Diversas empresas uniram-se no apoio aos Cavalos de Toureio durante a fase de quarentena provocada p
31.12.20 | António Lúcio / Barreira de Sombra
O ano de 2020 foi um ano bastante duro em todos os sectores e a Tauromaquia não foi excepção. Os Cavalos de Toureio são verdadeiros atletas e a sua manutenção acarreta custos bastante avultados. Numa fase sem Touradas, durante a quarentena obrigatória e até ao recomeço das Corridas de Toiros a 30 de Julho, os artistas tauromáquicos viram-se impedidos de trabalhar, criando uma grande pressão financeira na manutenção dos seus cavalos.
No sentido de apoiar os Toureiros e os seus animais foi criado um Banco Alimentar Equestre, que permitiu assistir aqueles que mais necessitaram numa fase tão dura para todos.
Desta forma, a Associação Nacional de Toureiros, e em particular os Cavaleiros Tauromáquicos, agradecem à Caleya, Fertiprado, Florestas Sustentáveis, Forragens Raianas, Intacol, Saha, Manuel Laurentino e Sociedade Agrícola Venâncio & Venâncio, por toda a ajuda prestada num momento tão difícil, tal como à Associação Nacional de Grupos de Forcados pelo envolvimento nesta iniciativa.
A todos o nosso obrigado!
Nuno Pardal Presidente Associação Nacional de Toureiros
Termina hoje um ano negro em todos os aspectos e apenas com uma réstia de esperança com as vacinas para esta terrível pandemia que nos afecta e restringe as nossas liberdades, as nossas relações, e nos levou entes queridos, bem como algumas figuras de referência da tauromaquia. Ano negro que quase paralisou a actividade económica do nosso e de outros países com consequências que a curto e médio prazo podem ser catastróficas.
2020 foi o ano que nos obrigou a ter demasiado tempo e a não termos pessoas á nossa volta, que nos obriga a novos comportamentos sociais - diria quase anti-sociais -, que nos retirou os espectáculos quase na totalidade e levou ao desespero milhares de famílias sem trabalho, sem dinheiro para coisas básicas.
Parece-me que algumas pessoas ainda não interiorizaram nem compreenderam a gravidade da situação em que vivemos e as repercussões que terá num futuro muito próximo. As famílias viram os seus rendimentos reduzidos, algumas dependem agora apenas do salário de um dos seus elementos;o País espera pelos dinheiros da União Europeia para fazer face a gastos extraordinários motivados pelo apoio à retoma da economia, lento, bem mais lento que o que todos desejamos; as empresas mais pequenas estão falidas ou à beira disso; e apesar da esperança nos resultados positivos das vacinas, tudo será demasiado lento para que em 2021 se retome a anterior normalidade.
Mas nada será como antes será como era antes de 13 de Março de 2020. Os comportamentos e o distanciamento social irão continuar a fazer parte qdo nosso dia a dia. Cada uma de nós pensará duas vezes antes de ir a qualquer espectáculo ou local onde haja grande aglomerado as pessoas. E contará os tostões que sobram para decidir se vai ou se fica em casa... As consequências de tudo o que tem acontecido permanecerão no curto e médio prazo. A evolução será lenta, não tenhamos dúvidas.
2021 poderá conhecer aberturas significativas se a pandemia retroceder e as vacinas forem eficazes e se o nosso comportamento até finais de Março for responsável e evitarmos aumentará as cadeias de transmissão do vírus. Felizmente nos espectáculos tauromáquicos não houv3 um único caso positivo e assim esperamos que se mantenha.
Espero que a partir de Abril os espectáculos tauromáquicos possam ter pelo menos 75% da lotação das praças disponíveis para venda,depois dos assim poderemos aspirarma haja temporada com algumá normalidade a, com redução natural do número de espectáculos á medida da evolução da nossa economia. Só assim haverá a sustentabilidade e em ela ninguém resiste.
É preciso inovar nos cartéis que terão de ser verdadeiros acontecimentos, com competência. É urgente inovar na comunicação e chegar a outros públicos, oferecendo diversidade e qualidade. É imperioso mudar!
Que 2021 nos faça esquecer tudo o que 2020 teve de mau e que seja mesmo ANO NOVO VIDA NOVA.
