Neste capítulo, os que mais vimos tourear foram Manuel Dias Gomes, Alejandro Talavante e João Silva “Juanito, no que se refere a matadores de toiros e Tomás Bastos na categoria de aspirantes a novilheiro.
Vejamos então o que escrevemos sobre as suas actuações.
Manuel Dias Gomes
25.04 – Sobral de Monte Agraço - Manuel Dias Gomes foi o autor dos melhores lances de capote frente a um novilho rematado e que teve algumas condições de lide e que o diestro soube aproveitar para uma faena de classe, de com alguns muletazos de muito boa execução e, no conjunto, de muito mérito e qualidade.
07.09 – Lisboa, Campo Pequeno - DIAS GOMES COLOCA A CARNE NO ASSADOR E MARCA IMPORTANTE ACTUAÇÃO EM LISBOA
Manuel Dias Gomes também entrou pela porta da substituição (de Cayetano) e marcou importante presença com duas faenas de grande valor e com a televisão a mostrá-lo a todo o Mundo. Mostrou qualidade, desenvoltura, toureio do bom com o capote e triunfou em Lisboa porque colocou a “carne no assador”, mostrando arte e valor. O seu primeiro, de Varela Crujo teve qualidade e permitiu uma faena de muleta de classe, por ambos os pitóns, variada e aproveitando ao máximo o que o toiro deu. Terminou mostrando valor, pelas curtíssimas distâncias entre e os pitóns do toiro, como faria no final da lide do sétimo, de Calejo Pires e que era bastante exigente mas com qualidade. De novo o seu fino toureio presenteou o público com boas séries, templadas e com profundidade em muitos dos muletazos. Mostrou o quão injusto ter tão poucas oportunidades dada a sua classe e toreria.
01.10 – Vila Franca de Xira - O matador Manuel Dias Gomes, recebeu o seu primeiro, de Assunção Coimbra e que foi mansote, com bonitas verónicas a que responde “Cuqui” com um quite por chicuelinas. Bandarilharam, e bem, João Pedro Açoriano e Miguel Silva, que saudaram. Faena de muleta com classe e saber por ambos os pitóns mas sem romper em êxito pois o toiro foi-se apagando e o toureiro teve de porfiar para lhe sacar os muletazos. Manso sem remissão o que segundo, de Calejo Pires que desde que saíu à arena procurou fugir da luta indo para terrenos do sector 5 e foi aí que Dias Gomes tentou, com valor, sacar-lhe os poucos passes que permitiu.
Alejandro Talavante
04.03 - Olivença - Talavante é um prodígio com a mão esquerda e desenhou momentos sublimes em ambos os toiros. Bem de capote, teve uma excelsa faena de muleta frente ao quinto da ordem, iniciada de joelhos e com 2 cambiados “por la espalda” que fizeram soar olés. Em ambos os toiros, os seus naturais foram de escândalo pela sua profundidade, pela envolvência e ligação e foram do que de melhor se viu em toda a tarde. Foram momentos magníficos que o mau uso da espada travou na concessão de troféus no primeiro e que a benevolência do presidente transformou em duas orelhas no segundo após pinchazo e estocada.
05.10 – Vila Franca de Xira - Alejandro Talavante foi igual a si próprio. Bem de capote em ambos os toiros, teve uma primeira faena de sonho, de classe e arte, com muletazos largos e profundos e sacando todo o partido das nobres investidas do de Cuvillo. Os olés começaram a fazer-se ouvir como há muito se não ouviam em Vila Franca, vindo do mais profundo do sentimento dos bons aficionados, que ainda há alguns. Grande faena e público de pé. Não teve um segundo oponente tão bom mas voltou a empregar-se e com afinco e pundonor toureiro tirou-lhe tudo o que havia para lhe tirar e o público reconheceu a sua entrega.
