- A TIPOLOGIA DOS ESPECTÁCULOS E AS EMPRESAS
Como sempre, dividimos os espectáculos a que assistimos em 2018 de acordo com a tipologia do Regulamento do Espectáculo Tauromáquico, sendo a esmagadora maioria, mais de 55%, as corridas de toiros à portuguesa, ou seja, só com cavaleiros e forcados.
TIPOLOGIA DE ESPECTÁCULO |
ESPECTÁCULO | TOTAL | % |
Corridas à Portuguesa | 27 | 55,1 |
Corridas Mistas | 7 | 14,29 |
Festivais | 7 | 14,29 |
Novilhadas | 7 | 14,29 |
Só Matadores | 1 | 2,04 |
A nossa temporada 2018 manteve o registo dos últimos 10 anos, ou seja, acompanhando ao máximo os espectáculos com toureio a pé e que são cerca de 45% do total. Também é difícil suplantar estas médias já que a esmagadora maioria dos que se montam em Portugal são de cavaleiros e forcados, ou seja, de corridas à portuguesa.
Os festivais e as novilhadas são os espectáculos onde o toureio a pé tem maior expressão. E praças como Vila Franca e Lisboa montaram alguns dos melhores cartéis de corridas mistas, a que se juntaram a Moita, Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos e Mourão com os dois festivais de arranque da temporada.
PRAÇA | Corridas à Portuguesa | Corridas Mistas | Novilhadas | Festivais | Total |
Campo Pequeno | 5 | 3 | 0 | 0 | 8 |
Vila Franca de Xira | 3 | 2 | 2 | 0 | 7 |
Moita | 3 | 1 | 1 | 0 | 5 |
Caldas da Rainha | 3 | 0 | 0 | 0 | 3 |
Montijo | 3 | 0 | 0 | 0 | 3 |
Sobral de Monte Agraço | 1 | 0 | 1 | 1 | 3 |
Registamos seis praças como aquelas onde assistimos a um maior número de espectáculos (igual ou superior a 3) e que são o exemplo do que em termos de tipo de espectáculos se realizam no País. As excepções em termos de espectáculos com toureio a pé foram Campo Pequeno (Lisboa), Vila Franca de Xira e Sobral de Monte Agraço, mantendo a Moita a sua corrida mista em dia de feriado municipal.
Quanto ás empresas que organizaram os espectáculos que presenciámos em 2018, á cabeça ficou a de Rafael Vilhais com 10 espectáculos conforme se pode verificar no quadro abaixo:
EMPRESAS TAUROMÁQUICAS |
EMPRESA | ESPECTÁCULOS |
Rafael Vilhais | 10 |
S R U Campo Pequeno | 8 |
Ricardo Levesinho | 8 |
Aplaudir | 4 |
Soc. Campinas | 3 |
AC Eventos | 2 |
Club T. Arrudense | 2 |
Escola Toureio José Falcão | 2 |
Junta Freguesia de Mourão | 2 |
Assim, com espectáculos nas praças de Caldas da Rainha (3), Salvaterra de Magos (2) e Moita (5), o empresário Rafael Vilhais conseguiu bons espectáculso e excelentes entradas de público em Salvaterra de Magos e Caldas da Rainha, enquanto que na Moita e apesar de melhorar as assistências em relação a 2017 ainda não conseguiu envolver o público daquela região nas suas organizações.
A empresa do Campo Pequeno montou alguns dos melhores cartéis de 2018, manteve uma elevada ocupação e levou até à arena lisboeta figuras mundiais do toureio a pé como José António Morante de la Puebla, José Maria Manzanares e Juan José Padilla, assim como os portugueses António João Ferreira e Nuno Casquinha.
António João Ferreira e Nuno Casquinha que deram luta e mostraram ser uma boa aposta também em Vila Franca onde a corrida do mano-a-mano António Telles / Diego Ventura foi a única que esgotou. Boas organizações de Ricardo Levesinho em 7 espectáculos na Palha Blanco.
A Aplaudir, de João Pedro Bolota, com dois espectáculos em Santarém (falhou a corrida do 10 de junho) e no Montijo, cumpriu pelos mínimos.
A Sociedade das Campinas, de José Luís Gomes, organizou 3 bons espectáculos em Sobral de Monte agraço, um festival e uma novilhada com forte presença do toureio a pé e uma corrida de seis cavaleiros.
Das outras 4 empresas que organizaram 2 espectáculos cada uma, só a AC Eventos, com duas corridas à portuguesa no Montijo, não teve toureio a pé. Arruda, Cabo da Lezíria e Mourão tiveram toureio a pé se bem que no caso de Arruda em número bastante inferior ao do toureio a cavalo.