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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

QUE MEDIDAS CONCRETAS PARA O SECTOR TAUROMÁQUICO NO PÓS ESTADO DE EMERGÊNCIA?

20.04.20 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Lemos e ouvimos que existe, da parte do Governo, um conjunto importante de medidas para os diversos sectores da economia portuguesa. Mas também é verdade que no que se refere ao sector tauromáquico, não vislumbramos que estejam a ser tomadas ou preparadas quaisquer medidas de ajuda para a sua manutenção no pós estado de emergência e ao que conhecemos dos representantes do sector tauromáquico “tudo como dantes, quartel-general em Abrantes”.

É de todos sabido que o Governo e a maioria dos deputados não são favoráveis à tauromaquia enquanto cultura (a subida do IVA para os 23% foi a última medida contra este sector) e a própria Ministra da Cultura ignora-o por completo. Não entendem os governantes a tauromaquia enquanto cultura, o que se lamenta.

Mas não podem escamotear a verdade e ignorar o peso económico da Festa Brava e quanto representa direta e indiretamente para as contas do Estado (taxas e impostos). São muitos milhões e percebo também que alguns não os queiram mostrar claramente. Não interessa politicamente que a generalidade das pessoas saibam quanto vale economicamente a tauromaquia e quantas centenas de famílias dela dependem.

Se cada corrida de toiros/espectáculo tauromáquico tiver um custo em taxas, licenciamentos, bombeiros, pessoal de praça, transporte de toiros, publicidade, segurança, banda de música emboladores etc. na casa dos 6 a 10 mil euros e se se realizarem em média 200 espectáculos, teremos, logo aí valores entre 1.2 milhões e 2 milhões de euros.

Em 200 espectáculos tauromáquicos lidam-se 1200 reses cujos valores poderão oscilar entre 1500 e 2500 euros/cabeça, ou seja, gerar receitas entre 1.8 e 3.0 milhões de euros a que se deverá somar um valor médio de 500 euros por carcaça abatida e que representará cerca de 600 mil euros. Isto apenas tendo em conta as reses lidadas em espectáculos tauromáquicos enquadrados pelo Regulamento Geral do Espectáculo Tauromáquico em praças licenciadas para o efeito.

Mas no que se refere a reses bravas há ainda que contar com os festejos populares como as capeias raianas e forcão, largadas e esperas de toiros, touradas à corda e que geram mais umas largas centenas de milhares de euros entre proprietários de gado que os alugam para estes espectáculos, e, marginalmente para a economia de cada umas das localidades onde se realizam.

Existem cerca de 80 ganadarias que ocupam largos milhares de hectares de áreas agrícolas de pouca aptidão para outro tipo de culturas e onde trabalham muitos portugueses. Serviços de veterinária, alimentação dos animais, etc são geradores de importantes custos/receitas que se traduzem também em receitas para o Estado.

Uma corrida é composta, em termos gerais, por 3 toureiros, 2 grupos de forcados, seis bandarilheiros, campinos e cabrestos, para além dos toiros. O que significa muita gente envolvida para além deles: camionistas e tratadores de cavalos, moços de espadas, apoderados, mais de 30 forcados em praça, 2 campinos… Centenas de famílias envolvidas.

Nas coudelarias que criam produtos destinados ao toureio repetem-se os números e o valor dos cavalos ascendem, muitas vezes, a largos milhares de euros, transaccionando-se bastantes no decurso da temporada e no defeso.

A média de espectadores ascende a cerca de 2900 por espectáculo, o que soma cerca de 580 mil. Os preços médios do espectáculo rondam entre os 25 e os 35 euros por pessoa, o que poderá gerar receitas entre os 75 mil e os 101,5 mil euros por espectáculo, havendo casos como o de Lisboa/Campo Pequeno em que uma lotação esgotada poderá render cerca de 240 mil euros. E o IVA até Janeiro deste ano era de 13%...

Estes valores são meramente especulativos e resultam das observações efectuadas ao longo dos anos.