João Silva “Juanito”
06.08- Abiúl - JUANITO SAIU EM OMBROS E DOIS TOIROS REGRESSARAM AO CAMPO
Juanito lidou o terceiro da tarde, um toiro de 4 anos e muita presença que se revelou de enorme qualidade, classe e nobreza e que o toureiro soube entender desde cedo. Boas verónicas, chicuelinas e rebolera e tércio de bandarilhas bem preenchido por Pedro Noronha (2 bons pares). A faena de muleta teve classe por ambos os pitóns, muletazos largos e de bom traço, templando e mandando. Houve variedade e qualidade no seu toureio, dando 2 aclamadas voltas à arena, a segunda na companhia do ganadeiro Carlos Falé Filipe. O sexto da ordem era imponente também e teve qualidade, melhorando e crescendo após o bom quarto par deixado por João Oliveira (que teve mais dois também bons). Faena de muleta brindada a João Queiróz. Qualidade, suavidade, variedade e público na mão por essas séries de muletazos bem desenhadas e pela variedade. Saiu em ombros.
12.09 – Moita - Juanito exibiu-se a contento de capote frente ao 3º da noite, de Calejo Pires e que cumpriu. Esteve Juanito bem de muleta pelo lado direito, com algumas boas séries e depois pelo lado esquerdo não houve tanta potabilidade nas investidas do toiro. Teve um final de faena arrimadíssimo e deu volta sob fortes aplausos. O seu segundo, também de Calejo Pires, precisava ter levado uma varita já que por vezes as suas investidas eram algo descompostas, mostrando mais génio que bravura. Faena a cumprir mas sem grandes cometimentos.
Tomás Bastos (aspirante)
02.07 – Vila Franca de Xira - VILA FRANCA ESGOTOU COM MORANTE E A APRESENTAÇÃO DE TOMÁS BASTOS
Comecemos pelo fim, pelo sétimo exemplar, e pela apresentação em Vila Franca de mais um toureiro desta terra que, se a sorte ajudar e não houver precipitações, pode ser um caso sério. Genética não lhe falta, postura toureira também não e a sua atitude, de novilheiro, justifica o apoio do público. Desde que abriu o capote e lanceou à verónica com parcimónia e bom gosto, que se percebeu ao que vinha Tomás Bastos. Com as bandarilhas esteve francamente bem e nem sequer a voltareta no 3º par, que repetiu com entrega total, o fez mirar-se. A faena de muleta teve bons pormenores por ambos os pitóns. Nota-se que está placeado e quando o erale de Calejo Pires começou a investi com alguma brusquidão, manteve o ritmo, mandou e “meteu” no bolso o público que, por várias vezes o aplaudiu de pé. Bela estreia em arenas portuguesas e podemos dizer que Vila Franca volta a ter um toureiro.
12.09 - Moita - Noite histórica a protagonizada pelo benjamim dos novilheiros sem picadores, Tomás Bastos, autor de uma extraordinária e aclamada faena e premiada com a saída em ombros pela Porta Grande da “Daniel do Nascimento”. Foi arte pura, foi perfume de raras essências, foi profundidade dos muletazos, foi tourear como só os eleitos, os predestinados, o podem e conseguem fazer. E colocar todo o público de pé, a aplaudir o seu labor, foi algo de mágico e de histórico que fez abrir de par em par a Porta Grande. Foi o sonho transformado realidade na intuição e habilidade toureira de um jovem que é de Vila Franca e se chama Tomás Bastos, fazendo ressurgir o slogan de sue tio-avô José Júlio e que percorreu o mundo taurino. Enhorabuena Tomás e que Deus te acompanhe nesta caminhada, longa e cheia de espinhos, mas também de muitos momentos mágicos como aqueles que proporcionastes na noite de terça-feira na Moita.
05.10 – Vila Franca de Xira - Que grande tarde, que transbordar de emoções, que classe, que toureiria, aquela com que nos brindou Tomás Bastos a nova coqueluche, o novo ídolo dos aficionados portugueses e que nos faz acreditar que sim, que é possível, que teremos de novo uma grande figura do toureio. Obrigado Tomás pelo que me emocionei, pelos olés que se soltaram do fundo das entranhas, e por me teres transportado para outros tempos e outra dimensão. Foram momentos mágicos, os da primeira lide, frente a um bravo novilho de La Cercada e a saída em ombro é o corolário e prémio máximo à tua atitude, ao teu toureio que, e também no segundo novilho, foi de muita classe, assim como os pares de bandarilhas. Não adianta descrever as faenas ao pormenor, porque a maioria decorreu sob o signo do “pormaior”, da arte, da classe, da pintureria e do toureio do caro, daquelas raras essências. Se procuravam, encontraram! Olé Tomás Bastos.
