RECORDANDO BONS MOMENTOS DA TEMPORADA 2019
E como não sabemos ainda quando e como teremos de novo toiros na arena, vou recordar alguns dos bons momentos que fotografei entre Janeiro e Abril de 2019. Espero que gostem.

















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E como não sabemos ainda quando e como teremos de novo toiros na arena, vou recordar alguns dos bons momentos que fotografei entre Janeiro e Abril de 2019. Espero que gostem.
Com o sub-título "Tauromaquia em Quarentena - Cavaleiros apeados. Os touros vão para abate, os cavalos estão parados. Só em bilheteira, os prejuízos já são de 4,6 milhões de euros", o jornal Correio da MAnhã na sua edição dominical e na sua revista Domingo, passa em análise a situação dos cavaleiros tauromáquicos, com Rui Fernandes à cabeça. uma reportagem de 5 páginas que vos mostramos de seguida.
As festividades do Colete Encarnado em Vila Franca de Xira foram oficialmente canceladas conforme comunicação do Presidente da Câmara Alberto Mesquita. No site da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira pode ler-se o seguinte:
"O Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, apresentou publicamente no dia 15 de maio a decisão de cancelamento das Festas do Colete Encarnado em 2020, que estavam agendadas para os dias 3, 4 e 5 de julho. Uma decisão que o Presidente da Câmara considerou “dolorosa”, mas também a “mais responsável a tomar”, tendo em conta a situação de Pandemia por COVID-19 que continua a verificar-se.
O cancelamento das Festas do Colete Encarnado é uma decisão determinada pelo imperativo da salvaguarda da saúde pública e decorre também da Legislação em vias de aprovação na Assembleia da República, que determina a proibição de festivais de música e de outras iniciativas de natureza análoga, até 30 de setembro de 2020. O Colete Encarnado é um evento de larga escala, que decorre de forma dispersa por toda a cidade de Vila Franca de Xira e que atrai anualmente à cidade cerca de 250 mil visitantes. Face às características da Festa e aos condicionamentos impostos pelas Autoridades de Saúde e pela própria legislação, a Câmara Municipal concluiu ser impossível a sua compatibilização, nomeadamente no que respeita às regras de distanciamento social e à não-ocorrência de aglomerações de pessoas nos espaços públicos.
Já com 88 anos de história, este é o maior evento cultural e artístico promovido pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sendo também uma das maiores e mais emblemáticas Festas do Ribatejo. É uma iniciativa que presta homenagem à figura ímpar do Campino e que valoriza as tradições vila-franquenses ligadas ao trabalho no campo, aos toiros e aos cavalos e, de um modo geral, à Cultura Tauromáquica. De acordo com as referências históricas existentes, este será o quarto ano, desde a sua primeira edição em 1932, que o Colete Encarnado não se realiza. Os anos em que comprovadamente não houve Colete Encarnado foram 1933, 1936 e 1942.
Perante diversos compromissos já assumidos com alguns artistas que integravam o programa de animação do Colete Encarnado, Alberto Mesquita informou que o Município irá honrar esses compromissos, no enquadramento do que está previsto pela Legislação em vigor. Foi também sublinhada a confiança de que o Governo, através do Ministério da Cultura, não deixará de atender às necessidades específicas de apoio a este Setor, particularmente afetado pela interrupção de todos os eventos culturais e artísticos por todo o País – e onde se inclui a Cultura Tauromáquica –, com a agravante dessa interrupção se estender agora até ao final do Verão, período no qual se realiza grande parte dos eventos tauromáquicos."
in https://www.cm-vfxira.pt/pages/50?news_id=4432 (poder+a também assistir ao vídeo da conferência de imprensa)
Apetece perguntar se é preciso fazer um desenho para alguns com responsabilidades. Mais uma vez vem a dar-se conhecimento pelas redes sociais das questões do CDS, desta feita pela deputada Ana Rita Bessa, colocadas à Senhora Ministra da Cultura, bem colocadas e de forma assertiva, quanto á inclusão da Tauuromaquia na 3ª fase do desconfimamento. A resposta foi poisitiva apesar de nunca a Senhora Ministra da Cultura ter referido a palavra tauromaquia.
