ROUXINOL RECEBE MEDALHA DA CIDADE EM NOITE DE TRIUNFOS NO MONTIJO
Praça de Toiros “Amadeu Augusto dos Santos” - Montijo – 03.09.16 – Corrida de Toiros
Director: Pedro Reinhardt – Veterinário: Carlos Santos – Lotação: mais de ½ casa
Cavaleiros: Luís Rouxinol, Filipe Gonçalves, João Ribeiro Telles
Forcados: Ribatejo, T.T.Montijo, Montijo
Ganadarias: Herds. Paulino Cunha e Silva (1º, 3º, 5º) e Jorge Mendes (2º, 4º, 6º)
ROUXINOL RECEBE MEDALHA DA CIDADE EM NOITE DE TRIUNFOS NO MONTIJO
A Câmara Municipal do Montijo decidiu entregar a Medalha de Ouro que atribuíra ao cavaleiro Luís Rouxinol (e que deveria ter sido entregue a 14 de Julho, dia da cidade) na corrida das Tertúlias montijenses e em boa hora o fez porque o público que preencheu mais de metade da lotação da praça aplaudiu de pé o momento solene e desfrutou de uma noite de triunfos, de grande competição, de grandes momentos de toureio. Galvanizaram-se os toureiros, empolgou-se o público e a Festa Brava saiu a ganhar.
Luís Rouxinol continua um lutador que não baixa os braços em momento algum e que, uma vez mais, com a raça que lhe é peculiar, arrancou duas enormes actuações frente a toiros de distintas condições mas colaboradores para o êxito. No que abriu praça, nobre e suave, teve uma lide muito bem medida na brega e na colocação da ferragem, com bons ferros e bons remates, terminando com um bom par de bandarilhas. Mas foi no quarto da ordem, que saiu a emparelhar-se com o cavalo mas sem maldade e que para os ferros saiu com clareza, por direito e de largo, que Rouxinol armou um verdadeiro “taco”, aguentando de largo a investida e cravando três excelentes ferros curtos, daqueles que fazem aficionados pela verdade e pela emoção que transmitiram. Rematou esta grande actuação com dois ferros de palmo sob fortíssimos aplausos do público.
Em segundo lugar actuou outro cavaleiro que faz da raça e da entrega o seu lema: Filipe Gonçalves. Uma grande actuação frente ao segundo da noite, que não deu facilidades. Com boa escolha dos terrenos, cravou com muito valor os curtos, três em sortes frontais com reuniões ajustadas e emotivas, para rematar com dois de violino e um de palmo e com o público de pé a aplaudir. No quinto da noite manteve elevada a bitola e com alguns câmbios, dois deles de muito boa execução, voltou a aquecer o ambiente e terminando com um excelente ferro entrando bem de frente.
João Ribeiro Telles teve uma actuação de se lhe tirar o chapéu frente ao manso terceiro da noite que desde que saiu à arena apenas quis a defesa das tábuas junto aos curros. Tentou a todo o custo tirar o toiro de tábuas e como este sempre buscasse esse refúgio, cravou-lhe quatro ferros a sesgo de enorme mérito e rematou com um de frente no único momento em que o toiro se deixou ficar nos tércios. Uma grande actuação injustamente não premiada com música mas sempre encorajada e aplaudida pelo público. No que encerrou praça a actuação não foi brilhante, cumprindo a papeleta, com um quarto curto de boa nota e rematada com dois de violino e um de palmo.
Três Grupos de Forcados ficaram encarregues das pegas aos seis toiros: Ribatejo, T.T. Montijo e Montijo. Pelos Amadores do Ribatejo, André Martins não esteve bem nas duas primeiras tentativas e apenas á terceira, aguentando um pouco mais na viagem, conseguiu consumar, seguindo-se Rafael Costa que esteve bem a fechar-se ao primeiro intento. Pela Tertúlia Tauromáquica do Montijo estiveram na cara dos toiros Luís Carrilho com uma boa pega à segunda, assim como o cabo Márcio Chapa que também à segunda se conseguiu fechar na cara do quinto toiro. E pelos Amadores do Montijo José Suiças consumou à segunda e Ruben Pratas muito bem à primeira tentativa no último toiro da noite.
Lidaram-se toiros de Herds. De Paulino da Cunha e Silva (1º, 3º e 5º), de escassa presença e com comportamentos variados mas sem comprometer e de Jorge Mendes, com melhor presença mas também variados de comportamento.
Na direção do espectáculo esteve Pedro Reinhadrt assessorado pelo veterinário Carlos Santos.
Como nota final dizer que a homenagem a Luís Rouxinol deveria ter tido lugar no final das cortesias (e não antes das mesmas) porque assim o determina o Regulamento do espectáculo tauromáquico no seu Artigo 27.º Cortesias no seu nº 5, “5 — Nos espetáculos em que se prestem homenagens, as mesmas devem realizar -se imediatamente após as cortesias e antes da saída do primeiro artista.”
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