 3 de agosto será lidado um curro de touros de Varela Crujo e a 14 de agosto seis selecionados touros da ganadaria Canas Vigouroux.

“Arte” – Apresentaremos este ano três cartéis com as figuras e toureiros mais queridos de Abiul, bem como daremos oportunidade a dois jovens portugueses que tudo fazem diariamente para almejar o lugar de figura no toureio a pé.
Acreditamos que será uma das feiras mais rematadas de sempre, e em que não faltarão motivos para contarmos com a presença dos aficionados.

“Emoção” – Três cartéis, com dez toureiros e cinco grupos de forcados, cada um com o seu estilo e a disputar os já consagrados troféus da Tertúlia Tauromáquica de Abiul, prometem momentos de muita emoção na Arena de Abiul.

2 de agosto – 22 horas
Touros – Eng. Jorge Carvalho
Cavaleiros – Filipe Gonçalves, Miguel Moura e Luís Rouxinol Jr.
Forcados – a designar

Para a Junta de Freguesia de Abiul este é um cartel de alegria e emoção, o perfeito para a abertura de uma Feira Taurina. Um curro de touros imponente, para três toureiros de forte empatia com as bancadas.

3 de agosto – 18 horas
Touros – Varela Crujo
Cavaleiros – Rui Fernandes e Duarte Fernandes
Matador – Diogo Peseiro
Novilheiro – Tomás Bastos
Forcados – Grupo de Forcados Amadores Académicos de Coimbra

Após muitos anos de ausência o albero de Abiul volta a receber uma lide a duo, com tio e sobrinho Fernandes, lidando assim o sétimo touro da corrida, numa modalidade outrora muito apreciada pelos aficionados locais.
O toureiro a pé deste ano dá a oportunidade a dois jovens portugueses. Diogo Peseiro é o mais recente matador de touros português e Tomás Bastos a grande esperança do futuro.
Os Forcados Académicos de Coimbra são os triunfadores da Feira 2024 e conquistaram por isso o lugar na tradicional corrida mista.

14 de agosto – 22 horas
Touros – Canas Vigouroux
Cavaleiros – Luís Rouxinol, João Moura Jr. e Francisco Palha
Forcados – a designar

Três máximas figuras vão encerrar a nossa feira taurina. Três toureiros que dispensam apresentações e que certamente vão querer triunfar, perante um magnífico curro de touros de uma das ganadarias preferidas.

 

Grupos de Forcados – Decisão far-se-á em breve

Nos últimos anos Abiul tem conhecido uma nova realidade, com um grupo de jovens aficionados da freguesia e de concelhos limítrofes a formarem o Grupo de Forcados Amadores de Abiul.

Enquanto associação da Freguesia de Abiul estes tem criado uma dinâmica bastante interessante, com várias atividades realizadas ao longo do ano, muitas delas ligadas à festa brava, e que durante o ano vão “alimentando” a afición destes jovens.

Também enquanto parceiros da Junta de Freguesia de Abiul, na realização e apoio às atividades desenvolvidas, estes têm revelado um parceiro fundamental e integrado na freguesia.

Na próxima semana a Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF) irá debater a entrada dos Forcados de Abiul como pré associados, pelo que o executivo aguardará com expectativa a decisão, para posteriormente tomar uma decisão sobre os grupos que vão marcar presença na Feira Taurina de Abiul.

TUDO O QUE SE PASSOU NO FORUM DA CULTURA TAURINA NA ILHA TERCEIRA

AS NOTAS DE IMPRENSA REMETIDAS PELA ORGANIZAÇÃO - 3º DIA

03.02.25 | António Lúcio / Barreira de Sombra

As novas estratégias e os sentimentos eternos encerram o transcendente IV Fórum Mundial da Cultura Taurina nos Açores

As estratégias necessárias para adaptar o espetáculo taurino ao novo panorama social e os profundos e eternos sentimentos que esta expressão cultural gera foram os temas tratados na terceira e última jornada do IV Fórum Mundial da Cultura Taurina, que terminou ontem, domingo, nas Ilhas dos Açores.

No Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, a sessão foi iniciada com a conferência de Hélder Milheiro, especialista em marketing digital e ex-secretário-geral da Prótoiro, entidade de defesa da tauromaquia em Portugal, que abordou um possível plano estratégico que o setor pode implementar a vários níveis para se adaptar ao contexto social e cultural do século XXI.

Ao analisar os pontos fortes e as fragilidades do setor taurino, Milheiro concluiu que a festa dos toiros possui “uma mina de capital positivo” que pode servir como um excelente escudo contra os ataques políticos e animalistas que enfrenta atualmente.

Especificamente, destacou como forças a potenciar o enorme valor patrimonial, histórico, artístico, social e económico da tauromaquia, o potencial genético e ecológico da raça do toiro bravo, bem como a ampla adesão às expressões populares desta atividade, que gera emoções profundas num ambiente interclassista e diverso.

Com estas bases e com uma mudança de mentalidade no setor profissional, abandonando dinâmicas que se provaram ineficazes, será possível trabalhar com esperança para que a tauromaquia “deixe de fugir do futuro”, concluiu o conferencista português.

De seguida, numa mesa-redonda moderada por Vicente Zabala de la Serna, a catedrática de História da Sorbonne, Araceli Guillaume, o treinador de futebol José Peseiro, o conhecido jornalista e comentador português Daniel Oliveira e o jornalista espanhol Chapu Apaolaza explicaram os motivos da sua profunda ligação aos toiros e como esta paixão moldou a forma como encaram a vida.

Oliveira reafirmou-se como aficionado, vindo de uma postura “bem à esquerda”, cujo gosto pela tauromaquia nasceu ao ler Hemingway, enquanto Apaolaza, também presença habitual em tertúlias televisivas de informação política, relatou como viveu os momentos mais intensos nos empedrados do encierro de Pamplona. Por sua vez, Peseiro, que trabalhou como adjunto de João Queiroz no Real Madrid, afirmou que as corridas de toiros são “um grande encontro de emoções”.

Após a leitura das conclusões do Fórum, apresentadas por François Zumbiehl em francês, pelo próprio José Peseiro em português e por Salvador Arias, em representação do CICULT, em espanhol, os atos foram encerrados pelo Secretário de Agricultura do Governo dos Açores, que prometeu dar continuidade a este Fórum, sublinhando que este evento ajuda a reunir nos Açores o debate mais profundo sobre a tauromaquia e a projectar no mundo esta manifestação cultural tão açoreana.

Já à tarde, na praça de toiros de Angra do Heroísmo, os novilheiros Tristán Barroso, Javier Zulueta e Leo Pallatier tentaram reses das ganadarias locais de Albino Fernandes, Rego Botelho e João Gaspar, com a colaboração do picador Pedro Iturralde e a participação do grupo de forcados juvenil da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.

