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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA - 34 ANOS 34 FOTOS

23ª FOTO – MOURÃO 1 DE FEVEREIRO DE 2019, NEM A CHUVA NOS DEMOVEU

06.04.21 | António Lúcio / Barreira de Sombra

mourao 1 - 2019

Fizesse chuva, fizesse sol, caísse granizo… nada nos demovia de ir aos toiros e abrir cada temporada em Portugal na castiça praça de toiros de Mourão. Era o pontapé de saída e o convívio com os amigos, depois de uns meses de defeso era aguardado com expectativa.

Capas plásticas, protecção para a máquina fotográfica, chapéus de chuva… Assim arrancámos em mais uma temporada – 2019, a última em que houve toiros em Mourão poisem 2020 e este ano por causa da Covid não houve. E o meu pai também já não iria acompanhar-me pois faleceu em Dezembro do ano passado por causa desse maldito vírus que tudo mudou nas nossas vidas. Aqui, na barreira, eu, o meu pai, o Fernando Clemente e o Hugo Ferro.

A ver se em 2022, nos meus 35 anos de crítico, voltaremos a Mourão!!!

BARREIRA DE SOMBRA - 34 ANOS 34 FOTOS

22ª FOTO – TOIROS NA RDP INTERNACIONAL COM LUÍS SARMENTO

05.04.21 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Mais um programa que, infelizmente, acabou. O Luís Sarmento convidou-me, à Solange Pinto e ao João Diniz para uma tertúlia onde se analisasse a temporada, se não me engano em 2014…

Foi um programa “sem papas na língua” e que criou alguns incómodos, com algumas pessoas a não aceitarem muito bem o que ali foi dito.

Mas, como costumo dizer, desde que não sejam ofensivos, a opinião de cada uma vale o que vale e só isso. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém, ninguém é obrigado a aceitar o que não quer. Não pode é impedir os outros de terem opinião própria e de a expressar.

Convite aceite, programa feito e ponto!

REGUENGOS DE MONSARAZ - 24 DE ABRIL ÁS 10H30

O PRIMEIRO ESPECTÁCULO TAUROMÁQUICO DESTE ANO

04.04.21 | António Lúcio / Barreira de Sombra

A empresa Toiros e Tauromaquia anuncia para dia 24 de Abril, sábado, e pelas 10h30 da mnahã, um festival taurino que será o primeiro espectáculo desta temporada taurom´áquica, com seis cavaleiros e dois Grupos de  Forcados.

240421 - reguengos

 

A FESTA BRAVA EM SOBRAL DE MONTE AGRAÇO - 10

PRIMEIROS ANOS DO SÉCULO XX

03.04.21 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Em 26 de Março de 2000 a Tertúlia Tauromáquica Sobralense organizou um magno festival taurino com a presença de figuras do toureio equestre e a pé, revivendo-se o grande ambiente que existia em torno da Festa Brava em Portugal. Correndo o risco de ser um pouco narcisista, aqui vos deixo a minha crónica sobre esse espectáculo, publicada em «Tauromaquia Portuguesa On-Line» e na edição de Abril do jornal regional «Impacto».

26 março 2000

“Praça de Toiros de Sobral de Monte Agraço- 26.03.2000 – Festival taurino

Cavaleiros: Rui Salvador, Luis Rouxinol, Vitor Santos

Forcados do Aposento da Moita

Espadas: Vítor Mendes, Rui Bento Vasques, Nuno Manuel Velásquez

6 novilhos de Santa Maria

 Ao comemorar os seus 79 anos de idade a praça de toiros de Sobral recebeu um festival taurino de luxo, viu as suas bancadas encherem-se de um público participativo e viu, ainda, a estreia de Manuel Jacinto como director de corrida, tendo a assessoria veterinária do Dr. José Manuel Lourenço. Presenças ainda do Presidente da Câmara Municipal e do Sr. Governador Civil de Lisboa. A aposta da Tertúlia  Tauromáquica Sobralense foi ganha em todos os aspectos e poderá servir de exemplo a muitas empresas e pseudo-empresários que se têm mostrado incapazes de levar o público ás praças. A ânsia do lucro, dos bilhetes a preços incomportáveis para a maioria das bolsas afasta o público das praças; o oposto sucedeu em Sobral: preços populares e praça quase cheia.

