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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

NOVO BURLADERO Nº 276 – EDIÇÃO DE NOVEMBRO NAS BANCAS

06.11.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

Nesta edição da nossa revista poderá ficar a par do que se passou nos derradeiros espectáculos da temporada, através das críticas realizadas na inauguração da praça de toiros de Azambuja, e ainda Campo Pequeno, Coruche, Montijo, Salvaterra de Magos e a Feira de Outubro em Vila Franca de Xira, em reportagem alargada. Destacada informação gráfica, igualmente, para o Festival da Amizade, com toureiros amadores, realizado na Chamusca.

 

Manuel Sabino Duarte “Veca” faleceu recentemente. O Dr. José Núncio Fragoso assina um artigo de homenagem a um amigo que partiu e que tão grande cavaleiro foi.

 

Manifestação equestre de ancestral tradição, trazemos às nossas páginas de Novembro a história das Cavalhadas de Vila Fresca de Azeitão.

Falecido recentemente em Madrid, o maestro Antoñete é recordado através da sua larga presença nas praças de toiros portuguesas.

Rubrica sempre esperada pelos nossos leitores, regressamos com “O que é feito de si?”, desta vez através de uma deliciosa e interessantíssima entrevista com D. Francisco de Mascarenhas.

 

Em Zaragoza, os toiros de Fernando Palha puseram a esgotada praça ao rubro no XIII Concurso Goyesco de Recortadores. As imagens de Carlos Moncín são verdadeiramente espectaculares.

 

Para além de tudo isto, poderá ainda ler, como é hábito, Al Alimón, Taurocultura e Álbum de Memórias (Vítor Escudero), Estudo da Lide do Toiro Bravo (José Henriques), Tertúlia “NB” (David Leandro), Da Barreira (Carlos Martins), À Boca do Burladero (Catarina Bexiga), As pelagens do toiro de lide e as suas particularidades (João Lucas), Efemérides (Tiago Fadigas), Recordações a Preto e Branco (António José Zuzarte) Tauromaquia Insular (José Paulo Pacheco de Lima) e As Fotografias com História (Duarte Chaparreiro).

 

Não deixa de ler mais uma NB recheada de artigos de interesse. Junte a sua afición à nossa e desfrute de bons momentos de leitura!

NOMEADOS PARA OS GALARDÕES CAMPO PEQUENO 2011

06.11.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Estes são os nomeados para os Galardões Campo Pequeno 2011 e cuja decisão final cabe ao Real Clube Tauromáquico:

 

Cavaleiro: Luis Rouxinol, Pablo Hermoso de Mendoza e Rui Fernandes.

 

Cavaleiro praticante: João Salgueiro da Costa, Mateus Prieto e João Maria Branco.


Forcado: João Brito (Amad. Santarém), José Maria Cortes (Amad. Montemor) e Vasco Pinto (Amad. Alcochete).

 

Grupo de Forcados: Montemor, Santarém e Aposento da Moita.


Matador: Vitor Mendes, António Ferrera e Luis "Procuna".


Novilheiro: David Silveti, Manuel Dias Gomes e Tiago Santos.


Peão de Brega: David Antunes, José Franco "Grenho" e João Prates "Belmonte".


Bandarilheiro: Cláudio Miguel, Nuno "Velásquez" e Pedro Paulino "China".


Ganadaria: Engº. Luis Rocha, Pinto Barreiros e Rego Botelho.


Toiro: "Baeta" (P. Barreiros), "Guarda" (Rego Botelho) e "Varado" (Passanha).

 

 

O MEU BALANCETE TAURINO DE 2011, por JOSÉ ANDRADE

06.11.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

O meu balancete taurino de 2011

 

Um balanço, curto, em jeito de acompanhamento do balanço aqui feito pelo autor do Blogue, o meu Amigo António Lúcio.

