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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

3º JANTAR DE GALA DOS FORCADOS AMADORES DA TERTÚLIA TAUROMÁQUICA TERCEIRENSE

10.11.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Constituída a Comissão para a edificação do Monumento ao Forcado na Ilha Terceira

Decorreu no passado sábado, 7 de Novembro, em autentico ambiente de "passagem de ano", o 3º Jantar de Gala dos Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense. No salão de festas do Clube de Golfe da Ilha Terceira estiveram cerca de 320 pessoas.
De salientar a presença do Director Regional da Agricultura, em representação de S. Exa., o Presidente do Governo Regional, bem como do sr Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, assim como vários membros da direcção da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.
Nas palavras de boas vindas proferidas no início do Jantar, o cabo do GFATTT, Adalberto Belerique aproveitou para anunciar a constituição formal da comissão responsável pela edificação do Monumento ao Forcado, cujas propostas serão abertas no próximo dia 15 do corrente mês.
Após o jantar, a banda Spanish Soul, levou o ambiente ao rubro até praticamente o dia nascer. 

G. Forcados Amadores da TTauromáquica Terceirense.
Fotos de Adelina Fontes

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ANÁLISE Á TEMPORADA 2015 - OS GRANDES MOMENTOS DA TEMPORADA: AS GANADARIAS

09.11.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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O toiro é, será sempre, o elemento fulcral para o êxito ou o fracasso do toureiro Das suas condições de lide, da sua bravura, da capacidade que cada toureiro tenha para entender essas mesmas condições ou características, depende muito do êxito de cada corrida. O ganadeiro deve primar pela apresentação0, pelo trapio das suas reses e procurar que, pela selecção de pais e mães na sua ganadaria, escolher aqueles toiros ou novilhos cujo tipo melhor se adaptem ao tipo de espectáculo a que se destinam.

Em 2015 houve, nas corridas a que assisti, um conjunto notável de toiros e novilhos que proporcionaram grandes momentos de toureio.

Também por ordem cronológica das corridas a que assisti em 2015, aqui fica a lista dos toiros e novilhos que mais gostei de ver:

23 de Março, Santarém, 3º toiro, ganadaria Núncio

Com efeito, o toiro saído em terceiro lugar, com ferro e divisa de Branco Núncio, teve imensa qualidade nas suas investidas, codicioso, arrancando-se de todos os lados desde que provocado, com alegria, a carregar depois dos ferros. Foi bravo e com raça

 

12 de Abril, Salvaterra de Magos, 4º e 5º toiros, ganadaria Vale Sorraia

Passamos a vida a referir que o toiro é o elemento principal da corrida, se bem que nem sempre se cuide muito dele e se lhe dê a devida relevância e importância. Em Salvaterra ao toiro foi dada a importância merecida e da apresentação à qualidade patenteada pela generalidade dos toiros lidados bem merecida foi a chamada à arena do representante da ganadaria de Vale Sorraia após a lide do quinto e não teria sido demais ter sido chamado após a recolha do quarto da ordem, para nós o que maior emoção transmitiu nas suas encastadas investidas, com «guaza», a dar maior importância ao que o toureiro lhe fazia. Grande tarde de grandes toiros e de boas lides.

 

14 de Maio, Campo Pequeno, 1º e 5º toiro, ganadaria Grave

Os toiros de Murteira Grave, excepção feita ao segundo, estavam muito bem apresentados, alguns com muito trapio e apenas destoou em termos de qualidade o saído em segundo lugar. Primeiro e quinto foram bravos, de muita classe, nobreza e codícia e cumpriram os restantes. Justíssima a chamada á arena do ganadeiro após a recolha do quinto.

 

31 de Maio, Azambuja, curro da ganadaria Irmãos Dias

O curro de Irmãos Dias, díspar de tipo e presença, teve investidas de boa nota, com raça e codícia, mantendo sempre a elevado o nível de concentração de toureiros e de público e foi merecida a chamada dos ganadeiros á arena.