TUDO O QUE SE PASSOU NO FORUM DA CULTURA TAURINA NA ILHA TERCEIRA

AS NOTAS DE IMPRENSA REMETIDAS PELA ORGANIZAÇÃO - 2º DIA

03.02.25 | António Lúcio / Barreira de Sombra

A defesa legal, a situação na América e a comunicação da tauromaquia,
temas da segunda jornada do Fórum da Cultura Taurina
Os argumentos contundentes para uma defesa legal e cultural da tauromaquia, a preocupante
situação geral das touradas na América e o novo panorama da comunicação da festa foram os temas
debatidos na intensa jornada de sábado, 25 de janeiro, durante o IV Fórum Mundial da Cultura
Taurina, que decorre na Ilha Terceira, nos Açores.
Desta vez, os eventos tiveram lugar no Auditório do Ramo Grande na Praia da Vitória, onde a
presidente da câmara, Vânia Ferreira, deu início à conferência de Lorenzo Clemente, presidente da
comissão jurídica da Fundação do Touro de Lídia, que apresentou os principais aspetos que devem
sustentar a defesa legal da tauromaquia a nível mundial.
Segundo o advogado espanhol, as touradas são uma manifestação cultural e um campo de criação
artística que só poderiam ser proibidos ou alterados se violassem os direitos humanos ou as
liberdades fundamentais, o que não acontece em nenhum país.
“De acordo com as leis internacionais, a rejeição de uma arte que não infringe a moral pública não é
motivo suficiente para que lhe seja imposto um veto, o qual só pode ser considerado como
totalitário”, concluiu Lorenzo Clemente.
Muitos desses ataques estão a ser enfrentados nos cinco países taurinos da América, cujas entidades
de defesa estiveram representadas na mesa-redonda imediata, moderada pelo jornalista mexicano
Juan Antonio de Labra.
O testemunho mais preocupante foi o de Gonzalo Sanz de Santamaría, que adiantou as medidas
previstas para tentar travar a proibição das touradas decretada pelo governo colombiano e que
deverá entrar em vigor a meio de 2027. Em contrapartida, Pablo Gómez de Barbieri descreveu o
vigoroso estado da tauromaquia nas regiões centrais do Peru, apesar de movimentos contrários em
Lima, destacando a realização de centenas de espetáculos e a abertura de novas praças de touros.
Salvador Arias, da Tauromaquia Mexicana, alertou para o “momento” crucial que a festa vive no
México, com a chegada de um novo governo que pretende incluir o bem-estar animal na
Constituição. Por sua vez, Juan Carlos Solines, representando o Equador, considerou que, após a
proibição parcial da morte do touro em Quito, o mais importante na América é abordar a dimensão
política desses ataques.
Manolo Zapata, da Venezuela, não manifestou preocupação com a posição do governo venezuelano
em relação às touradas, que, devido à escassez de festejos, perderam força na sua infraestrutura.
Como solução, sugeriu a criação de uma temporada unificada nos quatro países andinos, onde as
comunidades indígenas, curiosamente, têm demonstrado maior paixão e apoio à tauromaquia.
A segunda sessão da tarde no Fórum dos Açores começou com a exibição do impactante filme
Tardes de Soledad, de Albert Serra, servindo de introdução à mesa-redonda sobre os desafios da
tauromaquia na nova era da comunicação.
Com a moderação de Paco Aguado, os jornalistas Vicente Zabala, Rubén Amón e Juan Antonio de
Labra, o especialista em marketing Hélder Milheiro e David González, da editora El Paseíllo,
analisaram a cobertura taurina nos diversos meios de comunicação. Concluíram que são necessários
planos de comunicação elaborados pelo próprio setor, abrangendo uma ampla gama de meios e
estratégias adaptadas aos tempos atuais.

Os profissionais de comunicação concordaram também na necessidade de evitar a dispersão
excessiva da informação nas redes sociais, sem abandonar os meios tradicionais, que podem servir
como uma base mais profunda e reflexiva para as novas gerações de aficionados. Estas, ao contrário
das anteriores, aproximam-se das praças sem referências suficientes sobre o significado e o ritual da
tauromaquia.
Hoje, domingo, na jornada de encerramento, o Fórum das Culturas Taurinas regressa ao Centro de
Congressos de Angra do Heroísmo, com uma conferência e uma mesa-redonda que antecedem a
leitura das conclusões finais.
Todos os eventos podem ser acompanhados através do Instagram, no perfil:
www.instagram.com/forummundialculturataurina.

TUDO O QUE SE PASSOU NO FORUM DA CULTURA TAURINA NA ILHA TERCEIRA

AS NOTAS DE IMPRENSA REMETIDAS PELA ORGANIZAÇÃO - 1º DIA

03.02.25 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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1º DIA

