MOITA DO RIBATEJO - TER O PÁSSARO NA MÃO E DEIXÁ-LO FUGIR….
Praça de Toiros “Daniel do Nascimento” – Moita- 26/05/18 – Corrida á Portuguesa
Director: Tiago Tavares – Veterinário: Carlos Santos – Lotação: ¼ casa
Cavaleiros. Gilberto Filipe, Filipe Gonçalves, Duarte Pinto, Parreirita Cigano, David Gomes, António Prates
Forcados: Amadores da Moita e Aposento da Moita
Ganadaria: Veiga Teixeira
TER O PÁSSARO NA MÃO E DEIXÁ-LO FUGIR….
Diz o ditado que mais vale ter um pássaro na mão que dois a voar… Eu diria, depois de assistir a esta corrida de toiros na Moita que houve quem tivesse o pássaro na mão e o deixasse fugir. Substituamos no provérbio popular o pássaro pelo toiro e perceberão alguns do que falo. Houve toiros que tiveram qualidade e não foram devidamente aproveitados por quem o devia ter feito e até os forcados nos dois últimos toiros não foram capazes de manter o elevado nível das outras quatro pegas.
Gilberto Filipe cumpriu a papeleta frente ao que abriu praça, um toiro algo tardo nas suas investidas. O cavaleiro de Alcochete impôs-se na ferragem curta com o último a ser o seu melhor ferro.
A Filipe Gonçalves tocou lidar um dos dois bons toiros da corrida, este a transmitir emoção e bem aproveitado, com um bom primeiro comprido muito bem rematado e dois curtos de bom nível com destaque para o segundo. Rematou com um de violino.
Em terceiro lugar actuou Duarte Pinto que não esteve acertado com os compridos. Contudo, e frente a um toiro que foi mansote e complicado, soube encontrar boas soluções para resolver os problemas e o seu segundo curto, de praça a praça, foi o melhor da tarde. Finalizou com outro ferro de idêntica craveira, numa boa lide.
Parreirita Cigano teve sorte no sorteio e o seu toiro foi de boa nota, suave e nobre. Não lhe deu a devida importância o toureiro e apenas o terceiro merece ser destacado. Não foi a sua tarde e desaproveitou um toiro de triunfo.
David Gomes lidou o quinto da ordem, uma actuação marcada por muitas passagens em falso, dificuldades em encontrar terrenos e distâncias para as sortes e até os cavalos não ajudaram frente a um toiro que não colocou problemas de maior. Também não teve aqui a sua tarde.
O praticante António Prates teve uma actuação de menos a mais frente a um toiro mansote. A série de curtos teve um segundo de boa nota, bem apontado e com reunião ajustada, rematando com 2 palmitos, um deles de violino.
Os dois Grupos de Forcados da terra voltaram a pegar juntos. Amadores e Aposento disputaram o troféu para a melhor pega, escolha que recaiu na primeira pega da tarde, executada de forma rija por Fábio Silva dos Amadores da Moita, a aguentar bem quando o grupo não conseguiu fechar nas terceiras ajudas; Luí Lourenço fechou-se bem ao primeiro intento e no quinto da ordem tudo se complicou com a lesão de João Raposo na 2ª tentativa e outro seu colega a falhar outras duas, para acabar por ser o cabo Pedro Raposo a sesgo a consumar na que foi a 5º tentativa. Pelo Aposento da Moita muito bem o cabo José Maria Bettencourt á primeira e rija foi a consumação de Leonardo Mathias ao primeiro intento com o toiro a fugir ao grupo. No sexto toiro, Ruben Serafim só à sexta conseguiu consumar, a sesgo e com ajudas muito carregadas.
Os seis toiros, de Veiga Teixeira, trouxeram emoção ao espectáculo que foi dirigido por Tiago Tavares assessorado pelo veterinário Carlos Santos.
Crónica: António Lúcio