 A segunda aposta era no curro de novilhos-toiros. Oriundo de uma ganadaria de prestígio, Santa Maria, o curro estava bem apresentado, oscilando entre os 365 kg do 6º da ordem e os 440 kg do lidado em 3º lugar, e em termos de comportamento também houve para todos os gostos. Mais difíceis os da lide a pé que os de cavalo mas a deixarem que os toureiros por vezes se sentissem a gosto, ou como no caso de Mendes, obrigando-o a impôr-se e a mostrar ao novilho que era ele quem ali mandava.

Rui Salvador lidou o primeiro da tarde, encontrando-se a gosto na cravagem de dois compridos e na ferragem curta subiu o tom com três bons ferros em sortes a quarteio bem executadas, ao som de música e deixando o último a pedido do público.

 Luis Rouxinol é um toureiro que mexe com o público e após dois bons compridos à tira deixou um terceiro mais fraco e que caíu de imediato. Com um cavalo novo que teve alguns problemas para deixar o primeiro curto após toque, mudou de montada e cravou mais três curtos em sortes a quarteio bem executadas, ao som de música e levantou o público das bancadas com um bom par de bandarilhas para terminar a sua actuação com um ferro de palmo.

 Vítor Santos teve um início de lide algo complicada com o novilho a apertar para tábuas e a provocar alguns toques, cravando três compridos à tira. Mudou de montada e a sua actuação subiu de tom, preocupando-se em executar o toureio frontal, quarteando-se apenas o suficiente para deixar com limpeza o ferro, pisando, por vezes, terrenos de compromisso e saindo com classe das sortes. Foi assim em 4 curtos, com destaque para o último em sorte frontal bem executada, e encerrando com um ferro de palmo. Foi o triunfador na parte equestre.

 O Grupo de Forcados do Aposento da Moita, a  executou três boas pegas de caras, todas ao primeiro intento, por intermédio de João Camejo, Pedro Ferreira e Hélder Carvalho.

Após o intervalo, que serviu para entrega de lembranças aos participantes, o matador de toiros Vítor Mendes enfrentou um novilho complicadote e que saíu sobre o manso, colando-se, lanceando por verónicas, chicuelinas e rebolera de remate, saindo Rui Bento ao quite por navarras e rebolera. Repartiu o tércio de bandarilhas com Rui Bento, tendo este cravado um par traseiro e descaído e Mendes dois bons pares. A faena de muleta foi um demonstração de conhecimento, ofício e poderio de Mendes, impondo-se ao novilho, sacando séries pela direita, deixando sempre a muleta na cara do oponente, ligando alguns circulares e mostrando o porquê de ser figura mundial do toureio.

 Rui Bento Vasques teve um novilho que saiu solto e não se fixou no capote. Com as bandarilhas Rui retribuiu o gesto de Mendes, cravando este um bom par em que o novilho saiu com muita pata e Rui deixou dois pares um pouco traseiros. Quanto ao trasteio de muleta executado por Rui Bento, começou com uma série de derechazos e a meio da segunda série o novilho deu-lhe uma voltareta feia mas sem consequências e Rui encastou-se sacando uma bela série pela direita, alguns naturais e um circular para terminar com desplantes e abaniqueio.

 Nuno Manuel Velásquez teve por diante um novilho que se deixou tourear de capote por verónicas rematadas com meia mas que mudou completamente de comportamento após o tércio de bandarilhas, ficando com uma investida muito incómoda, não permitindo a ligação no toureio de muleta mas mesmo assim alguns muletazos isolados tiveram sabor e o público no final tributou ovação ao jovem toureiro.

Com aplausos fortes do público aos toureiros quando estes se despediram atravessando a arena terminava em beleza um festival taurino que mostrou que quando há seriedade, qualidade no cartel oferecido e preços acessíveis, o público responde em massa.”

In, Impacto regional, 1 de Abril 2000 e Tauromaquia Portuguesa On-Line

 

Mas o Sobral, na temporada de 2000 viria a ter mais 4 espectáculos tauromáquicos, três dos quais durante as tradicionais Festas e Feira de Verão, em Setembro, e uma garraiada mista a encerrar a temporada no dia 1 de Novembro. Em Tauromaquia Portuguesa On-Line ficaram publicadas as crónicas desses espectáculos.