Claro que há mais vida…      

 

È verdade querido António Lúcio. Claro que há mais vida para além da crítica tauromáquica. E também é claro, claríssimo, que fostes, és, suficientemente esclarecedor na ‘confissão’ e penitência que sob o título ‘Há mais vida para além da crítica tauromáquica’, aqui no teu espaço/blogue, publicaste. Só não entende, quem não quer mesmo estender. O balanço que sobra da presente temporada, goste-se, ou desgoste-se, em termos artísticos, não passou de uma mão cheia de actuações dignas disso mesmo, e com alguma compreensão. A repetição de carteis, com as mesmas figuras a desdobrarem-se, a repetirem-se também na sequência previsível dos mesmos gestos, as mesmas correrias e o uso dos mesmos artifícios para resolverem as papeletas, acaba por cansar quem gosta de ir aos toiros, porque gosta. Claro que me refiro aos cavaleiros, já que são tão poucas, e tão desenxabidas as aparições dos matadores, que nem sei como ainda causa espanto o número diminuto de espectadores que arriscam gastar o seu dinheiro, para ver meia dúzia de passes, e uns quantos gestos de enfado, ou porque o toiro é mais áspero, por falta de varas, ou então monte de pedra. Neste balanço corrente, dir-se-ia que a salvação das corridas de toiros como festa, espectáculo, viveu, acabou dependente do voluntarismo dos Forcados. Sim, é verdade. Mas, não, sem que, também neste quadrante, a (des)união passa-se despercebida. A proliferação de grupos, se a maioria das vezes não mostrou qualidade, teve pelo menos o mérito de oferecer quantidade e muitos novos valores. E como o público admira a valentia, coragem e pundonor dos Forcados.

 

Dizem, muitos daqueles que conhecemos, que vivem da festa, ou á sombra dela, que a ‘festa’ está em crise. Que, além de vitima de soezes e torpes ataques, por isso, ou por via disso, atravessa um período de indefinição e ‘salve-se quem puder’.

 

É verdade. Claro que é verdade que existe uma ‘crise’ no mundo dos toiros. Uma crise que não tem nada a ver com menos uns espectáculos no saldo anual. Muito menos com a ‘berraria’ que uns tantos ditos amigos dos animais, com conhecido oportunismo, representa nas imediações de três ou quatro praças de toiros. A ‘festa’, as corridas de toiros são um espectáculo. E como espectáculo, continua a esquecer o essencial disso mesmo. A começar por aqueles que o organizam, os que o dizem promover, os que os dirigem. Até na Arte existe classe, charme e… tempo para adaptar.

 

Claro que há mais vida… e mais oportunidades para apontamentos sobre a Festa.

 

José Andrade

A TEMPORADA DO «BARREIRA DE SOMBRA» EM ANÁLISE

03.11.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

A partir do próximo dia 8 iremos apresentar os números da temporada de 2011 do «Barreira de Sombra» e a nossa análise ao que vimos na arena durante este ano que se aproxima a passos largos do seu final.

 

Em 2011 estivemos em 48 espectáculos tauromáquicos, menos 6 que em 2010, apesar de teros presenciado ouros 4 na íntegra através da RTP e da TVI e de termos escrito as nossas críticas a esses espectáculos, aproveitando um outro posto de observação (aquele que é dado à maioria dos espectadores pelos realizadores de televisão). E vimos e ouvimos com cada coisa!...

 

Podemos também adiantar que a Praça de Toiros do Campo Pequeno foi aquele onde mais nos deslocámos em 2011, num total de 12 espectáculos.

 

Não perca, a partir de dia 8!

PONTO FINAL NA TEMPORADA COM BONS MOMENTOS NO REDONDO

02.11.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Praça de Toiros “Coliseu do Redondo” – 01.11.11

Director: Agsotinho Borges – Veterinário: Matias Guilherme – Lotação: ¼

Cavaleiros: Rui Salvador, Luis Ruxinol, Marcelo Mendes

Forcados Amadores do Redondo

Espadas: Vítor Mendes, António João Ferreira, Tiago Santos

Ganadaria: Falé Filipe

 

PONTO FINAL NA TEMPORADA COM BONS MOMENTOS NO REDONDO

 

Terminou a temporada de 2011 com uma corrida mista no magnífico e acolhedor “Coliseu do Redondo” com um cartel interessante de veterania e juventude, de toureio a cavalo e a pé e que foi, em muitos momentos, um bom espectáculo onde a entrega dos toureiros e as características de toiros e novilhos trouxeram emoção às bancadas. Momentos altos com as lides de Rouxinol e Marcelo Mendes no toureio a cavalo e de Vítor Mendes e António João Ferreira no toureio a pé, alternaram com alguma inexperiência dos forcados locais. Mas valeu bem a deslocação até ao Redondo.

 

Rui Salvador enfrentou um toiro manso e de violentas arrancadas e sofreu algusn toques também pela falta de colaboração da montada. Com a garra que lhe é habitual e apesar de bailar com a mais feia do curro, deixou uma série de curtos com quarteios bem marcados.

