ALGUMAS DAS MELHORES FOTOS DE 2023 (JULHO A OUTUBRO
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Pois parece que a ano novo não corresponde vida nova!... pelo menos por aquilo que vamos lendo, que nos vão contando, algumas que preferiamos nem saber. Parece que ninguém se entende na APET, pelas notícias vindas a lume. A Prótoiro quas enão dá sinal de si assim como a APCTL.
Sabemos todos que o segredo é a alma do negócio mas... Não seria importante dar a conhecer mais do que números de espectadores a aumentar em 2023? Que acções foram tomadas para reverter situações como as de Setúbal e da Póvoa da Varzim? Ou no parlamento para pressionar o Governo a baixar o IVA dos bilhetes e igualá-los aos dos outros espectáculso culturais?
Outro aspecto que criou alguma polémica é o do concurso da praça de toiros do Montijo. Acham 100 mil mais IVA muito caro para 2 anos e 4 ou 6 espectáculos no notal dos 2 anos. E quanto custa o aluguer do Campo Pequeno em cada corrida? ou da Moita, ou de Coruche, ou de Vila Franca? Ninguém, uma vez que fosse, pensou nisso? Já agora quanto custa montar um espectáculo em condições numa desmontável/portátil?
Existem poucos toiros no campo, ouve-se dizer. E também que os preços disparam. Mas não será isso uma consequência do aumento brutal dos custos de exploração dos últimos anos? E ao mesmo tempo, se há escassez de produto e a lei do mercado funcionar, os ganadeiros têm todo o direito a querer receber um valor mais adequado, que jutso não será, pelos seus produtos.
E os toureiros idem. E os Forcados também. Depois teremos de ver quem tem condições monetárias para ser empresário, para arriscar neste jogo, para criar espectáculos com qualidade, com garantias para o espectador, o qual escolherá com mais vontadde a que espectáculo assistir e onde empregar o seu dinheiro.
Sim porque o espectador normal cada vez mais terá de eleger os melhores espectáculos e gerir bem o seu dinheiro, que não abunda. E se calhar em vez de ir a 20 touradas por ano vai a 10 ou 12, com maiores garantias, melhores cartéis, melhores praças, e, naturalmente, bilhetes um pouco mais caros.
Há muitos anos ouvi mais do que um empresário dizer que os bilhetes de sol teriam de ter preços aproximados aos do valor diário que um "jornaleiro" ganhava. E não havia ainda salários mínimos para ninguém. Hoje, esse valor deveria rondar os 27.50 euros. Pensem!!!
A 10 de Março temos eleições para a Assembleia da República e é nosso dever enquanto cidadãos ir votar, decidir quem queremos ou quem não queremos no parlamento. Depois, os que vencerem poderão constituir Governo... ou não!!! Importante seria que os partidos concorrentes apresentassem um programa de Governo e quem seriam os seus ministros se vencessem as eleições. E o que fariam em relação à tauromaquia... Mas não vejo em nenhum dos partidos e/ou coligação qualquer referência à tauromaquia. Uma coisa também é verdade: se não nos manifestamos, se não os pressionamos, se deixamos andar a ver que passa, também não podemos esperar muito dos políticos que gerem os destinos deste País.
Pois é, parece que afinal tudo continua na mesma ou como diz o ditado popular "tudo como dantes, quartel-general em Abrantes"!
Estamos no início de um novo ano que ficará marcado por eleições para um novo Governo e onde nenhum partido irá eleger a Festa Brava como um bastião da tradição e da cultura a defender e a preservar. Mas também se os próprios agentes da Festa o não fazem… como poderão exigir aos outros que façam?
Este ano de 2024, no qual acabamos de entrar, será o da minha 37ª temporada como crítico tauromáquico. E se em 2024 os espectáculos a que assistir foram menos de 40, não vislumbro que em 2024 possam ser mais ou sequer tantos. Haverá uma maior selecção, uma escolha criteriosa e a certeza de que estaremos onde possa haver qualidade e competição. Seja pelos toiros seja pelos toureiros envolvidos nesses acontecimentos.
Quando chego ao final de um ano e olho para trás, não vejo a uma curta distância temporal mas uns bons anos para trás, onde havia muitas mais corridas, muita competição, lotações esgotadas com 3 dias de antecedências, corridas e festivais com picadores e figuras de renome, amadores que despontavam e davam nas vistas e figuras como Veiga e Batista, Moura, Caetano, João Telles, Rui Salvador a par de uns quantos já veteranos e que lhes davam luta em cada corrida. Algumas ganadarias importantes nos anos 80 e que infelizmente desapareceram, perdendo-se um património genético importante.
Eram outros tempos, outra tauromaquia, outra forma de viver a vida, outra educação e respeito. Aprendi muito com empresários desses tempos com quem tive o privilégio de trabalhar, mas também com bandarilheiros, emboladores, campinos e maiorais. E com um grande mestre nesta arte de escrever e falar de toiros que foi Eduardo Leonardo. Infelizmente também já não entre nós.
Percorrendo as minhas memórias destes mais de 35 anos, por 2 vezes interrompi a minha temporada: em 1995 devido a um brutal acidente que me reteve 9 meses num hospital e em finais de 2022 devido a um enfarte do miocárdio e necessária cirurgia cardio-torácica. Foram 36 anos vividos com intensidade e em algumas temporadas estando presente em mais de 100 espetáculos/ano.
Assim de sopetão saltam-me á memória os programas de tauromaquia em que participei, uns em nome próprio, outros em colaboração com outros colegas e amigos como sejam:
“Da Barreira ao Redondel” na Europa FM
“Barreira de Sombra” na Oásis FM e Feel FM (a minha primeira aventura da net)
Na Rádio Ribatejo com Paulo Beja, Catarina Bexiga, Pedro Pinto, Cordeiro de Brito e António Salema
Rádio Voz do Sorraia com Joaquim Mesquita
Rádio Voz de Alenquer com Catarina Bexiga
Popular FM com Paulo Beja
Comercial de Almeirim, com Eduardo Leonardo e Marcelo Mendes
Valor Local com Paulo Beja
“Retiro da Afición” na Marinhais FM com Paulo beja
E em jornais e revistas como:
Nova Verdade, de Alenquer
Correio da Manhã
Jornal Olé
Diário de Notícias
Semanário Novo
Ruedo Ibérico
Contra-Barreira
E até na RTP.
Pois bem, tudo o que foi já não volta. As experiências, únicas, tornaram-se em fonte de conhecimento e enriquecimento pessoal. Bebi de boas fontes e creio que as soube aproveitar.
Espero que o ano novo, este 2024, possa trazer coisas boas a todos. Que a PAZ possa ser uma realidade no Mundo, que haja menos fome e desigualdade, que as crianças possam crescer em liberdade e com um futuro risonho por diante.
Viva 2024!