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BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

BARREIRA DE SOMBRA

Desde 13.06.1987 ao serviço da Festa Brava

PACO VELÁSQUEZ SE JUEGA LA VIDA CON UN EJEMPLAR DE PIEDRAS NEGRAS EN ARROYO

16.10.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Se llevó a cabo la séptima y última novillada  de la temporada 2011 en la Plaza de Toros Arroyo, ante una buena entrada, en una tarde interesante en lo que fue un concurso de ganaderías, cerró el festejo el portugués Paco Velásquez ente un serio novillo de la legendaria dehesa  de Piedras Negras, (Los Miuras mexicanos) el ejemplar se llamóLechuzo, número 173, negro bragado meano y cornivuelto bizco del izquierdo con 434 kilos, bien con el capote y tumbo espectacular al picadorCésar Morales a un astado que fue al caballo en dos ocasiones. Dos buenos pares de banderillas de Tonatiuh Cruz que se desmonteró en el tercio. Después de brindar su actuación a la afición mexicana, Velásquez inició su faena por muletazos por abajo con buen gusto y elegancia, posteriormente se jugó la vida para lograr derechazos largos y templados de mucho mérito a un novillo difícil que embestía con la cabeza a media altura, pero a base de actitud y buena técnica, logro emocionar a la afición con su sello de profundidad. Al final una estocada en buen sitio pero lamentablemente El de Piedras Negras tardo en caer teniendo que recurrir al descabello para escuchar palmas perdiendo una oreja de ley que ya tenía bien ganada.

 

Ficha: Plaza de Toros Arroyo, 7ª y ultima novillada de la Temporada. Concurso de Ganaderías. Autrique: bien presentado y de buen juego aplausos, De Haro, bien presentado, aplausos. Huichápan, bien presentado con calidad y trasmisión, aplausos, La Venta de Romero, rajado, pitos y el de Piedras Negras, serio de pitones y de juego desigual. Aplausos. En cuanto a los novilleros: Paulo Campero. aplausos y César Ibélles, salida al tercio, Alberto Valente, oreja, el ecuatoriano José Antonio Bustamante, al tercio y el portugués Paco Velásquez al tercio ovacion.

 

Veja o vídeo em. http://www.youtube.com/watch?v=8OE0PlBk3no

 

OFICINA DE PRENSA DEL NOVILLERO PACO VELÁSQUEZ

DESABAFO NOSTÁLGICO, por Chaubet

16.10.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Quando jovens, gostamos de testar as nossas potencialidades. O comportamento perante situações de perigo, é o desafio mais aliciante. Pegar toiros a modalidade que mais oportunidade dá para tal.

 

Não sou do começo da formação de grupos de forcados. Mas sou do tempo em que se começaram a estruturar. Isto faz com que tenha conhecimento profundo da sua implantação e do ambiente  em que se desenvolveram e impuseram.

 

 À-doc, sem nenhuma sequência, amigos juntavam-se e formavam  um grupo de forcados para uma ou outra corrida. Daí ter-se enraizado a ideia de que um grupo de forcados ser um grupo de amigos que se junta para pegar toiros. Foi porém esta circunstância que originou dois grupos já devidamente formados e com carácter de continuidade - Santarém e Montemor. Pouco mais tarde, pelas mesmas razões, juntou-se-lhes um terceiro, o de Lisboa.

 

Não os norteava qualquer outro objectivo além do prazer que sentiam na fruíçao do perigo. Não tiravam quaisquer dividendos de qualquer espécie do seu feito. Por isso, por arriscarem a vida por ...nada., chamavam-lhes "os românticos da Festa".

 

Quando a idade aconselhava a deixar de pegar, faziam-no com a mesma simplicidade com que haviam entrado. Não havia voltas à praça aos ombros dos colegas, lágrimas de tristeza ou qualquer outra forma de dramatizar ou empolar a sua decisão.

 

Afastavam-se do Grupo, limitando-se a acompanhar as suas exibições como meros espectadores. No entanto sempre ansiosos pelo seu êxito. Nunca criticando quando tal não acontecia. Muito menos menorizando o comportamento dos forcados em acção ou a orientação dada ao Grupo mesmo não concordando com ela.