Celebrar o Natal, o nascimento do Redentor, é uma tradição de grande importância social e familiar na nossa comunidade e família mais directa.
Já se nota a azáfama das pessoas nas garndes superfícies comerciais e na aquisição de prendas, muitas elas perfeitamente supérfluas porque o que verdadeiramente precisamos não se compra: carinho, compreensão, amor... Estarmos mais juntos e com espírito de partilha. Mostrar a quem gostamos que são importantes para nós todos os dias e que os presentes ou prendas são o menos importante. Muito mais importante é ouvir um «gosto muito de ti», receber um abraço apertado, partilhar uma mesa.
Pois bem, e qunado ainda faltam 30 dias, preocupem-se mais em mostrar a alguém que gostam dessa pessoa do que dar-lhe uma prenda física.
A todos desejo um quadra natalícia de grande partilha e AMOR!
O programa "Retiro da Afición", de Paulo Beja e António Lúcio, emitido pela Marinhais FM e que regressou nesta temporada de 2023, foi um dos premiados "Mérito" do grupo Tauromáquico Sector 1 nesta temporada de 2023.
Uma distinção que nos lisonjeia pela categoria do prémio e da instituição que o atribui e que recolheremos no jantar do próximo dia 6 de Dezembro.
Após três anos de interregno regressa uma iniciativa que visa:
- Incentivar jovens valores, e que este ano entendemos direccionar apenas para o toureio a pé, pela dificuldade que sentem e apoio que merecem, os nossos novilheiros portugueses, entre triunfos e colhidas…mas sempre na “luta”;
- Enaltecer entidades ou personalidades cujo trabalho recai na defesa e promoção da Tauromaquia. Um Museu Taurino tão bem cuidado e completo em pleno Alentejo é uma jóia rara de cultura taurina a preservar; quando cada vez mais os órgãos de comunicação generalistas fecham portas à Tauromaquia, tem que ser de enaltecer os que continuam a bater o pé e a sustentar programas taurinos nas rádios locais (bem-haja a estas também);
👉🏻 Estas distinções serão entregues no dia 06 de Dezembro pelas 20h no Restaurante Aqui Ao Lado em Lisboa.
👉🏻 Inscrições até dia 02 de Dezembro, limitadas à lotação da sala, através do e-mail: grupotauromaquicosector1@gmail.com
O QUE ESCREVEMOS SOBRE OS PRIMEIROS DE CADA CATEGORIA
18.11.23 | António Lúcio / Barreira de Sombra
Neste capítulo recuperamos a nossa análise a cada uma das actuações de cada um dos artistas que mais vimos actuar em cada categoria. Optámos por recuperar esses textso dos 3 primeiros de alternativa e do 1º praticante.
João Moura Caetano
25/04 Sobral de Monte Agraço Abriu praça João Moura Caetano frente a um bom novilho com ferro de seu pai. A lide foi para entendidos, de suavidade, de temple, de viagens bem delineadas e cravagens correctas, pisando os terrenos do oponente e rematando com garbo e toureiria. Uma actuação de elevado quilate do toureiro de Monforte aproveitando a classe das investidas do novilho.
28/05 Azambuja Inteligência e classe foram a marca de um João Moura Caetano moralizado e que, cada vez mais, faz chegar esse tipo de muito bom toureio ao grande público. Lide medida, com dois curtos de excelente execução, o último deles primoroso, em curto e num palmo de terrenos, num conjunto de harmonia que muito se deve valorizar.
11/06 Arruda dos Vinhos Quem vive um momento de grande maturidade artística e sentido de lide apurado é João Moura Caetano. A classe, a souplesse, o envolvimento nas sortes, na sua preparação, cravagem e remate, são de um nível muito elevado e isso foi, de novo, patente na sua grande actuação frente ao segundo da tarde. Deu-lhe tempo entre sorte, mostrou-se nos cites, cravou e rematou com classe e muito mérito em mais uma grande actuação.
16/06 Barquinha João Moura Caetano abriu praça frente a um toiro que saiu com mobilidade mas que se “apagou”, sem forças, ao terceiro curto. Uma lide que até aí teve classe, bons momentos na brega e bons ferros. Infelizmente terminou antes de tempo dadas as condições do toiro.