10 e 11 setembro 2000

“Praça de Toiros de Sobral de Monte Agraço – 10.09.00

Marco José  - Vítor Ribeiro - Rui Santos

Forcados de Santarém

Marcial Herce - Mário Miguel

6 toiros de Vila Galé e 1 de Lima Monteiro

 

A primeira corrida da Feira taurina de Sobral teve fraca presença de público numa noite de temperatura excelente e foi dirigida por Guilherme Pereira com assessoria veterinária do Dr. Jorge Moreira da Silva. Inicialmente estava anunciada a presença do matador de toiros mexicano César Castañeda mas, por colhida, foi substituído por Marcial Herce.

 Á fraca presença de público somou-se a fraca qualidade dos toiros da ganadaria de Vila Galé, toiros com presença e com pesos anunciados entre os 430 e os 480 kilos. No geral os toiros saíram mansos, de muito mau estilo o de Rui Santos e o lote do matador mexicano, assim como o primeiro de Mário Miguel. Conjunto desluzido que retirou a possibilidade de triunfo aos toureiros. Em 4º lugar lidou-se um sobrero de Lima Monteiro, de escassa presença, pouquíssimo peso mas encastado e a cumprir.

 Marco José não se entendeu perfeitamente com o manso primeiro da noite mas teve actuação positiva no conjunto, iniciando a actuação com 2 ferros compridos em sortes de compromisso evidente para a montada sofrendo toque forte na garupa na cravagem do primeiro. Subiu de tom na ferragem curta, tentando o êxito com sortes cambiadas, algumas delas a resultarem com emoção. Destacamos o terceiro e o quinto curtos como os seus melhores, entrando nos terrenos do toiro.

 Vítor Ribeiro viu o seu primeiro ser devolvido por ter problemas de locomoção na pata esquerda. Lidou em 4º lugar o sobrero de Lima Monteiro, de insignificante presença mas a cumprir, o que lhe permitiu uma actuação luzida tanto nos dois compridos como na cravagem dos 5 ferros curtos em sortes frontais ou com ligeiras cambiadas, não se esquecendo de um elemento imprescindível que é a brega. Boa actuação de Vítor Ribeiro apenas prejudicada pela pouca presença do novilho.

 Rui Santos lidou o 5º da noite, um toiro muito complicado, a atravessar-se nas sortes, buscando o vulto e tapando-se no momento do ferro. Rui cravou 3 compridos destacando-se no terceiro à tira e com a ferragem curta foi visível o seu esforço para fazer bem as coisas mas o toiro tornava-o quase impossível. A ferragem ficou muito irregular mas o público compreendeu a sua vontade.

 Os Forcados Amadores de Santarém, com muita gente nova, teve tarefa complicada pelos derrotes violentos dos toiros de Vila Galé mas os jovens forcados da cara deram mostras de um grande valor, consumando todas as pegas à 1ª tentativa. João Canavarro efectuou uma pega duríssima, suportando um violento derrote que sacudiu todo o grupo, viajando só na cara do toiro até à teia mas fechando-se com enorme valor; Tancredo Pedroso fechou-se à córnea com facilidade frente ao novilho de Lima Monteiro e Duarte Cortes efectuou uma rija pega à 1ª aguentando o forte derrote inicial do toiro.

 O matador mexicano Marcial Herce mostrou boas maneiras, andou sereno e templado nos poucos lances que conseguiu efectuar frente aos seus dois oponentes, mansos, sem classe, inservíveis para executar o toureio. Contudo notou-se que a sua postura é a de um toureiro com classe e que nunca deixou transparecer alguma perturbação face ao comportamento dos dois exemplares que lhe tocaram por sorteio e tentando sacar água de um poço completamente seco. Gostaríamos de o ver com outro tipo de reses pois pareceu-nos um toureiro de muita classe.

