2018: NOVAS EXPERIÊNCIAS, NOVOS DESAFIOS NA PRIMEIRA PESSOA
Entrei neste ano de 2018, a minha 31ª temporada enquanto crítico tauromáquico, sob o signo de um novo desafio: o do concurso para delegados técnicos tauromáquicos – directores de corrida – promovido pela IGAC e composto por 4 fases; prova de selecção escrita, entrevista e duas provas práticas em corridas de toiros.
Uma experiência vivenciada com a intensidade justificada e com as provas práticas a decorrerem em duas praças emblemáticas e com cartéis de peso na temporada. No Campo Pequeno com João Telles, Forcados do Aposento da Chamusca, Morante de la Puebla e José Maria Manzanares, com o Manuel Gama de Director e o Jorge Moreira da Silva de Veterinário e em Vila Franca, na Feira de Outubro, num cartel composto por Manuel Telles Bastos, Francisco Palha, Luís Rouxinol JR, Forcados do Ribatejo ABV Alcochete e Ramo Grande e um concurso de ganadarias onde triunfaram São Torcato e Veiga Teixeira, com o João Cantinho de Director e de novo o Jorge Moreira da Silva de Veterinário.
Foram momentos que, independentemente dos resultados finais que venham a ser conhecidos, não irei esquecer e marcarão este meu percurso de mais de 30 anos na Festa Brava.
Outra experiência que irei recordar foi a de passar um dia, uma visita em privado, á ganadaria Murteira Grave antes do arranque da temporada em Mourão, e de aí ter desfrutado de um local único, uma ganadaria diferente e de ter aprendido muito nesse dia com o ganadeiro Dr. Joaquim Grave sobre o toiro, a lide, as suas expectativas enquanto ganadeiro e aficionado, num local de grande história e significado para a cabana brava portuguesa.
Visita que seria repetida meses mais tarde, aí já com outros colegas de comunicação social para comemorar uma importante efeméride da ganadaria.
Outros dois momentos marcaram a minha temporada de 2018 e em dois dias consecutivos: Salvaterra de Magos a 27 e Caldas da Rainha a 28 de Julho. Se no primeiro caso foi uma enorme manifestação de respeito e para uma homenagem a um jovem, de nome Manuel Vinagre, falecido em dezembro no ano anterior num passeio a cavalo, e com as cerca de 4000 pessoas que esgotaram a praça, de pé, em silêncio absoluto durante essa homenagem, no dia seguinte foi o final apoteótico da corrida de Caldas da Rainha com os toureiros na arena a agradecerem a presença do público e este, em comunhão com os toureiros, numa ovação de mais de 6 minutos, a deixar os pêlos em pé pela emoção do momento e só possível na Festa Brava.