Mas ainda mais importante do que estes números e do que possam representar da realidade da tauromaquia, é aquilo que se possa perspectivar para o futuro imediato da Festa Brava e da sobrevivência dos seus intervenientes mais directos no período pós estado de emergência e para os anos que se seguirão. E não me parece que esse futuro seja menos que cinzento com a inoperância a que venho assistindo por parte das diversas entidades representativas dos diversos sectores e da sua incapacidade de gerar notícias e informação que possam chegar ao grande público e obrigar os governantes a olhar com outros outros olhos, olhos de ver, e ouvidos capazes de escutar.

Com as regras de afastamento social que o PM já anunciou a vigorarem muito para além do final do estado de emergência (e provavelmente até haver uma vacina), imaginemos que numa praça como Vila Franca, o público sentado fila sim fila não e com 2 lugares livres entre cada pessoa, não estarão mais de 1200 pessoas. Qualquer espectáculo que aí se realize nessas condições é verdadeiramente ruinoso. Santarém não contaria com mais de 3500 lugares, o Campo Pequeno com 2000…

Pergunto: que medidas têm sido trabalhadas pela APCTL, ANGF, ANDT e PROTOIRO junto do Governo para apoios imediatos aos criadores de toiros e de cavalos(Agricultura), aos artistas tauromáquicos (Cultura) para proteger a raça brava de lide e os cavalos Lusitanos, Árabes e Cruzados? O Ministério da Cultura foi contactado para incluir os toureiros nos apoios excepcionais à cultura?

Meus caros amigos, não podemos continuar á deriva e a aguardar que alguma notícia chegue por qualquer uma via que não a das Associações que representam o sector. E a continuarmos calados, inactivos junto do Poder. Estaremos a potenciar um futuro ainda mais negro para a nossa Festa Brava. Raúl Solnado dizia “Façam o favor de ser felizes” e eu peço apenas “Mexam-se!”

 

António Lúcio

Foto: Maria Mil Homens - Porta dos Sustos

UM TOIRO BRINCALHÃO...

17.04.20 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Isto de estarmos confinados e isolados por força do Estado de Emergência permite que vamos ao baú das recordações e recolhamos algumas coisas diferentes daquelas que habitualmente publicamos nos sites ou nos jornais de revistas.

Há uns anos atrás, na ganadaria de Carlos Falé Filipe, fotografava a camada de saída quando, de repente, vemos um toiro vir na nossa direcção mas mais curioso que com vontade de investir contra a viatura.

Foi-se aproximando e depois deitou-se no chão e rebolou ora para um lado ora para o outro, divertindo-se e divertindo-nos... Um insólito na minha colecção de fotos.

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Marca Touradas lança BullTalks no Facebook e Instagram

16.04.20 | António Lúcio / Barreira de Sombra
 

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Aproveitando os tempos de quarentena, a marca Touradas, da ProToiro, vai iniciar um conjunto de BullTalks, conversas em directo nas redes sociais Facebook e Instagram, onde vai abordar diversos temas tauromáquicos numa perspectiva pedagógica e descontraída. Estas conversas serão conduzidas por Helder Milheiro da ProToiro e terão a participação de convidados e seguidores da marca, que poderão fazer perguntas e interagir com os convidados. 

 
A primeira BullTalk vai decorrer já esta sexta-feira (19h) no Instagram da marca Touradas (@touradas) e vai responder a uma pergunta difícil: "Sabes qual a origem dos Forcados?" 
 
O convidado da primeira BullTalk vai ser o forcado do grupo de Montemor, Francisco Borges, um dos mais destacados forcados da sua geração, que nos vai falar da sua experiência como forcado e vamos ainda perceber o que mudou nos forcados ao longo dos séculos. 
 
Na próxima semana as BullTalks vão ser dedicadas à "Origem das Touradas", à nova geração de Fotógrafos Taurinos e aos Recortadores. Esta sexta-feira serão conhecidos os convidados no final da BullTalk.

Todas as semanas vão decorrer três BullTalks, por norma à segunda, quarta e sexta, às 19h, com uma duração de cerca de meia hora. 

