A apresentação  da feira taurina de Outubro em Vila Franca decorrerá no Celeiro da Patriarcal (gentilmente cedido para o efeito pela CMVFX), Rua Luis de Camões nº 130 Vila Franca de Xira, local onde decorre a exposição dedicada aos 60 anos de carreira de Mário Coelho, sendo que a mesma terá início às 18h30 do próximo dia 25 de Setembro 6ª feira.

Além de haver uma apresentação detalhada da feira e dos vídeos promocionais das corridas, serão nesse dia apresentadas imagens dos toiros a ser lidados na Feira de Outubro, deixando antever a seriedade dos mesmos.

Foto de Francisco Romeiras: Toiro Palha para dia 6

Francisco Parreira é um dos mais jovens cavaleiros praticantes. Realizou a sua prova de praticante em Maio deste ano, na novilhada da feira da Ascensão, na Chamusca. Apresentou-se em público como amador, no Montijo, em Fevereiro de 2013.

Tem como grandes referências do toureio a cavalo António Ribeiro Telles e Joao Salgueiro.

“O meu estilo baseia-se nos clássicos, embora procure dar-lhe uma interpretação própria, pessoal”, assim define Francisco Parreira o seu estilo enquanto cavaleiro tauromáquico.

Encarando a sua apresentação na próxima quinta-feira, no Campo Pequeno, como “um enorme desafio, pois o sonho de qualquer toureiro é pisar a arena da primeira praça do país, mas no meu caso a responsabilidade ainda é maior, pois sou cavaleiro e o Campo Pequeno é, justamente, considerada a Catedral Mundial do Toureio a Cavalo”.

“Vou lá para triunfar!”, conclui o jovem cavaleiro que, nessa noite alternará com “Parreirita Cigano”, outro jovem valor a despontar no panorama tauromáquico português.

Em recentes declarações à revista Flash, “Parreirita Cigano”, disse, a propósito da novilhada de quinta-feira: “Gostava de fechar a temporada com chave de ouro. Chegar ao Campo Pequeno e ‘armar um taco’, chagar lá e por aquilo tudo doido”.

Vem com a ambição de triunfar e promete dar o máximo, embora remeta para o toiro a necessidade de colaborar no desejo do artista. “Ser toureiro significa dar o máximo, mas só quando o toiro sair é que sabemos”, conclui.

A sua ambição é “alcançar o máximo e ser como o Pablo Hermoso, o Diego Ventura ou como foi o senhor Manuel Jorge de Oliveira”, cavaleiro que tem sido determinante na sua evolução artística.

A novilhada de quinta-feira no Campo Pequeno conta ainda com a participação do Grupo de Forcados amadores do Redondo, que comemoram 15 anos de actividade, e dos novilheiros portugueses Diogo Peseiro, aluno da Academia de Toureio do Campo Pequeno, triunfador em Portugal e João Silva “Juanito”, que esta temporada vem triunfando em Espanha.

Diogo Peseiro registou esta temporada importantes triunfos na Figueira da Foz, Arruda dos Vinhos e Aldeia da Ponte. Na Figueira da Foz, alternou, pela primeira vez com um matador de toiros, o espanhol Sanchez Vara, tendo completado o cartel os cavaleiros Luis Rouxinol e João Moura Júnior. “Foi a minha actuação mais marcante desta temporada, durante a qual estive sempre incluído em carteis de grande qualidade”.

“O compromisso de quinta-feira, no Campo Pequeno, é da máxima responsabilidade. Vou disposto a redondear as duas lides, assim os novilhos me ajudem, pois eu estou mentalizado para dar o meu melhor”, refere Diogo Peseiro:

“Juanito”, aluno da Escola de Toureio de Badajoz, leva cerca de 30 novilhadas sem picadores toureadas esta temporada, em Espanha, com um balanço de 39 orelhas e 3 rabos cortados e o indulto de um novilho da ganadaria portuguesa de Murteira Grave. Lidado em Villa Nueva del Fresno.

“É para mim cumprir um sonho”, diz-nos “Juanito”, a propósito da sua presença nesta novilhada, acrescentando encará-la com a mesma responsabilidade com que encarou as suas duas actuações em Sevilha, esta temporada.

“A estreia no Campo Pequeno é um dia especial para mim. Vou lá para triunfar, pois quero ser figura do toureio”, acrescentou.

Lidam-se novilhos das ganadarias Passanha, Maria Guiomar Cortes Moura, David Ribeiro Telles, Varela Crujo, Murteira Grave e Canas Vigouroux.

 A tradicional Corrida da Feira Nova em Alcácer do Sal contará este ano com um cartel diferenciador, numa verdadeira guerra dos sexos na arena da praça de toiros João Branco Núncio.

Em mais uma edição dos galardões João Branco Núncio (melhor atuação de cavaleiro) e José Maria Cortes (melhor grupo em praça) atuam no próximo dia 4 de Outubro pelas 17:00 horas, os cavaleiros Sónia Matias, Ana Batista, Paulo Jorge Santos, Marcelo Mendes, Luis Rouxinol Jr e Mara Pimenta, estando as pegas a cargo dos forcados amadores de Montemor e Évora.

