Na programação da TVI para esta noite, e seguindo o pior exemplo da RTP - com transmissão em diferido - a transmissão da corrida de toiros do Campo Pequeno e de homenagem a Rui Salvador, só terá início pelas 22h37 e após as novelas da noite.
Uma vez mais em claro desrespeito para com o aficionado e o telespectador, pois começar a transmissão ás 22h37 de um espectáculo que teve início ás 21h45 não é justificável.
Se fosse uma transmissão de um jogo de futebol da Champions...
Novas parcerias garantem vantagens também na aquisição de roupa, bijuteria, publicações especializadas e visitas à Ganadaria Murteira Grave.
A PróToiro, pela sua marca Touradas, alargou o universo de parcerias disponíveis através do ‘Cartão Aficionado’. A mais recente é com o conceituado encenador Filipe La Feria, que permite a todos os membros beneficiarem de descontos na aquisição de bilhetes para o espetáculo Severa, em exibição no Teatro Politeama, em Lisboa.
O espetáculo Severa é tão somente considerado o melhor Musical de sempre de Filipe La Feria. Uma viagem ao Portugal do século XIX, onde a vida da criadora do Fado se mistura com as emoções da tauromaquia, na relação atribulada com o Conde de Vimioso, cavaleiro tauromáquico, e com a vida boémia das tabernas da Mouraria, passando pelos salões aristocratas. Uma representação imperdível e memorável.
Através do ‘Cartão Aficionado’ é possível obter descontos de 50 por cento nas sessões de quarta, quinta e sexta-feira. Ao sábado e domingo, o desconto é de 25 por cento.
Além dos descontos na aquisição de bilhetes para a Severa, o ‘Cartão Aficionado’ garante também uma série de vantagens em diversas áreas. Uma das mais relevantes é a possibilidade de visitar a Ganadaria Murteira Grave, considerada das mais belas do mundo, também conhecida como ‘O Templo do Toiro’.
A compra de publicações especializadas – as revistas ‘Cuadernos de tauromaquia’ e ‘Nova Burladero’ -, de vestuário e acessórios – ‘Aficion di Biju’, ‘Marymada’ e ‘Tendido4’ – também pode ser feita com vantagens únicas para os membros do ‘Cartão Aficionado’. As parcerias irão aumentar gradualmente e as condições gerais de acesso a cada um dos parceiros estão disponíveis em www.touradas.pt.
O ‘Cartão Aficionado’ assegura ainda 10 por centro de desconto na compra de bilhetes nas praças aderentes, a oferta de 10 euros por cada 200 euros consumidos, além de um acesso mais fácil à bilheteira e à praça, através de vias prioritárias ou exclusivas.
Para aderir ao ‘Cartão Aficionado’ basta fazer o registo online – também em www.touradas.pt - ou em qualquer uma das praças aderentes.
A data de 15 de Agosto, a mais taurina de todo o Mundo, terá em Caldas da Rainha mais uma corrida de máxima competição e onde os toiros de Vale Sorraia prometem trazer muita emoção e proporcionar êxitos aos toureiros e forcados que os irão lidar e pegar em tão emblemática praça e data.
António Ribeiro Telles, Filipe Gonçalves e Francisco Palha, três diferentes conceitos de toureio, prometem a máxima competição em busca do tão ambicionado triunfo, No capítulo das pegas, também irá acontecer competição entre o Grupo de Forcados Amadores de Santarém e o Grupo de Forcados Amadores de Caldas da Rainha.
Quem triunfará frente ao imponente curro de toiros de Vale Sorraia?
São da ganadaria de António Veiga Teixeira os toiros a lidar na próxima quinta-feira, no Campo Pequeno, na corrida em que se comemoram 35 anos de Alternativa do cavaleiro Rui Salvador. É também a tradicional Corrida do Emigrante.
A ganadaria Veiga Teixeira, descende de uma que o ganadero espanhol Félix Suárez fundou em 1918, com reses provenientes de Santacoloma, pura linha Parladé. Entre processos de partilhas entre herdeiros de Félix Suárez e vendas a outros ganaderos, uma parte da ganadaria foi adquirida a Tomás Prieto de la Cal, em 1959, pelos irmãos Carlos e José Augusto Garcia Fialho, de Barrancos. Em 1969 é António José da Veiga Teixeira, pai do actual proprietário, que adquire esta ganadaria, mantendo-lhe o ferro, divisa e antiguidade (6 de Maio de 1928, Madrid). A ganadaria pasta na Herdade do Pedrógão, Freguesia do Lavre, concelho de Montemor-o-Novo, sendo o seu encaste actual Oliveiras Irmãos e Parladé.