TRISTE 33ª TEMPORADA (1987/2020…

15.04.20 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Nunca esperei voltar a viver uma temporada taurina sem poder ir aos toiros: no campo, nas ruas, nas praças. Em 1995 devido ao brutal acidente que sofri, em pleno Colete Encarnado, vi-me forçado a suspender a temporada e o programa de rádio que tinha na Oásis FM em Sobral de Monte Agraço. Foram 9 longos e duros meses sem ir aos toiros. Ou quase, porque em Fevereiro de 1996 consegui ir ver um espectáculo à Nazaré. E em Abril desse ano, um mês depois de ter tido alta hospitalar, voltei a fazer rádio e a ir ás corridas e aos tentadeiros.

Este ano de 202, quando tudo parecia encaminhar-se para poder voltar a fazer uma temporada em grande, revistando praças emblemáticas como Olivença, Sevilha e Madrid, eis que o COVID-19 tudo fez parar. Cumpriu-se apenas Olivença na parte espanhola, na Feira que comemorou este ano o seu 30º aniversário. E por cá fiquei pelo Campo Pequeno no seu Dia da Tauromaquia e uma aula prática de toureio na Moita.

Que forma de comemorar a 33ª temporada… Diz-se que a Ressureição de Cristo, crucificado aos 33 anos, aconteceu no Domingo de Páscoa, correspondendo esta data ao reatar a sério de cada temporada nas mais importantes praças de toiros do Mundo. E Lisboa não era excepção! Esse ressurgir é algo que agora se vê com muita dificuldade. Não que as gentes do toiro não estejam capacitadas para montar grandes corridas, de máxima categoria, capazes de chamar os aficionados e o público em geral, mas antes porque o confinamento, o isolamento social, o afastamento a que estamos obrigados, irá ser bem mais difícil de superar. Será um enorme desafio sentar as pessoas umas ao lado das outras, com confiança, como sempre sucedeu…

E este 2020 será, garantidamente, um sério e enorme desafio para a Tauromaquia em todas as suas vertentes, com algumas festas históricas e e cheias de significado em muitos pontos do País já anuladas e outras em vias de o serem devido ao Estado de Emergência. Alguém imaginaria que não se realizariam a Feira de Maio de Azambuja, a Feira Nacional de Agricultura em Santarém, a Sardinha Assada em Benavente e que até a Quinta Feira da Ascensão na Chamusca e o Colete Encarnado em Vila Franca, ficariam, como se diz na gíria, “em águas de bacalhau”?

Mas também o mês de Agosto e as importantes Feiras de Abiúl e do Barrete Verde de Alcochete parecem condenadas, como o 15 de Agosto em Reguengos e Caldas da Rainha, as Festas de Arruda dos Vinhos e de Coruche, Messejana e Reguengos, não esquecendo a Figueira da Foz e a Nazaré, entre tantas outras.

Portugal parou e o retomar do caminho, da actividade económica e do relacionamento social será extremamente difícil e moroso, não tenho dúvidas. A abertura da economia com as empresas a começarem a laborar de forma faseada com as necessárias restrições por causa da saúde pública, vai perdurar no tempo e mais ainda na memória.

Estava longe de pensar que ia viver uma temporada de guerra. Não uma guerra convencional com exércitos e armas convencionais em que homens e mulheres de armas em punho defendem o seu espaço, mas estamos a viver uma luta contra um inimigo invisível , provavelmente criado em laboratório e destinado a exterminar parte da nossa civilização. Um inimigo que ninguém sabe muito bem como combater, ao contrário de outras epidemias como a gripe, o sarampo, a tuberculose.

Sinto um nó na garganta e o coração apertado por saber que apesar do meu confinamento/isolamento, a minha impossibilidade de ir onde quero e de estar com quem quero, possa ser suficiente para a solução do problema.

Quando se abrirem as portas, espero que todos os que estão ligados à Festa Brava vejam aí uma janela de oportunidades para fazer bem mais e bem melhor do que até aqui e que a união de todos seja uma realidade para começarmos do zero e atingir o êxito.