 

10 de Julho, Tomar, curro da ganadaria Santos Silva

(…) o excelente curro de novilhos de Santos Silva, dos Campos de Coimbra (Meãs do Campo) permitiu bons momentos e deu espectáculo pela codícia e nobreza da generalidade dos exemplares.

 

15 de Agosto, Caldas da Rainha, 1º, 2º, 3º e 4º, ganadaria David Ribeiro Telles

Os toiros de David Ribeiro Telles, com trapio (excepto o último), com pesos que oscilaram entre os 450 e os 560 kilos, tiveram nos quatro primeiros os melhores exemplares, com boas condições de lide e que justificavam a chamada à arena do ganadeiro, o que não sucedeu.

 

23 de Agosto, Toucinhos, 1º e 2º novilhos, ganadaria Falé Filipe

Dos 4 erales de Falé Filipe que se lidaram, primeiro e quarto foram de muito boa nota, repetidores nas investidas, que tiveram classe.

 

16 de Setembro, Moita, 4º novilho, ganadaria Falé Filipe

(…) um bom eral de Falé Filipe, com raça e investidas com classe.

18 de Setembro, Moita, curro da ganadaria António Silva

(…) toiros de António Silva que impuseram seriedade e respeito durante toda a corrida e onde era merecida a volta à arena do representante da ganadaria.

 

27 de Setembro, Caldas da Rainha, 2º toiro, ganadaria Torre de Onofre

Dos de Torre de Onofre, muita classe e nobreza para o que foi segundo da tarde (…)

Tal como referi nas outras escolhas, estes foram, dos cerca de 250 toiros e novilhos que vi lidar em 2015 os que ficaram na retina e nas crónicas das corridas. Se calhar houve outros melhores…

ANÁLISE Á TEMPORADA 2015 - OS GRANDES MOMENTOS DA TEMPORADA: OS FORCADOS

09.11.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Esta foi, sem margem para dúvidas, uma temporada de muitas e emotivas pegas de caras, algumas delas que se podem apelidar de colossais. Desde logo e pelo impacto que criaram, as de Marcelo Lóia e de António Goes, ambas brutais e tendo por cenário a praça de toiros do Campo Pequeno. Mas outras houve que merecem grande destaque, naquilo que foi a temporada do «Barreira de Sombra».

Por ordem cronológica das corridas a que assistimos, estas foram as 10 escolhidas:

Nuno Santana (Alcochete), Campo Pequeno, 9 de Abril

Nuno Santana, numa pega de enorme classe e valor, encerrou praça consumando ao primeiro intento.

 

António Faria (Vila Franca), Sobral M. Agraço, 25 de Abril

António Faria foi o forcado indicado pelo cabo dos Amadores de Vila Franca para pegar o terceiro da ordem. E fê-lo com enorme mérito em ambas as tentativas, provocando bem a investida do morlaco, recuando com classe e fechando-se à córnea com muita decisão nas duas tentativas, não concretizando à primeira apenas porque o grupo não foi tão coeso nas ajudas na fase final.

 

António Gama (Santarém), Santarém, 6 de Junho

Os dois últimos toiros e os dois últimos forcados proporcionaram-nos os melhores momentos no capítulo da forcadagem com duas soberbas pegas de caras, plenas de raça, por intermédio de Gonçalo Veloso (enorme) e António Gama na mais emotiva pega da tarde, ambos à primeira tentativa.

 

Manuel Ramalho (Montemor), Campo Pequeno, 18 de Junho

(…)houve pegas de caras de muito valor como a de Manuel Ramalho, enorme a suportar os derrotes e a consumar à primeira frente ao último da noite.

