Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

OS MAIS DESTACADOS DO BARREIRA DE SOMBRA 2013

11.11.13 | António Lúcio / Barreira de Sombra

O «Barreira de Sombra» não elege triunfadores da temporada. Destacamos alguns dos que, em nossa opinião, tiveram actuações de mérito maior durante a temporada taurina.

 

Assim, relativamente á temporada de 2013, entendemos destacar:

 

Toureio a Cavalo:João Telles Jr, Moura Caetano e Vítor Ribeiro

 

Toureio a Pé:Manuel Dias Gomes e Diogo Peseiro

 

Forcados: Amadores de Montemor

 

Toiro:de Herds. Paulino da Cunha e Silva lidado em Setúbal

 

Ganadaria:António Silva (Lisboa) e Paulo Caetano (Barquinha)

 

Empresas: Tauroleve (pela presença do toiro-toiro) e Campo & Praça (pelos cartéis apresentados)

 

Imprensa Taurina:revista Novo Burladero (35 anos de existência)

BARREIRA DE SOMBRA – 11.11.13 – ÚLTIMA EMISSÃO 2013

11.11.13 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Chegámos ao final de mais uma etapa desta já nossa longa corrida de 26 anos. Vinte e seis anos em que escalámos cumes de alta montanha e cujas etapas fomos vencendo sempre apoiados no doping que nos é dado pela adrenalina das fortes emoções que só a Festa Brava nas suas diversas vertentes nos é capaz de proporcionar. Sim, somos viciados neste doping, um doping em que sentimentos e emoções pautam cada momento. Só assim se compreende a paixão que temos pela arte tauromáquica e, muito em especial, pelo seu elemento fulcral: o toiro.

 

Ano após ano, temporada após temporada, iniciamos um conjunto de etapas que são, nem mais menos, que os espectáculos a que assistimos. Etapas que, muitas vezes, nos obrigam a esforços redobrados no momento de escrevermos sobre aquilo que vimos e que sentimos em cada tarde, em cada actuação, em cada momento dos que compõem todo um espectáculo complexo como é a corrida de toiros na sua essência.

 

Por vezes dou por mim a divagar sobre os aspectos sagrados e profanos desta festa. Da sua liturgia. Dos círculos de sol e sombra. Das formas do traje de tourear. Das reacções do público. Da falta de sensibilidade de políticos e legisladores, mas também dos próprios responsáveis das associações sectoriais em imporem-se face ao poder político. E sobre acções que visem a promoção da festa brava, a começar pelas escolas. Ou da sua falta…

Este ano, foi mais um em que vi bastantes coisas boas, a par de outras de muito baixa qualidade. Sinal de que a tauromaquia, como sempre, acompanha o estado geral do País… Mas há coisas para as quais acho que devo chamar a atenção, se bem que, na generalidade, sejam mais umas quantas para caírem no esquecimento ou para nem sequer para elas olharem.

 

Se repararam, não houve muitos espectáculos de praça cheia ou esgotada. E não foi por causa da crise económica. Isso é mais uma desculpa esfarrapada, da treta. Muitas corridas não encheram porque o público de uma determinada região é confrontado, amiúde, com o mesmo ou os mesmos cavaleiros 5 e 6 vezes num curto espaço de tempo e raio de acção, nos mesmos cartéis. E isto é um ciclo contínuo de 7, 8 ou mais anos… Não há renovação, não há público para ver os mesmos artistas hoje em Cabeçais de Baixo, amanhã em Celas Novas a 10 kms, depois de amanhã em Cortiços a 15 kms do primeiro lugar e assim sucessivamente.

 

As trocas de artistas entre corridas e empresários/apoderados/comissionistas, sem ter em conta os interesses e ansiedades dos públicos das zonas onde montam corridas, é a grande responsável pela falta de público em muitos desses espectáculos. Cada espectador, que tem pouco dinheiro disponível, elege bem onde o vai gastar; ao contrário dos «montadores» de corridas que apenas buscam o lucro fácil e rápido: só damos esta corrida nesta terrinhola, sacamos a massa e para o ano logo se vê.

 

Os apoderados que são mais comissionistas e não sabem nada de defesa, promoção e valorização da imagem do seu toureiro (marketing é coisa que não sabem o que é e acham que publicidade paga num jornal ou revista obriga a dizer bem do seu toureiro ou da sua organização) estão preocupados em arranjar muitos espectáculos para os toureiros ou para colocarem toureiros e toiros, muitas vezes cobrando menos de metade do que valeriam e outras não cobrando sequer (o toureiro)… O espectáculo tem um custo, que deve ser bem avaliado e onde todos devem receber o seu justo valor e não o que tem sucedido ao longo dos últimos anos…

 

A dita «imprensa taurina» também tem culpas no cartório porque nem todos sabem do que escrevem nem do que fotografam e o resultado final é bem pior do que aquele que é imaginado, com algumas associações anti-taurinas a aproveitarem imagens de colhidas e outras para arrasarem o espectáculo tauromáquico. Se a proliferação de sites e blogs poderia ser aproveitada de forma bem positiva, muitas das vezes o que lemos e o que vemos (fotos), são uma autêntica desgraça e só mostram o mau português e os poucos conhecimentos teóricos do que é o toureio de que são possuidores os que escrevem e/ou fotografam. Não vou dar nomes mas alguns, para evitarem esta situação, fazem copy/paste de crónicas de outros sites ou de blogs como o nosso. Ah… e as empresas dão-lhes acesso até à trincheira e deixam outros, com trabalho sério, imagens cuidadas, e um passado de trabalho em prol da festa brava, pendurados à porta ou despachados para as galerias…

 

Vinte e seis anos nesta área, quarenta e nove de idade. São muitos anos a trabalhar e a construir um conjunto importante de amizades e de respeitos. Muito tenho que agradecer aos que me começaram a levar às corridas de toiros, avós e pais, tios e primos, e depois a um importante conjunto de homens com letra grande que me adentraram nestas mistérios, a começar pelo meu grande amigo Manuel Jacinto, pelo Senhor José Agostinho dos Santos (qepd) e pelo Senhor Manuel Gonçalves, para não ter de referir todos os que tiveram importância capital nesta minha competência de aficionado, como no campo da escrita e rádio o meu saudoso e sempre respeitado Eduardo Leonardo e na net o também infelizmente já desaparecido Fernando Dias.

 

A temporada chegou ao fim e espero ter forças e que a Oásis FM também as tenha para regressarmos ao vosso convívio radiofónico dia 3 de Fevereio de 2014. Até lá, vamo-nos mantendo em contacto no barreiradesombra.blogs.sapo.pt.

«BARREIRA DE SOMBRA» - OÁSIS FM - 106.4 - ÚLTIMA EMISSÃO DA TEMPORADA

11.11.13 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Hoje, a partir das 21h, na sintonia de 106.4fm ou www.radiooasis.pt, irá para o «AR» a útima emisssão de 2013 do Barreira de Sombra, programa de tauromaquia da responsabilidade de António Lúcio.

 

Com José Andrade, no «Tauromaquia Norte/Sul» falaremos dos que mais se destacarm na região Norte nas 7 corridas a que este nosso colaborador e amigo assistiu. António Lúcio divulgará a lista daqueles que, em seu entender, mais se destacaram em 2013 nas corridas a que assistiu.

 

Divulgaremos, ainda, o calendário de entrega de prémios da Tertúlia tauromáquica Sobralense.

 

Não perca a última emissão do ano do «Barreira de Sombra».