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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

Legislativas 2022: As Bancadas Parlamentares que apoiam a Tauromaquia

27.01.22 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Depois da divulgação do Guia das Posições e Propostas dos Partidos sobre as Touradas, a PROTOIRO, Federação Portuguesa de Tauromaquia, divulgou agora uma análise do trabalho das bancadas parlamentares que apoiam a cultura tauromáquica, face às eleições legislativas de 30 de janeiro.

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No seguimento da divulgação do Guia das Posições e Propostas dos Partidos sobre as Touradas, a PROTOIRO, Federação Portuguesa de Tauromaquia, vem agora divulgar uma análise do Trabalho das Bancadas Parlamentares que apoiaram a cultura tauromáquica desde que o PS subiu ao poder, de modo a permitir aos aficionados votar nas eleições legislativas de 30 de Janeiro com conhecimento de causa e em consciência.

Uma vez mais reiteramos que a Tauromaquia não tem partidos, é de todos e para todos, mas importa fazer um esclarecimento aos eleitores, em particular aos mais de 3 milhões de portugueses que são aficionados, de modo a permitir uma decisão informada no momento de votar, um momento determinante da nossa vida cívica e democrática. 

Além do balanço realizado abaixo, com o detalhe do nome de 75 deputados, é de justiça destacar o trabalho inexcedível na defesa dos direitos culturais e da cultura tauromáquica pelos senhores deputados Maria da Luz Rosinha (PS, círculo eleitoral de Lisboa), Pedro do Carmo (PS, círculo eleitoral de Beja), Luís Testa (PS, círculo eleitoral de Portalegre), Sérgio Sousa Pinto (PS, círculo eleitoral de Lisboa), Fernanda Velez (PSD, círculo eleitoral de Setúbal), João Moura (PSD, círculo eleitoral de Santarém), Duarte Pacheco (PSD, círculo eleitoral de Lisboa), João Oliveira (PCP, círculo eleitoral de Évora), Ana Rita Bessa (CDS, círculo eleitoral de Lisboa).

AÇÃO DAS BANCADAS PARLAMENTARES SOBRE AS TOURADAS

Bancada do PS
O grupo parlamentar socialista foi sempre defensor da tauromaquia, votando a favor da mesma por esmagadora maioria, sempre que surgiram projectos contra as touradas. No Orçamento do Estado para 2019 propôs a descida do IVA da tauromaquia para 6%, contra a proposta do governo, no célebre enfrentamento entre Carlos César e António Costa, tendo a bancada votado contra o governo. Votou também contra a proibição de touradas apresentada pelo PAN. No OE de 2020, 40 deputados deram a cara e contestaram publicamente a proposta do governo de subir o IVA da tauromaquia para 23%, mas acabaram por ser impedidos de votar contra, devido à disciplina de voto. Já em 2021 o Presidente do partido Carlos César, junto com 38 deputados socialistas, assinaram uma Carta Aberta (promovida pelos autarcas dos municípios taurinos, onde os socialistas estão em maioria) contra a proibição de transmissão de touradas na RTP, proposta pelo Governo.

Entre os muitos deputados que sempre defenderam a cultura tauromáquica, na bancada socialista, na actual legislatura, temos de destacar:

João Castro (Açores), Lara Martinho (Açores), Pedro do Carmo (Beja), Telma Guerreiro (Beja), Joaquim Barreto (Braga), Palmira Maciel (Braga), Nuno Sá (Braga), Jorge Gomes (Bragança), Cristina Jesus (Coimbra), João Gouveia (Coimbra), Pedro Coimbra (Coimbra), Norberto Patinho (Évora), Santinho Pacheco (Guarda), Cristina Sousa (Guarda), João Paulo Pedrosa (Leiria), Raul Castro (Leiria), Maria da Luz Rosinha (Lisboa), Fernando Paulo (Lisboa), João Miguel Nicolau (Lisboa), Sérgio Sousa Pinto (Lisboa), Vera Braz (Lisboa), Marcos Perestrello (Lisboa), Pedro Cegonho (Lisboa), Ricardo Leão (Lisboa), Carlos Pereira (Madeira), Luís Testa (Portalegre), Ricardo Pinheiro (Portalegre), António Gameiro (Santarém), Hugo Costa (Santarém), Manuel Afonso (Santarém), Mara Lagriminha (Santarém), Clarisse Campos (Setúbal), Sofia Araújo (Setúbal), Eurídice Pereira (Setúbal), José Manuel Carpinteira (Viana do Castelo), Ascenso Simões (Vila Real), José Rui Cruz (Viseu), Lúcia Araújo Silva (Viseu). 

