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Este é um espaço de comentário, e opinião, de quem gosta de tauromaquia, e da tauromaquia. Um espaço que semanalmente pode acompanhar no barreiradesombra.blogspot.sapo.pt, e ouvir na www.FeelFm.pt.
No passado fim de semana, fomos dos que estivemos em Viana do Castelo. E do que vimos e fotografamos em Viana do Castelo, como é habitual, podem apreciar no barreiradesombra.blogspot.sapo.pt, ou ainda no Jornal Olé.
Fomos dos estiveram em Viana do Castelo, e fomos dos que não se intimidam com os que não gostam dos toiros, da festa dos toiros, das touradas.
Se somos dos que lutaram para que neste país, à beira mar espraiado, em tempos difíceis, os que não gostam do que eu gosto, pudessem ter a Liberdade de escolher o que gostam, ou desgostam, não era agora, porque meia dúzia de energúmenos se juntavam a mais uns outros tantos frustrados, e resolviam usar e abusar da Liberdade, que isso me intimidaria. Liberdade não é Libertinagem. Se não sabem a diferença, ainda estou em condições de os ensinar. A bem, ou mal. Sim, a mal. Porque como dizem na minha terra: - quem dá o pão, dá a educação!
Por isso, por tudo isso, por isso mesmo, pela possibilidade de poderem escolher, pela Liberdade de poderem optar, tenho pena da figura que fazem aqueles rapazes e cachopas que se dedicam a ganhar uns cobres, participando no que dizem, 'manifestações em defesa dos animais'.
Coitados. Tenho mesmo muita pena. Porque também eles estão a sofrer a inclemência da 'crise'. Ou das crises, que se vão derramando como um cancro, por toda a civilização, dita ocidental, moderna, industrializada. Mas como no cancro, por vezes, a providência também troca a voltas ao mais seguro e conciso diagnóstico. E o que era uma profunda manifestação oncológica, afinal, não passa de um simples congestão de alguns tecidos num corpo, por sinal, o esqueleto de um individuo, que até tem possibilidades financeiras, e por isso mesmo, sofre e é vitima. Uma coisa entre o otário e o hipocondríaco, em roda livre. Parece que é isso que está a acontecer entre os ditos 'amigos dos animais'.
Como dizia o palhaço, sem Euros não há riso. Como parece foram reduzidos os Euros disponíveis para pagar o 'trabalho dos manifestantes', a tal motivação que dava para sacrificar uma tarde em gritaria e berros, motiva cada vez menos 'operações mediáticas de ataque' e, o que é mais triste, são cada vez menos os 'amigos' disponíveis. Em Viana, por cada um, coitados, eram uns quatorze ali presentes, haviam quatro Polícias, mais uns quantos cães e, coisa interessante, mais do dobro de moradores e habitantes locais, que com grande indignação, os convidavam a irem fazer 'aquelas porcarias' para as 'suas terras', a sua rua. Mais desmotivador, não é possível. - Poucos, a trabalhar de borla, voluntários à força... e insultados.
Mas se do lado dos 'amigos dos animais' a coisa estava má, do lado dos políticos, dos ditos representantes do povo, a coisa não estava melhor. De derrota em derrota, de enxovalho em enxovalho, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, já vai na terceira oportunidade perdida de ganhar juízo. De entender o simples. E, como diria uma pessoa sensata, de bom senso, 'está bem que se seja burro... mas já é burrice a mais'. Felizmente para o senhor Costa de Viana do Castelo, em questão de nepotismo, sacanice e vingança, ele não está só. Na Colômbia, em Bogotá, o tal senhor Gustavo Petro, presidente da Câmara local, também viu a Justiça, os Tribunais darem razão aos novilheiros que em greve de fome, lutavam contra o seu autoritarismo.
O senhor Petro, como o senhor Costa, de Viana do Castelo, ao imbuirem-se de que seriam eles os redentores da 'luminosa humanidade' que preserva a Tradição e a Cultura, coisa antiga, velha e antiquada, querendo serem eles os salvadores dos que gostam da Festa dos Toiros, da tourada, proibindo-a, erraram na análise, falharam no alvo, demonstraram quanto são pequenos ditadores. Eleitos pelo povo? Claro! Hitler, como tantos outros, também foram ditadores, eleitos. Só que não ousaram proibir tanto, foram tão longe na proibição dos usos e costumes, na Cultura e na Tradição.
O senhor Costa, como o senhor Petro, iluminados, proibindo as touradas, a Festa dos Toiros, como primeiro passo e exemplo para a estarem a par da 'modernidade', dos tempos novos, das coisas novas, falharam. E como por cá a falha autoritária, ditatorial, vingativa, já vai na terceira derrota, é tempo de se passar a exigir ao promotor destes abusos falhados, responsabilidades. A bem do bom uso da Lei, da Liberdade.
Fomos a Viana do Castelo... esperamos poder lá voltar para ver a Tourada da Liberdade em 2015.
Por hoje é tudo. Até para a semana. Até lá, do Norte, com um abraço
José Andrade