25/06 Alcácer do Sal Em segundo lugar actuou João Moura Caetano que teve por diante um toiro distraído e que se empregava pouco. A série de curtos é de bom nível técnico-artístico, com ligeiras batidas ao pitón contrário com destaque para 1º e 3º ferros consentindo bastante nas reuniões. Uma actuação onde esteve por cima do toiro.
22/07 Torres Vedras João Moura Caetano entendeu na perfeição terrenos, distâncias e querenças do Passanha Sobral que abriu praça, e que serviu. Depois de dois compridos a aquilatar das condições do oponente, veio uma série estupenda curtos, lidando com muito critério, com grandes pormenores de brega que chegaram ao público bem como a abordagem das sortes, entrando com ligeiras batidas para vencer o pitón de saída com classe e souplesse. O quatro curto foi de excelente execução e o público reagiu com força. No seu segundo, de Irmãos Moura Caetano, deixou-lhe dois compridos. O toiro reagiu ao castigo e de novo a serie de curtos é de inegável categoria e valor, lidando e rematando como mandam as regras, dominando o centro das sortes, cravando de alto a baixo. E o povo gostou desta classe e toureio sério de João Moura Caeatno premiando-o com fortes aplausos.
17/08 Arruda dos Vinhos João Moura Caetano abriu praça com uma lide muito bem medida, com qualidade na brega e no desenho das sortes, recreando-se e chegando ao grande público quer nos dois bons compridos com quer recebeu o que abriu praça, reservado e com mais de 600kg, quer na ferragem curta onde o primeiro foi de elevado nível e muito bem rematado assim como o bom quinto com que fechou esta sua primeira lide. No seu segundo, complicado e tardo, procurou dar-lhe a lide adequada, movendo-o para diversos terrenos deixando um terceiro curto de muito nível numa lide interessante.
02/09 Montijo O terceiro da noite foi a mais pois de início mostrou-se algo andarilho. Andou bem João Moura Caetano a procurar fixá-lo e em crescendo na ferragem curta, com boas preparações ferros de categoria com destaque para o seu quarto curto.
07/09 Lisboa Campo Pequeno A actuação a solo de João Moura Caetano foi de alto quilate pela classe, equilíbrio e souplesse com que fez as coisas. A brega templada, com hermosinas ajustadas e o toiro bem embebido na garupa das montadas, a forma como citou, a mostrar-se e a cravar de alto a baixo, ferros de elevada categoria. Um triunfo importante em Lisboa, com as câmaras de Onetoro a levá-lo a todo o Mundo.
30/09 Chamusca Com um toiro que não teve andamento, que quase não investia, coube a João Moura Caetano abrir praça e ter de por tudo do seu lado para consumar as sortes, com destaque para dois curtos. Não teve toiro para mais.
8/10 Azambuja João Moura Caetano voltou a presentear os aficionados com uma lide de beleza, de arte, de bom toureio, em especial na série de curtos e quando montou o “Campo Pequeno”. Aqueles pormenores de brega, de toureio caro, os recortes e paragens na cara do toiro e uma série de curtos de elevado nível na mais artística actuação da tarde azambujense.
28/10 Évora João Moura Caetano recebeu ambos os toiros á porta-gaiola. O seu primeiro foi manso e deixou-lhe dois curtos dobrando-se bem nas preparações para o deixar mais bem colocado. A série de curtos foi em crescendo com bons ferros e bons remates. No que encerrou praça, e que serviu, foi possível vê-lo de novo ao seu melhor nível artístico, montando esse craque que é o “Campo Pequeno” na série de curtos. Pensando bem na cara do toiro, executando com classe e com arte, os ferros curtos tiveram maior expressão e os remates foram primorosos. E aquela fase final em que o cavalo pára a curta distância da cara do toiro e permite a cravagem num “palmo” de terrenos, é arte pura.
Luís Rouxinol Jr
16/06 Barquinha E uma grande actuação de Luís Rouxinol Jr frente ao bom sexto toiro da noite. Uma lide bem conseguida, com bons momentos na brega e na execução das sortes, desde os compridos até aos curtos que tiveram impacto e chegaram às bancadas. Uma actuação em grande plano, prpoveitando ao máximo as boas condições do toiro.
