ALGUNS NÚMEROS QUE DEVEM SER BEM LIDOS (DAS ESTATÍSTICAS DA IGAC)
De acordo com os dados disponibilizados na passada semana pela IGAC e relativos à temporada de 2016, regista-se que se realizaram:
- 158 espectáculos em praças fixas (82.72%)
- 33 espectáculos em praças ambulantes (17.28%)
De onde resultaram, em termos de presença de espectadores (número calculado “à vista” pelos delegados técnicos tauromáquicos e tendo em conta a lotação oficial da praça):
- 335057 espectadores nos 158 espectáculos em praça fixa – média de 2120.61
- 27000 espectadores nos 33 espectáculos em praças ambulantes – média de 818.18
O que nos permite estabelecer que a média por espectáculo em 2016 foi de 1895.58 espectadores.
Se somarmos os valores referentes a espectadores na década 2007/2016, e ainda de acordo com o mapa publicado pela IGAC, teremos um total de 5 372 795 espectadores, o que dá uma média 2053.82 espectadores por espectáculo nessa década.
E quanto ao número total de espectáculos na década 2007/2016 eles foram 2616, o que dá uma média de 261.6 espectáculos por ano.
Se verificarmos, o maior número de espectáculos tauromáquicos realizados em Portugal corresponde ao período de 2007 a 2010, sendo que o decréscimo do número de espectáculos se acentua com a crise e a vinda da troika em 2011. Ou seja, quando os portugueses passaram a ter menos dinheiro disponível para gastar e onde tiveram de fazer as mais variadas opções, sendo que o espectáculo tauromáquico se viu bastante afectado por isso.
Contudo, e importa realçar este facto, o número médio de espectadores foi de 2053 na década e de 1896 em 2016.
Houve praças, como a do Campo Pequeno, cujas entradas de público cresceram, de 2015 para 2016, quase 6%, e no que se refere às praças com mais de 10 mil espectadores no total da temporada de 2016 temos:
- Campo Pequeno – 63291 espectadores – 14 espectáculos – média 4520.78
- Albufeira - 21946 – 22 espectáculos – média 997.54
- Nazaré – 17226 – 6 espectáculos – média 2871
- Vila Franca – 13984 – 6 espectáculos – média 2330.66
- Alcochete – 12945 – 5 espectáculos – média 2589
- Montijo – 12440 – 3 espectáculos – média 4146.66
- Évora – 12150 – 6 espectáculos – média 2025
- Moita – 11647 – 6 espectáculos – média 1941.16
Ou seja, as oscilações de espectáculos e de espectadores estão intimamente ligados com a crise económico-financeira que o País tem atravessado.
Realce-se, finalmente, que no ano de 2016 se deram espectáculos nos concelhos de Alandroal, Alenquer, Castelo de vide, Ribeira de Pena, Seia e Vagos, que em 2015 não tinham realizado qualquer espectáculo tauromáquico. Albufeira, Lisboa e Évora foram os concelhos em que maior número de espectáculos se realizaram.