 

Marcelo Lóia (Aposento Barrete Verde de Alcochete), Campo Pequeno, 2 de Julho

Marcelo Lóia (Aposento do Barrete Verde de Alcochete) o grande triunfador, um verdadeiro herói num hino à mais genuína forma portuguesa de estra frente ao toiro: a pega de caras. Uma colossal pega de caras, com o forcado a mandar na investida do bruto, a recuar a e fechar-se á córnea com braços de ferro, suportando derrotes para cima, para baixo, e os mais violentos , os laterais, com que o toiro tentou ver-se livre dele. Mas o herói da noite, aquele que fez todo o público se levantar das bancadas e aplaudir freneticamente, não se largou e aguentou barbaridades em momentos que pareciam não ter fim. Um verdadeiro hino à pega de caras, um monumento vivo na arena da capital. Como não poderia deixar de ser, recebeu o troféu para a melhor pega.

 

Pedro Espinheira (Ribatejo), Campo Pequeno, 9 de Julho

(…)a pega da noite como já referido e que esteve a cargo do seu cabo Pedro Espinheira, muito bem a mandar e a recuar para se fechar com raça e aguentar fortes derrotes do toiro (618 kg) com o grupo a demorar a ajudar.

 

António Goes (Santarém), Campo Pequeno, 23 de Julho

(…)o momento da noite veio com a pega ao quinto da ordem, com 663 kilos, por intermédio de António Góis, uma pega brutal à 1ª pela forma como o toiro bateu por alto a tentar ver-se livre do forcado que, com uma determinação impressionante, arranjou forças para os aguentar, recuperar na cara do toiro umas quantas vezes até que o Grupo conseguiu parar o toiro. Foram momentos indescritíveis.

 

Vasco Félix da Costa (Caldas da Rainha), Caldas da Rainha, 15 de Agosto

Vasco Félix da Costa, outro dos triunfadores desta corrida, com uma enorme pega de caras à primeira, suportando violentos derrotes e com o grupo a ajudar bem.

 

André Laranjinha (Alenquer), Caldas da Rainha, 27 de Setembro

Destaque maior para a enorme pega de André Laranjinha no que encerrou praça

 

Nuno Santana (Alcochete), Campo Pequeno, 1 de Outubro

(…) uma à terceira por Nuno Santana, na pega da noite, sendo premiado com duas voltas à arena, uma delas em solitário

 

Como é óbvio, as escolhas podem nem sempre ter sido ou serem as melhores mas, em mais de 250 toiros que vi serem pegados, estas foram, na minha modesta opinião as mais destacadas.

AFICION EM PESO NA GOLEGÃ NA APRESENTAÇÃO, ONTEM, DO LIVRO SOBRE MANUEL DOS SANTOS

08.11.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Lotação esgotada na Quinta Guadalupe com mais de 200 presenças, muitos toureiros, ganadeiros, críticos, gente da festa brava e anónima, para a apresentação do livro "Manuel dos Santos - O Homem e o Toureiro", da autorida de seu filho Manuel Jorge Díez dos Santos e com chancela das Edições Castelão.

Uma cerimónia com bastos motivos de interesse e onde recolhemos alguns sons dos 4 oradores presentes, para além do autor e do editor, o Presidente da Câmara Municipal da Golegã Engº Rui Duarte e Vitor Escudero, os quais poderá escutar na nossa emissão especial do próximo dia 15 a partir das 21h.

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FERNANDO SILVA MARQUES CONTINUA A APODERAR JOAQUIM E MARCOS BASTINHAS

08.11.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Este é o teor da comunicação de Joaquim e Marcod Bastinhas quanto à manutenção do apoderado de ambos:

"Elvas 7 de Novembro 2015

Perante as noticias postas a circular nos últimos dias, sobre a mudança de apoderado dos cavaleiros Joaquim Bastinhas e Marcos Tenorio, os mesmos esclarecem o seguinte: o Fernando Silva Marques, tal como na passada temporada, continuará a ser meu apoderado, assim como do Marcos. Tudo o que se tem vindo a dizer, não passa de pura especulação. Face ao empenho, honestidade e trabalho desenvolvido pelo Fernando, não há qualquer tipo de razão para que deixe de trabalhar connosco. O Fernando é e continuará a ser apoderado dos toureiros da Casa Bastinhas.

