PRÓXIMO FIM DE SEMANA - FEIRA TAURINA DE OLIVENÇA
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Sou, por natureza, um optimista. Mas no que à actual tauromaquia portuguesa concerne, posso afirmar que sou pessimista pois não vislumbro grandes rasgos empresariais e/ou de toureiros que possam romper com o marasmo em que vivemos e onde alguns atropelos, incompreensíveis para pessoas como eu, continuam a acontecer.
A Festa para sobreviver precisa de seiva nova, precisa de máxima competição, de cartéis atractivos (acho que vi isto escrito nos últimos 20 anos onde vários sítios), de preços simpáticos para a esmagadora maioria das bolsas portuguesas, de um circuito de promoção de novos valores a cavalo e a pé…
Precisamos de ousadia por parte dos empresários, que consigam transformar uma corrida de toiros num acontecimento único.
Precisamos que os toureiros alinhem numa postura de tudo ou nada cada vez que se anunciam.
Precisamos que o toiro seja capaz de transmitir e impor seriedade e respeito a tidos quantos se lhe coloquem por diante.
Precisamos de praças cheias, de filas nas bilheteiras para adquirir os bilhetes para cada espectáculo.
Não entendo que algumas entidades organizem espectáculos em cima de outros já anunciados com antecedência e a poucos quilómetros uns dos outros. Muito mais importante do que estabelecer datas condicionantes a espectáculos de beneficência. Não faz sentido que após ter sido anunciada a primeira data de Almeirim com uma alternativa, venhamos a ser confrontados com uma organização de última hora para as vésperas em Coruche com o selo da Prótoiro, entidade que ainda não garantiu esse Dia da Tauromaquia mas…
Não entendo a forma de comunicar destas entidades que se preocupam em enviar comunicações via Whatsapp de questões suscitadas no estrangeiro quando se deveriam preocupar seriamente em procurar soluções para o problema português, não esquecendo as praças fechadas e demolidas e onde nunca mais haverá uma corrida de toiros… Parece que isso importa pouco, mas a verdade é que tem enormes repercussões.
Há dias também verifiquei que alguns dos fotógrafos portugueses postaram nas redes sociais que roubar fotos é crime e dando a entender também que estaria na calha a criação de alguma associação de classe para defesa dos seus direitos. Acho bem e acho que se devem instaurar os respectivos processos-crime para defesa dos autores das fotos.
António Lúcio
Estão limadas as últimas arestas do cartaz taurino das Sanjoaninas 2023. A pouco mais de quatro meses para se abriram as portas da Monumental Praça de Toiros da Ilha Terceira, e depois do escrutínio das ganadarias e cavaleiros que escrevem o seu nome nesta edição, é tempo de dar a conhecer quem irá bordar as faenas de muleta.
No modelo que a Tertúlia Tauromáquica Terceirense leva a cabo, na qualidade de entidade organizadora, e à semelhança do ano anterior, são parte integrante do cartaz dois matadores de toiros.
O jovem e versátil Luis David Adame apresenta-se na Feira Taurina de São João. O matador de toiros, de nacionalidade mexicana, nas últimas temporadas tem vincado a sua arte de tourear pelas principais praças de Espanha e pela América do Sul, com triunfos e presenças assíduas nas feiras de renome.
Um toureiro luso volta a ser aposta para compartir cartel. Numa temporada em que celebra o quinto aniversário da sua alternativa, Joaquim Ribeiro Cuqui regressa à ilha Terceira, desta feita para a montra maior. Matador de toiros da Moita do Ribatejo, que na temporada passada teve a audácia de lidar em solitário seis toiros da prestigiada ganadaria Palha, e que já no início deste ano andou por solo peruano, alcançando triunfos.
Estes nomes serão assim os embaixadores do toureiro a pé nas Sanjoaninas, que irão envergar o traje de luces, enfrentar de pés na arena os oponentes, e marcar um saudável duelo entre duas nações com fortes raízes taurinas.
É costume dizer-se que não se deve voltar a um lugar onde se foi feliz. Não o podem dizer e testemunhar o Grupo de Aficionados Tauromáquicos do Norte, que este sábado, dia 11 de Fevereiro, reuniram em almoço no Clube Thyrsense, em Santo Tirso, obviamente.
Os mais de sessenta participantes que ali marcaram presença, cavalheiros e senhoras, ou vice-versa, já que todos são, somos, amigos e companheiros de muitas ‘idas aos toiros’, por cá, pelo nosso recanto à beira-mar espraiado, mas também por terras de Espanha. Armados dos trastes da moda que as circunstâncias, informais, ditam, montaram os pessoais atavios gustativos que melhor se adequam à celebração de uma jornada pouco campera, e vai de iniciar as cortesias, que a tarde prometia. Uma tarde de grande convívio e confraternização. E foi o que aconteceu. Lembranças, recordando presenças e viagens, testemunhos de grandes tardes e enormes lides nas arenas e nos botecos circundantes, estórias de testemunhos que fazem história nos anais da tauromaquia vista e apreciada com respeito, saber e gosto.
O bonito salão do Clube Thyrsense, devidamente aquecido, e lindo de se ver na decoração a preceito que algumas das senhoras aficionadas fizeram capricho em presentear a concorrência, viu os comensais atirarem-se às papas de sarabulho, e aos rojões, que de tão grandes, eram mesmo de ‘morte’, sempre com o generoso vinho verde a ‘templar’, numa lide em tábuas remata com um ‘toque’ de frutas natural, e meio jesuíta fulminante. O café servido com licor beneditino, preparou o tendido para a apresentação do calendário de deslocações na época de 2023, não sem que antes Fernando Monteiro, professor já jubilado, brindasse a memória de uma grande senhora da escrita, que dedicou muitos dos seus poemas à Tauromaquia, D. Maria Manuel Cid, nascida e celebrada na Chamusca, cujo Grupo de Forcados apadrinhou, e muito acarinhou. Uma delícia ouvir os poemas que Fernando Monteiro escolheu para esta celebração de memória de quem viveu intensamente a Festa dos Toiros.
E, se neste regresso ao Clube Thyrsense, o Grupo de Aficionados Tauromáquicos do Norte, não contou com a presença da sua ‘madrinha’, a promissora cavaleira tauromáquica Soraia Costa, os mais de sessenta ‘tremendistas’ que protagonizaram esta ‘encerrona’ em Santo Tirso, pela voz de Miguel Monteiro, ficaram a conhecer os caminhos previstos pelo Grupo de Aficionados do Norte, serem percorridos neste ano de 2023, num calendário de vai exigir muita ‘aficion’ e entrega, e que a seu tempo será para todos disponível mais minuciosamente.
Parece não ser estranho que aqui destaque um cordial e sincero agradecimento aos amigos que organizaram o encontro, servido pelo Restaurante Thyrsense, Bento Miranda e João Semedo, sempre em alta, que com as Esposas deram o toque final na decoração do ainda magnifico salão do Clube Thyrsense, e ao Fernando Sousa… pelo saber ‘correr a mão’ e ‘colocar em sorte’ os mais distraídos.
Vc-13/Fev/2023 José Andrade