29/07 Caldas da Rainha Luís Rouxinol Jr aguentou bem a carga inicial do Vinhas em várias voltas à arena de deixou-lhe depois 2 compridos e na série de 4 curtos esteve em bom plano, rematando com um de palmo à 2ª passagem.
6/08 Abiúl Luís Rouxinol teve uma boa primeira lide, entendendo bem o toiro e aproveitando-o ao máximo em especial na série de curtos, ao som de música e de aplausos do público a quem brindou a lide tal como aos organizadores. O seu segundo foi exigente, com mobilidade mas a obrigar Rouxinol a puxar dos galões. A série de curtos com o “Douro” foi de nível, bem na brega e nos remates das sortes, terminando esta sua passagem por Abiúl com um de palmo e um bom par de bandarilhas com o toiro nos médios.
08/09 Lisboa Campo Pequeno Luís Rouxinol Jr sacou o melhor partido das boas investidas do quinto da noite desde que o recebeu à porta gaiola e lhe cravou dois compridos. A série de curtos, escolhendo bem os terrenos, foi de muito boa nota e o segundo curto foi o seu melhor. Rematou com dois de palmo sob os aplausos do público.
24/09 Sobral M. Agraço Luís Rouxinol Jr teve uma boa lide com um segundo bom comprido e uma série de 4 curtos de boa nota, rematando com um de palmo e um bom par de bandarilhas a pedido do público.
30/09 Chamusca Também Luís Rouxinol Jr esteve em bom plano na brega e na cravagem frente a um cumpridor toiro de Prudêncio.
01/10 Vila Franca Luís Rouxinol Jr precisa de toiros que carreguem para desbobinar o seu toureio. O primeiro comprido foi de boa nota depois de ter recebido o toiro à porta de curros e teve bons momentos com a ferragem curta pelo que arriscou. No que foi sexto da ordem, boa actuação em especial com a ferragem curta.
Luís Rouxinol
26/03 Vila Franca - Luís Rouxinol que teve de terminar com o par de bandarilhas exigido pelo público
25/06 Alcácer do Sal A corrida abriu com uma grande actuação de Luís Rouxinol que brindou ao seu apoderado Rui Bento que cumpria 35 anos de alternativa de matador de toiros. Uma lide em crescendo, com bons pormenores de brega, dois bons compridos e curtos em sortes frontais com bom desenho e boa cravagem, rematando a sua passagem pela arena alcacerense com um bom par de bandarilhas e um ferro de palmo.
06/08 Abiúl Luís Rouxinol teve uma boa primeira lide, entendendo bem o toiro e aproveitando-o ao máximo em especial na série de curtos, ao som de música e de aplausos do público a quem brindou a lide tal como aos organizadores. O seu segundo foi exigente, com mobilidade mas a obrigar Rouxinol a puxar dos galões. A série de curtos com o “Douro” foi de nível, bem na brega e nos remates das sortes, terminando esta sua passagem por Abiúl com um de palmo e um bom par de bandarilhas com o toiro nos médios.
08/09 Lisboa Campo Pequeno Depois das sempre bonitas cortesias à antiga portuguesa, abriu praça o cavaleiro Luís Rouxinol com uma actuação de mestre, desde logo no 1º comprido e na forma como recebeu o imponente Charrua e que foi um bom colaborador para o êxito do cavaleiro de Pegões. Bons ferros curtos, preparações e remates bem medidos, numa actuação rematada com um bom par de bandarilhas com o toiro nos médios e um ferro de palmo.
10/09 Sobral M. Agraço A chuva que se fez sentir a partir sensivelmente das 17h15, logo após o findar das cortesias,primeiro mais miudinha e depois mais forte, levou ao cancelamento da corrida após a lide Luís Rouxinol ao primeiro e único toiro desta tarde em Sobral de Monte Agraço
28/10 Évora Luís Rouxinol cumpriu frente ao distraído primeiro da tarde, um toiro que não se definiu. Rouxinol recebeu-o bem, em curto, dobrando-se para o fixar e deixou dois bons compridos. Com os curtos o toiro começou por dificultar o momento da reunião e só a partir do 3º curto, a mais curta distância do oponente, vieram os melhores momentos, para rematar com um de palmo. No quarto da ordem, após um longo intervalo, cumpriu na ferragem comprida e teve bons curtos, a aguentar na reunião nos dois últimos e a finalizar com um bom par de bandarilhas.