 Com os melhores cumprimentos

Joaquim Bastinhas

Marcos Tenório"

ANÁLISE À TEMPORADA 2015 - OS GRANDES MOMENTOS DA TEMPORADA: TOUREIO A CAVALO

01.11.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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O toureio a cavalo está presente em mais de 90% dos espectáculos presenciados em 2015 pela nossa equipa e registaram-se alguns momentos que merecem ser recordados nesta nossa análise. Houve mais competição, com os mais novos a romperem em força, casos de João Moura Jr, Moura Caetano, Marcos Bastinhas, João Ribeiro Telles, só para dar alguns exemplos, e com estes toureiros a imporem-se claramente.

Começamos com o festival de Março em Santarém, onde assistimos a um bom triunfo de Marcos Bastinhas frente a um bravo toiro de Núncio.

Com efeito, o toiro saído em terceiro lugar, com ferro e divisa de Branco Núncio, teve imensa qualidade nas suas investidas, codicioso, arrancando-se de todos os lados desde que provocado, com alegria, a carregar depois dos ferros. Foi bravo e com raça e com ele se entendeu bem Marcos Bastinhas, com dois bons ferros compridos e um terceiro curto de excelente nota pela forma como entrou nos terrenos do toiro. Uma lide muito promissora em arranque de temporada.

 

João Moura Jr, na abertura da temporada lisboeta a 9 de Abril, mostrou firme vontade de se afirmar e encerrou com chave de ouro uma noite que até aí era algo fria:

João Moura Jr foi, sem margem para dúvidas, o grande triunfador da noite, nomeadamente pela forma como se entregou nas séries de curtos, não deixando contudo de estar bem na brega e na ferragem comprida. Em ambos os toiros, os de melhores condições da ganadaria de Pinto Barreiros, soube aproveitar a nobreza das investidas, colocando-se muitas vezes de largo para provocar as investidas e encurtando distâncias cravar bons ferros. Por três vezes em cada toiro fez o público levantar-se das bancadas e tributar-lhe fortes ovações o que atesta a qualidade das duas lides.

 

Em Vila Franca de Xira, a 10 de Maio, Duarte Pinto teve uma actuação de grande nível frente a um toiro de Veiga Teixeira:

Duarte Pinto teve uma grande actuação frente ao terceiro da ordem, iniciada com dois compridos de largo em tiras bem desenhadas, e uma série de cinco curtos em sortes muito bem executadas, aproveitando ao máximo as investidas do toiro e cravando com acerto.O público tributou-lhe fortes ovações.

 

Em termos de conjunto, quase brilhante, a corrida de 14 de Maio em Lisboa com os Telles a darem uma grande noite frente a bons toiros de Murteira Grave:

A corrida da Dinastia Telles fica marcada pelo regresso do toureio à portuguesa à catedral mundial do toureio a cavalo, pelos triunfos dos toureiros e do ganadeiro, num espectáculo que teve momentos extraordinários para aqueles que gostam do toureio de caras, a entrar nos terrenos dos toiros, a fazer vibrar o público nas bancadas e onde os toiros também foram, em grande parte. Cúmplices ideais para o bom toureio executado e que motivaram a justa chamada à arena do ganadeiro Joaquim Grave após a lide do quinto exemplar.

As sortes à tira, ou as de gaiola; os ferros de caras, a entrar nos terrenos do toiro, sem concessões, um toureio puro e duro como há muito se não via. As preparações e remates de muitas das sortes… Tudo conjugado com doses de bravura, nobreza, codícia, da generalidade dos toiros (o segundo destoou um pouco dos restantes), e o resultado só podia ser brilhante.

