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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

A MINHA PAIXÃO PELA PÓVOA DE VARZIM, SUAS GENTES E SUA PRAÇA DE TOIROS

18.06.19 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Vem de longe a minha paixão pelo Norte Taurino, desde os meus 14/15 anos, finais da década de 70 início da de 80 do século passado quando, acompanhando o meu pai na distribuição de publicidade taurina comecei a frequentar as Praças de Toiros de Espinho, Póvoa de Varzim e Viana do Castelo e a percecionar como é que aquelas gentes viviam intensamente a festa brava, a corrida em dias de festa, com muita gente a pernoitar junto à praça de toiros de Viana do Castelo e com enchentes nas Festas da Senhora da Agonia.

 

Um pouco mais a sul, Póvoa de Varzim e Espinho faziam coincidir as suas corridas com a época balnear e também com as movimentações em torno do Casino. Portugueses e espanhóis eram presença constante e o número de corridas era bastante interessante.

 

A Póvoa ficou-me no coração não só pela forma como sempre fui recebido e tratado, como pela sua adesão á festa e carinho para com os toureiros – aquela rectângulo frente á praça onde os cavaleiros aqueciam as montadas estava sempre apinhado de gente – e no final das corridas os toureiros ali tinham de ficar a tirar fotos e a dar autógrafos. Fiz lá bons amigos – o José Andrade  e a sua família -, foi lá que me estreei nas transmissões de corridas de toiros pela RTP em 24 de Julho de 2005.

 

Esta estreia foi marcante no meu percurso de crítico tauromáquico e de aficionado.  Vivemos aí momentos inesquecíveis dos quais me permito recordar dois: uma corrida RTP debaixo de chuva do princípio ao fim, enchente total com o público de chapéus abertos… e o dia em que toureou Pedrito de Portugal, em que os aficionados no final da corrida fizeram enorme fila para uma foto ou um autógrafo com o toureiro…

 

Macedo Pereira, o então presidente da Câmara Municipal, que entrevistei em duas ou três corridas, entendia a festa brava como marco cultural e de elevado potencial turístico ao divulgar a Póvoa, as suas praias e gentes a todo o Mundo em cada transmissão televisiva que, em muitos casos, chegou a ultrapassar audiências – só em Portugal- de mais de 700 mil espectadores: Tinha uma postura de equilíbrio e defesa da diversidade

 

Ao contrário, o actual Presidente da edilidade Aires Pereira, que, tal como o de Viana do Castelo Defensor de Moura, não têm essa cultura de democracia e de respeito pelos outros, querendo impor as suas ideias a todos os outros, não os respeitando, tiranetes, pequenos ditadores a prazo numa política de terra queimada, destruindo património cultural, desrespeitando a cultura e os gostos de um povo que merecia outro tipo de atitude.

 

Os aficionados devem recriminar fortemente este tipo de atitudes e espero que a Prótoiro e a Associação das Tertúlias Tauromáquicas venham a público exigir, nos tribunais se necessário, a revogação destas decisões e permitir a manutenção do espaço dos espectáculos tauromáquicos na Póvoa de Varzim.

 

Faça como eu e assine a petição!

 

COMUNICADO DO MOVIMENTO A FAVOR DA FESTA DOS TOIROS NA PÓVOA DE VARZIM

18.06.19 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Ataque de ódio quer acabar com praça de touros na Póvoa de Varzim

 

Aires Pereira é um fundamentalista que pretende destruir o património e cultura 
de poveiros que não estão alinhados com os seus gostos pessoais.

 

Quando se comemoram os 70 anos da inauguração da Praça de Touros da nossa cidade, os responsáveis pela nossa Câmara Municipal, na pessoa do presidente Aires Pereira, não encontraram melhor prenda do que arrasar este nosso celebrado símbolo de Identidade Cultural. A decisão de demolir a praça de touros é mais uma iniciativa anti-democrática, irresponsável e suspeita. Quem beneficia com este atentado?

 

Nós, Movimento a Favor das Corridas de Touros na Póvoa, alertamos para o atentado ao património e à cultura que Aires Pereira pretende concretizar na Póvoa de Varzim. Ao anunciar a demolição da praça de touros, um elemento que integra o património cultural da Póvoa de Varzim e de Portugal, o autarca faz lembrar os movimentos fundamentalistas que destruíram obras de arte apenas por não estarem alinhadas ideologicamente. É, por isso, com todo o (de)mérito, que vai ficar na nossa história como – Aires Pereira, o ‘demolidor’.

 

A decisão de destruir a praça de touros é mais uma iniciativa ditatorial de quem está no Poder para impor as preferências pessoais aos poveiros. É um ataque a quem, como nós, defende os valores da democracia, da liberdade e da diversidade. É um ataque e um desrespeito à memória dos milhares de poveiros que durante séculos frequentaram as touradas na cidade, ajudaram a construir esta praça e lá continuam a assistir a corridas de touros, que promovem a cidade em todo o país e além fronteiras. 