 

Bancada do PSD
Na liderança de Rui Rio o grupo parlamentar do PSD continuou a votar favoravelmente, e em bloco, a favor da tauromaquia em todas as circunstâncias, além de adotar uma postura proactiva na defesa da tauromaquia no Parlamento. No OE de 2019 propôs e aprovou a descida do IVA de 6% para a tauromaquia. Voltou a propor a mesma medida em 2020 e 2021, depois de o governo de António Costa ter aprovado a subida do IVA da tauromaquia para 23%. Os deputados do PSD na Comissão de Cultura foram incansáveis, antes e durante a pandemia, na defesa do setor, interpelando diversas vezes a Ministra da Cultura sobre o setor, chegando mesmo a agendar um debate no plenário sobre cultura, com destaque para a tauromaquia, denunciando a sua discriminação pelo governo. No ano passado, 26 deputados da bancada assinaram a Carta Aberta contra a proibição de transmissão de touradas na RTP, proposta pelo Governo.

 

Entre os deputados que sempre defenderam a cultura tauromáquica na bancada social democrata, na actual legislatura, temos de destacar:

 

Paulo Moniz (Açores), Carlos Eduardo Reis (Braga), Firmino Marques (Braga), Gabriela Fonseca (Braga), Adão e Silva (Bragança), Isabel Lopes (Bragança), António Maló de Abreu (Coimbra), Mónica Quintela (Coimbra), Carlos Peixoto (Guarda), Hugo Patrício Oliveira (Leiria), João Marques (Leiria), Olga Silvestre (Leiria), Isabel Meirelles (Lisboa), Luís Marque, Guedes (Lisboa), Duarte Pacheco (Lisboa), Paulo Rios de Oliveira (Porto), João Moura (Santarém), Isaura Morais (Santarém), Duarte Marques (Santarém), Fernanda Velez (Setúbal), Fernando Negrão (Setúbal), Nuno Carvalho (Setúbal), Emília Cerqueira (Viana do Castelo), Jorge Mendes (Viana do Castelo), Artur Soveral Andrade (Vila Real), Cláudia Bento (Vila Real), Carla Borges (Viseu).

 

Bancada do CDS

O CDS nunca hesitou na defesa do setor cultural tauromáquico, sendo clara a sua postura proactiva no Parlamento em favor das touradas, propondo medidas e chumbando propostas antitaurinas. Foi o CDS que, em 2018, levantou a polémica da subida do IVA das touradas quando a deputada Vânia Dias interpelou a Ministra da Cultura, tendo esta respondido que “Era uma questão de civilização”. No OE para 2019 propôs e aprovou o IVA de 6% para a tauromaquia. Voltou a propor a mesma medida em 2020 e 2021 para corrigir a discriminação do setor. Também durante a pandemia, na Comissão de Cultura, foi uma voz ativa na interpelação da Ministra da Cultura sobre as medias e apoios ao setor, denunciando a sua discriminação. A bancada assinou a Carta Aberta contra a proibição de transmissão de touradas na RTP.

Destacamos os nomes de João Almeida (Aveiro), Telmo Correia (Braga), Ana Rita Bessa (Lisboa), Cecília Meireles (Porto) e João Gonçalves Pereira (Lisboa).

 

Bancada do PCP

O apoio do grupo parlamentar comunista tem sido uma constante, votando sempre a favor das touradas e contra todos os projectos que a pretenderam atacar. A sua ação tem-se centrado sobretudo no Orçamento do Estado onde propôs e aprovou a descida do IVA da Tauromaquia para 6% no OE de 2019, e voltou a propor a mesma medida nos OE de 2020 e 2021. A bancada deu a cara pela tauromaquia com a assinatura da Carta Aberta contra a proibição de transmissão de touradas na RTP.