Importante também foi a abordagem de Fernanda Velez, deputada do PSD.
Muito provavelmente passou despercebida à maioria dos que viram esse curto vídeo da expressão utilizada pela deputada do CDS de que hoje mesmo, 5ª feira, os deputados do PAN se preparavam para propor que a tauromaquia fosse excluída dos apoios governamentais - supõe-se que referentes aos agentes culturais - face á pandemia da Covid-19.
E isto sim é importante que se conheça de forma clara e que todos nós repudiemos nas redes sociais essa postura do PAN, que de defensor dos animais nada tem... ou tem muito pouco e que com as pessoas descrimina-as em função da sua cultura, da sua tradição, do seu próprio emprego.
Abram os olhos de vez, lutem contra as forças políticas que apenas se preocupam em nos asfixiar a qualquer pretexto. Unam-se de uma vez por todas!
É o que se pode concluir do comunicado que Pedro Brito de Sousa, Presidente da Sociedade Moitense de Tauromaquia, enviou aos órgãos de comunicação social e que damos a conhecer na íntegra:
Em relação à anunciada proposta da pro toiro, tendo em vista a viabilização e reactivação da actividade taurina, apraz nos registar a bondade da maioria das medidas sugeridas, no entanto lamentamos que os proprietários privados de praças de toiros continuem a ser ignorados ( vide ponto número 7 da proposta) . Ou será que a pro toiro não nos considera agentes da “ Festa “ ?
Pedro Marinho Brito de Sousa
Presidente do conselho de administração da SMT
Proprietária da Praça de Toiros Daniel do Nascimento
Apresentamos de seguida o documento elaborado pela Protoiro e apresentado ao Presidente da República, para fazer face á pandemia do Covid 19 e para a reabertura dos espectáculos tauromáquicos.
A ProToiro quer que no dia 1 de junho os espetáculos tauromáquicos já estejam de volta. Propõe ainda ao Governo 21 medidas específicas para o setor da tauromaquia e que ainda não foram contempladas nos planos de apoio governamentais.
Lisboa, 11 de maio de 2020,
Dia 15 de maio é o dia da revisão periódica, por parte do Governo, no âmbito da pandemia do Covid 19, e como tal, a Protoiro quer ver as Corridas de regresso.
O setor tauromáquico já tem um plano traçado para apresentar ao Governo e, assim como a retoma do futebol e do teatro que vão acontecer a 1 de junho, as corridas de toiros devem merecem o mesmo enquadramento.
Este plano já foi apresentado ao Presidente da República, numa audiência que decorreu este sábado, no palácio de Belém.
Algumas das propostas feitas pela ProToiro que são de caráter urgente, como por exemplo, a suspensão ou moratória do pagamento de contribuições fiscais dos artistas, empresários tauromáquicos e ganadeiros, durante o período de paragem da atividade. Como, também, o apoio social de sobrevivência para os artistas impedidos de exercer a sua profissão, durante a vigência da proibição dos espetáculos.
A isenção do pagamento de IMI das praças de Toiros durante o ano de 2020 e a criação de uma linha financeira de apoio à alimentação e manutenção dos cavalos ao encargo dos artistas e para a sua preparação técnica e artística, durante o período de paragem de atividade, são também duas medidas urgentes.
Para Nuno Pardal, Presidente da Associação Nacional de Toureiros, “os artistas tauromáquicos estão completamente desprotegidos, nesta fase de impedimento da atividade, e é urgente que o governo tome medidas adaptadas a esta realidade cultural”.
É importante sublinhar o pedido da inserção dos media especializados do setor taurino no plano de apoios aos media definido pelo Governo.
A ProToiro quis, também, propor ao Governo algumas medidas para a retoma da atividade, tais como, a transmissão de 5 espetáculos tauromáquicos em 2020 via canal público de televisão (RTP), em vez das 2 transmissões já anunciadas pela Direção de Programas.
