GALA DOS AFICIONADOS TAUROMÁQUICOS DO NORTE - GALERIA FOTOGRÁFICA
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
O Clube de Leça, ao fim da tarde desta sexta-feira, dia 25 de Novembro, voltou a ser o local de encontro para a confraternização dos Aficionados Tauromáquicos do Norte.
As magnificas, vetustas, e cheias de memórias, instalações do ‘velhinho’ Clube de Leça, voltou a ser ponto de encontro para a III Grande Gala dos Aficionados Tauromáquicos do Norte. Uma gala, uma festa, que é a celebração anual que onde um grupo de heterogéneo de aficionados da Festa dos Toiros, predominantemente do Norte, premeia e presta homenagem todos aqueles que, praticando ou assistindo, cultivam e defendem a Tradição, Cultura e o gosto que é a Arte de lidar Toiros, a cavalo ou a pé.
E se os Aficionados Tauromáquicos do Norte são a comunhão de Mulheres e Homens que ao longo doa ano, animam e acompanham pelas mais diversas terras de Portugal, e umas quantas sortidas a Espanha nas diferentes lides na arte da Festa dos Toiros, tarefa que Fernando Sousa, ‘diestro’ de serviço muito bem soube traduzir num muito elucidativo e apropriado vídeo com que brindou a concorrência, a sua Gala anual, é muito mais que uma exaltação de circunstância no tempo e no modo. A Gala dos Aficionados Tauromáquicos do Norte 2022, a terceira, foi a comemoração e celebração da vida, da diversidade de gosto, um convívio que é também tempo de balanço, um evento social que reúne sempre e cada vez mais convivas, e premeia aqueles que em 2022 se destacaram.
A Gala que teve este ano como convidados o cavaleiro, mestre António Ribeiro Telles e a ganadeira D. Maria Margarida Santos da Herdade de Camarate, contou com a presença cerca de cento e cinquenta aficionados, teve como ponto alto a sentida homenagem a Conchita Citrón que completaria 100 anos, com a passagem de um vídeo do seu percurso de vida pessoal e artístico, acto a que se associaram os seus familiares convidados, presentes. O programa diversificado, apelativo e com motivos de grande interesse foi iniciado com a uma tertúlia que teve como animadora a honrosa presença de D. Maria Margarida Gonçalves de Azevedo Santos, senhora, que com seu irmão, Fernando, são os detentores da ganadaria ‘Herdade de Camarate’, e que brindou os presentes com uma ‘conversa’ rica em conhecimentos e acontecimentos da vida de no campo, onde a arte de criar e selecionar toiros de lide, é uma paixão com muito amor, sofrimento e incerteza. E, se nem todos, por motivos vários dos seus afazeres e dos desfavores do transito, conseguiram marcar presença para a primeira ‘lição’, após os momentos de convívio, alegre, animado, de conversa solta, que antecederam o generoso e gostoso repasto servido, degustado com simpáticos companheiros e amigos, o programa delineado prosseguiu com a vários momentos de exaltação ao futuro, sem esquecer o presente, nas homenagens prestadas, não sem que antes o convívio fosse brindado com a actuação da secção juvenil da Banda mais antiga de Portugal, a Banda de Vila boa de Quires, 307 anos de existência com futuro garantido.
E os premiados de 2022 foram:
Troféu Carreira – António Maria Brito Paes
Troféu Cavaleiro de Alternativa 20 anos – Duarte Pinto
Troféu Cavaleiro de Arte – Francisco Palha
Troféu Corrida da temporada – João Salgueiro da Costa (encerrona em Vila Franca de Xira)
Troféu Cavaleiro Intemporal – Manuel Telles Bastos
Troféu Cavaleiro Dinastia – António Ribeiro Telles (Filho)
Troféu Cavaleiro Nova Geração – Joaquim Brito Paes
Troféu Melhor Matador – João Silva (Juanito)
Troféu Consagração – Carlos Silva – G.F.Vila Franca de Xira (mais de mil toiros rabejados)
Troféu Carreira – Duarte Alegrete
Troféu Revelação – Diogo Fernandes
Troféu Cavaleiro Promessa – José Santos
Troféu Ganadaria do Ano – Monte Cadema, Nuno Cabral
Foram também distinguidos os Aficionados do Norte :
Fernando Monteiro – Manuel Cardia – Miguel Ramalhão – António Lencastre – Gonçalo Mora Morais – Gonçalo Correia dos Santos – José Cardoso e António Guerra.
