Na Herdade da Machoa, propriedade do Eng. Luís Rocha, a anual festa campera onde mais uma vez tiveram presentes várias dezenas de convidados, tendo este ano sido homenageado o ganadeiro Fernando Palha.
A festa começou com toureio apeado por Curro Damian eDuarte Palha entre outros.
A cavalo toureou Rui Guerra, enquanto que as pegas foram executadas pelo Grupo de Forcados Amadores de Monsaraz.
Seguiu-se a condução de cabrestos pelos campinos e, como tradição, a festa acabou com fados pela fria noite fora.
Já se encontra disponivel no Faenas TV um vídeo com imagens do concurso de pegas de cernelha realizado, a 22 de Março, em Cabeço de Vide (Portalegre).
Neste evento, participaram os grupos de forcados de Lisboa, Évora, Vila Franca de Xira, Aposento da Moita, Aposento da Chamusca, Tertulia Tauromáquica Terceirense (Açores), São Manços, Portalegre, Arronches, Alter do Chão, Monforte, Coimbra e Beja.
Em primeiro lugar ficou o grupo de Vila Franca de Xira, e em segundo o grupo de Lisboa.
O juri foi composto por Simão Comenda, David Romão, Manuel Mata e Nelson Balsas
Num evento que contou com grande afluência de público e pegas duras e emotivas. A organização esteve a cargo, Camara Municipal de Fronteira e o Concurso de Pegas de Cernelha estava inserido no III Fim de semana Taurino de Cabeço de Vide.
O Faenas TV é um projecto de Diogo Marcelino e este vídeo tem imagem e edição de Patricia Narciso.
Depois de no sábado ter cortado uma orelha, na novilhada de Huelva, a um novilho de José Luis Cochicho, registando uma actuação redonda sem ter sido bem rematada com a espada, Diogo Peseiro foi apurado para a final do Bolsin Taurino de Zamora.
Peseiro participou no domingo, em Villalpando, na semi-final deste bolsín, sendo apurado para a final que se realiza, na castiça praça de Toro (Zamora), no próximo sábado, dia 5 de Abril.
Diogo Peseiro e a Academia de toureio do Campo Pequeno dão assim mais um importante passo de afirmação no panorama taurino internacional.
Esta foi uma das questões abordadas durante o colóquio que teve lugar na passada sexta-feira no Grupo Tauromáquico Sector 1, em Lisboa. E a conclusão, óbvia, é a de que existem muitas pessoas que colaboram com um ou mais órgãos de comunicação social o fazem de forma perfeitamente amadora, sem cobrarem pelo seu trabalho. Tanto aqui em Portugal como em Espanha (como referiu Álvaro Acevedo). E não é mentira nenhuma até porque não estávamos em 1º de abril…
Ser profissional de uma determinada área, implica que se viva, se dependa economicamente, do trabalho desenvolvido nessa mesma área. E a tauromaquia não é diferente de todas as outras áreas. Quem não obtém resultados financeiros dessa área, e vive exclusiva ou maioritariamente dessa área, nunca será profissional, por muito que os seus trabalhos de índole jornalística o possam dar a entender. E foi isso, também, que ficou claramente demonstrado nesse colóquio, pois à excepção de Álvaro Acevedo e de Miguel Alvarenga, não me parece que João Queiroz tenha da revista Novo Burladero a sua principal fonte de receita ou que o José Cáceres sobreviva da festa brava, enquanto eu próprio sou funcionário de uma seguradora há mais de 20 anos.
Outra questão tem a ver com a abordagem jornalística que se possa fazer da temática taurina seja nos sites e blogues, nos jornais e revistas, na rádio ou na televisão. E aí também, como se diz na gíria, «a porca torce o rabo». Porque, jornalistas de carteira profissional, devem ser 3 ou 4 no máximo os que ainda escrevem e falam sobre toiros… Por muito que outros queiram também passar por tal. E, se calhar, nem todos têm as quotas em dia… A postura, o respeito pelas normas deontológicas da profissão de jornalista, que alguns gostam de apregoar quando lhes dá jeito, obrigam a uma série de deveres que são incompatíveis com algumas posturas e alguns “trabalhitos” que se fazem durante o ano.
Depois existem situações, que também foram relatadas, como as das publicidades de toureiros e de empresas. É um ciclo vicioso pois a esmagadora maioria aposta em publicidade apenas em casos especiais e se os órgãos de comunicação onde investem esse seu precioso dinheiro “não chatear muito” – e a expressão é minha – nas crónicas e se até der algum destaque com entrevistas e outros eteceteras. Por isso se falou muito de que quem quer seguir um caminho independente – não depender das publicidades dos toureiros e das empresas – tem sempre um preço a pagar.
Neste âmbito, o espanhol Álvaro Acevedo foi muito mais longe ao afirmar que a publicidade em Espanha e nas revistas e portais taurinos funcionava quase como uma «extorsão» em duplo sentido: dos responsáveis do órgão de comunicação que pressionam artistas dando a entender que se não anunciarem as críticas menos positivas saem com destaque e dos toureiros para garantirem que não existem críticas depreciativas. Claro que falamos de um mercado enorme e que movimenta muitas dezenas de milhar de euros, ao contrário de Portugal onde se contam tostões.