António Lúcio

RUI BENTO COMUNICA FIM DE LIGAÇÃO Á EMPRESA DO CAMPO PEQUENO

14.04.20 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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O até há pouco gestor taurino do Campo Pequeno, matador de toiros, enviou um comunicado onde informa o seu fim de ciclo com o Campo Pequeno.

"Campo Pequeno – Fim de Ciclo


Há projectos que, pelo desafio que constituem ou pela intensidade da paixão que em nós despertam, nos marcam para sempre. Desafio e paixão. Foi esta a mistura de sensações que experimentei quando, em Fevereiro de 2006, a convite dos Drs. Henrique Gonçalves  Borges e Goes Ferreira, tomei posse do cargo que me conferia a gestão dos destinos da tauromaquia no Campo Pequeno. As obras de restauro e requalificação estavam quase concluídas e a reinauguração marcada para 16 de Maio.

Volvidos 14 anos, encerrou-se, recentemente, o ciclo das minhas funções como Director de Actividades Tauromáquicas da primeira praça do país, a "Catedral Mundial do Toureio a Cavalo".

O Campo Pequeno está ligado às duas mais importantes fases da minha vida profissional. Ali, como toureiro, iniciei em 1982, a carreira que me levou à Alternativa de Matador de Toiros (Badajoz, 1988); ali desenvolvi a actividade de Gestor Taurino, em cujos resultados tenho o maior orgulho.

Durante estas 14 temporadas vivemos apaixonadamente um projecto que recuperou a grandeza do Campo Pequeno em termos nacionais e o reposicionou, em termos internacionais, dando-lhe uma visibilidade jamais alcançada.
As maiores figuras mundiais do toureio voltaram a incluir Lisboa na rota das suas temporadas. Voltaram os consagrados, lançaram-se novos valores e sempre se repetiram os triunfadores. Nem sempre as coisas correram dentro daquilo que idealizámos, é certo, mas também é verdade que só não erra quem não arrisca. Nós, no Campo Pequeno assumimos a vitória com a mesma humildade, a mesma grandeza com que demos a cara nos momentos difíceis. E foi nesses momentos difíceis que veio ao de cima a nossa capacidade de superação individual e colectiva demonstrada por todos os que vivemos este projecto ímpar. Envolvo na minha gratidão todos os que, no escritório e no campo, integraram e colaboraram com a Direcção de Tauromaquia, as sucessivas administrações com quem trabalhámos e, em especial, dois dos nossos colegas que partiram para sempre e que sempre recordaremos pelo seu exemplo de camaradagem e profissionalismo.

Num balanço curto deste ciclo há pouco encerrado, cabe uma palavra de agradecimento a todos os que, de uma forma directa ou indirecta, tornaram possível todo este percurso, ao longo do qual tanto nos estimularam. Refiro-me aos aficionados, aos artistas tauromáquicos, aos ganaderos, ao pessoal de apoio, à imprensa, rádio e TV generalistas, aos meios de informação taurina e ao público em geral. 

Vai por todos vós! 

Sem o vosso apoio não teríamos conseguido levar a nau a bom porto. 

Ciclo encerrado! Os homens passam e as instituições continuam. Desejo ao Campo Pequeno as maiores felicidades nesta nova fase da sua mais que centenária existência.
 
Rui Bento"

BARREIRA DE SOMBRA - EMISSÃO ESPECIAL PÁSCOA 2020

11.04.20 | António Lúcio / Barreira de Sombra

O Barreira de Sombra comemora este ano a sua 33ª temporada. Não querendo deixar de estar consigo, e sempre que possível apresentamos um curto programa onde se fala do que pdoe ser o futuro da festa brava pós Covid-19, em formato vídeo.

Aproveitamos para desejar a todos uma Santa e Feliz Páscoa.

Clique em http://videos.sapo.pt/02j1I1qsehflErzQCupW  e assista.