Distribuídos os troféus e as distinções, para rematar tão elegante e excelente momento de convívio, onde a Festa dos Toiros, a sua Tradição, Cultura e Arte foram celebradas, nada melhor que uma sessão de Fado. E para isso o brinde na voz de Carla Cortez, acompanhada à guitarra pelo incansável aficionado Marramaque e à viola por Lino Lobão.
Parabéns aos premiados, aos convidados, aos presentes, e Olé para o Joaquim Mesquita e Fernando Sousa, pelo trabalho de organização. Imparáveis. Até para o ano.
28Nov2022 - José Andrade
A Feira Taurina das Sanjoaninas, é sempre um marco de extrema importância e notoriedade no panorama nacional tauromáquico. De tal forma, continua a imperar o cuidado e dedo cirúrgico no que toca às escolhas que compõem os cartéis de tão relevante certame taurino.
No que diz respeito à vertente do toureio a cavalo, estão alinhavados e firmados os nomes que em junho de 2023 farão cortesias na Praça de Toiros da Ilha Terceira.
De uma das dinastias mais carismáticas do país, com pergaminhos e uma história inolvidável, o “doutorado” António Ribeiro Telles regressa à arena insular e apresenta à afición terceirense o filho homónimo, António Ribeiro Telles, Filho, que começa a traçar a sua carreira, sendo uma forte promessa da arte marialva.
Não menos relevante, e de uma casa também ela bastante acarinhada, alinham Tiago Pamplona e João Pamplona. Os irmãos da Quinta do Malhinha são peça fulcral e presença com tradição nas Sanjoaninas.
Depois de mais uma temporada de grande nível, onde rodou pelas principais praças do país e com triunfos importantes, remata a feira e junta-se ao elenco o valoroso cavaleiro Francisco Palha.
A Feira Taurina das Sanjoaninas é uma organização da Tertúlia Tauromáquica Terceirense e da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.
Ficam assim lançados os dados para o que aí vem em Junho próximo.
Informa: Tertúlia Tauromáquica Terceirense
Os três partidos coincidem na necessidade de repor o IVA nos 6%, corrigindo uma discriminação fiscal que foi criada pelo governo desde 2020, que distorce a concorrência e prejudica os consumidores dos espectáculos tauromáquicos face aos restantes espectáculos culturais.
Na semana em que decorrem as votações do Orçamento do Estado (OE) para 2023 o PSD, o CHEGA e o PCP apresentaram propostas de alteração ao OE, em sede de especialidade, com o objectivo de alterarem a taxa de IVA actual (23%), que desde 2020 se aplica aos espectáculos tauromáquicos, voltando aos 6%, corrigindo uma discriminação ilegal, em relação às restantes áreas culturais, que têm o mesmo estatuto legal que a tauromaquia.
Esta situação distorce a concorrência entre os espectáculos culturais e prejudica os consumidores que têm de pagar mais impostos para poderem aceder aos espectáculos tauromáquicos do que aos restantes espectáculos culturais aos quais se aplica a taxa reduzida de 6%.
O setor agradece e elogia o esforço e coerência do PSD, CHEGA, CDS e PCP que desde 2020 defendem a não discriminação dos cidadãos que frequentam espectáculos tauromáquicos, uma das expressões culturais mais arreigadas no povo português e uma manifestação cultural única no mundo.
A proposta do PSD (1451C) indica que o PSD não pactua “com imposições de gosto, volta a propor que a todas as entradas em espetáculos culturais seja aplicada uma taxa idêntica. De facto, nada justifica que as atividades tauromáquicas, que desde sempre integram o património cultural português, continuem a ser as únicas excluídas da Lista I do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).”
A proposta do CHEGA (671C) segue no mesmo sentido e refere que “Devem estar sujeitos à mesma taxa de IVA todos os espetáculos de natureza artística. Toda a cultura deve ser tratada de forma igualitária e de modo independente de questões de natureza ideológica ou outras.”
O CHEGA faz ainda um outra proposta (1266C) para que “O Governo promova a alteração ao contrato de concessão de serviço público da RTP, no sentido de permitir a transmissão de espetáculos tauromáquicos na estação de televisão pública” ,uma vez que “A RTP, como único canal público, tem a obrigação e o dever de prestar serviço público de televisão, não suprimindo ou censurando determinadas manifestações culturais…”
Já o PCP propõe (1510C) que às entradas em espetáculos de natureza artística definidos no Decreto-Lei nº 23/2014, onde naturalmente se inclui a tauromaquia, se aplique a taxa reduzida, “Considerando desadequada a restrição que foi introduzida pelo OE 2020, o PCP entende que a referida taxa deve abranger as entradas de todos os espetáculos de âmbito cultural, independentemente da sua natureza, sem a introdução, por via fiscal, de visões uniformizadoras e imposições que ponham em causa o respeito pela diversidade cultural, nomeadamente das comunidades que consideram a tauromaquia como parte integrante da sua cultura popular.”