A ProToiro, através da Associação Portuguesa dos Empresários Tauromáquicos (APET), garante que as praças de toiros têm capacidade de aplicar as medidas sanitárias que o governo definiu para as salas de espetáculos. A quase totalidade das praças são abertas e têm lugares marcados, permitindo garantir o distanciamento social. Além disso as praças serão sempre desinfetadas antes de todos os espetáculos, o público terá de usar máscaras obrigatoriamente. Desinfetantes vão ser dados à porta e a temperatura será medida assim que cada espectador chegar. A APET garante também o teste de todos os envolvidos no espetáculo, de acordo com as instruções da DGS. No âmbito do Covid-19, touros e cavalos não são elementos de risco à saúde pública.
“Dentro das regras já definidas pela Direção Geral de Saúde, não há razão para que, na revisão periódica do Governo para o próximo mês, não se defina 1 de Junho como a data de início de reabertura das praças porque estas reúnem condições para tal”, diz o Presidente do Empresários Tauromáquicos, Paulo Pessoa de Carvalho.
Há propostas estruturais, pedidas pela ProToiro, com o objetivo de robustecer esta área cultural, nas próximas temporadas, como por exemplo, inserir a transmissão de pelo menos 7 corridas de toiros anuais, nas obrigações relativas à área cultural, no Contrato de Serviço Público de Televisão, como todas as outras áreas culturais tuteladas pelo Ministério da Cultura.
A criação de um programa sobre tauromaquia na rádio pública (Antena 1), o regresso de um programa de Tauromaquia à RTP2, são, também, duas propostas colocadas em cima da mesa para apreciação do Governo, tal como a criação de um programa de Apoio às Artes Tauromáquicas, no Ministério da Cultura, uma vez que a tauromaquia é a única área tutelada que não é contemplada com este tipo de apoios públicos.
Representantes da APET e da ANDT, respetivamente Paulo Pessoa de Carvalho e Nuno Pardal, foram recebidos no passado sábado à tarde pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, a quem apresentaram um documento com 21 pontos e onde se referem as necessidades imediatas e não só, de apoios à Tauromaquia e ao seu desenvolvimento nesta calamidade da Covid 19.
Terminado o 3º período do Estado de Emergência entrámos no Estado de Calamidade no passado domingo dia 4 e a economia vai recomeçando a dar alguns passos, tíbios ainda, mas passos que podem significar sair da asfixia financeira que começavam a sentir depois de um encerramento forçado de +- 45 dias.
A Tauromaquia não abre portas agora nem se sabe bem quando o poderá fazer novamente, com todas as nefastas consequências que daí advêm e na verdade ninguém sabe muito bem o que é que as Associações representativas do sector fazem para que possa haver uma luz ao fundo do túnel e que medidas foram apresentadas junto das entidades governamentais para os necessários e indispensáveis apoios ao reinício da actividade e as necessárias compensações para fazer face à forçada paragem por via da Covid-19 e dos Estados de Emergência e Calamidade.
Calamidade é o que pode acontecer a este espectáculo se nada se fizer. Se todos não contarem com todos... Ou, de outra forma, se as "capelinhas" continuarem por diante do interesse geral. Quando leio o documento elaborado pela Fundación del Toro de Lidia e apresentado ao Governo espanhol e não vislumbro nada a não ser uma carta a pedir reunião à Ministra da Cultura... Impõe-se perguntar porque é que se copia tanta coisa e as masi importantes parecem ser esquecidas e nem sequer se tenta uma aproximação ao que de bom está feito em Espanha e se adapta à realidade portuguesa?
Porque é que tudo é tratado com tanto secretismo? Porque é que se insiste em isolar aqueles que fazem a comunicação social taurina? Porque é que não avança uma campanha de divulgação das ganadarias e dos toureiros portugueses, do seu trabalho, da importância ecológica e económica da festa brava a montante da corrida de toiros?
Será assim tão difícil pedir aos toureiros uns pequenos vídeos dos seus treinos, aos ganadeiros do trabalho diário nas suas ganadarias, aos campinos, aos emboladores, etc etc etc...? A Prótoiro até tem uma plataforma, uma marca própria, a Touradas, onde pode divulgar esses trabalhos e partilhá-los nas mais diversas redes sociais. Porque não o faz?
Não creio que a actividade tauromáquica em Portugal tenha alguma hipótese viável de recomeçar em 2020. As limitações de segurança impostas pelas DGS inviabilizam economicamente qualquer espectáculo com lotação limitada a menos de 1/3 da capacidade actual das nossas praças de toiros. Temos pois que pensar como é que será 2021...
