SAMORA - AINDA É O QUE ERA...! POR: SOLANGE PINTO (WWW.TOUROEOURO.COM)
Samora Correia não tem praça de touros, mas tem afición e tem sobretudo, o poder de congregar as gentes amantes da Festa Brava. Nem mesmo o desconforto de um tauródromo portátil, parece desmotivar o público que anualmente ali acorre, juntando no caso do festejo de hoje à noite, a moldura humana mais que suficiente para que se possa dizer que a 'casa' estava cheia. A tal facto atribuem-se também, altíssimas responsabilidades dos organizadores do evento integrado nas Festas em Honra de Nossa Senhora de Guadalupe. Armando Jorge Teixeira e Rafael Vilhais, são mais que 'velhos conhecidos' de Samora e destas organizações, pelo que tinham na mão, mesmo em tempos difíceis, a importante chave da 'experiência'. Pois bem, a seriedade é ainda um posto e um valor que vai escasseando... Assim sendo, triunfadores da noite, a dupla de empresários que em todo o momento, quiseram mostrar que 'Samora ainda é o que era'...
Desafortunadamente, o espectáculo não resultou formidável nem tão pouco altamente recordatório. Pese embora a nota '10' que o curro da Casa Prudêncio tinha em apresentação, o mesmo não se pode dizer da colaboração. Na sua maioria acabaram por se deixar, embora na sua maioria, mal intencionados e com pouca oferta de lucimento.
Abru praça António Telles, levando por diante duas actuações que decorreram em tom crescente. Se na primeira apenas a parte final foi mais 'apetecível', na segunda houve mais que contar. António de tudo fez para amenizar algumas brusquidões, chegando a deixar ferros de nota agradável.
Francisco Palha foi autor de uma primeira prestação recheada de intermitências. O astado com que se enfrentou não deu tréguas, sendo que as 'coisas' não resultariam harmoniosas. No segundo, a sua prestação foi pautada pelo mérito e pela forma centrada com que abordou a 'papeleta' Houve ferros francamente bons, numa versão 'Palha' que agradou ao jurado.
Tomás Pinto, ao contrário dos seus alternantes, viu na sua primeira exibição, a sua mais feliz passagem pela arena 'improvisada' de Samora. Actuação limpa, coerente, com brega e ferros de nota alta. No segundo e com a montada dos curtos a não querer colaborar, apenas cumpriu com regularidade.
No sector das jaquetas de ramagens, houve emoção e pegas duras. Os forcados das formações do Ribatejo e Alcochete, tiveram de puxar pelos galões, para que as concretizações resultassem positivas. Assim foi. Apenas a terceira pega da ordem de lide 'exigiu quatro tentativas, sendo que as restantes foram consumadas ao primeiro intento. Por esta ordem, sairam na linha da frente, os forcados: André Martins, Pedro Viegas, Joaquim Consolado, João Machacaz, João Guerreiro e Diogo Timóteo.
Antes do início da corrida, foi rendida sentida homenagem póstuma a Sérgio Perilhão.
Drigiu o festejo, com acerto, o Delegado Teécnico Tauromáquico, Tiago Tavares.
Solange Pinto – www.touroeouro.com
Fotos de João Dinis – www.touroeouro.com