CALDAS DA RAINHA 15 DE AGOSTO - PRAÇA CHEIA CUMPRINDO AS REGRAS
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ANTÓNIO TELLES
MANUEL TELLES BASTOS
JOAQUIM RIBEIRO "CUQUI"
FORCADOS AMADORES DE CALDAS DA RAINHA
1ª PEGA
2ª PEGA
3ª PEGA
4ª PEGA
TOIROS E RECOLHA
Praça de Toiros de Caldas da Rainha – 15/08/2020 – Corrida Mista
Director: Ana Pimenta – Veterinário: José M. Lourenço – Lotação: Esgotada
Cavaleiros: António Telles, Manuel Telles Bastos
Forcados: Amadores de Caldas da Rainha
Matador: Joaquim Ribeiro “Cuqui”
Ganadarias: Vale Sorraia (1º e 2º), David Ribeiro Telles (3º, 4º e 5º)
CALDAS DA RAINHA RECEBE TOUREIROS EM AMBIENTE DE FESTA E ESGOTA LOTAÇÃO PERMITIDA
JOAQUIM RIBEIRO “CUQUI” TRIUNFA COM BOM TOIRO DE RIBEIRO TELLES
138 anos de corridas de tórios no 15 de Agosto na cidade de Caldas da Rainha é uma efeméride que, em tempos como os que vivemos, é de maior realce. E na data mais taurina do ano, Caldas, os caldenses e os bons aficionados não podiam ficar sem a mais emblemática das suas corridas. Parabéns à organização e ao Grupo de Forcados Amadores de Caldas da Rainha que conseguiu mobilizar os aficionados para uma manifestação em prol da festa brava e que conseguiu silenciar a dúzia de anti-taurinos que estavam nas imediações da praça.
Dentro da praça o ambiente era de festa. E o ambiente contagiou os toureiros e forcados que se cotaram com boas exibições e com o matador de toiros Joaquim Ribeiro “Cuqui” a ter direito a duas simbólicas voltas à arena depois de ter estado em grande nível frente a um belíssimo toiro de Ribeiro Telles que era merecedor de volta á arena e chamada do ganadeiro. Com uma larga afarolada de joelhos recebeu o toiro e foi de joelhos em terra que continuou à verónica. Depois um belo quite por arrimadas e cingidas chicuelinas e um bom tércio de bandarilhas que lhe valeu forte ovação. A faena de muleta, templadíssima – as boas condições de lide do toiro em muito ajudaram – teve muletazos de muita qualidade, largo traço, profundidade. E o público, ávido de toureio a pé, e do bom, soube premiar o toureiro da Moita ovacionando-o de pé no final de duas das tandas de muletazos e obrigando à 2ª simbólica volta à arena. Foi o grande triunfador da tarde a par da organização da corrida, cumprindo-se o ditado que diz que “a sorte protege os audazes”.
António Ribeiro Telles teve por diante e a abrir praça um toiro manso que não deu facilidades. António esteve em melhor plano na série de curtos, bregando bem e obrigando o toiro a sair da querença que tinha para tábuas. Mas no quarto da tarde, António esteve a um nível mais elevado quer na forma como lidou quer na cravagem da ferragem com dois curtos de muito boa execução.
Em segundo lugar actuou Manuel Telles Bastos com toiro que de início era algo andarilho e com dificuldade em fixar-se. Boa brega e uma lide que teve os seus méritos. No que encerrou praça e que teve qualidade, nobreza, e codícia, houve muito bons momentos de toureio e bons ferros que o público soube aplaudir e premiar.
Os Forcados Amadores de Caldas da Rainha cotaram-se com boas pegas de caras. Abriu praça Duarte Manuel que consumou com facilidade à primeira; seguiu-se Duarte Palha numa dura cara concretizada à 3ª e sofrendo dois violentos derrotes. Para o 3º toiro foi o forcado Francisco Esteves que consumou com raça `q 2ª e encerrou praça Lourenço Palha com a melhor pega da tarde com duros derrotes e à 1ª tentativa.
Os toiros pertenceram às ganadarias de Vale Sorraia (1º e 2º, mansotes) e David Ribeiro Teles, bem apresentados, com destaque para a classe, nobreza e suavidade do lidado em º lugar, com o nº 33 e de 510 kg.
Nas cortesias foi guardado um minuto de silêncio em memória de Maria Gloria Diez dos Santos (viúva de Manuel dos Santos) e do aficionado caldense Paulo Braz. Bom trabalho dos campinos José Luis e José Maniel Dias da casa Irmãos Dias, de Salvaterra de Magos.
Direcção acertada de Ana Pimenta, com o senão de não ter autorizado a volta ao ganadeiro no 3º toiro, assessorada pelo veterinário José Manuel Lourenço.