Também a Secção de Municípios com Actividade Tauromáquica, da Associação Nacional de Municípios Portugueses, se tem posicionado, reiteradamente, contra esta discriminação que afeta os seus territórios e a sua economia, pedindo a correção desta situação.
Para Helder Milheiro, Secretário-geral da Protoiro, “Esta discriminação violenta uma área cultural consagrada na lei e os cidadãos que livremente pretendem aceder a este espectáculo cultural, criando ainda uma distorção no mercado, algo que as regras europeias do IVA proíbem expressamente, pois o IVA é um imposto de base europeia, pelo que esta discriminação é ilegal. Já para não falar de que esta discriminação ofende vários dos deveres constitucionais a que o Estado Português está obrigado na promoção de um direito fundamental, que é o direito à cultura. O Governo PS tem agora, livre do PAN, toda a liberdade para corrigir esta situação, já não havendo desculpas para fazer o contrário.”
Tendo em conta o agendamento das votações do OE as propostas sobre IVA serão votadas na tarde desta quarta-feira. Está nas mãos do PS corrigir esta injustiça. Se assim não acontecer, o setor não terá outra opção que recorrer aos tribunais para repor a legalidade.
PROTOIRO
Federação Portuguesa de Tauromaquia
Tal como em anos anteriores, começamos por apresentar os números de espectáculos a que assistimos, conforme ao Regulamento do Espectáculo Tauromáquico, e as praças de toiros (18) sendo 4 portáteis e 14 fixas, uma delas em Espanha, onde assistimos a esses 37 espectáculos.
No que ao toureio a pé diz respeito, assistimos a espectáculos com essa vertente nas praças de toiros de Lisboa/Campo Pequeno, Moita, Mourão, Nazaré, Salvaterra de Magos, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira, e ainda em Higuera La Real, conforme quadro abaixo com a tipologia de espectáculos por praça de toiros.
Praças onde assistimos a maior número de espectáculos
Campo Pequeno, Moita e Vila Franca de Xira foram as praças onde mais vezes estivémos, num total de 4 em cada uma delas e onde presenciámos alguns bons espetáculos como foram a mista em Lisboa onde toureou Monte ou a Moita com a encerrona de Cuqui com toiros Palha e mista também na Feira de Setembro.
Também Vila Franca marcou pontos com a mista do Colete Encarnado onde tourearam Luque e Juanito com assinalável êxito e um toiro de Murteira Garve (lidado por Juanito) a merecer voltar ao Campo.
Ainda no que se refere a toureio a pé, destaque para o festival de 25/04 em Sobral de Monte Agraço com a sublime faena de Curro Díaz.
Estes espectáculos a que assistimos em 2022 foram organizados pelas seguintes empresas:
Ovação e Palmas e Tauroleve dominaram com quase 49% do total dos espectácuos a que assistimos (18) e Rafael Vilhais Unipessoal Lda ficou em 3º lugar com cerca de 16% e 6 espectáculos organizados.
OS ARTISTAS QUE VIMOS ACTUAR EM 2022, POR CATEGORIA PROFISSIONAL Neste capítulo, e exceptuando os bandarilheiros/peões de brega cujos nomes e total de actuações não registámos mas a que nos referiremos em apartado próprio, vimos actuar: · 31 cavaleiros de alternativa e rejoneadores · 6 cavaleiros praticantes · 2 cavaleiros amadores · 11 matadores de toiros · 9 novilheiros e aspirantes · 25 Grupos de Forcados
Lidaram-se, nos 37 espectáculos a que assistimos, um total de 227 reses (toiros e novilhos) de 28 ganadarias, sendo que 188 foram lidados a cavalo e os restantes 39 a pé.
No que se refere a delegados técnicos tauromáquicos, · 11 directores de corrida · 5 veterinários
CAVALEIROS DE ALTERNATIVA
CAVALEIROS PRATICANTES
CAVALEIROS AMADORES
GRUPOS DE FORCADOS AMADORES
MATADORES DE TOIROS
NOVILHEIROS E ASPIRANTES
GANADARIAS
DELEGADOS TÉCNICOS TAUROMÁQUICOS
| ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
|
|
Tal como em anos anteriores, começamos por apresentar os números de espectáculos a que assistimos, conforme ao Regulamento do Espectáculo Tauromáquico, e as praças de toiros (18) sendo 4 portáteis e 14 fixas, uma delas em Espanha, onde assistimos a esses 37 espectáculos.