 Mário Miguel andou com garbo nos lances de capote com que recebeu os seus dois oponentes. Verónicas, chicuelinas eum quite por navarras foram bem desenhadas. Mas os momentos que mais entusiasmaram o público foram protagonizados nos dois tércios de bandarilhas, preenchidos com muita verdade e com os toiros a apertarem. Mário Miguel mostrou claramente as suas potencialidades neste tércio, arriscou, cravou en su sitio os pares e há muito que não se via um tércio de bandarilhas com tanta verdade e arrojo nesta praça de Sobral. Com a muleta teve pormenores e no sétimo toiro da noite anotamos duas boas tandas de derechazos.

 Em suma, sem ovos não se fazem omoletes, o mesmo é dizer que sem toiros a investir não é possível realizar o toureio, menos ainda quando de trata de toureio a pé. O espectáculo foi dirigido por Guilherme Pereira e abrilhantado pela Banda Visconde de Alcácer, de Alcácer do Sal.”

Praça de Toiros de Sobral de Monte Agraço – 11.09.00

Rui Salvador

Luis Rouxinol

Mário Miguel

Forcados de Lisboa e Aposento da Moita

6 toiros de Manuel José da Ursula

 A corrida de 2ª feira, corrida forte das Festas e Feira de Verão de Sobral de Monte Agraço, teve uma presença de público mais consentânea com a categoria do cartel, com cerca de ¾ da sua lotação preenchidos, e resultou num espectáculo agradável e onde a emoção marcou presença forte, nomeadamente no momento das pegas. Nesta corrida a Tertúlia Tauromáquica Sobralense homenageou o cabo do grupo de Forcados do Aposento da Moita, João Simões, pela sua trajectória enquanto Homem e Forcado e o público tributou-lhe forte ovação.

 As ovações voltariam a estalar fortes na consumação das pegas, a cargo dos Forcados Amadores de Lisboa e do Aposento da Moita. A inteligência dos homens das jaquetas de ramagens soube impor-se à força e poderio dos toiros, dignificando e elevando bem alto a história e o brio do Forcado português. Pelo Grupo de Lisboa foram solistas Miguel Félix numa rija intervenção ao primeiro intento; Pedro Maria Gomes recuando bem e fechando-se com valor para suportar os fortes derrotes do toiro à primeira tentativa e com o grupo a ajudar bem, e finalmente, Pedro Santos também numa pega rija à 1ª tentativa suportando um derrote violento do toiro, ficando bem fechado na cara. Uma tarde de grande triunfo para o grupo comandado por José Luis Gomes. Quanto aos Amadores do Aposento da Moita, e após uma actuação triunfal no dia anterior em Arles com 4 pegas à 1ª e duas à 2ª tentativa a toiros de Pablo Romero, Rodrigo Castelo apenas à 3ª tentativa conseguiria concretizar uma cara difícil pelo facto do toiro tirar a cara na reunião e cuspir os forcados quando se sentia agarrado; o cabo João Simões fechou-se com valor e decisão á córnea no 4º toiro da tarde, muito bem ajudado e encerrando a sua actuação com uma pega de cernelha de enorme mérito e valor, concretizada por Guilherme Camejo e Tiago Ribeiro ao primeiro intento, com o toiro a derrotar com alguma violência. Foi o momento alto da tarde e logo a encerrar a corrida. O público, de pé, aplaudia fortemente esta pega exemplar.

 Rui Salvador  não se entendeu muito bem com o seu primeiro toiro, cravando três compridos onde apenas o terceiro foi de boa nota. Com a ferragem curta entusiasmou parte do público pela forma como pisou os terrenos do toiro mas a ferragem nem sempre saiu da melhor forma em sortes a quarteio, sofrendo toque no 2º ferro e deixando o 5º e último em sorte ligeiramente sesgada. Contudo, frente ao 4º da ordem, Salvador remontou a sua actuação para cotas mais elevadas, nomeadamente na brega criteriosa. Cravou um primeiro comprido de compromisso e o toiro reagiu com alguma violência ao castigo e deixou ainda mais dois compridos de razoável colocação. Com os curtos coemçou em bom tom em sorte a quarteio com remate como mandam as regras e mantendo esse nível nos outros dois ferros que se seguiram. Terminou com dois ferros em sortes sesgadas, entendendo bem o toiro que teve por diante e escutando os aplausos do público.