 

Aires Pereira está apenas de passagem no lugar que ocupa, mas está a destruir um património e cultura que são de todos os poveiros e que lhe compete preservar.

 

Os cidadãos da Póvoa de Varzim, gostem ou não de Touradas, não pactuam com este atentado e estão mobilizados no combate às ilegalidades cometidas por este executivo contra a Cultura e liberdade dos cidadãos. Já não bastava a proibição ilegal e nula das touradas no concelho, agora a tentativa de destruir o nosso Património. 

 

Vamos permanecer firmes na defesa deste património poveiro e tudo faremos para preservar a praça e a cultura taurina da nossa cidade.

 

A Póvoa de Varzim foi e será sempre uma terra de liberdade. Não será um político passageiro que vai mudar isso na nossa cidade. Devemos isso às próximas gerações.



M.F.F.T.PVZ

AS FOTOS DA CORRIDA DA CAP - SANTARÉM 16/06/19

17.06.19 | António Lúcio / Barreira de Sombra

JOÃO MOURA JR

JOÃO RIBEIRO TELLES

FRANCISCO PALHA

FORCADOS DE SANTARÉM

1ª PEGA

2ª PEGA

3ª PEGA

FORCADOS DE MONTEMOR

1ª PEGA

2ª PEGA

3ª PEGA

 

 

 

SANTARÉM PRAÇA MAIOR: APOSTA GANHA EM TARDE DE COMPETIÇÃO, MOURA JR AQUECE OS ÂNIMOS COM AS “MOURINAS”

17.06.19 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Praça de Toiros “Celestino Graça” – Santarém – 16/06/19 – Corrida de Toiros

Director: Lourenço Lúzio – Veterinário: José Luís Cruz – Lotação: + ¾

Cavaleiros: João Moura Jr., João Ribeiro Telles, Francisco Palha

Forcados: Amadores de Santarém e Montemor

Ganadaria: Veiga Teixeira

SANTARÉM PRAÇA MAIOR: APOSTA GANHA EM TARDE DE COMPETIÇÃO, MOURA JR AQUECE OS ÂNIMOS COM AS “MOURINAS”

IMG_4642.JPGTerminada a Feira de Santarém, a nóvel empresa Praça Maior é, de longe, a grande triunfadora. Conseguir dar a volta a um panorama desolador, sem corrida na feira anterior, e conseguir fazer com que cerca de 16 mil pessoas estivessem presentes em duas corridas de postín, com preços acessíveis a todas as bolsas, foi uma aposta ganha e deverá ter a sua necessária e lógica continuidade.

 

A corrida teve momentos de grande interesse ao nível do toureio praticado e nas seis magníficas pegas de caras frente aos imponentes e sérios toiros de Veiga Teixeira, que, na minha modesta opinião, ficaram aquém das expectativas, sendo os melhores os lidados em 2º e 5º lugares mas sem deslumbrar. No critério do director de corrida, que não acompanhamos, o sexto toiro permitiu a chamada e volta à arena do ganadeiro.

 

A competição começou com a postura de João Moura Jr ao mandar sair da arena os seus bandarilheiros e iniciar a sua actuação com um ferro em sorte de gaiola. Boa brega, boas preparações, ferros em sortes cambiadas que resultaram bem e foram bastante aplaudidas. E no quarto da tarde de novo uma sorte de gaiola para o primeiro comprido e uma série de curtos de boa nota. Mas seria no final que levantaria o público das bancadas com duas “Mourinas” bem ajustadas na cravagem. Momentos grandes de um boa tarde de toiros.

 

A primeira lide de João Ribeiro Telles foi de menos a mais e alguns dos ferros curtos foram de muito boa nota, com batidas ao pitón contrário. Se não bate noutro e cai, o sexto seria extraordinário. Cotou-se com mais dois bons curtos. No quinto da tarde uma actuação mais consistente com viagens de largo após deixar o toiro colocado e a cravar bons curtos com um segundo de excelente execução. Boa actuação sublinhada com fortes aplausos.

 

Reaparecia Francisco Palha, depois da colhida de Salvaterra. A mesma decisão, a mesma garra. Nos dois toiros foi o único cavaleiro que deu importância aos compridos, pois para além dos iniciais em sortes de gaiola, os outros foram bem preparados e cravados à tira, com bons remates. No seu primeiro toiro destacamos o primeiro e o quarto curtos, de boa nota. No que encerrou praça deixou quatro curtos de boa nota, pisando terrenos de compromisso, melhores terceiro e sexto.

 

Santarém e Montemor viram, de novo, honradas as suas bandeiras através os forcados dos dois Grupos que nos proporcionaram emoção em 6 valentíssimas pegas de caras, com os grupos a ajudarem bem e os forcados da cara a citarem com garbo, a mandarem nas investias, recuando bem e fechando-se com galhardia, aguentando fortes derrotes em algumas das pegas.

