Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

AS DECLARAÇÕES DE DIOGO SEPÚLVEDA, SOBRE A ACTUAÇÃO DO GFA SANTARÉM A 29 DE MAIO EM ALMEIRIM

23.05.16 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Diogo Sepúlveda 1.jpg

Diz-se que a História é uma ciência do presente, porque o presente é um reflexo (embora não directo) do passado. A relação entre o passado e o presente escreve a nossa história. A história é feita todos os dias e ela não para!

 

A ligação do Grupo de Santarém com a família Salgueiro vem de longa data (são já 4 gerações!) e de certa forma a nossa história, já centenária, tem saído engrandecida fruto da relação de ilustres Homens destas duas grandes Famílias que em muito têm vindo a engradecer Portugal e a Festa dos Toiros.

 

De raízes profundamente ribatejanas, a dinastia de Valada do Ribatejo começou com o seu bisavô Dr. Fernando Salgueiro, com a alternativa tomada no dia 24 de Abril de 1938 na praça de toiros do Campo Pequeno, depois o seu avô Fernando Salgueiro, primeiro cavaleiro tauromáquico a tomar a alternativa na Monumental Celestino Graça a 2 de Junho de 1968 e depois o seu pai João Salgueiro, a tomar a alternativa na Monumental de Almeirim a 29 de Maio de 1988 numa corrida de 8 toiros onde, mais uma vez, o Grupo de Santarém marcou presença, na altura comandado por Carlos Grave.

 

Diante um curro de Condessa de Sobral, nesta dia 29 de Maio de 1988 pegaram pelo Grupo de Santarém:

 

1º toiro – Pega de caras o toiro de alternativa de João Salgueiro, o forcado António José Horta com a primeira ajuda de Gonçalo da Cunha ferreira

3º toiro – Pega de caras Francisco Gameiro com a primeira ajuda de Luís Gameiro.

5º toiro – Pega de caras Nuno Varandas com a primeira ajuda de Pedro Graciosa.

7º toiro – Pega de caras Alberto Xavier com a primeira ajuda de António Gama.

António Cachado rabejou os quatro toiros.

 

Agora, exactamente 28 anos depois, será a vez da 4ª geração e desta forma a bonita história da família Salgueiro continuar a ser escrita.

 

É com imensa satisfação, orgulho e sentido de responsabilidade que o Grupo de Forcados Amadores de Santarém marcará presença, no próximo dia 29 de Maio em Almeirim, na Corrida de Toiros da alternativa de João Salgueiro da Costa. Sem dúvida que será um marco importante para todos nós!

 

Também na jaqueta das ramagens a história continua… 28 anos depois, o Grupo de Santarém e Montemor voltam a partilhar cartel e desta forma continuar a escrever a grandiosa história de ambos os Grupos diante de um imponente curro de Murteira Grave.

 

Motivos de interesse não faltam a esta grande corrida!

 

Lá estaremos, dia 29 de Maio em Almeirim, para orgulhosamente continuarmos a honrar o passado, o presente e o futuro quer do Grupo de Santarém quer da família Salgueiro!

 

Diogo Sepúlveda

AS DECLARAÇÕES DE ANTÓNIO VACAS DE CARVALHO, SOBRE A ACTUAÇÃO DO GFA MONTEMOR A 29 DE MAIO EM ALMEIRIM

23.05.16 | António Lúcio / Barreira de Sombra

a vacas de carvalho.jpeg

Dia 29 de Maio de 1988, na praça de Toiros de Almeirim, João Salgueiro tirou a alternativa, numa corrida de 8 toiros que marcou a história da tauromaquia para sempre.

Passados exactamente 28 anos o seu filho João Salgueiro da Costa, vai também tirar a alternativa numa corrida também de 8 toiros, na mesma praça e no mesmo dia e mais uma vez história vai ser feita.