 Luis Rouxinol teve por diante o pior toiro da corrida, o 2º. Três compridos sem grande destaque, com o toiro a descair constantemente para tábuas, e na ferragem curta apenas o seu querer conseguiu dar a volta à actuação com dois ferros a quarteio e um a sesgo de boa execução. Frente ao 5º da tarde, pudemos ver Luis Rouxinol ao seu melhor nível nos 2º e 3º compridos em sortes á tira bem desenhadas já que o primeiro ficou descaído em tira aliviada. Começou da melhor forma com os curtos e teve uma actuação em crescendo. O primeiro foi bem deixado a quarteio, 2º e 3º em entradas frontais,viajando recto e quarteando apenas o suficiente para deixar o ferro de alto a baixo e um bom ferro de palmo foram fortemente ovacionados pelo público que lhe pediu para cravar um par de bandarilhas, imagem de marca de Rouxinol e aqui uma vez mais, com o toiro no centro da arena, Rouxinol partiu recto para o toiro, elevou bem alto os braços e cravou um excelente par de bandarilhas, rematando bem a sorte e saindo em plano de triunfo.

 Mário Miguel teve duas actuações de altos e baixos. Frente ao 3º da ordem, começou bem com um comprido à tira, bem desenhada a sorte mas o 2º ficaria descaído recompondo-se no 3º de boa execução e também à tira. Com a ferragem curta andou em plano aceitável com uma sorte a sesgo bem executada, o segundo curto a ser o seu melhor em sorte frontal bem marcada e rematada a preceito e mais dois ferros a quarteio sofrendo toque na montada ao cravar o último ferro. Com o sexto da ordem andou desacertado a cravagem dos 3 compridos em que as sortes foram bem desenhadas e na série de curtos alternou os ferros bons com outros de menor valia. Destacamos, pela positiva, a concepção e cravagem dos 4º e 5º em sortes a quarteio de bastante mérito.

 Quanto aos toiros da ganadaria de Manuel José da Úrsula tiveram uma apresentação irrepreensível, pesando entre os 520 e os 580 kg, cumprindo os lidados em primeiro, quarto e quinto lugares, manseando os terceiro e sexto e complicado o saído em 2º lugar colocando bastantes dificuldades quer ao cavaleiro quer aos forcados. Após a lide do 5º da ordem o ganadeiro foi chamado a dar volta à arena.

 Dirigiu o espectáculo o antigo bandarilheiro Manuel Jacinto com assessoria do veterinário Dr. José Manuel Lourenço, sendo o espectáculo abrilhantado pela Banda de Arouca que interpretou de forma primorosa os passodobles.”

“Praça de Toiros de Sobral de Monte Agraço - 12.09.00

Rui Alexandre - Gilberto Filipe - Vítor Santos

Forcados Amadores da Chamusca

Pepe Colmenares - António João «Tó-Jó» - Nuno Casquinha

3 toiros de Manuel José da Ursula, 2 de Vítor Mendes 1 de Nuno Casquinha

 O terceiro espectáculo da Feira Taurina do Sobral foi interessante quanto baste para que o público se mantivesse atento ao que se passava na arena e acarinhasse os jovens toureiros. Nesta novilhada popular anunciou-se a prova para cavaleiro praticante do jovem cavaleiro Vítor Santos que, nos seus 19 anos de idade, deu boa conta de si e foi aprovado com o beneplácito do público que preenchia pouco mais de ¼ da lotação do tauródromo.

 Nesta novilhada destacaram-se os novilhos da Ganadaria de Vítor Mendes lidados a pé em 4º e 5º lugares, de enorme nobreza e qualidade o primeiro deles e a cumprir o 2º, assim como o sobrero de Nuno Casquinha lidado em último lugar. Três novilhos em tipo, de boa apresentação e que permitiram que os toureiros se pudessem sentir a gosto. Quanto aos da lide equestre, de Manuel José da Úrsula, também de boa apresentação, cumpriram os dois primeiros e o terceiro saiu sobre o mansote descaindo para as tábuas com alguma frequência. No conjunto, um bom curro.

Rui Alexandre esteve em plano aceitável apesar de irregular na cravagem deixando 2 compridos em sortes à tira, a primeira recebendo o toiro sozinho na arena e cravando mal saiu dos curros em sua direcção. Com os curtos marcou 3 sortes a quarteio e finalizou com um ferro de palmo sendo aplaudido pelo público.