Texto e fotos: António Lúcio
Nota: amanhã reportagem fotográfica completa do evento
Costuma dizer-se que as imagens vale mais do que mil palavras. Muito se tem falado quanto ao número de espectadores nas corridas de toiros que já se realizaram e, muitas vezses, sem a necessária objectividade e esclarecimento. E isso, como é também por demais sabido, aproveita á luta dos anti-taurinos...
Não podemos continuar a dar-lhes trunfos de mão beijada, faltando de forma clara à verdade e pondo em causa o trabalho feito pelas empresas que, apesar de todo o esforço. não conseguem controlar alguns daqueles que são os xico-espertos, que chegam tarde, se sentam onde lhes apetece... comos e não houvesse regras. Na Barquinha vi elementos da GNR a colocarem esses indivíduos no devido lugar e sem direito a reclamação. O outro caminho possível era terem de sair da praça e não ver o espectáculo. Tudo feito de forma discreta e sem hipótese de retorquir...
No Campo Pequeno é mais fácil dado o número de controladores de entradas nos sectores apesar de que algumas pessoas continuam a tentar entrar e sair sem respeito pelas normas. Vi alguns a serem admoestados, também de forma discreta.
Em praças antigas como a da Barquinha com filas algo irregulares na altura e profundidade, parece, por vezes, que o público está muito ou demasiado próximo, o que as fotos que se seguem desmentem por completo.
No caso do Campo Peqqueno, com cadeiras, é muito mais fácil de confirmar que esse distanciamento social existiu e que as regras forma cumpridas. Vejam as nossas fotos...
Que cada um tire as suas conclusões!...
Texto e fotos: António Lúcio
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O matador de toiros Miguel Angel Perera é um dos aliciantes maiores na Feira Taurina da Moita do Ribatejo que simbolizará a comemoração do 70º aniversário da Praça de Toiros Daniel do Nascimento.
Num ano difícil para todos, a empresa aposta uma vez mais na presença de grandes nomes da tauromaquia que estarão presentes nos dias 15 e 17 de Setembro em duas corridas de máximo prestígio, e no dia 18 com um espetáculo de oportunidade aos jovens valores.
A empresa apresentará dentro de dias a composição final deste grande certame.
Existem muitos mistérios por desvendar em torno do toiro de lide, da sua personalidade, do seu comportamento no campo e na praça. Muito do que é o toiro de lide nestes aspectos tem a ver com a personalidade do ganadeiro, do encaste que escolheu, da forma como os selecciona, do local que escolheu para que cresçam e se multipliquem até ao momento em que sejam escolhidos para serem lidados numa praça de toiros e alguns, os melhores, os excepcionais, possam voltar ao campo, indultados, e possam padrear e transmitir as suas características genéticas à prole.
Entrar na Herdade do Zambujal significa entrar no coração da ganadaria genericamente conhecida por Vinhas, que este ano cumpre 70 anos sobre a data em que ganhou antiguidade (Setúbal, 17 de Setembro de 1950). São mais de 3000 hectares de terreno em parte banhado pelo rio Sado e que se desenvolve em terrenos arenosos, com algumas elevações e uma enorme riqueza silvícola com pinheiro manso, eucaliptal e montado de sobro, com bons abrigos e pastagem abundante onde, em diversos cercados, os "Santacolomas" portugueses se encontram separados por idades, machos de um lado, fêmeas de outro, vacas afilhadas, e toiros e novilhos de saca, alguns dos quais serão lidados em Setembro em Lisboa no Campo Pequeno em corrida mista e comemorativa dos 70 anos da ganadaria.
Fundada em 1946, pelos irmãos Manuel e Mário Vinhas, com vacas e sementais de Pinto Barreiros, a ganadaria foi posteriormente aumentada com reses de Ignácio Sanchez Vazquez de Pablo (1953). Contudo, em 1964 todo o efectivo da ganadaria é substituído por vacas e sementais de Joaquin Buendia, puro encaste de Santacoloma, sendo a ganadaria refrescada a partir de 1992 com sementais de Los Caminos, Buendia e Ana Romero. A sua antiguidade está referenciada a 17 de Setembro de 1950, na Praça de Toiros de Setúbal. Pasta na Herdade do Zambujal, no concelho de Palmela.
A variedade de pelagens é grande como poderão ver na nossa reportagem fotográfica, e que é tão própria deste encaste onde predominam os cárdenos mas onde também existem os prets, pretos malhados, ensabanados...
A Herdade do Zambujal tem o Sado como companheiro e a fauna que se pode avistar é imensa, como são também fantásticas as vistas sobre o rio até Setúbal ou admirar a beleza da Serra da Arrábida ou o Castelo de Palmela. Imagens que ficam na retina e que aqui também vos queremos mostrar.
E agora, que os toiros invistam e que Deus reparta sorte!
Texto e fotos: António Lúcio