O Grupo de Montemor esteve presente nesta corrida á 28 anos, onde repartiu cartel com o grupo de Santarém. Esse dia não marcou apenas a história da família Salgueiro mas também a da família do Grupo de Montemor, pois foi uma tarde muito dura mas de enorme sucesso para o nosso Grupo, em que o Luis Neto fez uma das pegas mais duras de sempre que também marcou a nossa história, a um "Touraço"  seiscentão de Passanha Sobral á 4ª. Foram quatro enormes tentativas com um forcado do tamanho do mundo e um grupo a dar tudo o que é possível dar!

Passados 28 anos vamos estar presentes nesta corrida que marcará esta época 2016 e também a história do nosso Grupo e da tauromaquia. Vamos mais uma vez repartir cartel com o grupo de Santarém, como à 28 anos o fizemos.

Todas estas curiosidades dizem muito sobre a Família Salgueiro e também sobre os dois Grupos, e não tenho dúvidas que vai ser uma corrida marcante, que o Grupo de Montemor encara com uma responsabilidade enorme, tal como os elementos que estiveram em praça pelo nosso Grupo à 28 anos o fizeram!

 

António Vacas de Carvalho

MOITA: A TARDE FOI DOS FORCADOS

22.05.16 | António Lúcio / Barreira de Sombra

os 2 cabos.jpg

Tarde de despedida do cabo José Pedro Pires da Costa do comando do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita em grande ambiente e com enormes pegas de caras não apenas do José Pedro como do novo cabo José Maria Bettentcourt que deu o exemplo numa pega dura e difícil a suportar derrotes violentos do toiro e com a corrida a encerrar com chave de oiro por intermédio de Leonardo Mathias cum uma enorme pega de caras à primeira. 

Estes são alguns dos destaques da corrida, como o é também a estóica intervenção do bandarilheiro Gonçalo Veloso a ajudar o novo cabo do Aposento da Moita e que infelizemente o levou ao Hopsital.

Não perca, amanhã, a crónica completa e as fotos desta corrida.

troca cabos.jpg

 

OS TOIROS PARA HOJE NA MOITA: MÉDIA SUPERIOR A 500 KILOS

22.05.16 | António Lúcio / Barreira de Sombra

220516 - Moita.jpg

Já se encontram nos curros da Praça de Touros Daniel do Nascimento, na Moita, os touros da ganadaria de José Luis Vasconcellos e Souza d'Andrade, que vão ser lidados este domingo, 22 de Maio, na corrida onde José Pedro Pires da Costa passa a chefia dos Forcados do Aposento da Moita a José Maria Bettencourt.


Os astados acusaram na balança da praça uma média superior a 500 quilos.

N.º 8 - 510 quilos;

N.º 34 - 605 quilos;

N.º 21 - 505 quilos;

N.º 22 - 510 quilos;

N.º 24 - 560 quilos;

N.º 27 - 590 quilos.


Recorde-se que para os lidar vão estar em praça os cavaleiros, Luís Rouxinol, Sónia Matias, Filipe Gonçalves, Marcos Bastinhas, António d'Almeida e Mara Pimenta, com as pegas a cargo dos Forcados Amadores do Aposento da Moita, em solitário.

“CORRIDA-SURPRESA”: FORCADOS DE VILA FRANCA COM 6 “CANAS VIGOUROUX” NO CAMPO PEQUENO

20.05.16 | António Lúcio / Barreira de Sombra

GFAVilaFranca.jpg

A presença do Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca para pegar os 6 imponentes toiros da ganadaria Canas Vigouroux, constitui um dos aliciantes da “Corrida-Surpresa” de 16 de Junho, no Campo Pequeno.

 

O grupo comandado por Ricardo Castelo virá ao Campo Pequeno para pegar “em solitário” os seis toiros da prestigiada ganadaria Canas Vigouroux, facto que ocorre pela segunda vez no seu historial, depois de o ter feito em 1999, perante seis “Palhas”.