 

Os Amadores de Santarém tiveram como forcados de cara António Taurino numa dura pega À 3ª tentativa; Francisco Graciosa e Lourenço Ribeiro, ambos muito bem e ao primeiro intento. Pelos Amadores de Montemor, João da Câmara numa rija cara ao primeiro intento; Francisco BIsssaia Barreto noutra grande pega ao primeiro intento e Francisco Borges, enorme e a consumar outra grande pega de caras ao segundo intento.

 

Na direcção do espectáculo esteve Lourenço Lúzio assessorado pelo veterinário José Luís Cruz.

 

Texto e Foto: António Lúcio

ESPECTÁCULOS TAUROMÁQUICOS ATÉ AO FIM DE JUNHO

16.06.19 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

NOVILHADA DE PROMOÇÃO DIA 30 DE JUNHO EM VILA FRANCA

15.06.19 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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A novilhada popular que havia sido adiada devido ao mau tempo no passado mês de abril terá lugar no próximo dia 30 de Junho pelas 17:30 horas na Centenária Palha Blanco.

 

Com o objetivo da presença massiva de público seja uma realidade no apoio aos jovens artistas, o espetáculo é de ENTRADA GRATUITA e estão anunciados os cavaleiros praticantes António Núncio e Ricardo Cravidão, os forcados amadores de Vila Franca, e os espadas Alejandro Contreras, Valentin Hoyos, Marcos del Rincón e Duarte Silva.

 

Lidam-se novilhos de Felicidade Dias, para as lide a cavalo, e de São Torcado, para as lides a pé.

PORTUGUÊS, 54 ANOS DE IDADE, 32 DE CRÍTICO TAUROMÁQUICO

13.06.19 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

Estamos no dia em que se cumprem exactamente  anos sobre a minha estreia como crítico tauromáquico, num momento em que despontavam as rádios locais, piratas ainda porque sem o necessário licenciamento, e num panorama taurino recheado de figuras e de corridas de postín, algumas a esgotarem as praças com dois e três dias de antecedência, programas de referência na rádio e na televisão, jornais diários com colunas dedicadas á tauromaquia, valores fundamentais respeitados por todos… tão diferente dos dias de hoje.

 

Fomos, uns quantos, poucos, os pioneiros que foram abrindo portas e que vieram a permitir a chegada de mais elementos – tal como os toureiros uns quantos ficaram pelo caminho – á crítica taurina, chegando a haver mais de uma dezena de programas espalhados maioritariamente pelas regiões Centro, Ribatejo/Estremadura e Alentejo. Viveram-se muitas colaborações entre os diversos novos elementos e até alguns mais veteranos.

 

Com o Fernando Dias e depois com o Eduardo Leonardo, estivemos na dianteira da tauromaquia na internet: a Tauromaquia Portuguesa On-Line e o Toiros&Cavalos que rapidamente conquistaram visitas pela novidade e qualidade que representavam.

 

Depois destas experiências, muitas outras vieram, mantendo-se, sem dúvida, a grande paixão que foi a rádio. Europa, Oásis, Feel FM na net. O blogue Barreira de Sombra. O jornal Olé, pertencendo á equipa que levou ao número 1 e hoje ao 450, número histórico. Às revistas Ruedo Ibérico e Contra-Barreira. Às colaborações com várias empresas desde os Três Tércios de Manuel Jacinto e José Agostinho dos Santos, a Manuel Gonçalves ou, agora, com Rafael Vilhais. Com colegas como Paulo Beja, Catarina Bexiga, Pedro Pinto, Sandra Batalha e Pedro Cardoso (qepd), Luís Pombeiro, não esquecendo António Salema e o grande mestre Eduardo Leonardo (qepd), Francisco Morgado, Maurício Vale, Joaquim Tapada… entre tantos outros.

 

Corridas em Portugal, Espanha, França e até a Califórnia. Milhares de toiros, milhares de lides, centenas largas de pegas, e um sem número de toureiros, grandes figuras, muitas que alguns dos que hoje escrevem se calhar nem aos livros foram procurar por quem foram e que importância tiveram na história da tauromaquia. Essas figuras que vi actuar, algumas com quem tive o privilégio de partilhar alguns momentos e conversas, marcaram a minha forma de ver e entender o toiro e a lide. Alguns mestres, como Eduardo Leonardo, ajudaram a aprender e a consolidar formas de escrever e de expressão oral.

 

A televisão foi uma experiência marcante. Primeiro na RTP com algumas transmissões de corridas em vários anos consecutivos. Depois, um conjunto de participações no Sol e Toiros TV… Inesquecíveis e a conferirem mais e mais bagagem, mais e mais conhecimentos. Sempre com verdade e honestidade por diante. Com frontalidade também.

 

Por isso, o meu reconhecimento e agradecimento a todos quantos tornaram possível esta já longa caminhada. E um especial agradecimento aos meus amigos fotógrafos que tornaram possível a galeria de imagens que se segue.

 

Tauromaquia Arte. Tauromaquia Cultura. Tauromaquia Paixão!