A corrida ficará igualmente marcada pelo regresso à arena de Alcácer da tradicional corrida Concurso de Ganadarias, com a presença das  divisas de Camarate, Prudêncio, Pinto Barreiros, Herds Conde Cabral, Charrua e Falé Filipe que disputam entre si os troféus apresentação e bravura.

Terminada que foi a Feira Taurina da Moita, a Sociedade Moitense de Tauromaquia atribuiu os seguintes prémios:

• Melhor Lide a Cavalo -  Diego Ventura (5º toiro)
• Melhor Faena -  Juan José Padilla (5º toiro)
• Melhor Toiro - Nº 187, de Falé Filipe (6º lugar)
• Melhor Pega -  José Maria Bettencourt (Aposento da MOita)
• Melhor Bandarilheiro - Joaquim Oliveira
• Melhor Brega - Duarte Alegrete

Foram atribuídas também, 3 Menções Honrosas:

• Paulo Caetano, pelos seus 35 anos de alternativa e pela sua actuação na Feira deste ano
• Sérgio Gonçalves, Escola de Toureio da Moita, pela sua prestação na novilhada
• Ganadaria António Silva pela apresentação e jogo que o curro trazido à Moita deu

Praça de Toiros de Sobral de Monte Agraço – 20.09.15 – Corrida Mista

Director: Tiago Tavares – Veterinário: Jorge Moreira da Silva – Lotação: ½ casa forte

Cavaleiros: António Telles, Manuel Telles Bastos

Forcados: Amadores de Lisboa

Espadas: Manuel Dias Gomes, João Augusto Moura

Ganadarias: Prudêncio (1º, 4º, 7º), Torre de Onofre (2º, 3º, 5º, 6º)

GRANDE FAENA DE MANUEL DIAS GOMES, TRIUNFADOR MAIOR EM SOBRAL DE MONTE AGRAÇO

A praça de toiros de Sobral torna-se um talismã para Manuel Dias Gomes pois mais uma vez triunfou, forte diga-se em abono da verdade, no regresso do toureio a pé à corrida forte das Festas e Feira de Verão, realizada numa tarde de sol e calor já que na semana anterior a chuva havia levado ao seu adiamento.

Manuel Dias Gomes esteve excelente no manejo do capote no seu primeiro toiro, recebido por verónicas bem desenhadas a que se seguiram umas quantas chicuelinas e um quite por “lopecinas”. A faena de muleta foi de excelente qualidade, muito templada, com variedade e bom gosto, e muletazos largos e profundos, daqueles que fazer brotar os olés das gargantas. Houve derechazos e naturais que deixaram marca, pela forma como foram executados e, acima de tudo pelo perfeito acoplamento entre toureiro e toiro. Foram momentos para mais tarde recordar. E a sua segunda actuação, ainda que sem conseguir o tão elevado nível da primeira, também teve momentos para recordar, como os bons naturais em que enganchou bem as investidas e as conduziu de forma bem larga, muito templada. Uma boa actuação que os aficionados premiaram com fortes ovações.

João Augusto Moura recebeu á verónica o terceiro toiro da Tarde. A sua faena de muleta teve bons pormenores, muito temple para levar a bom porto as tandas de derechazos e de naturais, alguns de fino traço e qualidade acima da média. Foi uma actuação de boa nota onde a falta de força do toiro não permitiu mais altos voos. No que foi sexto voltou a lancear à verónica e esteve muito bem no toureio ao natural. A faena foi demasiado longa.

Abriu praça Manuel Telles Bastos com uma actuação de muito bom nível, mexendo bem no toiro e procurando os melhores terrenos. Três bons compridos foram o prólogo para uma série de cinco curtos em que houve bons momentos, sortes bem desenhadas e ferros bem cravados.

António Telles, que actuara em Coruche, lidou o quarto da tarde, um manso complicado, com algumas arrancadas intempestivas e que cedo se fechou em tábuas. Actuação esforçada com a ferragem curta deixada na sua maioria a sesgo, e dois curtos em sortes frontais quando conseguiu que o toiro se fixasse nos tércios.

A lide a duo que encerrou esta corrida foi prejudicada pela fraca qualidade (mansidão) do toiro. António e Manuel entenderam-se bem e deixaram a ferragem da ordem a contento do público.

Os Forcados Amadores de Lisboa foram os encarregados de pegar os três toiros, com os forcados Pedro Gil muito bem à primeira, Duarte Mira à 4ª a sesgo e com ajudas carregadas e Daniel Batalha a encerrar a corrida com uma pega de caras à 2ª tentativa. O grupo mostrou grande coesão nas ajudas, essencial para levar de vencida as investidas dos três toiros.

Para o toureio a cavalo lidaram-se toiros de Prudêncio, a cumprir o primeiro que saiu com pata e se foi apagando no decurso da lide e mansos e complicados os restantes dois. No toureio a pé lidaram-se quatro toiros de Torre de Onofre, de muita nobreza e suavidade mas padecendo de uma terrível falta de força.

Boa direcção de corrida, com muito critério, de Tiago Tavares, assessorado pelo veterinário Jorge Moreira da Silva.

António Lúcio