 

Ao longo de 84 anos de actividade, o Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca de Xira, construiu historial repleto de datas do maior significado para a história da arte de pegar toiros. Por diversas ocasiões, elementos do grupo integraram selecções de forcados que se exibiram em várias partes do mundo. O grupo, que pegou em 20 de Agosto de 1992 a corrida do centenário do Campo Pequeno e a 25 de Maio de 2006, integrada no ciclo da reinauguração, tem no seu palmarés, actuações em Espanha, de que se destaca a estreia em Las Ventas (Madrid), em 1986, em França e no México.

 

CANAS VIGOUROUX 8.jpg

A ganadaria Canas Vigouroux foi iniciada em 1992 com vacas e sementais de Cabral Ascensão, aumentada com um lote de vacas de Simão Malta, estas de origem Cunha e Carmo, levadas em separado. Procede da ganadaria de Cabral Ascensão, sendo o seu encaste actual Cabral Ascensão e Simão Malta. Pasta na Herdade de Emaús, na freguesia de Castanheira do Ribatejo.

 

Estreou-se a 15 de Setembro de 1979, na Moita do Ribatejo.

MOITA DO RIBATEJO: TEMPORADA ARRANCA ESTE DOMINGO

20.05.16 | António Lúcio / Barreira de Sombra

A Majestosa Praça de Touros Daniel do Nascimento, na Moita, abre no próximo domingo, 22 de Maio, a sua temporada, com a realização da tradicional corrida da Feira de Maio.


Esta corrida ficará marcada pela despedida das arenas de José Pedro Pires da Costa, cabo do Grupo de Forcados do Aposento da Moita, que cederá o seu lugar a José Maria Bettencourt.


A partir das 17 horas, vão fazer as cortesias os cavaleiros, Luís Rouxinol, Sónia Matias, Filipe Gonçalves, Marcos Bastinhas, António d'Almeida e Mara Pimenta.


Lidar-se-ão seis imponentes touros da ganadaria de José Luis Vasconcellos e Souza d'Andrade, que num acto de valentia e coragem serão pegados em solitário pelo Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita.

ABIÚL: 4 ESPECTÁCULOS NAS FESTAS DE AGOSTO

19.05.16 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

IMG_8620.JPG

A Feira Taurina de Abiúl será este ano composta por 4 espectáculos taurinos, com interesse geral e uma nova imagem e que foi ontem apresentada nessa aficionada localidade.

Os cartéis são os seguintes:

Sábado, 6 de Agosto: Rui Salvador, Andy Cartagena e João Moura Caetano. Grupos de Forcados Amadores de Chamusca e da Tertúlia Tauromáquica Terceirense. Toiros de Branco Núncio.

Domingo, 7 de Agosto: Luís Rouxinol, Filipe Gonçalves. Matador David Fandilla 'El Fandi'. Grupo de ForcadosAmadores de Alcochete. Toiros de António Charrua (lide a cavalo) e Paulo Caetano (lide a pé).

Domingo, 14 de Agosto: Rui Fernandes, Moura Júnior e João Ribeiro Telles. Grupos de Forcados Amadores de Lisboa e Coimbra.

Sexta-feira, 19 de Agosto: Marcos Bastinhas, Jacobo Botero e Luís Rouxinol Júnior. Grupo de ForcadosAmadores do Aposento do Barrete Verde e Alter do Chão. Toiros de Cunhal Patrício.

TAUROMAQUIA NORTE/SUL - EU TAMBÉM GOSTO MUITO DE ANIMAIS!

19.05.16 | António Lúcio / Barreira de Sombra

jandrade1.jpg

É verdade! Eu também gosto muito de animais. E reservo-me de não destacar neste meu gosto, o género humano. Sobre estes, animais, racionais, pois claro, colecciono uma série incontável de estórias, e histórias, de e com, quer como protagonista, autor, agente, sobressalente, e sobrevivente. Gosto mesmo muito de animais. Já os tive. Isto é, foi o seu dono e responsável. Eram uma coisa minha. Dos homens prezo e defendo a liberdade… como homem livre.