Em Dia de Natal cumprimos o dever de nos despedirmos do nosso pai, Diamantino Correia Lucio, para que Deus o acolha no esplendor da Sua luz. Com familiares e amigos elevamos as nossas preces a Deus.
Em meu nome e dos meus irmãos agradecemos do fundo do coração as inúmeras mensagens e chamadas telefônicas que recebemos nestes dias e a todos quantos nos acompanharam neste momento tão importante e difícil no crematório da Póvoa de Santa Iria.
Associação Nacional de Toureiros (ANDT) e PROTOIRO garantiram oportunidade para os novilheiros portu
25.12.20 | António Lúcio / Barreira de Sombra
O novilheiros portugueses Diogo Peseiro, Sérgio Nunes e Duarte Silva vão integrar Centro de Alto Rendimento Taurino (CART) no México (Jalisco), em 2021, no seguimento de contactos internacionais realizados pela ANDT e pela PROTOIRO, com o objectivo de desenvolver o toureio a pé português e de criar oportunidades para os jovens toureiros portugueses.
O CART resulta de uma parceria entre a Casa Toreros, uma das casas empresariais e de apoderamento mais importantes no mundo taurino, em particular na América do Sul, com ganaderos, empresários, matadores de toiros, figuras retiradas, poetas e artistas. Esta oportunidade de frequência do CART será gratuita para os novilheiros.
Serão 60 novilheiros de todo o mundo, entre os 18 e os 25 anos, que irão integrar o CART a partir de fevereiro de 2021. Vão receber aulas de belas artes, preparação física e artística. Viverão durante 60 dias como toureiros. Vão ter clínicas ministradas por figuras do toureio e irão tourear vacas e novilhos num processo de seleção, como indica Pablo Moreno, sócio fundador da Casa Toreros. A participação de todos os novilheiros será filmada e dará origem a uma série chamada "Viver como Toureiro".
Diogo Peseiro, Sérgio Nunes e Duarte Silva foram aprovados pelo Comité Técnico e vão disputar os 6 lugares na final deste evento. A partir do dia 40 começarão as eliminatórias, sendo que os vencedores terão acesso a novilhadas em várias praças do mundo e ganharão destaque mundial, com o objectivo de lançar a sua carreira para a alternativa.
A Associação Nacional de Toureiros e a PROTOIRO desejam aos novilheiros portugueses toda a sorte e que esta oportunidade única possa mudar a suas vidas e possa lançar as suas carreiras.
Amanhã é Natal. Comemoramos o nascimento de Jesus. Escolhi dois trechos de mensagens do Papa Francisco para vos desejar um Santo e Feliz Natal, apesar de todas as condicionantes que temos de suportar seja pela Covid, seja porque temos familiares doentes e longe de nós. Só a Fé em Jesus Cristo nos pode ajudar a superar os momentos menos bons e a Ele damos graças por cuidar de nós e dos nossos familiares e amigos.
Afinal, Natal é um estado de espírito e pode ser todos os dias do ano.
“A primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é isto: dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. Neste dia, desejo a todos que possam reconhecer o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que nos deu Jesus. Desejo a todos que possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo, adorá-Lo.” (Papa Francisco - Mensagem Urbi et Orbi de 2013)
“A vida deve ser enfrentada com bondade, com mansidão. Quando nos damos conta de que Deus Se enamorou da nossa pequenez, de que Ele mesmo Se faz pequeno para melhor nos encontrar, não podemos deixar de Lhe abrir o nosso coração.” (Papa Francisco – Missa do Natal, 2014)
Ler muito, bons e diversificados autores, é um bom começo para aqueles que querem escrever sobre toiros e fotografar espectáculos tauromáquicos. Dos mais antigos aos mais recentes, em diversas línguas... Aqui vos deixo um conjunto interessante de opções (livros da minha biblioteca, lidos e alguns mais do que uma vez.)
Descobri entre os meus livros de tauromaquia um autêntico compêndio sobre a tauromaquia, sobre a lide a cavalo, as pegas e o toureio a pé, com magníficos desenhos, da autoria do espanhol António Martin Maqueda e editado em 1971 com prefácio do professor Vitorino Nemésio.