Destacamos os nomes de João Dias (Beja), João Oliveira (Évora), Alma Rivera (Lisboa), Duarte Alves (Lisboa), António Filipe (Santarém) e Paula Santos (Setúbal).

 

Deputado do CHEGA

Com um só deputado no Parlamento, André Ventura, o partido tem tido uma atitude proactiva em favor da Festa. No OE de 2020 e 2021 propôs a descida do IVA da Tauromaquia, tendo também feito a defesa da tauromaquia em diversas intervenções no plenário da Assembleia da República. 

Protoiro

 

Assembleia Geral Ordinária ANGF - as decisões

27.01.22 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Realizou-se na passada sexta-feira, na Arena D’Évora a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Associação Nacional dos Grupos de Forcados (ANGF).

Foram discutidos e votados vários assuntos de extrema importância, ficando inclusive propostas para discutir ainda numa próxima  Assembleia Geral Extraordinária (AGE) no 1º semestre do ano.

Foram votados:

  • Aprovação de contas 2021 – Aprovado por Unanimidade
  • Aprovação de entrada de Grupos Pré-Associados (Arruda dos Vinhos, Clube Taurino Alenquerense, Cartaxo e Académicos de Coimbra) – Aprovado por Maioria
  • Aprovação de entrada para Pré-Associado (GFA Riachos) – Rejeitado por Unanimidade
  • Aprovação de aumento de Cachets (Valores a serem estabelecidos em próxima AGE) - Aprovado por Unanimidade
  • Aprovação de maior peso de voto para Grupos com maior antiguidade (Votos a serem estabelecidos em próxima AGE) - Aprovado por Maioria

Foram ainda discutidos alguns assuntos propostos por vários grupos que terão seguimento através da direcção da ANGF.

Todos os Grupos tiveram direito de voto à excepção dos Grupos com regularizações pendentes.

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Foto: ANGF

Protoiro lança Guia de Votação para os aficionados nas Legislativa

24.01.22 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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A Federação Portuguesa de Tauromaquia criou um guia para permitir aos aficionados conhecer a posição e propostas dos principais partidos em relação à tauromaquia, nas eleições legislativas de 30 de Janeiro.

Aproximando-se um momento de grande importância para o país, com as eleições Legislativas do próximo dia 30, a Protoiro vem divulgar este guia eleitoral, de modo a esclarecer os mais de 3 milhões de aficionados e todos os amantes da cultura portuguesa, os eleitores do país real, estejam em ambiente rural ou urbano, sobre as posições dos principais partidos sobre a cultura tauromáquica e o que propõem para a mesma. 

A Tauromaquia não tem partidos, é de todos e para todos, mas importa fazer um esclarecimento aos eleitores, de modo a permitir uma decisão esclarecida no momento de votar. 

Para os aficionados o momento de votar é também uma momento de exercício cívico da defesa da sua cultura, dos seus direitos e liberdades, dos seus filhos e família, pois o seu voto vai contribuir para a salvaguarda da cultura tauromáquica e o respeito pelas liberdades culturais em Portugal.

Mais que nunca, no momento de votar, vote com a sua Aficion! 

 

AS POSIÇÕES E PROPOSTAS DOS PARTIDOS SOBRE AS TOURADAS

PSD

Totalmente a favor das Touradas

Com a liderança de Rui Rio o PSD reforçou ainda mais a sua defesa da tauromaquia. Na última legislatura foi uma voz proactiva em defesa da tauromaquia no Parlamento. No OE de 2019 propôs e aprovou o IVA de 6% para a tauromaquia. Voltou a propor a mesma medida em 2020 e 2021. Não refere a temática no seu programa eleitoral. Durante o debate com o Pan, Rui Rio colocou a caça, pesca e touradas como linhas vermelhas para qualquer acordo na formação de um governo. Na campanha, interpelado por dois grupos de forcados, Rui Rio afirmou que a tauromaquia pode contar sempre com o PSD. 