 

Na Moita, a 24 de Maio, novo triunfo de Marcos Bastinhas  na corrida comemorativa do 40º aniversário dos Forcados do Aposento da Moita:

Marcos Bastinhas foi o triunfador maior da tarde, com uma lide onde, na ferragem curta, fez aquecer ainda mais o público nas bancadas. Marcos cravou bem os dois compridos em sortes à tira bem executadas mas foi na ferragem curta que subiu a fasquia para um nível muito elevado, com sortes frontais e a atacar o toiro ao piton contrário que lhe valeram fortes ovações e o estatuto de triunfador. Foram momentos empolgantes nomeadamente nos três primeiros curtos em que pisou terrenos de muito compromisso, rematando com um par de bandarilhas.

 

Marcos Bastinhas que voltaria a triunfar, uma semana depois, e desta feita em Azambuja, a 31 de Maio, com uma boa primeira lide, premiada como a melhor da tarde:

Marcos Bastinhas esteve em plano de destaque frente ao seu primeiro que foi de boa nota. Recebeu bem e cravou dois compridos à tira. Com uma brega muito criteriosa, com muito sentido de lide, aproveitou bem a codícia do toiro e deixou 3 curtos de muito boa execução, com sortes bem desenhadas e cravando a preceito. No final, a cereja no topo do bolo foi o par de bandarilhas muito bem cravado e que lhe valeu o prémio de melhor lide.

 

Em Santarém, a 6 de Junho, destaque para Vítor Ribeiro na corrida comemorativa dos 100 anos do G.F.A.Santarém.

Em sexto lugar saiu um toiro de 530 kilos, castanho, que teve boas investidas muito bem aproveitadas por Vítor Ribeiro para assinar uma bela exibição nesta corrida. O seu segundo comprido foi muito bem executado. Com entrada ao pitón contrário deixou o seu primeiro curto de muito boa nota, assim como cravaria mais dois de muita classe e emoção, sob fortes aplausos.

 

E de novo Santarém, apenas 4 dias mais tarde, a 10 de Junho, triunfou, e com que classe, Duarte Pinto.

A segunda parte da corrida abriu com a lide de Duarte Pinto, todo um compêndio de toureio clássico, de verdade, procurando dar vantagens ao bom toiro que teve por diante e que, pela importância que lhe deu, o fez ir a mais durante a lide. Esteve bem com os compridos mas foi nos curtos que, francamente, impressionou. Deu distâncias, colocou-se de largo, avançou de forma pausada para os terrenos do toiro e cravou os ferros. Na fase final, mais em curto, provocou o toiro em dois ferros de muita exposição e que fizeram vibrar o público.

 

João Moura Caetano, no Montijo a 27 de Junho, obteve o prémio para a melhor lide depois de uma segunda actuação de grande nível.

Mas seria frente ao quarto da ordem, de Vinhas, um toiro que foi de mais a menos, que Moura Caetano teve o momento da noite, para recordar, um ferro em que deu primazia de investida ao toiro, que saiu com ímpeto para o cavalo, e aguentou até aos limites marcando na justa medida a sorte ao pitón contrário e cravando um fabuloso compridos, dos melhores que vi nos últimos tempos. A lide foi bem construída, baseada na boa brega e na colocação do toiro nos melhores terrenos para deixar três bons ferros e sagrar-se triunfador.

 

No dia 1 de Agosto, em Abiúl, assistimos ao triunfo de Filipe Gonçalves, frente a um toiro da ganadaria Passanha.

Mas foi no quinto da tarde que assinou o triunfo maior numa lide bem medida na série de curtos, com boa brega, boa eleição dos terrenos e bons ferros que fizeram levantar o público das bancadas. O quinto foi de muito boa execução entrando bem de frente tal como seria o par de bandarilhas a duas mãos com o toiro nos médios, rematando com um ferro em sorte de violino.

 

Ser profeta na sua própria terra não é fácil e Rui Salvador conseguiu esse triunfo em Tomar a 7 de Agosto frente a um bom toiro de Ascensão Vaz.

(…)Mas o momento ou os momentos altos da corrida estavam guardados para a lide do quinto da ordem, que cumpriu bem, codicioso, e frente ao qual esteve a um grande nível na cravagem em sortes frontais, por vezes pisando terrenos de maior compromisso, mais em curto ou mais de largo consoante os terrenos. Uma grande actuação de Rui Salvador.