 

Já tive animais, mas nunca me passou pela cabeça obrigar os outros a gostar do que eu gosto. Uma questão de racionalidade, razoabilidade, convivência cívica, respeito, para ser respeitado, liberdade de escolha, responsabilidade social.

 

Já tive animais, repito, e nunca me passou pela cabeça, obrigar os outros a gostar ou desgostar, e muito menos a inventar pretextos para solicitar e receber subsídios, ou esmolas. A liberdade de escolha tem um preço, e por nunca é admissível que sejamos os demais a pagar. Nem sob a capa de piedosa ajuda, nem encapotado amparo.

 

Sejamos claros. Aquela ‘ajuda’, ‘oferecida’ pela Autarquia poveira, tendo como fundo um ‘amor pelos animais’, é um ataque cobarde uma atração e tradição com muitos anos na Póvoa do Mar, as corridas de toiros. É um filme mal contado. - Para quem tiver dúvidas, e independente de testemunhos locais, basta ler o que sobre este tema foi divulgado em comunicado por um empresário, tão ou mais responsável que muitos outros em diferentes áreas, que na cidade também ganham com a realização destas eventos. Por moda, preconceito, frustração, ou até cobardia, podem não gostar, ninguém os obriga, não intentem obrigar os outros. Como Poveiros, têm o dever de de respeitar a memória, a tradição, a cultura, e a liberdade de escolha de quem gosta. Podem tentar reescrever uma parte da história, mas não podem apaga-la toda. Há quem venda a alma, mas também há quem não tenha medo de viver o presente, respeitando o passado. A autarquia pode, e deve, ajudar quem entenda. O respeito pela gestão dos valores que lhe estão confiados, é uma prova de confiança na sua capacidade de administrar com responsabilidade. Quem pede sabe ao que vai. Quem dá, sabe o que quer em troca.

 

Mas eu gosto muito de animais. Já tive um cachorro. Ao obrigá-lo a viver, a penar, num apartamento sabia o que ele sofreria, por isso dei-o a um amigo. O mesmo aconteceu com os dois gatos que lhe sucederam. Apesar de ser um aficionado, estas foram duas experiências, dois breves momentos, o fim do deleite da minha boa consciência de animal racional, pensante. A natureza animal em liberdade é dura, é uma vida de luta e de lutas. Mas uma vida dos humanos não é também uma vida de luta(s)?

 

Mas eu gosto mesmo muito de animais. Tanto, que agora cultivo uma profunda e sólida relação com uma pequena colónia de formigas, uma lagartixa, uns quantos caracóis, e dois pares de andorinhas. É que ganho em viver frente a um campo. Ao visitá-los, naturalmente que sofro ao ouvir os gemidos, os latidos, os uivos de choro dos cachorros que povoam os andares e varandas dos meus vizinhos, e não só. É uma dor de alma, e também uma dor de ouvidos e de cabeça, perante tantos e tão pungentes latidos. Lamentos que incomodam, física e emocionalmente, mas isso deve ser um daqueles problemas que só acontecem aos que ‘não são amigos dos animais’. Os ‘amigos’, os que se arrogam o ‘direito’ de querem decidir o que é bom e mau, categoria essa onde não me situo, esses, basta terem o seu ego satisfeito. Não me enche o ego, mas satisfaz-me, ver como vivem felizes as formigas da pequena colónia, a lagartixa, os simpáticos caracóis, e o tais dois pares de adoráveis andorinhas.

 

Na Póvoa, já se foram os barcos, da sardinha, da pesca do alto, os lanchões. Fruto da modernização das pescas, dizem. Permaneceu como relíquia, em tempo de oportunidade político/eleitoral, aquela velha lancha, que jaz no meio da barra, em dias de festa, sozinha.   E como eu gosto de animais com raça, trapio, nobreza e bravura!

 

José Andrade

(in, MaisSemanário, 18 de Maio)