PS

Contra as Touradas

Apesar de sempre ter sido um partido defensor da tauromaquia, tal como a sua bancada parlamentar, com António Costa o PS aliou-se ao PAN e vendeu a tauromaquia como moeda de troca para a sobrevivência do governo. O governo PS discriminou o IVA da tauromaquia para 23%, tentou que os municípios pudessem proibir touradas (na descentralização), acordou proibir os menores de 16 entrarem sozinhos em touradas (mas não chegou a fazê-lo), tentou proibir as touradas na RTP… tudo com o PAN. A Ministra da Cultura classificou os aficionados como incivilizados e António Costa pretende passar a governar com o PAN. Só não está classificado como “Totalmente Contra” porque a bancada parlamentar tem uma atitude diferente do governo. 

CDS
Totalmente a favor das Touradas

É um partido histórico na defesa da tauromaquia. No Parlamento tem uma postura proactiva em favor das touradas. No OE de 2019 propôs e aprovou o IVA de 6% para a tauromaquia. Voltou a propor a mesma medida em 2020 e 2021. No seu programa para as Legislativas de 2022 propõe a descida do IVA da tauromaquia para 6% em igualdade com todo o setor cultural, para corrigir a discriminação aprovada pelo PS, BE, PEV e Pan. Nos debates e na campanha, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu várias vezes a tauromaquia.

 

PCP
Totalmente a favor das Touradas

É um partido discreto mas muito importante na defesa da tauromaquia no Parlamento, votando sempre a favor das touradas. Propôs e aprovou a descida do IVA da Tauromaquia para 6% no OE de 2019, e voltou a propor a mesma medida em 2020 e 2021. Não refere esta temática no seu programa e apresenta-se a eleições coligado com o PEV na CDU. 

CHEGA
Totalmente a favor das Touradas

Desde a sua formação que se mostrou um partido defensor da tauromaquia e tem-o expressado repetidamente. No Parlamento tem uma atitude proactiva a favor da Festa. No OE de 2020 e 2021 propôs a descida do IVA da Tauromaquia. Refere a defesa e valorização da tauromaquia no seu programa eleitoral. Nos debates e em campanha André Ventura tem referido em várias ocasiões a defesa da tauromaquia. 

IL 
A Favor das Touradas mas…

O Presidente da Iniciativa Liberal afirmou que defende a liberdade das touradas existirem e de os cidadãos escolherem assistir às mesmas, numa lógica liberal. As votações da IL no Parlamento nem sempre confirmaram esta posição: a IL votou a favor da proibição de apoios públicos às touradas (2020), junto com BE, PEV e PAN e absteve-se na votação de aumento do IVA das touradas para 23% (2020), tendo-se abstido também nas propostas do PCP, PSD, CDS e Chega para reposição do IVA em 6% (2020). A IL defende a liberdade de existência de touradas mas vota contra o seu tratamento de igualdade fiscal e de apoios perante as restantes áreas culturais. 

  

PAN 
Totalmente Contra das Touradas

É um partido que convive mal com a democracia e liberdade. Tem feito do ataque à tauromaquia uma das suas estratégias para obter visibilidade mediática. Há duas legislaturas que vive das migalhas que o PS lhe dá nos Orçamentos de Estado, onde tenta sempre fazer ataques às touradas. Pretende proibir a tauromaquia e como não o consegue, até porque é inconstitucional, pretende continuar a fazer todo o tipo de ataques que o PS lhe permitir, não só às touradas mas à caça, pesca, agricultura…

 

LIVRE
Totalmente Contra das Touradas

É o partido que elegeu Joacine Katar Moreira. É um partido de esquerda radical marcado pelo preconceito ideológico contra a cultura popular do país real. No seu programa eleitoral defende a proibição das touradas. Coligou-se com o PS nas eleições autárquicas para atacar touradas em Lisboa e foi derrotado. Pretende agora fazer acordos com o PS para impor a sua agenda animalista.