No que ao toureio a pé diz respeito, assistimos a espectáculos com essa vertente nas praças de toiros de Lisboa/Campo Pequeno, Moita, Mourão, Nazaré, Salvaterra de Magos, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira, e ainda em Higuera La Real, conforme quadro abaixo com a tipologia de espectáculos por praça de toiros.
PRAÇA | Corridas à Portuguesa | Corridas Mistas | Corridas só Matadores | Novilhadas | Festivais | Total |
Alenquer | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 |
Arruda dos Vinhos | 3 | 0 | 0 | 0 | 0 | 3 |
Azambuja | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 |
Caldas da Rainha | 3 | 0 | 0 | 0 | 0 | 3 |
Campo Pequeno | 4 | 0 | 0 | 0 | 0 | 4 |
Higuera la Real | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 1 |
Loures | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 |
Moita | 1 | 1 | 1 | 0 | 1 | 4 |
Mourão | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 1 |
Nazaré | 1 | 1 | 0 | 0 | 0 | 2 |
Paio Pires | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 1 |
Salvaterra de Magos | 2 | 0 | 0 | 1 | 0 | 3 |
Samora Correia | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 |
Santarém | 3 | 0 | 0 | 0 | 0 | 3 |
Sobral de M Agraço | 1 | 0 | 0 | 0 | 1 | 2 |
Vila Franca de Xira | 2 | 1 | 0 | 1 | 0 | 4 |
Malveira | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 |
Vila Nova da Barquinha | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
TOTAL | 26 | 3 | 2 | 2 | 4 | 37 |
% TOTAL | 70,27 | 8,11 | 5,41 | 5,41 | 10,81 |
|
|
|
Praças onde assistimos a maior número de espectáculos
PRAÇA | Corridas à Portuguesa | Corridas Mistas | Corridas só Matadores | Novilhadas | Festivais | Total |
Campo Pequeno | 4 | 0 | 0 | 0 | 0 | 4 |
Moita | 1 | 1 | 1 | 0 | 1 | 4 |
Arruda dos Vinhos | 3 | 0 | 0 | 0 | 0 | 3 |
Caldas da Rainha | 3 | 0 | 0 | 0 | 0 | 3 |
Salvaterra de Magos | 2 | 0 | 0 | 1 | 0 | 3 |
Santarém | 3 | 0 | 0 | 0 | 0 | 3 |
Vila Franca de Xira | 2 | 1 | 0 | 1 | 0 | 4 |
Nazaré | 1 | 1 | 0 | 0 | 0 | 2 |
Sobral de M Agraço | 1 | 0 | 0 | 0 | 1 | 2 |
Campo Pequeno, Moita e Vila Franca de Xira foram as praças onde mais vezes estivémos, num total de 4 em cada uma delas e onde presenciámos alguns bons espetáculos como foram a mista em Lisboa onde toureou Monte ou a Moita com a encerrona de Cuqui com toiros Palha e mista também na Feira de Setembro.
Também Vila Franca marcou pontos com a mista do Colete Encarnado onde tourearam Luque e Juanito com assinalável êxito e um toiro de Murteira Garve (lidado por Juanito) a merecer voltar ao Campo.
Ainda no que se refere a toureio a pé, destaque para o festival de 25/04 em Sobral de Monte Agraço com a sublime faena de Curro Díaz.
Estes espectáculos a que assistimos em 2022 foram organizados pelas seguintes empresas:
EMPRESAS TAUROMÁQUICAS | |
EMPRESA | ESPECTÁCULOS |
Ovação e Palmas | 9 |
Tauroleve | 9 |
Rafael Vilhais | 6 |
Soc. Campinas - J.L.Gomes | 2 |
António Pedro Vasco Unip Lda | 2 |
Sector 9 - Santarém | 3 |
Doses de Bravura | 2 |
Clube Taurino Alenquerense | 1 |
Martoros SL | 1 |
Joaquim Grave - Mourão | 1 |
Dep Taurino F.C. Paio Pires | 1 |
Ovação e Palmas e Tauroleve dominaram com quase 49% do total dos espectácuos a que assistimos (18) e Rafael Vilhais Unipessoal Lda ficou em 3º lugar com cerca de 16% e 6 espectáculos organizados.