Vale bem a pena ler a descrição das sortes e o seu suporte gráfico de que aqui vos deixamos alguns exemplos. Assim se pode aprender um pouco mais sobre aquilo que vemos os toureiros executar nas arenas…
Durante algum tempo fui recolhendo dados sobre as Praças de Toiros e outros espaços onde se realizavam alguns espectáculos tauromáquicos no nosso País, sendo que, e de acordo com o Regulamento do Espectáculo Tauromáquico de 2014, "atendendo, nomeadamente, à tradição da localidade, à lotação, ao número dos espetáculos normalmente realizados em cada ano e ao tipo de construção", as praças foram classificadas em 3 categorias (1ª, 2ª e 3ª, sendo as praças desmontáveis ou ambulantes equiparadas às de 3ª categoria).
Existem ainda um interessante conjunto de espaços, que podemos denominar de redondéis e que segundo a Wikipédia são “(recintos públicos móveis ou fixos sem curros, sem barreiras e/ou com barreiras baixas e sem lugares identificados em bancadas, destinados à realização de garraiadas.”
Sem qualquer actividade, portanto já desactivadas, estão as seguintes praças de toiros (dados www.wikipedia.org)
Todos nós nos preocupamos com o futuro da nossa Festa Brava. Quem serão os toureiros a despontar nos próximos anos e a conseguirem a atenção dos aficionados e do público em geral? Que condições lhes criamos/damos para poderem mostrar e desenvolver o seu potencial?
Estas são algumas das questões que coloco a mim próprio e sobre as quais vou pensando. Há cerca de 30/35 anos atrás havia bastantes espectáculos de amadores e praticantes, de cavaleiros e bezerristas e novilheiros, jovens que procuravam aproveitar essas oportunidades para se mostrarem. Foi assim que muitos chegaram à alternativa e se tornaram figuras. Lagos, Alvor, Albufeira, por exemplo, eram algumas das praças que, no Algarve, mais espectáculos organizavam de oportunidade aos novos. E no Alentejo, Ribatejo e Estremadura também se davam espectáculos deste tipo em muitas praças, algumas delas desactivadas nos dias de hoje pelas imposições legais decorrentes do novo regulamento do espectáculo tauromáquico, pelas suas pequenas lotações e consequente não serem economicamente viáveis dados os elevados custos de cada espectáculo.
Sem estes espectáculos, sem a reactivação de algumas praças, sem que a tutela elimine os custos de licenciamento dos chamados espectáculos menores e diminua o IVA desses espectáculos, será muito difícil que apareçam novos valores e que a Festa se renove. Parece óbvio que deveremos ter, de novo, vacadas e garraiadas com amadores onde a cooperação entre toureiros, ganadeiros, empresários será essencial, assim como as organizações do sector tauromáquico deverão sensibilizar e conseguir junto da Administração Central (Governo e IGAC) a isenção de pagamento de taxas para estes espectáculos e a diminuição do respectivo valor do IVA a pagar.
Existe um conjunto de pequenas praças que, não tendo sustentabilidade financeira para suportar corridas de toiros, poderiam estar em funcionamento com este tipo de espectáculos, criando oportunidades e gerando postos de trabalho, ainda que com custos muito controlados e preços de bilhetes bastante baixos. Seria interessante fazer um levantamento de praças que actualmente não dão espectáculos e reativá-las assim como retomar esta tradição noutras praças que até há 30 anos atrás o faziam.
Quando olho para os dados dos último anos e referentes aos jovens toureiros, há um conjunto de bezerristas e praticantes de novilheiro das Escolas José Falcão de Vila Franca, de Toureio e Tauromaquia da Moita, do Montijo, por exemplo, que têm interesse mas sem estes espectáculos… O mesmo se passa com os cavaleiros amadores, em escasso número, com pouquíssimas oportunidades, apesar de 2 ou 3 terem qualidade, assim como alguns praticantes, que também são poucos.
Se conseguíssemos juntar esforços e boas-vontades e reativar algumas praças e dar oportunidade a estes jovens, criaríamos mais aficionados, mais espectadores, maiores possibilidades de êxito para a continuação e engrandecimento da Festa Brava.