 

Em Caldas da Rainha, a 15 de Agosto, duas lides soberbas de António Telles, daquelas para o registo histórico.

 As actuações de António Telles foram de enorme mérito, com classe, marcando a diferença pela forma como esteve na brega, a procurar constantemente os melhores terrenos, a encontrar as distâncias certas, a abordar os cites a deixar-se ver, provocando os toiros e deixando grandes ferros em que pisou os terrenos dos toiros para reuniões justas e ser aplaudido com força pelo público. Se no que abriu praça esteve francamente bem, quiçá no segundo tenho sido mais expressivo e isso sentiu-se na forma como lidou e cravou e como o público reagiu e se entregou à verdade do seu toureio frontal, sem concessões. Parabéns António pois foi um enorme gosto ter assistido a estes momentos de verdadeiro toureio a cavalo.

 

Luís Rouxinol venceu o troféu em disputa para melhor cavaleiro em Arruda dos Vinhos no dia 16 de Agosto, com um conjunto de duas interessantes lides.

O segundo da noite foi mansote e com ele esteve bem Luís Rouxinol numa lide em que deixou boa ferragem, com destaque para os três curtos, rematando com um de palmo a sesgo. No quinto da noite, o melhor de Pinto Barreiros, Rouxinol assinou uma boa lide, mexendo bem no toiro e a cravar bons ferros curtos, o segundo deles excelente pela forma como aguentou em tábuas a viagem do toiro. Foi um justo vencedor do troféu para o melhor cavaleiro em praça.

 

Na Feira da Moita do Ribatejo, e na corrida que mais interesse despertava em termos de toureio a cavalo, a de dia 17, os destaques foram a grande lição de toureio a cavalo no primeiro da noite e a cargo desse grande senhor que é Paulo Caetano, e a lide de Diego Ventura ao toiro que encerrou praça (sobrero).

A lide de Paulo Caetano ao bom primeiro toiro da corrida foi todo um compêndio de bem tourear a toda a sela. Souplesse nas ajudas às montadas, sem brusquidão, com serenidade, a levar o toiro empapado na garupa das montadas fosse nas preparações ou nos remates das sortes. Ferragem deixada com classe, de forma artística, procurando as entradas ao piton contrário. Remates primorosos que também fizeram com que o público reagisse, e bem, com fortes ovações.

Diego Ventura (…) lidou em último lugar o sobrero, cumpridor e de muita presença, e aí foi vê-lo sacar de todos os seus recursos lidadores e das suas montadas em momentos extraordinários de equitação e de preparação ou remate das sortes, sem que o toiro apertasse um pouco para dar emoção. Foram momentos em que alguns dos ferros fizeram o público levantar-se das bancadas e exigir mais ferros, deixados dois palmitos em sortes de violino, no registo de um grande triunfo.

LIVRO SOBRE MANUEL DOS SANTOS LANÇADO NA GOLEGÃ

01.11.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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No próximo sábado, dia 7 de Novembro, será lançado o livro "Manuel dos Santos: O Homem e o Toureiro", de que é autor Dr. Manuel Jorge Díez dos Santos (filho do matador que cumpriria este ano 90 anos) e editado pelas Edições Castelão.

 

A cerimónia terá lugar na Quinta Guadalupe, na Golegã, pelas 18h, e integra-se no programa da XL Feira Nacional do Cavalo.

TRIUNFADORES DA TEMPORADA DA TERTÚLIA TAUROMÁQUICA SOBRALENSE

01.11.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Triunfadores no Sobral:

Cavaleiro: Manuel Telles Bastos

Matador: Manuel Dias Gomes

Forcados: Amadores de Lisboa

Ganadaria: Torre de Onofre

 

Galardões Destaque Temporada 2015:

Ganadaria Murteira Grave

Forcados Amadores de Santarém

 

Menção Honrosa 2015:

Novilheiro João Martins

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