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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

Barreira de Sombra - Temporada de 2015 - 26ª. Crónica – 07/Outubro/2015

08.10.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Através da televisão, voltei a ter oportunidade de assistir, acompanhar, até em diferido, a Feira de Outono, que no passado domingo, terminou em Madrid.

Louvo a oportunidade que este conjunto de espectáculos proporciona a uns tantos novilheiros, e também à oportunidade que dá a uns tantos ganadeiros que, só deste modo, podem mostrar os seus produtos na Meca do toureio. Mas se louvo a oportunidade dada aos novos, aos mais novos, e se registo a possibilidade de alguns criadores de gado bravo poderem fazer constar nos seus portfólios uma passagem por Madrid, também mais uma vez, quero manifestar a minha indignação, pela falta de cuidado, para não dizer uma outra coisa mais dura e violenta, sobre o peso e a idade, daquilo que eles chamam novilhos, hastados, todos com quatro anos feitos, e alguns, até muito próximos dos cinco. Não, não é admissível que se ponha a vida, o sonho, a qualidade dos jovens novilheiros em jogo, dando-lhes uma oportunidade, que pode ser única e fatal, aliás como já mais de uma vez sucedeu. Haja respeito pela vida humana. E também respeito pela festa dos toiros.

Parece não existirem dúvidas que a arte de lidar toiros é um exercício temerário, arriscado, onde a vida é uma constante posta em causa. Lidar toiros é uma arte, e não um ritual, que tenha como clímax o sacrifício da vida humana!

Podem as circunstâncias obrigarem a que o artista, matador ou cavaleiro, como tal, e como ser humano, homem ou mulher, seja colocado em posição de não poder recusar o jogo, eximir-se ao confronto. E esse confronto, tendo a arena como palco e o toiro como oponente, pode ter como motivação incontornável, o dinheiro, a paixão, o gosto, ou a vergonha toureira. E, podendo ser cada uma das razões atrás invocadas, fruto destas circunstâncias, individual, em parte, ou todas juntas, isso não o transforma o acto de enfrentar um toiro, em sacrifício obrigatório da vida humana. E, se o artista, com a sua temeridade, valentia, coragem, joga a vida, isso, só por si, merece todo o respeito. Goste-se ou desgoste-se, concorde-se ou não.

Quem vai a uma praça de toiros, sabe que vai estar perante um espectáculo onde o drama está sempre presente. Onde a temeridade não pode, nem deve ser confundida com irresponsabilidade. Onde a valentia, coragem e ousadia, são para serem servidas em doses certas, nos momentos certos, como os condimentos que nos cozinhados fazem sobressair o essencial do prato a degustar. A ida aos toiros é uma festa, não um velório. Ainda que nos velórios modernos, muitos só compareçam para se mostrarem, e façam das cerimónias fúnebres uma passerelle de vaidades.

Como somos dos que gostam da vida, aqui fica o nosso registo de uma Feira de Outono que rondou em muitos momentos a colhida fatal, a morte. Que o diga Paco Ureña, a quem tocou lidar o último toiro.

Por hoje é tudo.

Do Norte com um abraço, 

José Andrade

OS PESOS DOS MIURAS E PALHAS PARA ESTA NOITE EM VILA FRANCA

06.10.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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 Nos currais da centenária Palha Blanco já estão os seis toiros a lidar esta noite. 

 
Os toiros de Miura têm os seguintes números e pesos:
 
Nº 67 - 550 Kgs
Nº 8   - 600 Kgs
Nº 21 - 525 Kgs
 
E os toiros da ganadaria Palha:
 
Nº 234 - 580 Kgs
Nº 336 - 610 Kgs
Nº 371 - 510 Kgs

Vila Franca - opinião ganadeira MIURA: “Es para nosotros una responsabilidad lidiar nuevamente en VFX por su entendida afición y respeto al TORO”

05.10.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

“Es para nosotros una responsabilidad lidiar nuevamente en esa Plaza (VFX) por su entendida afición y respeto al TORO.

 

Los toros elegidos tienen las características de la ganaderia y nos están esperando que se corresponde con todo el entusiasmo, la emócion  y la seriedad que les habitual. Buscamos tener toros que son nobles, otros con más fiereza, con más impulso ….

 

Esperemos que los toros que van den el espectáculo deseado y nos dejen las puertas abiertas para poder volver a esa Plaza.”

 

Eduardo e D. António MIURA

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MONTIJO, CADA COR SEU PALADAR

04.10.15 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Praça de Toiros do Montijo – 03.10.15 – Corrida de Toiros

Director: Pedro Reinhardt - Veterinário: Carlos Santos – Lotação: ½ casa

Cavaleiros: Vítor Gonçalves, Gilberto Filipe, Alvarito Bronze, António D’Almeida, Parreirita Cigano, Mara Pimenta

Forcados: Montijo, ABV Alcochete e Beja

Ganadaria: Ascensão Vaz

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A praça de toiros do Montijo viveu o seu último espectáculo da temporada 2015 e em face do anunciado confronto entre Vítor Gonçalves e Alvarito Bronze, esperava-se maior adesão popular até porque toureava outro montijense que tem vindo a dar cartas (Gilberto Filipe) os restantes toureiros prometiam diversidade e entrega. Por isso intitulei esta crónica de «cada cor seu paladar» pois foi, de certa forma isso que aconteceu: seis toureiros, seis estilos, seis lides diferentes, mantendo sempre o interesse do público.

Abriu praça o veterano Vítor Gonçalves, a cumprir 25 anos de alternativa, com uma lide agradável e com alguns bons ferros, agradando ao público e, via-se no seu semblante, a dar-lhe grande gozo.

Gilberto Filipe aqueceu o ambiente nas bancadas com a ferragem curta, a rematar uma temporada muito interessante.

Alvarito Bronze, igual a si próprio. Uma actuação que teve de tudo e que foi aplaudida pelos seus prosélitos.

António D’Almeida teve uma actuação de menos a mais, com destaque para um curto de muito boa nota em sorte frontal.

Parreirita Cigano voltou a mostrar o seu valor ante um toiro muito reservado e sem reagir aos ferros.

Mara Pimenta teve, quiçá, a melhor das actuações que lhe vi e, em dia de aniversário, esteve francamente bem.

Três Grupos de Forcados se perfilaram nas cortesias e concretizaram, de caras, as seis pegas da tarde. Pelos Amadores do Montijo abriu praça Ricardo Parracho que apenas à 4 ª e com ajudas carregadas conseguiu fechar-se, enquanto José Pedro Suiças fechou-se à 2ª no quarto da tarde. Pelos do ABV Alcochete foram caras Diogo Amaro numa boa cara à 1ª, tal como César Nunes: e Por Beja foram caras Moisés Moura que consumou à 3º e Bento Quadros e Costa que fechou com chave de oiro à primeira.

Os toiros de Ascensão Vaz, de justa apresentação, tiveram no quinto da ordem o pior do curro.

Direcção acertada de Pedro Reinhardt assessorado pelo veterinário Carlos Santos.

António Lúcio