 

PEV
Totalmente Contra as Touradas

Um partido que nunca foi a eleições sozinho, concorre coligado com o PCP. Vota sempre contra a tauromaquia no Parlamento. Com o surgimento do PAN iniciou uma disputa para ver quem é o maior na aldeia a fazer ataques à tauromaquia. 

 

BE
Totalmente Contra das Touradas

É o partido historicamente antitaurino, no Parlamento, nas últimas décadas, mas que com o surgimento do PAN, teve de aumentar os seus ataques contra a tauromaquia para batalhar pelo micro eleitorado animalista. Vota sempre contra a tauromaquia no Parlamento, mas no programa eleitoral, por estratégia eleitoral oportunista, não defende a proibição de touradas, mas sim a proibição da participação de menores nos espectáculos e também a proibição de apoios públicos (que quase não existem). 

CARTÃO MOURA JR.

24.01.22 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Na temporada em que comemora 15 anos de Alternativa, o cavaleiro João Moura Jr. lança o "Cartão Moura Jr.".
 
Um dos objectivos do mesmo, é que os aficionados possam usufruir de várias regalias estreitando relações com a família "Mourista", para que nesta temporada tão importante, esteja mais perto de todos.
 
Com um valor de 30€ para a temporada 2022:
  • Envio cartão personalizado;
  • Oferta fotografia assinada;
  • Oferta Kit Moura Jr (Merchandising);
  • Merchandising Moura Jr - 10% desconto;
  • Dias de Campo - 10% desconto;
  • Reserva de bilhetes para corridas Moura Jr.;
  • Fazer parte do chat de Whatsapp Moura Jr.;
  • Festa 15 anos de alternativa.
Após dois anos de limitações pandêmicas, e já com vários compromissos importantes apontados para este ano, espera a equipa do cavaleiro, que seja uma temporada inesquecível com os seus seguidores sempre por perto

PELO CAMPO BRAVO: PATRIMÓNIO GENÉTICO ÚNICO

HERDADE DAS COVAS - GANADARIA FALÉ FILIPE

17.01.22 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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A raça brava de lide constitui um património genético único que urge preservar. Os ganadeiros, utilizando zonas de fraca aptidão agrícola, aproveitando o montado de sobro e azinho, promovem a ecologia e a defesa da diversidade animal nos seus terrenos, permitida apenas e só pela presença dessa raça única e que permite imagens de rara beleza nesse seu espaço.

A garantia da sua continuidade está ameaçada pelos urbano-depressivos, por muitos dos que nunca viveram no mundo rural e dele tiraram o seu sustento, desde remotos tempos, dos nossos antepassados de há muitas gerações atrás. Ser ganadeiro de reses bravas de lide é. nos dias de hoje, uma autêntica loucura, pelas ameaças vindas do exterior, pelos preços elevadíssimos das rações, e pela evolução dos tempos (em muitos casos é mais regressão do que outra coisa) e falta de respeito pelos que defendem a terra e o toiro…

A evolução paga-se caro e, no caso da ganadaria que visitámos, a do nosso amigo Carlos Falé Filipe, a necessidade de construção de uma linha de comboio, não teve o mínimo respeito pela especificidade de aí pastar uma ganadaria brava, rasgando e esventrando a terra, dividindo a Herdade das Covas em duas e deixando já um impacto negativo no maneio das reses.

Em dois dos vastos cercados da herdade, está a garantia do futuro próximo da ganadaria e da raça. São os cercados onde pastam as vacas afilhadas, sempre atentas e protectoras, não nos deixando aproximar muito. A variedade de pelagens e de cornamentas é enorme e os pequenos bezerros que, esperamos, atinjam a idade de 4 ou 5 anos para os vermos lidar uma praça, trotam placidamente e olham-nos com curiosidade, nem se aproximando muito nem fugindo para longe. Estão alí os que um dia nos farão bater palmas numa praça…