 

Luis Rouxinol esteve em bom plano quer a lidar quer a cravar. Procurou as viagens mais em curto na ferragem curta, cumprindo bem o seu papel e rematou com um par de bandarilhas e um de palmo a pedido do público em mais uma boa actuação.

 

Marcelo Mendes foi de menos a mais complicando as coisas nos compridos. Mas depois, e já montado no seu cavalo vedeta, o “Único”, soube aproveitar as boas e nobres investidas do novilho para uma brega de ladeios de muita proximidade que aqueceram as bancadas e terminou com um bom par de bandarilhas. Foi uma boa actuação a encerrar a sua primeira temporada como cavaleiro de alternativa.

 

Os Forcados Amadores do Redondo sentiram muitas dificuldades para pegarem os dois primeiros toiros e seria no terceiro que registariam a sua melhor actuação com uma grande pega de caras ao primeiro intento de Carlos Silva que citou bem e se fechou com determinação à córnea. O primeiro da tarde foi pegado a sesgo e apenas ao quinto intento por intermédio de Hugo Figueira (enorme na 1ª e na 2ª tentativa) e o segundo por Hélder Delgado que, ao sopé e a sesgo, à primeira dobrou Nuno Oliveira que não teve intervenção atempada e segura das ajudas nas duas tentativas que efectuou.

 

No toureio a pé, o veterano maestro Vítor Mendes esteve bem de capote a lancear à verónica e construiu uma interessante faena de muleta por ambos os pitons, a que não faltaram belos passes de trincheira, molinetes e afarolados rematando as séries de derechazos. Registe-se uma série de naturais de muita qualidade, com a rês a obedecer aos voos da muleta, largos e templados esses muletazos que foram fortemente aplaudidos pelo público.

 

António João Ferreira também recebeu o seu exemplar com verónicas, tendo iniciado a faena de muleta com passes cambiados e prosseguindo com séries de derechazos, alguns deles de muito boa nota. Foram bons esses momentos mas depois de ter tentado sem êxito os naturais a faena perdeu intensidade.

 

O novilheiro Tiago Santos mostrou evolução no manejo do percal e cravou 4 pares de bandarilhas, tendo sofrido inclusivé uma voltareta sem consequências. Com a muleta construiu uma faena de razoável nível, aproveitando bem as investidas do novilho, deixando boa nota nesta sua actuação.

 

Lidaram-se toiros e novilhos de Falé Filipe, des distintas condições e presença, manso e complicado o primeiro, de boa nota terceiro, quarto e quinto e os restantes a cumprirem.

 

O espectáculo foi dirigido com alguma condescendência por Agostinho Borges, assessorado pelo veterinário Matias Guilherme

XIV ENTREGA DE PRÉMIOS DA TERTÚLIA TAUROMÁQUICA SOBRALENSE

01.11.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Os troféus instituidos pela Tertúlia Tauromáquica Sobralense, hoje na sua 14ª edição, destinam-se a premiar aqueles que se distinguiram pelas suas actuações durante a temporada na nossa praça de toiros; aqueles que pela sua trajectória de vida ou por factos relevantes ao serviço da Festa Brava e, ainda, aqueles que merecem um incentivo para a sua vida nesta bonita e difícil arte que é a tauromaquia, qualquer que seja a sua vertente.

 

TRIUNFADORES DA TEMPORADA 2011 EM SOBRAL

 

Realizaram-se quatro espectáculos tauromáquicos em 2011 em Sobral de Monte Agraço e pela primeira vez um desses espectáculos foi transmitido pela televisão: festival de 25 de Abril, corrida televisionada em Julho e duas corridas à portuguesa nas festas de Setembro.

 

Cavaleiro de Alternativa: Luis Rouxinol

Uma vez mais o cavaleiro de Pegões conquista o prémio de cavaleiro de alternativa pela sua brilhante prestação na corrida de 11 de Setembro, tarde de competição forte com os seus companheiros de cartel. Raça, entrega, afición, são adjectivos comuns nas apreciações às actuações de Luis Rouxinol que nesta temporada ultrapassou um dos mais dificeis momentos da sua carreira com o falecimento do até então seu apoderado e grande taurino que foi Mário Freire. Conquistar os aficionados e dar sempre tudo em praça continua a ser uma constante na sua carreira.