António Veiga Teixeira conta-nos que “a selecção dos toiros foi feita muito pelo tipo físico. Ainda assim a corrida para o dia 8 vai aberta de sementais, com três pais diferentes. No seu conjunto está rematada, sem exageros, e com cara. Apresentam uma boa condição física contribuindo para isso pastarem numa cerca com declives acentuados e terem de se mover diariamente para aceder, por um lado, à água, por outro, ao complemento alimentar. “
“Em termos de comportamento, é sempre uma carta fechada, mas com o lote de cavaleiros experientes como a terna que compõe o cartel é mais fácil que toiro e toureiro se entendam proporcionando um bom espectáculo para o público. As expectativas para a corrida são as maiores, esperamos que os toiros contribuam com a emoção e transmissão que lhes é exigida”, acrescenta.
António Veiga Teixeira partilhou algumas curiosidades em relação a quatro dos seis toiros:
“Nº 597- apesar de mais pequeno, gosta de marcar posição com um constante olhar ameaçador
Nº 596- é o primeiro teste à sua mãe, visto ser o primeiro filho a ser lidado.
Nº 593- da última vez que Rui Salvador toureou esta ganadaria no Campo Pequeno defrontou um irmão seu (com êxito).
Nº 588- toiro muito em tipo de Veiga Teixeira, é a aposta dos maiorais para melhor toiro da noite
Nunca é demais relembrar que a única certeza que se pode ter na escolha de um lote de toiros é a incerteza do seu comportamento… Veremos como corre! “
A corrida de 8 de Agosto tem no seu cartel os cavaleiros João Moura, Rui Salvador e Luís Rouxinol e os grupos de forcados Amadores de Tomar, São Manços e Caldas da Rainha, capitaneados respetivamente por Marco Jesus, João Fortunato e Francisco Mascarenhas.
Todos sabemos que nas corridas de toiros, ao contrário das outras artes, a morte é real, não há duplos nem truques. As cornadas rasgam a pele e os músculos e por vezes são mortais. As fracturas de membros, de costelas, os fortes hematomas, acontecem, são reais e não por obra de uma grande equipa de maquilhagem e ou de efeitos especiais. Ou seja, o risco, o perigo, são uma constante desta arte que é, ao mesmo tempo, sublime, bela e de uma estética inigualáveis.
Como muito bem se define na Wikipédia, a “Estética (do gregoaisthésis: percepção, sensação, sensibilidade) é um ramo da filosofia que tem por objetivo o estudo, da natureza, da beleza e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado beleza, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, bem como: as diferentes formas de arte e da técnica artística; a ideia, de obra, de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes”.
E na tauromaquia a estética ocupa um lugar de capital importância. A forma como o toureiro evolui pela arena, como a pisa, como cria toda uma cena, um capítulo da sua actuação, a forma como se apresenta frente ao toiro, a cavalo ou a pé… Tudo tem uma razão de ser, de fazer, de sentir e de exprimir esse sentimento, esse momento único seja na abordagem do toiro numa sorte a cavalo (equilíbrio, sensibilidade, souplesse de movimentos); seja no muletazo e no seu remate, ou no cite e na reunião no caso da pega, tudo tem de ser feito com beleza natural para provocar emoções no público que assiste e que deve conseguir percepcionar essa técnica que cada um dos artistas intervenientes utiliza para, desafiando muitas vezes a lei da física, fazer o toiro passar onde parece que não pode ser ou para se “colar como uma lapa” na cara do toiro no caso dos forcados.
Mas o risco e o perigo, por maior domínio que haja da técnica, estão sempre presentes porque, por diante, está um animal extraordinário que é o toiro de raça brava de lide. As suas reacções nem sempre são previsíveis apesar de que, os mais entendidos nesta coisa do comportamento animal, conhecedores das ganadarias e seus encastes, podem aperceber-se mais rapidamente dos comportamentos que o animal irá desenvolver ao longo da lide. Mas nada é garantido e o improviso do momento poderá criara momentos únicos de arte em vez de um sobressalto.
E é desse comportamento não dirigível, não pré-programado, do toiro de lide que a incerteza se mantém, que se pode criar mais emoção em cada momento da lide, onde o perigo está sempre presente porque quanto mais os toureiros arriscam, quanto mais pisam os terrenos do toiro, mais facilmente podem ser colhidos, uma realidade que não é teatral… Mas é desses momentos que vive a Festa Brava e são esses os momentos que fazem explodir os nossos corações e as maiores e mais sentidas ovações aos toureiros.
Como se dizia num anúncio de televisão que passou há alguns anos, podia viver sem a tauromaquia? /Poder, podia, mas não seria a mesma coisa.