 

O perigo enfrentado em comum, a inter-ajuda necessária para pegar um toiro, cimentavam amizades que duravam até à morte. Entre os componentes dos Grupos havia admiração, sã camaradagem e respeito mútuo.

 

Mas o tempo, aquilo a que chamam evolução(?)  foi, a pouco e pouco, destruindo todo este poético e romântico ambiente. O altruísmo deu lugar ao individualismo. O protagonismo tornou-se  uma obsessão.

Os Forcados não ficaram imunes a estas transformações.

 

Hoje vêm-se elementos que vestiram a jaqueta de forcado e quase passaram despercebidos a dar,  pretensiosamente, conselhos. A fazer censuras e avaliações aos que actuam. A internet é o seu instrumento. Apareceu assim o "forcadointernauta".Mas não é só a internet que lhes serve para conseguirem a visibilidade que não obtiveram na arena. Igualmente a intriga, o boato, a perfídia, a mentira, a má língua, impulsionadas pela inveja e frustração, lhes serve.

 

Os que são bem formados portam-se como verdadeiros FORCADOS. Como os de antigamente. Despem a jaqueta sem pompa ou circunstância e passam a apoiantes de bancada. Os outros, aproveitam a natural reverência dos mais novos, para  se imiscuírem na gestão dos grupos criando, com "desconhecidas" (?)  intenções, um ambiente de desagregação no seu seio.

 

Quer dizer, o que consideram não estar bem no Grupo, em vez de ser discutido com TODOS os que dele fazem parte presentes, consta-me que o fazem pela calada, tipo, no segredo dos deuses. Que triste figura.

 

De um ambiente deste tipo foi vítima Bernardo Patinhas, Cabo do Grupo de Évora, destituído de Cabo.

 

Todavia para a aficion, para o público, os mentores de iniciativas destas, os que nela colaboraram  e os próprios Grupos atingidos, neste caso o de  Évora, acabam por serem os mais prejudicados. A ideia de ingratidão, traição, desrespeito que delas transpira, confere-lhes uma imagem negativa de conspiração.

 

Para mais, no caso de  Bernardo Patinhas, FORCADO à antiga, gozando da maior simpatia, reconhecida  a sua valia nas arenas e o seu excelente carácter como pessoa. Ainda recentemente, no México, teve ocasião de  mostrar o valor do Forcado português. Ironicamente, por extensão e dado o seu posto na altura, o do Grupo de Forcados Amadores de Évora.

 

Essa a razão porque na conjuntura desagradável e injusta que lhe impuseram, lhe mando um abraço de simpatia e solidariedade.

 

Por fim, o que me sugeriu o título deste texto?  - a saudade que tenho do tempo em que não havia intrigas, traições, ânsia de mediatismo, pretensioso egocentrismo, em que os fins, por muito desejáveis, não  desculpavam  todos os meios. Os problemas discutiam-se frontalmente. Por vezes até com confrontos físicos. Mas à HOMEM, à FORCADO. Acabando quase sempre com dois ou três copos bebidos ao balcão de um bar.

 

Do tempo em que era ponto de honra as pegas serem feitas só por oito elementos por muito difíceis que fossem, chegando-se ao escrúpulo de só se substituir o que eventualmente se lesionasse, após este sair da arena. Da diversidade de pegas a que as características dos toiros que apareciam obrigavam: ao sopé, à ponta capote, à meia volta, à quebra da mão. Tornaram-se desnecessárias com a subida de qualidade dos toiros.

 

Hoje as pegas, aliás  executadas com maior  correcção que antigamente, a qualidade dos toiros permite tal facto, são todas de largo. Toiros mais pesados mas  entrando de forma rectilínea e com sacudidelas/ derrotes   verticais, dados em corrida, dão oportunidade a pegas vistosas apesar de menos combativas. Quando junto às tábuas, o toiro começa a derrotar a sério, mas já com os ajudas todos em cima. Também as pegas de cernelha, sofreram com esta subida de qualidade. Intitulada pega de recurso, deixou de ser necessária.E quando bem executada e num toiro que realmente a pedisse, era espectacular. Não falando

 

Estranho, do mesmo modo, a facilidade com que se abandona um grupo para ir pegar noutro. Tipo  "olheiros" do futebol, há quem alicie os bons forcados deste ou daquele grupo, para o fazer. Na época jurássica, a minha, não eram aceites num grupo os elementos que já tivessem estado noutro, por muito bons que fossem. Pela frequência com que isto actualmente sucede, o  mito de que um grupo de forcados é um grupo de amigos, não tem cabimento. Amigos não se abandonam com este à-vontade.