QUE FUTURO PARA A FESTA BRAVA DEPOIS DO COVID-19

10.04.20 | António Lúcio / Barreira de Sombra

M Grave.JPGEste tempo de confinamento e de isolamento social que o Governo nos impôs, são propícios à meditação e a pensarmos no nosso futuro enquanto pessoas, no do nosso País e, por consequência, no futuro da nossa Festa Brava.

Uma coisa me parece ser uma grande verdade: nada será como antes do aparecimento desta pandemia. Nem na forma como nos relacionaremos com os outros; na forma como a grave crise económica que se avizinha irá impactar no emprego e nos rendimentos; na forma como o trabalho será reorganizado; ou como viveremos as nossas paixões, tauromaquia incluída.

A nossa débil economia não resistirá muito tempo a este fechar de portas a que nos obrigaram e que se, por um lado, nos pretende alegadamente proteger do mal, por outro lado, nos poderá matar com a sua cura. As empresas não têm, no geral, disponibilidades de caixa que financeiramente as suportem sem receitas durante 3 longos meses; o desemprego ameaça milhares, poderão ser centenas de milhares, de portugueses. Reerguermo-nos vai ser muito mais difícil do que nunca (por questões estruturais) a não ser que o Governo e o Presidente da República não aligeirem um pouco estas medidas restritivas e permitam que a economia recomece a funcionar permitindo a abertura (condicionada) da maioria dos estabelecimentos e indústrias e a circulação de pessoas (ainda que condicionada).

Preocupam-me, claramente, as repercussões sérias que daí advirão Não questiono decisões clínicas porque não tenho formação na área e mesmo os que a têm não são unânimes. Mas posso questionar decisões políticas que não considero minimamente transparentes nas formas como são tomadas e comunicadas, não sendo devidamente esclarecedoras. Não concordo com Costa nem concordo para Marcelo e vejo com muita preocupação o meu País caminhar para o abismo.

Sem empregos não há dinheiro. Mesmo que venha do subsídio de desemprego, a Segurança Social não terá capacidade para em tempo útil, processar os pagamentos. Não vejo medidas políticas capazes de contrariar o que esta situação pode vir a causar no que a manutenção de rendimentos mínimos diga respeito.

Se eventualmente o estado de emergência não for levantado (ainda que com algumas restrições menos severas e que se compreendem para que não haja um novo surto) até ao final de Maio, com a limitação do número de pessoas em eventos públicos ao ar livre a manter-se por um período de 90 dias, significa isto que antes de Setembro não se realizarão corridas de toiros em lugar algum, com todas as consequências que são fáceis de adivinhar.

Restam-nos Setembro e Outubro e quiçá meia dúzia de corridas de toiros para esta temporada de 2020. Ganadeiros já enviam toiros para o matadouro sem os terem lidado porque economicamente já começam a avolumar prejuízos; os empresários fazem contas e têm alugueres para pagar sem dar espectáculos; toureiros sem conseguirem ganhar dinheiro para fazer face às enormes despesas que têm…

Qual será o futuro? Quantas corridas se poderão organizar ainda este ano? E em 2021 haverá capacidade financeira (dos empresários e dos espectadores) para manter uma temporada tradicional de 180/200 espectáculos?

Sejamos conscientes de que será necessário um grande esforço de reconstrução da economia do País e do nosso espectáculo para que possamos seguir em frente apesar das nuvens negras. Como católico tenho fé no amanhã, que seremos capazes de afastar essas nuvens e que consigamos uma união que, mais do que nunca, é essencial á sobrevivência da nossa tauromaquia.

Falé.JPGAntónio Lúcio, 10/04/2020

FALECEU O CAMPINO ORLANDO VICENTE

09.04.20 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Uma lenda da campinagem ribatejana. Um homem com quem sempre se aprendia muito sobre o toiro e o campo. A doença, essa terrível cornada, levou-o do nosso convívio na manhã desta quinta-feira.

Barreira de Sombra apresenta, a toda a sua família, os mais sentidos pêsames.

Em jeito de homenagem, aqui apresentamos algumas fotos suas que fizemos ao longo dos anos.

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