Quem terá capacidade financeira para montar bons espectáculos?
Que ganadeiros terão toiros rematados para essa temporada?
Quantos espectáculos se poderão montar tendo em conta a fragilidade financeira da maioria das famílias?
Ficamos a aguardar respostas...
Agora que a temporada tauromáquica estava para arrancar, veio o COVID19, e o que já era um sério monte de problemas, transformou-se numa montanha de desgraças.
Com um defeso dedicado e muito ocupado na atribuição e distribuição de prémios, por via dos desempenhos ocorridos durante a campanha de 2019, a que se juntou o merecido e necessário descanso dos mais envolvidos, o mundo dos touros, pouco ou nada dedicou à análise e discussão do que correu bem, menos bem, e muito mal, durante a temporada. E, por isso, convenhamos, muito menos tempo dedicou ao que podia, devia, e era aconselhável acontecesse, em 2020.
Os sinais de alarme na Festa dos Touros soaram e soavam, mas parece que ninguém queria ser bombeiro voluntário por amor-próprio. - Parar, templar e mandar é coisa só de mestres. Daí que tirando aquela brilhante análise que com que nos brindaste neste teu especial blogue, meu Caro António Lúcio, penso que muito pouca coisa de interessante foi dita, e muito menos feita, sobre a ‘curva’ preocupante que, qual COVID indecifrável, corrói, vem corroendo de alguns anos a esta parte, o esqueleto do mundo taurino português. É duro?! Claro, mas a realidade sempre foi muito dolorosa. E não é pelo senhor Presidente Marcelo não ter ainda recebido os representantes dos diferentes interesses na Festa, que a coisa vai correr pior do que aquilo que já a vinha corroendo.
Na minha longínqua e modesta opinião, não se caçam moscas com vinagre, nem se lidam toiros, só com desplantes temerários. - Aquela carta subscrita por não sei quantas ‘personalidades do mundillo’, dirigida à senhora ministra da Cultura, nos termos, e nos modos, e no tempo, não só foi mais uma oportunidade perdida, como mais uma acha na fogueira que vai consumindo a Festa. A Senhora não gosta da Festa, penso que até nem gosta nada da Cultura, pasta que o amigo Costa lhe entregou, mais para calar o folclore das pandeiretas com cãezinhos e gatinhos, que outra coisa qualquer, mas é ela que tem voto em Conselho de Ministros. E distribui Despachos que valem por Lei. E influêncía por efeito de grupo.
Mas isto é a minha opinião. Do Norte, distante, e equidistante dos salões que nas capitais do mundillo, encerram a ‘verdade incontestável’ da Festa dos Toiros.
“É verdade! - Claro que é verdade que existe uma ‘crise’ no mundo dos toiros. Uma crise que não tem nada a ver com mais ou menos espectáculos no saldo anual. Muito menos com a ‘berraria’ que uns tantos ditos amigos dos animais, com conhecido oportunismo, oferece nas imediações de três ou quatro praças de toiros. A ‘festa’, as corridas de toiros são um espectáculo. E como espectáculo, continua a esquecer o essencial disso mesmo. Deslumbrar! A começar por aqueles que o organizam, os que o dizem promover, os que os dirigem. Até na Arte existe classe, charme e… tempo para adaptar”… E aqui adaptar, não é só agir como reação. E a Solidariedade, tão bonita e apregoada, não pode ser só uma questão de ‘quando dá jeito’. Solidariedade para com os outros, mas também e sempre presente entre pares.
Dizem que a crise, ou coisa que o valha, elegeu frustrados q.b., elevando assim o número dos que a tudo topam no ‘salve-se quem puder’. Exemplos não sobram. Nada abonatórios. E na verdade é interessante, cómico talvez, ver que a dita ‘aficion’purista, os que vivem da festa dos toiros, qual banda no afundamento do Titanic, continua a fandanguear pelo salão, bailando, como se no afundamento todos tivessem lugar garantido no bote de emergência. Ou o iceberg fosse apenas ilusório.
Pois é Caro Amigo António Lúcio, não era este o tipo de texto que tinha imaginado… mas a realidade, vista daqui deste Norte aficionado, a isso impele. E não é por Fé.
José Andrade