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Como aqui havíamos destacado na parte final desta nossa conversa, passada semana, lá estivemos na praça de touros da Póvoa de Varzim. Do que vi, registei e fotografei, podem os ouvintes ler e fazer a sua opinião, acedendo e lendo o barreiradesombra.blogspot.sapo.pt, ou ao Jornal Olé.
Mas, mas como em tudo, também nestas coisas de toiros, tauromaquia, também existem mas. E o mas, o mas aqui, está entre o que se conta, o que gostamos e não gostamos, coisa que, repetimos, vamos poupar os ouvintes ao suplício de ter de ouvir o que já então escrevi sobre a 18ª. Corrida Tv/Norte, mas, dizia, mas algumas coisas interessantes, que ficaram por dizer, e que por justiça e analise, queria aqui salientar. Só mais um ponto prévio:- apesar de ter assistido ao vivo à 18ª. Corrida Tv/Norte, voltei a revê-la na gravação que ainda está disponível nos canais dos operadores NÓS e MEO. Devia isso à minha curiosidade na avaliação que estes meios agora nos proporcionam, sopesando entre o que na praça se passa, o ambiente, e o modo como isso acaba sendo transmitido ao público que assiste pela televisão. E, apesar da impecável, rigorosa e dinâmica, realização do Manuel Rosa Pires, pois foi ele o responsável pela transmissão televisiva, ainda assim não foi possível oferecer ao telespectador, o ambiente de festa e entrega que o público nas bancadas viveu e distribuiu com generoso e caloroso carinho aos artistas. Apelidei, no que sobre esta 18ª. corrida Tv/Norte escrevi, que a soma de tudo e de todos, foi um 'Hino à Alegria'. Bem! Pois, após o visionamento que aqui agora refiro, esse calor, esse entusiasmo, ficou-se muito aquém da realidade.
Sabemos que ainda não existem meios, mesmo a televisão, que permitam tal transmissão de manifestações de sentimentos, coisa que também nem a palavra escrita, ou o som ambiente, consegue superar. Mas o calor humano, o entusiasmo ali vivido, a entrega dos aficionados, ou não, do Norte, foram, são uma manifestação, um dos factores que deixa qualquer artista desvanecido, incapaz de por vezes, raciocinar com lógica, com a serenidade exigível. Portanto, esta a primeira constatação que queria destacar. O calor e o entusiasmo dos que assistiram ao vivo, foi um 'hino à alegria', com os artistas a fazerem parte do coro. Depois, também, uma referência para a boa música oferecida pela Banda do Samouco. Diversa e diversificada, a sua participação foi um concerto com acerto e muito aplaudido. A Banda do Samouco soube oferecer aos aficionados do Norte boa música, bem tocada, envolvente, e os aficionados, público, porque assim o entendeu, pediu essa musicalidade das suas interpretações como prémio para os artistas. Aliás, também assim o entendeu o senhor Francisco Calado, que com critério, dirigiu a corrida. Uma direcção de corrida feita com serenidade, acerto, muito oportuno na concessão de música, na avaliação do desenrolar das lides, um lavor em que foi apoiado pelo dr. José Luís Cruz, assessor técnico/veterinário. Com directores de corrida assim, serenos, sensatos, seguros e discretos, até parece que tudo corre pelo melhor, mesmo quando existem imprevistos para resolver. Ficam os artistas menos tensos, o público mais disponível, a função mais facilitada e, sobretudo, mais dignificada. Afinal a tourada e uma Festa, é a Festa dos Toiros.
Estas são algumas das 'pequenas' coisas que destacaria neste espaço, e que por escrito não referi, sobre a 18ª. Corrida Tv/Norte, da passada sexta-feira, na Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim, que tem já anunciadas mais duas corridas de toiros para o próximo mês de Agosto. No dia 9, um Sábado, pelas 22 horas, o cartel é composto por seis cavaleiros, Joaquim Bastinhas, Rui salvador, Marcos Bastinhas, Sónia Matias, Duarte Pinto e o praticante, Rui Guerra. Para pegarem os seis toiros da ganadaria de S. Martinho, estarão em praça, três Grupos de Forcados, o de Montijo, capitaneados por Ricardo Figueiredo, o de Salvaterra, dirigidos por Nelson Soares, e o de Coimbra, liderados por Luís Pires dos Santos. Este o cartel para o dia 9 de Agosto, mas no Domingo, dia 17, a praça de toiros da Póvoa de Varzim, vai voltar a ser o local para a alternativa de mais um cavaleiro. Um cavaleiro do Norte, o primeiro a ter alternativa, José Carlos Portugal. José Carlos Portugal, que terá com padrinho nesta cerimónia de alternativa, Joaquim Bastinhas. Com o cartel ainda por fechar, fica para constar da agenda dos aficionados, a data, 17 de Agosto, o local, a Praça de Touros da Póvoa de Varzim, e os dois principais protagonistas e a cerimónia, alternativa de José Carlos Portugal, com Joaquim Bastinhas como padrinho.
E, sem que desse-mos por isso, o tempo foi passando, foi correndo, e já estamos no fim do mês de Julho, isto é, com meia temporada quase passada, ou ultrapassada. Meia temporada passada, um Novo Regulamento a cerca de 12 dias de trazer novas regras para serem aplicadas, e uns tantos daqueles problemas que se arrastam, que careciam de um jeito especial de solução. Por exemplo, a forma incompreensível como se montam corridas. Sabemos que negócios são coisa para uns quantos, mas, mesmo na gestão de negócios, quem está por fora, tocando guitarra, como diz aqui pelos meus lados, vai ficando perplexo com o desbaratar das oportunidades, a condução 'original', para não dizer absurda, de tratar as coisas. Então não é que no passado domingo, salvo informação que nos escapou, não se realizou algum espectáculo tauromáquico, e no próximo, no dia 3, só na Zona Centro do país, isto é, com distâncias entre 50 e 70 quilómetros, vão decorrer corridas de toiros. Assim, vamos ter corridas em Mira, na Praia de Mira, em Abiul/Pombal e na Figueira da Foz, e sem contar com Seia, que fica a cerca de uma hora e meia de qualquer destes locais. Enfim.
E para o fim, mas deste nossa crónica de hoje, uma referência à nossa ida até Mira, no próximo domingo, para ver uma corrida mista. Pedro Salvador, Tiago Carreiras, a cavalo, e Joaquim Ribeiro 'Cuqui' e Jorge Exposito a tourear a pé. Os toiros são do senhor Higino Soveral, e pastam ali próximo, em Montemor-o-velho, e serão pegados pelo Grupo de Forcados Amadores do Ribatejo, capitaneados por João Machacaz.
Ainda antes de despedir, uma palavra de sentida homenagem a António Morgado, que na passada sexta-feira desapareceu. Paz à sua alma.
E por hoje é tudo, do Norte, com um abraço.
José Andrade