 

Enfim...sem querer encontrei-me a recordar o passado.Gostei da oportunidade. Não levem a mal. Não resisti à tentação.

 

Mas, o tempo não volta para trás. Lembro-me pois do passado adaptando-me, por vezes com certo custo, ao presente, sem já nada esperar do futuro.

 

Carlos Patrício Álvares (Chaubet)

BOFETADA DE LUVA BRANCA, por Chaubet

16.10.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra
Dia 13 de outubro, os taurinos, deram valente bofetada, de luva branca, aos anti-taurinos, os persistentes "Quixotes". A SRUCP, toureiros, forcados, ganaderos, autoridades tauromáquicas,o cornetim, pessoal dos curros e de arena, a banda, enfim, todos colaboraram graciosamente num evento com objectivos humanitários. Angariar fundos para que a fundação de solidariedade social L.VIDA, pudesse continuar a prestar assistência a uma zona de Moçambique onde a fome se faz sentir intensamente.
 
A ideia do evento partiu de Helena Ribeiro Telles, Presidente da Fundação L.Vida. Sem ser essa a finalidade, serviu no entanto, para se avaliar a boa formação da FAMÍLIA TELLES, os seus bons sentimentos. Conhecendo bem o seu  patriarca,  foi grande satisfação verificar que as suas qualidades perduravam em toda a sua descendência. Helena, António,Manuel e João Ribeiro Telles, seus filhos e seus netos, em boas maneiras e sentimentos, mostrarm-se à sua altura.
 
O prestígio de que desfruta o nome Ribeiro Telles, encontrou eco na  pronta  disponibilidade de Ruiz Miguel, toureiro espanhol de invulgar carreira.  Mostrando o prazer com que colaborava num projecto solidário, não contente com a primeira actuação, dispôs-se a tourear mais um ( OLÉ!). Vítor Mendes nome grande da nossa Tauromaquia, sempre presente em acções deste tipo e Pedrito de Portugal, deram concretização ao projecto. O público, quase esgotando a praça, compensou bem todo o esforço feito:CONSEGUIU-SE GANHO SUFICIENTE PARA, DURANTE 24 MESES; ALIMENTAR 250 CRIANÇAS DE MOÇAMBIQUE.
 
Bastava este facto anunciado aos microfones para TODOS -assistentes e artistas saírem satisfeitos e orgulhosos do que tinham feito, mas foi um espectáculo calmo e agradável o que também ajudou. Assistiu-se até a mais um pormenor sensibilizante. Quando João Ribeiro Telles foi convidado pelo filho a cravar um ferro. Bom bonito de ver. Para mais o ferro foi bem cravado. À antiga.
 
Ora enquanto tudo isto se processava, em frente à praça de toiros, a turba do costume provocava e insultava quem se dirigia ao espectáculo, apesar deste ter uma finalidade  beneficente.Estarão os animais acima dos humanos? Pode não se acudir ao sofrimento de crianças para se evitar o sofrimento dos toiros? ( sofrimento de que falaremos noutra ocasião e que é mais imaginado que real).
 
O sucesso do espectáculo foi uma autêntica bofetada de luva branca para esses irresponsáveis e praguejantes "Quixotes". Embora sem muita esperança, espero que tenham aprendido alguma coisa com este exemplo. Pelo menos a não serem tal agressivos e mal criados.
 
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)

GANADEIRO JOSÉ DIAS TRIUNFA EM AZAMBUJA. REDUZIDA PRESENÇA DE PÚBLICO PREJUDICA RESULTADOS FINANCEIROS A FAVOR DAS IPSS

16.10.11 | António Lúcio / Barreira de Sombra

Praça de Toiros “Ortigão Costa” – Azambuja – 15.10.11

Director: Lourenço Luzio – Veterinário: João Nobre – Lotação: ¼ casa

Cavaleiros: Francisco Cortes, Marco José, Gilberto Filipe, Tiago Martins, Joaquim Guerra, Paulo d’Azambuja