 Gilberto Filipe começou com um bom ferro comprido em sorte à tira bem desenhada e o segundo ficou descaído. Também não esteve muito regular na cravagem da ferragem curta e dos cinco ferros destacamos o primeiro que foi de boa execução e cravagem a quarteio.

 Vítor Santos começou a sua actuação algo nervoso mas depois concentrou-se mais na lide e as coisas saíram a contento, sendo muito acarinhado pelo público. Dois bons compridos à tira e uma série de 4 curtos onde a variedade de sortes foi patente, ora quarteio ora para dentro, destacando-se no primeiro curto de boa nota em sorte a quarteio bem executada. Foi uma actuação premiada com a aprovação na prova para praticante.

 Os Forcados Amadores da Chamusca tiveram tarde fácil e o mérito maior de não complicar a sua própria tarefa. Foram solistas Nuno Caetano à barbela, fácil à 1ª tentativa; Francisco Chaves fechou-se à 2ª tentativa à córnea e encerrou praça Mauro Freitas na sua primeira pega de caras, com facilidade à 1ª tentativa.

 Pepe Colmenares, novilheiro venezuelano, lidou o primeiro dos novilhos de Vítor Mendes, lanceando de capote sem grande luzimento, que conseguiu apenas em 2 chicuelinas rematadas de rebolera. Preencheu com agrado o tércio de bandarilhas, com dois pares a quarteio e um a quiebro e com a muleta mostrou o seu estilo mais tremendista que artista, entregando-se bastante, procurando sacar os muletazos com limpeza por ambos os pitóns. Apesar do seu esforço e vontade de agradar, o novilho esteve por cima em qualidade.

 António João “Tó-Jó” recebeu o seu novilho com algumas verónicas  e deixou 2 pares e meio com agrado. Baixou de nível na muleta, andando ao sabor das investidas do novilho e não aproveitando a sua qualidade. Deu muitos passes por ambos os pitóns mas toureou pouco, o que foi pena pois poderia ter aproveitado para um triunfo grande.

 Nuno Casquinha lidou com agrado um novilho da ganadaria de seu pai, recebendo o novilho com algumas verónicas, chicuelinas a passo e rebolera de remate e cravando com acerto e decisão 3 pares de bandarilhas. Com a muleta teve uma faena de intermitências, conseguindo alguns bons muletazos em especial quando baixou a mão e não deixou o novilho tarrascar na muleta. Viu-se com agrado nos seus 14 anos de idade e na sua figura sempre simpática.

Dirigiu o espectáculo o senhor António dos Santos colaborador para o êxito dos toureiros, assessorado pelo Dr Salter Cid. A Banda do Sítio da Nazaré não esteve ao seu melhor nível.”

 

“Praça de Toiros de Sobral de Monte Agraço – 01.11.00

Rui Pedro – Rui Alexandre

José P. Pires da Costa – Paulo Jorge Ferreira

Forcados Amadores de Loures

João Prates “Belmonte” – Daniel Nunes Riba

4 reses Manuel Dias e 2 Rosa Rodrigues

 A praça de toiros de Sobral de Monte Agraço recebeu no feriado de Todos-os-Santos o seu 5º espectáculo taurino da época, uma garraiada de promoção de novos toureiros, e que teve escassa presença de público, sendo o espectáculo dirigido por Francisco Farinha com assessoria veterinária do Dr. José Manuel Lourenço.

 Lidaram-se 4 reses de Manuel Dias, uma delas com 5 anos de idade, um precioso exemplar burraco de pelagem e que cumpriu, assim como o novilho lidado em último lugar, que cumpriu com classe e nobreza. O pior dos 4 foi o saído em 5º lugar, manso e de incertas arrancadas. Os dois da lide a pé eram da ganadaria de Rosa Rodrigues e saíram sem grandes condições de lide, sendo o 3º bem aproveitado por Belmonte.

 Rui Pedro não se entendeu com o sonsote primeiro da tarde. Sortes por dentro, sem brilho, sem citar, com demasiada velocidade, mostrando que não tem evoluído como seria de esperar. Deixou 3 compridos e 4 curtos no novilho e deu volta no final com o forcado Manuel Amaro que efectuou uma pega fácil à terceira tentativa.