Tristão Telles Queiróz
14/07 Lisboa Campo Pequeno Um interregno de alguns minutos para embolação do sobrero já que o quinto saiu inferiorizado e foi devolvido e Tristão a assinar uma actuação vibrante.
29/07 Caldas da Rainha Finalmente Tristão Telles de Queiróz lidou o Veiga Teixeira que não lhe facilitou a vida. O 4º curto foi o melhor da sua actuação.
24/09 Sobral M. Agraço Para fechar o capítulo das lides a cavalo actuou Tristão Telles de Queiróz também ele numa lide de intermitências. Dois curtos de boa nota e depois dois toques nos ferros de violino. Rematou com um de palmo.
30/09 Chamusca Tristão Telles de Queiróz está num bom momento teve uma meritória actuação com um bom primeiro comprido e um 3º curto também de nível
AS PRAÇAS DE TOIROS DE SANTARÉM E DE SOBRAL DE MONTE AGRAÇO
17.11.23 | António Lúcio / Barreira de Sombra
Monumental “Celestino Graça” – Santarém
Em Santarém estivemos presentes nos 3 espectáculos que aí se realizaram, um deles sob chuva intensa. Foram 3 corridas à portuguesa e numa delas, 10 de junho, João Grave deixou o comando dos Amadores de Santarém a Francisco Graciosa, tarde em que Pablo Hermoso de Mendoza regressou a Santarém.
Assim, vimos actuar 6 cavaleiros e 1 rejoneador sendo que apenas um cavaleiro repetiu presença em Santarém.
João Moura Jr (5 toiros e 2 actuações)
Francisco Palha (3 toiros e 1 actuação)
Rui Fernandes (2 toiros e 1 actuação)
João Ribeiro Telles (2 toiros e 1 actuação)
António Ribeiro Telles (2 toiros e 1 actuação)
Pablo Hermoso de Mendoza (2 toiros e 1 actuação)
João Salgueiro da Costa (2 toiros e 1 actuação)
Quanto aos Grupos de Forcados eles foram:
Santarém (12 toiros e 3 actuações)
Évora (3 toiros e 1 actuação)
Montemor (3 toiros e 1 actuação)
Lidaram-se, em Santarém, toiros de 7 ganadarias:
Murteira Grave (7 toiros em 2 corridas)
António Raúl Brito Paes (6 toiros e 1 corrida)
Manuel Veiga (1 toiro e 1 corrida)
Assunção Coimbra (1 toiro e 1 corrida)
Dr. António Silva (1 toiro e 1 corrida)
Veiga Teixeira (1 toiro e 1 corrida)
Sobral de Monte Agraço
A praça de toiros de Sobral de Monte Agraço teve 3 espectáculos, 2 corridas à portuguesa (1 onde só se lidou um toiro devido à chuva) e o tradicional festival de 25 de abril.
Actuaram 7 cavaleiros, 2 deles praticantes, e 1 rejoneador:
Manuel Telles Bastos (2 toiros e 2 actuações)
Joaquim Brito Paes (2 toiros e 2 actuações)
João Moura Caetano (1 toiro e 1 actuação)
Luís Rouxinol (1 toiro e 1 actuação)
Emiliano Gamero (1 toiro e 1 actuação)
Luís Rouxinol Jr (1 toiro e 1 actuação)
António Telles filho (1 toiro e 1 actuação)
Diogo Oliveira (P) (1 toiro e 1 actuação)
Tristão Telles Queiróz (1 toiro e 1 actuação)
No que se refere a Grupos de Forcados eles foram:
Lisboa (5 toiros e 2 actuações)
Montemor (4 toiros e 2 actuações)
Académicos de Elvas (2 toiros e 1 actuação)
Actuaram ainda 2 matadores de toiros e 1 novilheiro praticante
AS PRAÇAS DE TOIROS DE VILA FRANCA, CAMPO PEQUENO E ARRUDA DOS VINHOS
14.11.23 | António Lúcio / Barreira de Sombra
Como já referido, as 3 principais praças de toiros onde marcámos presença em 2023 foram Vila Franca de Xira, Campo Pequeno, Arruda dos Vinhos.