Forcados: Azambuja, Arronches, Arruda dos Vinhos

Ganadarias: José Luis Dias (3) e Felicidade Dias (3)

 

GANADEIRO JOSÉ DIAS TRIUNFA EM AZAMBUJA. REDUZIDA PRESENÇA DE PÚBLICO PREJUDICA RESULTADOS FINANCEIROS A FAVOR DAS IPSS

 

Com reduzida assistência, o que veio a prejudicar o resultado financeiro em benefício das IPSS do concelho de Azambuja, o festival realizado na tarde de sábado, 15 de Outubro, teve no ganadeiro José Luis Dias o grande triunfador, com seis novilhos a darem muito bom jogo, sempre dispostos a investir e permitiam muito mais do que aquilo que na maioria das situações os cavaleiros foram capazes de mostrar, ao contrário dos forcados, que fizeram 3 pegas de nível, uma para da grupo, e que fizeram soar as ovações. Volta merecida para o ganadeiro.

 

Em disputa estiveram dois troféus da “Poisada do Campino” e destinados à melhor lide e à melhor pega. O júri, constituido por Sandra Batalha, António Lúcio e Francisco Morgado, decidiu por unanimidade que fossem destinados ao cavaleiro Gilberto Filipe pela lide ao terceiro da ordem e ao forcado Fábio Mileu dos Amadores de Arronches pela excelente pega de caras ao sério quinto da tarde.

 

Efectivamente Gilberto Filipe foi o que esteve melhor dos seis cavaleiros em praça. Encontrou bem as distâncias, percebeu que tinha um novilho de qualidade e pisou terrenos de compromisso para deixar a ferragem, com nível, numa lide bem conseguida e rematada com um bom par de bandarilhas.

 

Francisco Cortes cumpriu no que abriu praça e que teve qualidade e nobreza nas investidas. O cavaleiro de Estremoz fez jus ao apelido ilustre que leva e deixou ferragem bem cravada em lide agradável.

 

Marco José não aproveitou as excelentes investidas do segundo da ordem e a sua lide foi monótona e só no final com dois violinos conseguiu aquecer o ambiente. Foi pouco e foi pena pois reses da qualidade deste não saem todos os dias...

 

Tiago Martins recebeu o seu exemplar à porta dos curtos e se bem que tenha arriscado e conseguido um ou outro ferro de melhor nota, sofreu demasiados toques que deslustraram a sua actuação. Teve o mérito e a humildade que se saúdam de ir buscar o ganadeiro para partilhar a volta à arena.

 

Joaquim Guerra mostrou-se algo indefinido no conceito de toureio frente ao mais sério exemplar da tarde. Tentou as sortes cambiadas e optou por vezes pelo corredor de tábuas para deixara a ferragem numa lide a cumprir.

 

Paulo D’Azambuja teve também uma lide com alguns pormenores interessantes e com um ferro de muito boa nota como foi o terceiro em que se decidiu a atacar o toiro, em viagem de largo, frontal na abordagem e cravando bem. Deixou bons pormenores.

No capítulo das pegas, estiveram em praça 3 Grupos de Forcados: Azambuja, Arronches e Arruda dos Vinhos, os quais realizaram algumas boas pegas de caras, como já referido. Os Amadores de Azambuja abrirma praça com uma fácil pega de caras à primeira por intermédio de Tiago Barreto e no quarto da ordem foi Hugo Abreu que consumolu com raça e querer à primeira. Os Amadores de Arronches mandaram à cara do 2º da tarde o forcado Ricardo Martins que se fechou bem à primeira e no quinto da ordem foi Fábio Mileu que consumou uma pega tecnicamente correcta viajando até ao grupo bem fechado e vencendo o troféu em disputa. Finalmente, pelos Amadores de Arruda foram caras Carlos Carvlho que apenas à terceira concretizou depois de ter suportado dois derrotes mais fortes na primeira e Fábio Correia numa pega espectacular à primeira, bem fechado na cara e com o grupo a ajudar bem.

 

Na direcção de corrida estiveram, bem, o delegado técnico tauromáquico azambujense Lourenço Lúzio e o veterinário Dr. João Maria Nobre. Os toiros foram recolhidos a cavalo por José Manuel Dias e José Luis Dias e Gabriel Lopes e Paulo Marques.