 Rui Alexandre esteve em bom plano frente a um toiro de 5 anos de idade e que cumpriu com codícia e alegria. Dois bons compridos à tira e 3 bons curtos numa série de 5, em sortes a quarteio bem executadas e rematadas como mandam as regras, não se intimidando com a idade do toiro, sabendo aproveitar bem as suas investidas para sacar uma boa actuação. Deu volta aplaudida com o forcado António Pedro Lourenço que efectuou uma rija pega à 2ª tentativa.

 José Pedro Pires da Costa teve por diante o pior novilho da garraiada, manso e de incertas arrancadas. Andou diligente, esforçando-se por fazer bem as coisas, tentando o êxito que o novilho lhe não permitiu. Fracos foram os compridos irregularmente cravados e na ferragem curta melhorou, acabando com um bom quarto ferro curto. No final deu volta com Mário Gonçalves que se fechou bem à 1ª tentativa com o novilho a arrancar com muita pata.

 Paulo Jorge Ferreira foi o triunfador da tarde, aproveitando bem as investidas do nobre 6º novilho. Começou de forma irregular mas mudou de montada e o 3º comprido foi de boa nota em sorte á tira bem desenhada. Mudou para os curtos e aí manteve alto o nível da sua actuação, preocupando-se em deixar o novilho colocado, buscando o terreno mais idóneo, citando e cravando de alto a baixo 5 ferros curtos de muito boa execução, bem rematados. Uma boa actuação coroada com volta à arena com o forcado Carlos Guerreiro que efectuou boa pega à 2ª tentativa.

 João Prates “Belmonte” teve por diante um novilho incómodo de Rosa Rodrigues ao qual conseguiu instrumentar algumas verónicas. A faena de muleta foi de menos a mais, a pouco e pouco metendo o novilho na muleta e obrigando-o a investir. Algumas séries pelo lado direito tiveram ligação e uns quantos passes foram de qualidade, assim como alguns remates de peito. Uma actuação razoável.

Daniel Nunes Riba enfrentou-se com o outro novilho de Rosa Rodrigues, mansote e complicado. Recebeu-o com uma larga afarolada de joelhos  e algumas chicuelinas a passo após quite por navarras e rebolera de “Belmonte”. Pouco ou nada conseguiu com a muleta dada a sua pouca experiência aliada á falta de qualidade do oponente. Outras oportunidades surgirão.

 Nos subalternos todos cumpriram, com destaque para Pedro Gonçalves.”

 

BARREIRA DE SOMBRA - 34 ANOS 34 FOTOS

21ª FOTO – COM O DIRECTOR DE CORRIDA MANUEL JACINTO NA PÓVOA DE VARZIM

03.04.21 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Como já se devem ter apercebido, a Praça de Toiros da Póvoa de Varzim tem para mim um grande peso sentimental.

Nesta corrida, e noutras, havia sempre tempo para uma brincadeira, para uma piada, para simular uma entrevista. O nosso amigo José Andrade agarrou na minha máquina fotográfica e disparou na altura em que eu fingia entrevistar o então director de corrida e meu grande amigo Manuel Jacinto. Mais atrás no burladero vê-se o  monitor onde visualizava algumas passagens da corrida para ter maior noção daquilo que os telespectadores podiam ver em casa.

Mais à direita na foto está o meu pai, companheiro de tantas e tantas tardes e noites de toiros e apoiante incondicional do meu percurso na comunicação social taurina.

BARREIRA DE SOMBRA - 34 ANOS 34 FOTOS

21ª FOTO – 20/07/08 – RUI SALVADOR MELHOR LIDE NA PÓVOA DE VARZIM

02.04.21 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Povoa do Varzim 20-7-08 421

Um dos problemas dos directos, e mais ainda nas corridas de toiros, com todos os imponderáveis que podem acontecer, é o de o horário da transmissão ser curto para a duração da corrida que, começando ás 17h não pode entrar no horário do Telejornal ás 20h…

Nesta corrida na Póvoa de Varzim foi o contrário, ou seja, ainda faltavam uns bons 15 minutos para o final da transmissão e já se chamavam á arena os intervenientes para serem entregues os troféus em disputa. E como eu era o repórter na trincheira lá tive de “saltar” à arena e entrevistar os triunfadores. Aqui com Rui Salvador (prémio melhor lide) sob o olhar atento de Joaquim Bastinhas e João Salgueiro.