A união entre a tauromaquia e o toiro do futuro em debate na primeira jornada do Fórum
Mundial da Cultura Taurina
A união entre todos os países taurinos em defesa da tauromaquia, o toiro do futuro e o novo
design dos utensílios da lide foram os temas debatidos na primeira jornada do IV Fórum
Mundial da Cultura Taurina, que decorre na Ilha Terceira, nos Açores.
A sessão, realizada integralmente no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo,
no local onde antes existia a antiga praça de toiros da capital terceirense, começou com uma
conferência do arquiteto José Parreira, que refletiu profundamente sobre o contexto social em
que se insere atualmente a festa dos toiros.
Seguidamente, foi a vez das autoridades patrocinadoras do evento tomarem a palavra. Os
presidentes das câmaras de Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória, Álamo Meneses e Vânia
Ferreira, juntamente com o Secretário Regional da Agricultura e Alimentação do Governo dos
Açores, António Ventura, em representação do Presidente do Governo Regional dos Açores,
destacaram a importância cultural e económica da tauromaquia nesta região, sublinhando
também o seu profundo enraizamento popular, que impõe aos políticos a responsabilidade de
preservar os seus valores.
Após a abertura oficial, os representantes das entidades de defesa da tauromaquia de oito
países taurinos debateram, sob a moderação do jornalista Maurício Vale, a necessária unidade
dos estamentos taurinos mundiais para “dar uma resposta global aos ataques globalistas
contra esta cultura”, como afirmou François Zumbiehl, do Observatório das Culturas Taurinas
de França.
Na mesma linha, Salvador Arias, da Tauromaquia Mexicana; Francisco Macedo, da Protoiro;
Manolo Zapata, da Associação Venezuelana de Tauromaquia; Gonzalo Sanz de Santamaría, da
Corporación Libertad Cultural da Colômbia; Juan Carlos Solines, da União de Espetáculos
Taurinos do Equador e Pablo Gómez de Barbieri, da Associação Cultural Taurina do Peru,
defenderam que essa união deve reivindicar a diversidade cultural protegida pela UNESCO.
Por outro lado, Borja Cardelús, da Fundação do Touro de Lídia, de Espanha, apontou que essa
união “é hoje mais desejável do que possível”, uma vez que para alcançá-la é necessária uma
força maior capaz de contrariar os 800 milhões de euros anuais que, segundo ele, as
associações animalistas internacionais investem em campanhas contra a tauromaquia.
A sessão da tarde iniciou-se com uma exposição do veterinário Julio Fernández, que
demonstrou, através de estudos científicos extensos sobre a fisiologia do toiro bravo, que este
animal apresenta um equilíbrio neuro-hormonal notável durante a lide, permitindo-lhe
superar a dor, bloquear o stress e intensificar a sua agressividade, descartando qualquer
possibilidade de sofrimento.
Posteriormente, num vídeo esclarecedor, foram apresentadas as provas de novos utensílios de
lide, desenvolvidos por Fernández em conjunto com o matador retirado Manolo Sales. Estes
novos equipamentos, como puyas, estoques, descabellos e bandarilhas, visam, nos próximos
anos, melhorar a eficácia das sortes e a segurança dos profissionais, mantendo a autenticidade
do espetáculo.
A mesa-redonda que encerrou a jornada centrou-se no tema do “toiro do futuro”, com a
moderação do jornalista Paco Aguado e a participação dos ganaderos Joaquim Grave, Javier
Núñez, Verónica Gutiérrez e do matador de toiros Miguel Ángel Perera. Grave afirmou que “o

toiro do futuro já está no campo”, uma opinião partilhada pelos demais participantes, que
destacaram o trabalho realizado pelos ganaderos nas últimas duas décadas. Segundo eles, foi
possível criar “um toiro mais completo e bravo do que nunca”, definindo a bravura como uma
entrega total aos enganos, resultado de melhorias genéticas específicas na morfologia e no
comportamento do animal.
Todos os eventos do Fórum, que continuam hoje no Auditório do Ramo Grande, na Praia da
Vitória, podem ser acompanhados através do Instagram no perfil:
www.instagram.com/forummundialculturataurina.
Video do primeiro dia https://we.tl/t-2y4WUx1kSU

VENTURA NO MONTIJO A 12 DE ABRIL

03.02.25 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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REGRESSA DIEGO VENTURA 
É a primeira novidade da temporada 2025 da Toiros com Arte - Diego Ventura regressa a Portugal!
Depois de muita vontade por parte da Toiros com Arte para fazer regressar a grande figura mundial, o sonho tornou-se finalmente realidade.
Dia 12 de abril, na Praça de Toiros Amadeu Augusto dos Santos, no Montijo celebraremos juntos este esperado e desejado regresso!

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