Apesar de, por motivos de saúde, termos sido obrigados a dar a nossa temporada por terminada quando se iniciava a Feira anual de Vila Franca, cumprimos, ainda assim, um interessante número de espectáculos (37) ao longo do ano e onde, nalguns deles pudémos desfrutar de bom toureio e vivenciar algumas emoções. Não foi nem uma temporada grande nem uma grande temporada mas, uma vez mais, o público respondeu e esgotou algumas casas. Foi o tapar do sol com uma peneira pois, assim, os que nada queiram mudar com vista à revitalização da Festa, continuarão impávidos e serenos… |
À DÚZIA É MAIS BARATO…
Esta foi uma temporada atipica pela sua má esquematização, espectáculos a mais em algumas praças, sem ter em conta o mau panorama econónico da maioria das famílias que ainda reservam algum do seu precioso tem e dinheiro para irem aos toiros, algumas dessas corridas fora da época tradicional/data tradicional da localidade e com muitos toureiros anunciados com imensa antecipação sobre a data em que iriam tourear na praça x ou y retirando aquela surpresa que poderia ser o anúncio da sua contratação para aquela data e praça. Serão provavelmente as novas dinâmicas do marketing…
Outra das questões que se coloca é o dos mais que repetitivos cartéis de 6 toureiros (12 das 26 corridas à portuguesa a que assisti em 2022) dando uma errada ideia de que os toureiros como só lidam um toiro irão procurar com maior insistência o triunfo e deixando transparecer que á dúzia é mais barato como diz o ditado… Os empresários saberão o quanto mais lhes pode render na bilheteira um cartel com tanta heterogeneidade de estilos e o que isso pode agradar ao grande público. Mas, ao mesmo tempo não se pode pensar que o púbçlico, só porque está ávido de espetcáculos e de emoção, vai “comer” tudo o que lhe coloque por diante.
Se esses cartéis de 6 cavaleiros servissem para abrir portas aos mais novos toureiros que mostram valor e determinação para continuarem uma arte… O mesmo se diga das novihadas (e festivais), que obrigatoriamente deviam ser mistas para dar possibilidade aos nossos novilheiros de progredir e aos amadores para se poderem mostrar ao grande público.
Houve alguns cartéis em que os mais jovens competiram, o que se saúda, mas foram poucos e nem sempre o grande público aderiu. O que demonstra que terá de haver um maior equilibrio na montagem de algunn destes espectáculos e na data mais adequada.
Não há uma estratégia das nossas empresas para criar mais-valias na tauromaquia. É essencial criar parcerias estrágicas, aproximar as pessoas ao meio taurino, ao campo onde tudo acontece, às coudelarias, promovendo dias abertos ao grande público, dando visibilidade e obrigando a que os grandes meios de comunicação, do áudio-visual à imprensa, dediquem algum tempo à tauromaquai, criando grupos de pressão activos, programando e divulgando com antecedência essas actividades e dá-las a conhecer para que as pessoas possam comparecer. E infelizmente não é isso o que vimos acontecer.
Confesso que, ao fim destes anos todos nestas lides, muitas vezes sinto necesssidade de me afastar porque não encontro as respostas que necessito para continuar. Mas, depois, lá vem uma actução acima da média, a cavalo ou a pé , e penso que é este sortilégio de nunca sabermos o que irá acontecer que me mantém a esperança de que um dia destas as coisas mudem.
Contudo não podemos deixar de aqui referir a medida discriminatória e discricionária tomada pela IGAC de impedir o trabalho dos fotógrafos a partir das trincheiras das praças, impondo restrições sem sentido e criando praças sem segurança para ter estes tipos de agentes, representantes da comunicação social, em função quer da extensão do elenco actuante (por exemplo 6 cavaleiros e 3 grupos de forcados)… Uma tentativa encapotada de censura à fotografia sendo esta essencial para a cobertura de qualquer tipo de espectáculo. Aproveitam a falta de união dos fotógrafos e já está. Mas os toureiros e seus apoderados parecem pouco preocupados com issso e a própria Prótoiro deveria ter tomado uma posição junto da tutela.
E sem senhas de trincheira houve quem particamente tivesse desaparecido do campeonato da foto para a bancada e para o social e poucas foram as corridas em que compareceram e fizeram o seu trabalho, pois já nos espectáculos de pandemia haviam estado nas bancadas e consumado o seu trabalho. Na verdade, também aqui teria feito todo o sentido uma reunião dos principais sites e blogs para a criação de uma comissão para trabalhar em conjunto com a IGAC e as entidades representivas do sector tauromáquico – APET e Prótoiro – deixando de lado as qestiúnculas pessoais e agindo em prol da Festa Brava.
Festa Brava que continua a perder bastiões e onde impera muito folclore associativo, salvo raras excepções, e poucas acções concretas no terreno. É assim que se vive a festa nos dias de hoje, muito distante dos tempos de glamour e de glória, de figuras e praças esgotadas com 3 dias de antecedência. E isso caros amigos faz-nos imensa falta. Texto e foto: António Lúcio |