Quase nunca havia tempo para estas entrevistas em final de corrida e ainda entrevistei Amorim Ribeiro Lopes na altura cabo do Grupo de Forcados Amadores de Coruche (melhor pega).

E o tempo nunca mais se esgotava… nunca mais vinha o 3º aviso do nosso realizador Manuel Rosa Pires!!!

TERTÚLIA FESTA BRAVA COMEMORA 75 ANOS DE EXISTÊNCIA

02.04.21 | António Lúcio / Barreira de Sombra

TTFB

Fundada que foi em 9 de Agosto de 1946, a Tertúlia "Festa Brava" cumpre no ano corrente o seu 75º aniversário.

 
Trata-se de uma data assinalável para uma qualquer colectividade e para nós que renascemos, em Azambuja, das cinzas do incêndio que em 2009 destruiu a nossa sede lisboeta, é ainda mais assinalável atingir este marco.  
 
As "bodas de diamante" mereciam uma comemoração condigna, para a qual haviam muitos projectos, mas que, lamentavelmente esta malfadada pandemia não deixa realizar.
 
Vamos, no entanto, em colaboração com a edilidade Azambujense, levar a cabo algumas iniciativas no âmbito do "Mês da Cultura Tauromáquica", que a Câmara Municipal irá desenvolver, por meios telemáticos ao longo de todo o próximo mês.  
 
Iremos, pois, realizar os seguintes eventos:
 
 
-  Colóquio - "Tauromaquia - A visão dos jovens", em que participarão 4 jovens aficionados Azambujenses com a moderação de Isabel Nolasco.
 
-  Colóquio - "A pega - Momentos Capitais", com a presença dos forcados Diogo Durão, Pedro Maria Gomes, Francisco Borges e Diogo Van den Torn e a moderação do Engº José Cáceres.
 
 "Charla Taurina" - um diálogo entre o Maestro Victor Mendes e o crítico e cronista taurino Francisco Morgado.
 
Todos estes eventos serão gravados no decurso do mês de Abril, sem público, e emitidos durante o mês de Maio em dias e horas a indicar.  
 
Haverá, ainda, nos mesmos moldes, uma visita virtual à Sede da Tertúlia, tendo sido pedido ao signatário que conduza o visitante através do espólio e da história da Tertúlia "Festa Brava".
 
Informaremos as datas e horários das transmissões das gravações realizadas, logo que a CMA as divulgue.
 

BARREIRA DE SOMBRA - 34 ANOS 34 FOTOS

20ª FOTO – JOSÉ CARLOS AMORIM, UM AMIGO DE SEMPRE

01.04.21 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Conheci o José Carlos Amorim no mundo do futebol. Ele vinha em representação da Associação de Futebol de Lisboa, o meu pai era director do Monte Agraço Futebol Clube e eu jogava nos juvenis. Começou aí a nossa ligação. Depois, no mundo dos toiros, José Carlos Amorim apoderava (e apodera) o cavaleiro Rui Salvador e fomos mantendo a e estreitando essa ligação.

É uma pessoa extraordinária no trato, amigo dos seus amigos, sempre com uma palavra de simpatia e gestos de grande senhorio.

Aqui, num festival dos bandarilheiros em Sobral de Monte Agraço a ser entrevistado para a Oásis FM 106.4.

FADO E TAUROMAQUIA DE MÃOS DADAS EM "ALMA DO FADO"

AOS SÁBADOS NA RÁDIO VALOR LOCAL

01.04.21 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Todas as noites de sábado são momento para defesa das tradições portuguesas em "Alma do Fado", programa de Paulo Beja e que conta não apenas com bons momentos de fado ams também com 20 minutos dedicados á Festa Brava.

Esta semana falo-vos sobre algumas curiosidades da história da Praça de Toiros de Sobral de Monte Agraço que este ano cumprirá o seu primeiro centenário.

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