Noutros cercados pastam erales e novilhos, alguns mais adiantados do que outros irmãos de camada, seja porque nasceram primeiro, seja porque comem mais que os outros. A variedade de pelagens, entre o negro, o negro mulato, os choreados, os burracos, os colorados fazem parecer uma pintura com os fundos verdes dos prados e as árvores em seu redor… Um espaço único onde se podem movimentar com facilidade com pouca intervenção humana mas agora demasiado próximo do local onde, daqui a uns tempos irão passar muitos, muitos comboios de enorme comprimento e onde o ruído que até agora não existia e passará a ser uma constante. É o custo do progresso…

A Herdade das Covas é relativamente abundante de água e os pastos têm qualidade, assim como existem muitos espaços bem resguardados nas inclemências das chuvas ou do sol. Local propício para o desenvolvimento em plenitude do toiro bravo de lide. Como pudemos apreciar, os toiros de “saca”, ou seja, os que estão prontos para serem lidados estão imponentes e nessas zonas mais resguardadas. São imponentes em trapio os de 4 e 5 anos como se pode comprovar pelas nossas fotos.

Mas como a preservação das espécies não se refere apenas ao toiro, na Herdade há um conjunto de árvores centenárias de onde se destaca uma magnífica sobreira de frondosa e enorme copa e com um diâmetro de tronco considerável.

O nosso obrigado ao ganadeiro Carlos Falé Filipe por este magnífico dia de campo para abrirmos a nossa 35ª temporada no activo.

Texto e fotos: António Lúcio

COMUNICADO DA APET SOBRE OS CONCURSOS DE MONTIJO E FIGUEIRA DA FOZ

09.01.22 | António Lúcio / Barreira de Sombra
A Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos  (APET) após reflexão e auscultação com os seus Associados em reunião mantida durante o dia de hoje, (07/01/22) sobre as condições tornadas públicas recentemente para adjudicação da Praça de Toiros do Montijo e do Coliseu Figueirense, considera unanimemente que ambas as gestões são impraticáveis, obrigando a valores financeiros que podem colocar em causa o equilíbrio, a normalização e o respeito perante todos os demais intervenientes.

A situação Mundial que estamos todos a viver, bem como, todas as restrições que devido ao COVID-19 nos condicionam à prática da nossa atividade laboral, acumulando com a prevista crise económica, consequência do menor poder de compra dos aficionados, faz-nos analisar as propostas de forma bastante cautelosa e receosa.

É importante mantermos o espírito de união e que todos percebamos, inclusivo os proprietários dos imóveis, que cada vez mais as despesas têm que ser controladas pois somente assim conseguimos garantir o Futuro da Tauromaquia criando espectaculos atractivos com capacidade de atração de público.

Desejamos um grande ano taurino cheio de saúde e grandes triunfos!

APET
A Direcção

TEMPORADA 2022 ARRANCA EM MOURÃO COM 2 FESTIVAIS: 1 E 5 DE FEVEREIRO

04.01.22 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Como já vem sendo tradição, o Dr. Joaquim Grave na página oficial de facebook da ganadaria Murteira Grave anunciou os cartéis oficiais da inauguração da Temporada Portuguesa, inseridos nas Festas em Honra de Nossa Senhora das Candeias.

 

Se o tempo não o impedir e com superior permissão das autoridades, este ano serão dois Festivais que se irão realizar na Libano Esquivel, que comemora 100 anos, nos dias 1 e 5 de Fevereiro. Os dois Festivais serão de beneficência a favor do Abrigo Infantil de Mourão.

 



Dia 1 de Fevereiro, terça-feira, às 15h com os cavaleiros praticantes, Joaquim Brito Paes, António Ribeiro Telles (filho) e Tristão Ribeiro Telles. Forcados Amadores de São Manços. Na lide a pé, os novilherios Diogo Peseiro, Manuel Perera e Erik Olivera. Novilhos a designar.

 



Dia 5 de Fevereiro, sábado, às 15horas. Seis novilhos de Murteira Grave. Para o rejoneador Andrés Romero e para o cavaleiro João Salgueiro da Costa. Na lide a pé os matadores de toiros Alvaro Lorenzo, David de Miranda, Diego Carretero e João Silva "Juanito". Pegam os Amadores de Montemor.