Vejamos agora quem actuou (toureiros, forcados e ganadeiros) nessas praças.
Vila Franca de Xira
A “Palha Blanco” é uma das principais referências da nossa tauromaquia e em 2023 voltou a marcar a diferença.
Na praça de toiros “Palha Blanco” assistimos a 6 espectáculos como já referido. Vimos actuar um total de 12 cavaleiros, 4 matadores e 1 aspirante a novilheiro, 3 Grupos de Forcados e lidar toiros e novilhos de 10 ganadarias, 3 delas espanholas.
Cavaleiros:
Com 4 toiros lidados em 2 espectáculos vimos os cavaleiros:
João Ribeiro Telles
Com 2 toiros lidados em 1 espectáculo vimos os cavaleiros:
Manuel Telles Bastos
Miguel Moura
Luís Rouxinol Jr
Rui Fernandes
Com 1 toiro lidado em 1 espectáculo:
João Moura
Paulo Caetano
António Telles
Rui Salvador
Luís Rouxinol
João Salgueiro
Marcos Bastinhas
No que se refere a Grupos de Forcados, eles foram:
Vila Franca – 4 presenças e 14 toiros pegados
Évora – 1 presença e 2 toiros pegados
Aposento da Moita – 1 presença e 2 toiros pegados
No capítulo do toureio a pé actuaram:
Morante de la Puebla – 1 actuação e 2 toiros lidados
Manuel Dias Gomes - 1 actuação e 2 toiros lidados
Joaquim Ribeiro Cuqui - 1 actuação e 2 toiros lidados
Alejandro Talavante - 1 actuação e 2 toiros lidados
E o aspirante a novilheiro
Tomás Bastos – 2 actuações e 3 novilhos lidados
Quanto às ganadarias lidadas, elas foram:
Paulo Caetano – 7 reses
Alves Inácio – 4 reses
Canas Vigoroux – 4 reses
Calejo Pires – 3 reses
São Torcato – 3 reses
Assunção Coimbra – 2 reses
Garcia Jiménez (E) - 2 reses
Nuñez del Cuvillo (E) – 2 reses
La Cercada (E) – 2 reses
Campo Pequeno (Lisboa)
Voltou o grande público, o grande ambiente antes, durante e após as corridas em Lisboa. Uma lotação esgotada, outras duas de grande presença de público, o fausto da corrida de gala e uma televisão estrangeira em Setembro, marcaram a diferença na emblemática praça da capital apesar da temporada se ter resumido a 4 espectáculos, sendo 3 corridas à portuguesa e 1 mista.
Actuaram no Campo Pequeno 12 cavaleiros de alternativa, 3 rejoneadores e 1 cavaleiro praticante, 2 matadores de toiros e 7 grupos de Forcados para além de se terem lidados reses de 6 ganadarias.
Assim, no que a cavaleiros e rejoneadores diz respeito, actuaram:
António Ribeiro Telles (1 toiro – 1 corrida)
Manuel Telles Bastos (1 toiro – 1 corrida)
João Ribeiro Telles (1 toiro – 1 corrida)
António Ribeiro Telles filho (1 toiro – 1 corrida)
João Moura Jr (2 toiros – 1 corrida)
Francisco Palha (2 toiros – 1 corrida)
Andrés Romero (2 toiros – 1 corrida)
João Moura Caetano (2 toiros – 1 corrida)
Marcos Bastinhas (2 toiros – 1 corrida)
Luís Rouxinol (1 toiro – 1 corrida)
Miguel Moura (1 toiro – 1 corrida)
Pablo Hermoso de Mendoza (1 toiro – 1 corrida)
Duarte Pinto (1 toiro – 1 corrida)
Luís Rouxinol Jr (1 toiro – 1 corrida)
Guilhermo Hermoso de Mendoza (1 toiro – 1 corrida)
Tristão Telles Queiróz(1 toiro – 1 corrida)
Nota: No caso da família Telles, todos os 5 cavaleiros lidaram em conjunto 1 toiro no final da corrida de alternativa de António Telles filho; no caso de Moura Caetano e Marcos Bastinhas, um dos toiros foi lidado a duo.