E há que entender, em definitivo, que em todos os períodos da história da tauromaquia em que em Portugal não houve uma ou várias figuras que enchessem as praças de toiros, as questões sempre se colocaram desta forma. Existiam antigamente mais profissionais do jornalismo que se dedicavam à crítica tauromáquica, fruto da proliferação dessa informação na generalidade dos jornais e revistas. Não havia televisão, a rádio não era de ampla cobertura nacional mesmo em onda média, e as notícias viajavam á velocidade do telégrafo… Mas não eram profissionais só da comunicação social tauromáquica. Na generalidade, tal como hoje, eram aficionados que escreviam e falavam de algo de que gostavam e conheciam imenso, alguns deles sendo mesmo aficionados práticos.
E o grande problema que existe hoje em dia, com a proliferação dos sítios na internet, é que todo e qualquer indivíduo coloca umas linhas de texto muitas vezes mal escrito, com má técnica de português, ou algumas fotos que nem sempre ajudam, e que demonstram fraquíssimo conhecimento da história da tauromaquia, da sua técnica, do toiro de lide, etc, etc.
A Festa Brava em Portugal, nos dias de hoje, é o resultado de anos e anos de falta de exigência em todos os campos. E apenas os melhores sobreviveram, porque se souberam adaptar ás realidades de cada momento, porque mantiveram a sua postura de independência e rigor na análise dos fenómenos. Porque ganharam o respeito da generalidade dos artistas, das empresas, dos ganadeiros, mas e acima de tudo, do grande público que os lê e escuta. Porque souberam ouvir, tentaram decifrar, e conseguiram lograr interpretar a arte do toureio, contando com honestidade e isenção aquilo que viram e sentiram em cada corrida de toiros. Quanto ao resto, estamos conversados!!!
Da nossa colega Catarina Bexiga recebemos a nota que a seguir publicamos:
"Dando seguimento ao projecto que iniciei no ano passado, o FALAR DE TOIROS - espaço que continua a ter como “slogan” as grandes entrevistas - regressará em 2014.
A primeira emissão irá para o “ar” na próxima Quarta-feira, dia 2 de Abril, no endereço www.falardetoiros.blogspot.com .
Rui Bento Vasquez, gestor taurino do Campo Pequeno, aceitou o meu desafio para ser o primeiro convidado de 2014.
Uma entrevista que resultou intensa e variada, durante a qual Rui Bento “confessou-se”. Entre outros temas, falou da sua experiencia à frente da Monumental de Lisboa, dos cartéis recentemente apresentados, das dificuldades impostas pelo ambiente, das restantes praças de toiros que gere e dos seus toureiros…
Como é hábito em Rui Bento, uma entrevista com um discurso directo e exigente…
“Cheguei em 2006 para a reinauguração do Campo Pequeno e as coisas foram acontecendo, logicamente numas épocas melhores, noutras menos bem, mas o contexto ajudou e os resultados apareceram; evidentemente que não é a realidade de hoje em dia, e ao fim de 8 anos, de facto, as coisas tornam-se mais difíceis, mais complicadas...”
Da esquerda para a direita: Álvaro Acevedo, Patrícia Sardinha, João Queiroz, Paulo Pereira, José Cáceres, Miguel Alvarenga, António Lúcio
A noite da passada sexta-feira foi preenchida com um interessante colóquio sobre a imprensa taurina na sede do Grupo Tauromáquico Sector 1, com uma excelente moldura humana pois a casa estava cheia, e que contou com a participação dos críticos tauromáquicos João Queiróz (revista Novo Burladero), Álvaro Acevedo (Cuadernos de Tauromaquia), Miguel Alvarenga (Farpas blogue), José Cáceres (Arte & Emoção) e António Lúcio (Barreira de Sombra), sendo moderador o Dr. Paulo Pereira.
A feliz iniciativa da nóvel Direcção do Grupo Tauromáquico Sector 1, encabeçada por Patrícia Sardinha, serviu para um intenso debate sobre cada um dos meios de comunicação, a sua relação com o meio taurino (empresários e toureiros), a pedagogia e capacidade formativa de cada área para levar o público a entender mais e melhor o que se passa nas corridas. Depois as vantagens de desvantagens de cada meio e o que devemos fazer para que a festa possa ser potenciada através dos diversos meios.
“Barreira de Sombra”, nas suas duas próximas emissões na Feel FM, dará a conhecer o registo sonoro deste colóquio. Por isso, esteja atento na próxima 4ª feira entre as 22 e as 23h… ou então no sábado entre as 16 e as 17h.
De acordo com informações que nos foram prestadas pela empresa, a corrida prevista para hoje às 17h em Salvaterra de Magos, foi adiada para dia 6 de Abril devido ao mau tempo.