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Manuel Jesus El Cid trouxe um perfume de belas essências para o primeiro espectáculo da temporada 2015 em Portugal, encontrando-se a gosto no toureio essencial de capote à verónica, mas entregando-se ainda mais na bela faena de muleta com que presenteou todos os aficionados que enchiam as bancadas da praça “Libânio Esquível” em Mourão. Os muletazos por ambos os pitóns proporcionaram alguns momentos de rara beleza, com grande profundidade, largos muitos deles e onde soube como poucos embeber a investida de um novilho, comos os restantes de Murteira Grave, que não era fácil apesar do seu excelente recorrido. Foi uma faena de muita classe e fortemente aplaudida.
Manuel Escribano não teve sorte no sorteio e como tal, com um novilho de escassas forças, cumpriu no toureio de capote à verónica e com duas chicuelinas boas enquanto que a faena de muleta só a espaços teve sabor em meia dúzia de muletazos correndo bem a mão, a meia altura, aguentando as nobres investidas do novilho.
Lama de Gongora também precisava que o seu novilho tivesse um pouco mais de força para poder brilhar na muleta já que de capote pouco mais do que tentar fixar o morlaco fez. Na muleta, com altos e baixos, deixou constância da sua classe nuns quantos passes por ambos os pitóns mas o êxito era impossível.
O jovem novilheiro luso João Silva “Juanito”, pareceu-nos demasiado pressionado pelo êxitod ano anterior e, apesar da sua decisão, não conseguiu o triunfo que certamente ambicionava. A sua atitude foi de novilheiro, com raça, entregue na tentativa de sacar bons muletazos e nem sempre o novilho ajudou. Aqui e além houve momentos de boa nota e registe-se que agradou pela sua entrega.
No toureio a cavalo abriu praça Luis Rouxinol que teve uma lide a cumprir, com alguns bons momentos de brega e alguns bons ferros curtos, numa exibição de início de temporada que mostrou que continua em forma e frente a um novilho que serviu apesar de mansote.
Rouxinol Jr também teve uma interessante actuação, nomeadamente na série de curtos em que teve de pisar mais os terrenos do tardo novilho que lhe tocou.
Os Forcados Amadores de São Manços consumaram as duas pegas de cara por intermédio de José Quintas e Pedro Galhardo, ambos á primeira tentativa.
O festival foi dirigido a meias por Agostinho Borges e Marco Gomes (em estágio), assessorados pelo veterinário Matias Guilherme. Como nota a destoar, a falta de atenção do responsável da Banda de Música pelas indicações do Director de corrida.