No que se refere a matadores de toiros:
Manuel Jesus El Cid (2 toiros – 1 corrida)
Manuel Dias Gomes (2 toiros – 1 corrida)
Quanto aos Grupos de Forcados:
Santarém (3 toiros – 1 corrida)
Vila Franca(3 toiros – 1 corrida)
Montemor (3 toiros – 1 corrida)
Évora (3 toiros – 1 corrida)
Lisboa (3 toiros – 1 corrida)
Aposento da Moita (3 toiros – 1 corrida)
Cascais (3 toiros – 1 corrida)
Quanto às ganadarias, elas foram:
David Ribeiro Telles (6 toiros – 1 corrida)
Murteira Grave (6 toiros – 1 corrida)
António Charrua (6 toiros – 1 corrida)
Irmãos Moura Caetano (3 toiros – 1 corrida)
Varela Crujo (2 toiros – 1 corrida)
Calejo Pires (2 toiros – 1 corrida)
Praça de Toiros “José Marques Simões” – Arruda dos Vinhos
Arruda dos Vinhos foi palco de 3 espectáculos taurinos, sendo 2 corridas à portuguesa e 1 mista. Como habitualmente deu espectáculos pelas festividades de Santo António e de Nossa Senhora da Salvação.
Actuaram 7 cavaleiros de alternativa, 2 rejoneadores, 2 matadores de toiros e 4 Grupos de Forcados, lidando-se toiros de 3 ganadarias.
Vejamos de seguida quem foram os que tourearam a cavalo:
Tal como já referido, esta foi a nossa 36ª temporada no activo, com um menor número de espectáculos onde marcámos presença mas procurando estar presentes em alguns dos grandes momentos taurinos do ano, falhando alguns deles mas efectuando a cobertura possível de uma temporada onde foram bastantes as corridas de toiros com especial incidência no Ribatejo, Estremadura e Alentejo e corridas dispersas pelas Beiras (em escasso número) no Minho e Douro Litoral.
De realçar que no final da temporada – Setembro – o Canal One Toro transmitiu 2 corridas a partir de Lisboa e houve o regresso das crónicas das corridas a grandes órgãos de comunicação social generalista como CM, DN e Novo.
Agosto marcou também o regresso do “Retiro da Afición” na Rádio Marinhais, 102.5 fm, com António Lúcio e Paulo Beja.
Neste ano taurino houve algumas revelações, jovens que marcaram pontos, grandes lides, grandes pegas e grandes toiros, casas cheias e outras esgotadas. Bons sinais mas que há que interpretar com prudência.
As praças de toiros onde estivemos presentes
Foram 20 as praças onde assistimos a 38 espectáculos, 2 delas em Espanha (Olivença e Badajoz).
Por ordem decrescente de espectáculos:
Vila Franca – 6 (3 corridas mistas, 2 novilhadas populares e 1 festival)
Campo Pequeno – 4 (3 corridas à portuguesa, 1 corrida mista)
Arruda dos Vinhos – 3 (2 corridas à portuguesa, 1 corrida mista)
Santarém – 3 (3 corridas à portuguesa)
Sobral de Monte Agraço – 3 (2 corridas à portuguesa, 1 festival)
Seguem-se as praças de
Com dois espectáculos: Azambuja e Moita
Com um espectáculo: Alcácer do Sal, Badajoz, Benedita, Caldas da Rainha, Cartaxo, Mourão, Olivença, Torres Vedras, Vila Nova da Barquinha, Abiul, Chamusca, Montijo e Évora.
Por categoria de espectáculo
19 corridas à portuguesa (50%)
9 corridas mistas (23.9%)
4 novilhadas populares (10.52%)
3 festivais (7.89%)
2 corridas só matadores (Espanha) (5.26%)
1 novilhada (2.63%)
A média estimada de espectadores é de 3031.
Uma vez mais a corrida só com cavaleiros e forcados (à portuguesa) ocupou lugar de destaque no nosso marcador da temporada e os espectáculos onde houve toureio a pé tiveram também uma forte presença. As novilhadas populares tiveram lugar na Moita, Vila Franca e Abiul, devido à inclusão de 1 novilheiro aspirante no espectáculo (que passaram a ser 2), casos em que actuaram Tomás Bastos e Gonçalo Alves ao lado de matadores de toiros.