 

Ganadaria: Falé Filipe

Escolhida como ganadaria triunfadora em virtude do comportamento de alguns dos exemplares com o seu ferro e divisa lidados no dia 25 de Abril. Conseguir unir bravura com toureabilidade, utilizando o termo do grande ganadeiro Juan Pedro Domecq, tem sido uma constante na ainda curta história deste ganadeiro nascido em Azedia, concelho de Alenquer e cujas reses pastam na Herdade das Covas, Redondo.

 

Forcados: Amadores de Coruche

A comemorar 40 anos de existência, e sob o comando de Amorim Ribeiro Lopes, o Grupo de Forcados Amadores de Coruche conseguiu mais uma importante tarde no dia 11 de Setembro, de honra à tradição de bem pegar toiros. Recordemos que nessa tarde forma forcados de cara: Miguel Raposo que se fechou bem ao primeiro intento, tal como Luis Carlos Gonçalves e Ricardo Dias.

 

Novilheiro: Manuel Dias Gomes

A maturidade que foi evidenciando ao largo da tarde de 25 de Abril na forma como abordou a lide, num conceito total de entrega e de arte, de profundidade e algum perfume com a muleta, não deixou dúvidas quanto à justeza da entrega deste prémio. A sua presença em Madrid foi seguida com enorme ansiedade e atenção pelos aficionados e esperamos que em 2012 faça muitos mais paseíllos em Espanha e França.

 

 

GALARDÕES DE DESTAQUE

 

Tertúlia Tauromáquica Terceirense

No centro do imenso oceano e no centro do Mundo tauromáquico, autêntica plataforma giratória e de confluência de todos quantos amam a tauromaquia. Angra do Heroismo, património mundial. Tourada à corda. Solar de toiros bravos e de uma apaixonada afición ao toiro que podiamos dizer ser única. Uma Tertúlia fundada há 45 anos tem desenvolvido um notável trabalho na defesa e na promoção da festa brava, do culto ao toiro e disso são exemplo dois momentos inolvidáveis: o IX Congresso Mundial de Criadores de Toiros de Lide realizado em Angra do Heroismo em 2010 e a inauguração do monumento ao toiro de lide em Janeiro deste ano.

Mantém há quase 40 o seu Grupo de Forcados!

 

Joaquim Alves

Ser ganadeiro é uma paixão e uma inspiração. Inspiração que se busca nos momentos de recolha junto à lareira no inverno ou entre sobreiros e azinheiras vendo as reses nesses prados magníficos, nessa simbiose única com o meio ambiente em que se insere. Na defesa ecológica da herdade onde pasta o toiro bravo.

 

A paixão que se coloca em cada acto da vida e que resulta no milagre do toiro bravo. Sim porque o toiro bravo é fruto da paixão desmedida do homem pelo animal e o milagre da bravura. Sim porque a paixão que une as pessoas em torno da festa brava e do toiro, tem um guardião desse santuário, um homem com H grande que soube impor-se entre pares e merecer o respeito do aficionado e do profissional do toureio. O seu nome é Joaquim Alves, proprietário das ganadarias Pinto Barreiros e São Torcato. Obrigado por nos permitir desfrutar de uma bravura encastada e com classe.

 

MENÇÕES HONROSAS

 

João José

Quase 40 anos de carreira ininterrupta nas arenas. Uma postura em praça que o tornou também uma referência entre os da sua classe e o tornou disputado por cavaleiros e matadores portugueses e estrangeiros. Integrou durante cerca de 20 anos a quadrilha de Joaquim Bastinhas, quem teve a gentileza e a toureiria de o convidar para se despedir em Lisboa na corrida televisionada de gala à antiga portuguesa. Um gesto que os aficionados reconheceram e a fortíssima ovação que João José recebeu foi o reconhecimento do público e do aficionado a essa carreira brilhante que terá seguramente continuidade com os seus filhos Ricardo e João Pedro.

 

Tiago Santos

Um jovem aspirante a matador de toiros, aluno da Escola de Toureio José Falcão. Mostrou em 2011 estar no caminho certo, duro e dificil seguramente, para alcançar o seu ambicionado sonho. Persistência e capacidade de lutar pelos objectivos têm de ser uma constante e este prémio da Tertúlia Tauromáquica Sobralense deverá ser entendido como mais um incentivo, um acreditar que será possível concretizar o sonho.

 

 

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